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Festas e Rodeios

Marisa Monte compensa imperfeição de álbum anterior com disco de intérprete captado na turnê do show ‘Portas’

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Mesmo sem ser a cantora imponente de outrora, artista reitera o requinte ao dar voz a músicas de Lupicínio Rodrigues, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Caetano Veloso e Cassiano. Capa do disco ‘Portas raras (ao vivo)’, de Marisa Monte
Leo Aversa
Resenha de disco
Título: Portas raras (ao vivo)
Artista: Marisa Monte
Edição: Phonomotor Records
Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2
♪ Desde que começou a lançar álbuns autorais em 1991, ano em que apresentou o disco Mais, Marisa Monte quase sempre incluiu no repertório destes álbuns pelo menos duas músicas antigas de outros compositores, selecionadas de forma sempre surpreendente.
Essas faixas foram veículos para seguidores da artista carioca apreciarem o talento da intérprete que arrebatou o Brasil há 34 anos com o lançamento do primeiro álbum, MM ao vivo (1989). As exceções foram os álbuns Infinito particular (2006) e Portas (2021), inteiramente autorais.
Este último álbum de estúdio veio com 16 músicas autorais e deixou no ar a sensação de que poderia ter resultado mais coeso se tivesse pelo menos uma composição de lavra alheia.
Disco lançado hoje, 23 de novembro, Portas raras (ao vivo) compensa essa imperfeição do álbum Portas com sete músicas captadas ao longo da turnê Portas (2022 / 2023), cujo show roda o Brasil e o mundo desde fevereiro do ano passado e, perto do fim, já contabiliza mais de 140 apresentações em quase dois anos.
Duas das sete músicas da seleção do disco Portas raras são de autoria da própria artista, mas Seo Zé (Carlinhos Brown, Marisa Monte e Nando Reis, 1996) – música apresentada no segundo álbum solo de Carlinhos Brown, Alfagamabetizado (1996) – nunca tinha ganhado gravação oficial da artista (havia somente um registro da música com Marisa e Brown no documental vídeo Barulhinho bom, de 1996).
Pois Seo Zé ressurge viçoso no disco Portas raras em gravação embebida em latinidade tropical que evidencia o pulso firme dos metais do trio formado por Antonio Neves (trombone e arranjos de metais), Eduardo Santanna (trompete e flugelhorn) e Oswaldo Lessa (saxofone e flauta).
Situado na fronteira entre álbum e EP por ter sete faixas, o disco Portas raras antecede o registro integral do show Portas, anunciado em 26 de outubro pelo single Doce vampiro e programado para 14 de dezembro.
Para seguidores de Marisa, o disco é puro deleite. Merece menção especial a abordagem melodiosa de Felicidade (Lupicínio Rodrigues, 1947), canção adequada ao registro vocal mais suave adotado por Marisa nos últimos anos. O canto da sereia é irresistível na faixa.
A balada A lua e eu (Cassiano e Paulo Zdanowski, 1975) também flui bem na forma de melancólica canção pop romântica, mas sem o acento soul impresso por Cassiano (1943 – 2021) na gravação original apresentada na trilha sonora da novela O grito (TV Globo, 1975 / 1976).
Com o sanfoneiro e cantor cearense Waldonys, Marisa faz dueto em A vida do viajante (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil, 1953) – levada com ternura – e em Lamento sertanejo (Dominguinhos e Gilberto Gil, 1973), ambos números pontuados pelo toque do acordeom do instrumentista.
Com os versos “Sou como rês desgarrada / “Nessa multidão boiada caminhando a esmo” evocando a rota árida de Segue o seco (Carlinhos Brown, 1994), Lamento sertanejo é feito em tom sereno em gravação que ganha pulso rítmico no fim. Já O leãozinho (Caetano Veloso, 1977) ruge macio do início ao fim em dueto de Marisa com Jorge Drexler captado em apresentação em Lisboa, Portugal.
Completa a seleção do disco Portas raras (ao vivo) o registro menos valioso de Pernambucobucolismo (Marisa Monte e Rodrigo Campello, 2006), música que a cantora já havia captado ao vivo para o CD inserido como bônus do DVD Infinito ao meu redor (2008).
Enfim, com a edição oficial destas músicas ausentes do roteiro original do show Portas, Marisa Monte oferece mimo aos seguidores e, mesmo já não sendo mais a intérprete imponente de outros tempos, reitera o requinte vocal e mostra com o disco Portas raras (ao vivo) que ainda figura no primeiro time de cantoras da música brasileira.

