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Festas e Rodeios

Do pior ao melhor, o top 10 de shows do Primavera Sound 2023… Veja os destaques e as decepções

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Com 50 mil pessoas por dia (metade da plateia de outros eventos no Autódromo de Interlagos), festival paulistano tem proposta de ser mais alternativo e menor. Ranking tem reviews e vídeos. The Cure encerra Primavera Sound com apoteótica ‘Boys Don’t Cry’
A segunda edição do Primavera Sound São Paulo teve uma homenagem história para Rita Lee, comandada por Marisa Monte ao lado de Roberto de Carvalho, mas teve muito mais. Abaixo, o g1 lista os principais shows do festival, do pior ao melhor.
Com público de 50 mil pessoas por dia (metade da plateia de outros eventos já realizados no Autódromo de Interlagos), o Primavera deixou clara sua proposta: uma estrutura mais enxuta, uma programação mais alternativa e bem menos filas ou perrengues para os fãs.
O top 10 de shows do Primavera Sound 2023 foi feito com base nos reviews do g1, que fez a cobertura das principais apresentações dos Palcos Primavera e Barcelona, os dois maiores espaços do festival, sendo cinco shows por dia de evento.
Os critérios levam em conta não só a relevância e talento de cada artista. A apresentação no festival, a reação da plateia, a escolha do setlist, a execução das músicas e a parte técnica da performance também são fatores considerados no ranking.
FOTOS: Os shows e os fãs no sábado
Os shows de domingo do Primavera Sound
10 The Hives
Vocalista do The Hives faz a plateia pular e vibrar com show no Primavera Sound
O show da banda sueca foi divertido, mas nada mais do que isso. O repertório do The Hives teve onze músicas e incluiu as bem conhecidas, para alegria dos fãs. Hits descompromissados como “Hate to Say I Told You So” e “Tick Tick Boom” foram um bom entretenimento, mas falta criatividade ao grupo. Sobra, porém, simpatia: o vocalista Pelle Almqvist arriscou frases em português e portunhol. “Esta é a banda favorita de vocês!”, gritou. “Bate palmas”, “100% rock and roll, 0% control”, “Querem mais? Damos mais” foram outros berros. Legal, mas meio over, como o setlist. Leia mais sobre o show do The Hives no Primavera Sound 2023.
9 Marina Sena
Marina Sena canta “Por Supuesto” no Palco Barcelona do Primavera Sound
Mais adaptada ao padrão indiferente das divas pop, Marina Sena mostrou menos espontaneidade do que nas grandes apresentações anteriores. O estilo “gente como a gente” no palco chegou a ser um trunfo das performances de Marina, mas vem se perdendo à medida que a cantora se torna mais popular. O público, por sua vez, também reagiu de forma menos intensa. Arroz de festa de festivais, a cantora mineira também mandou recado a quem diz que ela mudou: “Canto MPB, tá?”. Leia mais sobre o show de Marina Sena no Primavera Sound.
8 The Killers
Fã toca bateria durante show do The Killers no Primavera Sound
Sem mudar tanto seu estilo teatral e pomposo, o The Killers fechou o sábado de Primavera Sound São Paulo, em sua sexta vinda ao Brasil. De volta ao Autódromo de Interlagos, onde tocou para 100 mil fãs no Lollapalooza 2018, a banda americana se apresentou para metade desse público: 50 mil pessoas, segundo a produção do evento. O setlist vem mudando de show a show: desta vez, abriram com “Mr. Brightside”, que costumava ser tocada no fim em turnês anteriores. Como no Lolla, a banda repetiu a parte do show em que chamam um fã para tocar bateria em “For reasons Unknown”. Leia mais sobre o show do The Killers no Primavera Sound 2023.
7 Beck
Beck toca “Loser” e levanta a galera no Primavera Sound
De volta ao Brasil após 10 anos, Beck parecia estar com pressa, mas fez um show dançante para fãs. A apresentação é veloz, sem muitas firulas com a plateia. Uma música sai praticamente amarrada na outra, em um setlist que exibiu o talento que todo mundo sabia que existe ali. Mas ainda assim a performance soou burocrática. Além da parte dançante representada por músicas como o hit “Loser”, o clima ficou mais introspectivo com “Lost cause” e “Everybody’s got to learn sometime”, recebidas por coros suaves da plateia. Leia mais sobre o show de Beck no Primavera Sound.
6 Bad Religion
Bad Religion toca o hit “American Jesus” no Primavera Sound
