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Festas e Rodeios

Morte de Gal Costa completa um ano e baú de gravações inéditas da cantora permanece lacrado

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Gal Costa (1945 – 2022), a saudade mais doída do Brasil
Milton Montenegro e Márcia Ramalho / 1985
♪ OPINIÃO – Hoje é um dia triste para os admiradores de Gal Costa (26 de setembro 1945 – 9 de novembro de 2022). Faz um ano que a cantora morreu de forma inesperada e se transformou na saudade mais doída do Brasil – pelo menos do nicho do Brasil que ainda ouve MPB, segmento no qual Gal figura eternamente em pódio dividido somente com Elis Regina (1945 – 1982) e Maria Bethânia.
Aliás, é quase um paradoxo falar em morte quando se trata de cantora imortal na história da música brasileira. E, no caso de Gal, a frase-clichê é absolutamente verdadeira. Cantoras da magnitude de Gal sobrevivem à morte do corpo físico pelo canto transcendental, eternizado em discos e vídeos.
E trazer à tona mais discos é a única forma de amenizar a saudade, de aliviar a tristeza de saber que Gal jamais poderá ser vista novamente ao vivo, em cena. Só que nada foi feito nesse sentido ao longo desse ano sem a presença física da artista.
O baú de gravações inéditas da cantora permanece inacreditavelmente lacrado. Um lacre que viola a Arte maior de Gal quando se tem ciência que, dentro desse baú, há relíquias como os áudios dos registros dos shows Índia (de 1973), Cantar (1974) e Gal Canta Caymmi (1976), encontrados pelo pesquisador musical Rodrigo Faour em 2011.
A gravação do show Cantar inclui duetos de Gal com João Donato (1934 – 2023), compositor recorrente no repertório do álbum homônimo de 1974. Já o show Gal Canta Caymmi foi captado em apresentação no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP), com a participação do próprio Dorival Caymmi (1914 – 2008), cujo cancioneiro é o mote do songbook de 1976 que gerou o show.
Faour tentou em vão transformar esses áudios em álbuns ao vivo que seriam editados pela gravadora Universal Music (detentora da obra fonográfica da cantora na década de 1970), mas esbarrou em entraves burocráticos.
Igualmente lamentável é o ineditismo das seis gravações feitas por Gal em 1990 com o violonista Raphael Rabello (1962 – 1995). As seis gravações de Gal com Rabello evidenciam o auge vocal da cantora na época.
O repertório inclui duas músicas ausentes da discografia oficial de Gal, casos de Estrada branca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) e do samba-canção Duas contas (Garoto, 1951), ambas ainda hoje inéditas na voz da cantora.
Essas gravações estão – ou pelo menos deveriam estar – no arquivo da Sony Music, gravadora que encampou a BMG, companhia fonográfica que lançou discos de Gal entre 1984 e 2001.
Tal acervo também inclui sobras ainda inéditas de álbuns lançados pela cantora em 1984, 1985, 1987 e 1998 (clique aqui para saber detalhes dessas sobras inéditas).
Enfim, desde que a notícia da morte de Gal assombrou e enlutou o Brasil que ouve MPB, muitos tributos foram prestados à cantora em shows e discos. Uns soaram sinceros. Outros pareceram ter caráter puramente mercantilista, oportunista. Dentre todos, dois – o show de Adriana Calcanhotto e o álbum de Filipe Catto – pairaram sobre as sucessivas homenagens pelo elevado padrão artístico.
Contudo, se é para louvar Gal e honrar a memória da artista, que se destravem as burocracias e se desarmem os egos para que o Brasil da MPB possa ouvir as gravações inéditas da imortal cantora.