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The Cure lança ‘Alone’, primeira música nova em 16 anos

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Canção melancólica com quase sete minutos é a 1ª faixa de ‘Songs of a Lost World’, o 14º álbum de estúdio do grupo britânico, que será lançado em 1º de novembro. Ouça a música. Robert Smith, líder do The Cure, canta em São Paulo, em 2013
Flávio Moraes/G1
A banda britânica The Cure lançou sua primeira música nova em 16 anos nesta quinta-feira, o single “Alone”, e confirmou que seu aguardado álbum sairá em 1º de novembro.
A canção melancólica com quase sete minutos de duração é a primeira faixa de “Songs of a Lost World”, o 14º álbum de estúdio do The Cure. O último deles, “4:13 Dream”, foi lançado em 2008.
A banda apresentou músicas do novo álbum durante a turnê “Shows Of A Lost World”, abrindo os shows com “Alone”.
“É a faixa que destravou o disco; assim que gravamos essa música, eu sabia que era a música de abertura e senti o álbum inteiro entrar em foco”, disse o vocalista Robert Smith, em um comunicado.
“Eu vinha sofrendo para encontrar a frase de abertura certa para a música de abertura certa há algum tempo, trabalhando com a simples ideia de ‘estar sozinho’, sempre com a sensação incômoda de que eu já sabia qual deveria ser a frase de abertura.”
Smith acrescentou que se lembrou do poema “Dregs”, de Ernest Dowson, ao terminar a gravação “e foi nesse momento que eu soube que a música — e o álbum — eram reais”.
O início de “Alone” tem um instrumental de mais de três minutos antes de Smith começar a cantar: “Esse é o fim de todas as músicas que cantamos / O fogo se transformou em cinzas e as estrelas escureceram com as lágrimas”.
Ele continua cantando sobre “pássaros caindo de nossos céus”, “amor caindo de nossas vidas” e um “lamento de voz quebrada para nos chamar para casa”.
A publicação musical britânica “NME” chamou a música de “épica e emocional” e o jornal “Guardian” a descreveu como “majestosamente envolta em sofrimento e desespero”, dando-lhe quatro em um máximo de cinco estrelas.
The Cure, que fez sua estreia no final da década de 1970 e é conhecido por seu pós-punk e faixas melancólicas mais sombrias, há muito tempo vinha ensaiando lançar um novo álbum, com Smith revelando o título do disco “Songs of a Lost World” em 2022.

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Maggie Smith morre aos 89 anos; veja FOTOS da carreira da atriz

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Atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey” morreu ‘pacificamente no hospital’ e a causa não foi informada. Ela ganhou dois Oscars, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith com Rupert Grint durante o tapete vermelho do lançamento de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
REUTERS/Luke MacGregor/Arquivo
Maggie Smith com Penelope Wilton em “Downton Abbey II: Uma Nova Era”
Divulgação
Maggie Smith e Michelle Dockery em ‘Downton Abbey’
Divulgação
Maggie Smith nos bastidores de ‘Hot Millions’, de 1968
AP Photo/Bob Dear, File
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File
Maggie Smith em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”
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Maggie Smith recebe o BAFTA por sua atuação em ‘Tea with Mussolini’, em 2000
Reuters/File Photo
Maggie Smith durante a premiere de ‘O Exótico Hotel Marigold 2’, em Londres, em 2015.
REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
Maggie Smith no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP
Maggie Smith com Dustin Hoffman no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP

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Pit Passarell, baixista e fundador da Viper, também reinou nos anos 1990 como cantor da banda de heavy metal

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Morto hoje, aos 56 anos, artista foi o vocalista de álbuns do grupo como ‘Evolution’ e ‘Coma rage’. ♫ OBITUÁRIO
♪ Na certidão de nascimento, expedida em Buenos Aires, constava o nome de Pedro Sérgio Murad Passarell (11 de abril de 1968 – 27 de setembro de 2024). Mas é como Pit Passarell que o baixista, cantor e compositor argentino fica imortalizado na cena brasileira de heavy metal.
Baixista e vocalista da banda paulistana Viper, Pit Passarell morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 56 anos, em decorrência de câncer no pâncreas. A morte foi anunciada hoje no perfil oficial do grupo paulistano no Instagram. Pit estava internado em hospital de São Paulo (SP), cidade onde o corpo do artista será velado e enterrado no início da tarde.
Um dos fundadores da banda Viper, surgida em 1985, Pit acumulou as funções de baixista e vocalista quando o cantor André Mattos (1971 – 2019) deixou o grupo em 1990. Álbuns como Evolution (1992), Coma rage (1995) e Tem pra todo mundo (1996) foram gravados em estúdio pela Viper com Pit Passarell como baixista e vocalista principal da banda.
Como vocalista, o reinado do artista foi de 1991 a 2004. Já o posto de baixista foi de Pit Passarell da criação da banda até a precoce saída de cena nesta sexta-feira, 27 de setembro.
Irmão de Yves Passarell, guitarrista da banda Capital Inicial, Pit compôs e pôs voz em músicas como Coma rage (1995), Blast! (1995) e Somebody told me you’re dead (1995).
Como solista, o artista lançou somente um álbum, Praticamente nada, editado em 2000, mas gravado muito antes, entre 2008 e 2009.

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