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Alaíde Costa faz ‘Sabiá’ voltar, em duo com Claudette Soares, no voo de show alicerçado em álbum sobre o tempo

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♫ NOTÍCIA
♪ Ao gravar álbum com o cancioneiro de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Foi a noite, lançado em 2007, Claudette Soares convidou a amiga Alaíde Costa para um dueto em Sabiá (1968), sublime canção de exílio composta por Tom com letra de Chico Buarque.
Decorridos 17 anos da edição do disco Foi a noite – Canções de Tom Jobim, Alaíde retribui o convite de Claudette. Juntas novamente, as cantoras farão Sabiá voar no roteiro do show de lançamento do mais recente álbum de Alaíde, O tempo agora quer voar (2024), apresentado em julho.
Em sintonia com o fato de ter feito a única participação do disco de Alaíde Costa, , na música Suave embarcação (Alaíde Costa e Nando Reis, 2024), Claudette Soares será a única convidada do show que estreia em 4 e 5 de outubro com duas apresentações no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros, na cidade de São Paulo (SP).
Sob direção de Thiago Marques Luiz, produtor e empresário da artista, Alaíde Costa seguirá roteiro que incluirá cinco das oito músicas do álbum O tempo agora quer voar – cuja edição em LP será lançada no show – e transitará pelo repertório do aclamado disco O que meus calos dizem sobre mim (2022).
Outra música confirmada no roteiro do show O tempo agora quer voar é Meu mundo e nada mais (1976), balada de Guilherme Arantes, gravada pela cantora com o compositor em single editado em janeiro deste ano de 2024.

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g1 Ouviu #292 – Rock in Rio: o que teve de melhor, pior e apostas para 2026

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Repórteres do g1 comentam os principais shows, setlists e momentos que marcaram a edição — para o bem e o mal. G1 Ouviu #292 – Rock in Rio 2024: o que teve de melhor, pior e apostas para 2026
Com o fim do Rock in Rio 2024, é possível analisar esta edição e refletir sobre o futuro do festival. O que ficou de lição para os próximos eventos? O que deu muito certo? O que deu muito errado? Quais foram os melhores momentos? E os piores?
Para responder essas e outras perguntas, o g1 Ouviu desta semana traz o olhar de quem acompanhou o festival de pertinho: Marina Lourenço, repórter do g1, e Braulio Lorentz, editor de Pop e Arte do g1. As apresentadoras do podcast, Carol Prado e Juliene Moretti, também foram ao festival e compartilham suas impressões.
Durante a conversa, os repórteres comentam os principais shows, setlists e momentos que marcaram a edição — para o bem e o mal.
Você pode ouvir o g1 Ouviu no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o g1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar.

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Caso Diddy: advogado explica quantidade de óleo de bebê encontrada na casa do rapper

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Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo afirmou que não sabia o número exato de produtos e nem a finalidade. Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Além de toda polêmica envolvendo o caso de Sean “Diddy” Combs, um ponto chamou a atenção: teriam sido encontrados pela polícia cerca de mil frascos de óleo de bebê na residência do rapper. O artista foi preso no dia 16, alvo de uma série de processos por tráfico sexual e agressão. Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo, advogado do rapper, tentou esclarecer a questão das garrafas do produto.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Agnifilo afirmou que não sabia a quantidade exata de garrafas, apenas explicou que eram muitas. “Não vamos dizer que eram mil frascos de óleo de bebê, vamos dizer que eram muitos deles”. Ele acrescentou: “Diddy tem uma grande casa. Ele compra a granel” .
Questionado pelo TMZ se o produto era usado como lubrificante em orgia, Agnifilo respondeu. “Não sei porque você precisaria de mil fracos de óleo de bebê (para uma orgia). Um ajudaria.”
Entenda
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão
O caso
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de, segundo a Promotoria de Nova York:
tráfico sexual;
associação ilícita;
promoção da prostituição.
Durante “décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
Ele se declarou inocente em tribunal. O pagamento de fiança foi negado e ele segue preso, aguardando julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.
Leia também:
Entenda acusações de tráfico sexual e associação ilícita contra o rapper
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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper em estúdio

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