Figurinha frequente nos palcos brasileiros, Bad Religion empolgou em um show vibrante e barulhento como toda apresentação de punk rock deve ser. Ícones do estilo na década de 1990, eles passearam pelos maiores sucessos da carreira. Os caras chegaram velozes e diretos ao ponto com “The Defense” e “Los Angeles is burning”. Rolaram também “Anesthesia”, “Infected”, “No control”, “Fuck you” e “You”, além das indispensáveis “21st Century (Digital Boy)” e “American Jesus”. Leia mais sobre o show do Bad Religion no Primavera Sound 2023.
5 Cansei de Ser Sexy
Cantora do Cansei de Ser Sexy discursa para a plateia do Primavera Sound
Boa parte dos fãs já não lidam muito bem com ressaca, mas o show do Cansei de Ser Sexy no festival teve certo clima de adolescência desregrada. Ícone de uma geração alternativa do início dos anos 2000, a banda se entregou à nostalgia no palco desde o primeiro barulho — o som da conexão de internet discada, familiar para quem viveu o auge do CSS. O repertório incluiu hinos dos primeiros anos, como “Alala” e “Bezzi”. Mas o público estranhou a ausência de “Meeting Paris Hilton” e do hit “Superafim”. Leia mais sobre o show do Cansei de Ser Sexy no Primavera Sound 2023.
4 Carly Rae Jepsen
Carly Rae Jepsen agita público do Primavera Sound com “Call Me Maybe”
Para duas centenas de empolgados fãs que se espremeram na grade, Carly Rae Jepsen é uma popstar com alma de indie, uma diva injustiçada boa demais para as paradas de sucesso. Para a maioria das pessoas que ainda chegavam ao festival, porém, Carly ainda é a voz de “Call Me Maybe”, único hit da cantora canadense de 38 anos. E daí? Nenhuma música foi tão cantada quanto esse hino pop de 2012, é claro. Carly tem carreira em que tenta se desassociar do único hit da carreira, mas a apresentação provou toda força da música, mesmo com um excelente repertório de pop brega colante e irresistível. Leia mais sobre o show de Carly Rae Jepsen no Primavera Sound.
3 The Cure
The Cure toca “Friday I’m in Love” e agita público do Primavera Sound
Com duas horas e meia de duração, o show do The Cure que encerrou o domingo não foi só o mais longo do festival, foi também o melhor. A duração ajuda, mas não é só isso. A banda de pós-punk gótico usa de sua experiência adquirida ao longo dos 45 anos de existência para manter o público, que em sua grande maioria tinha vindo mesmo para vê-los, na mão do começo ao fim. Do alto de seus 64 anos de idade, o vocalista e único membro fundador ainda no Cure Robert Smith guia o público em uma jornada cheia de altos e baixos sentimentais e uma voz que continua uma das melhores do rock. Leia mais sobre o show do The Cure no Primavera Sound 2023.
2 Pet Shop Boys
Pet Shop levanta a galera com ‘Always on My Mind’ no Primavera Sound
O duo Pet Shop Boys viaja com a turnê “Dreamworld”, que percorre os sucessos dos 40 anos de carreira da banda. Mas esta retrospectiva é menos extravagante se comparada a outras performances da dupla – o que não significa menos bonita ou empolgante. O vocalista Neil Tennant e o tecladista Chris Lowe não dispensam, por exemplo, os figurinos exuberantes (que são trocados durante o show) nem a estrutura de iluminação e o telão que tomou o palco. Leia mais sobre o show do Pet Shop Boys no Primavera Sound 2023.
1 Marisa Monte
Marisa Monte homenageia Rita Lee e convida Roberto de Carvalho ao palco do Primavera Sound
Marisa Monte lavou a alma dos corações apaixonados e partidos que pulsavam no festival. Numa emocionante homenagem a Rita Lee, morta no início do ano, a cantora usou o fim de seu show para saudar a roqueira –definida por ela como “essa mulher inesquecível que deu voz a tantas de nós”– e convidou ao palco Roberto de Carvalho, músico e marido de Rita. Esta foi a primeira vez em dez anos que Roberto subiu num palco, segundo a produção do festival. Leia mais sobre o show de Marisa Monte no Primavera Sound 2023.

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A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’

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Na semana passada, um juiz de Nova York ordenou que o rapper Sean ‘Diddy’ Combs fosse preso lá depois de promotores federais o terem acusado de tráfico sexual, extorsão e transporte para se envolver em prostituição. Ele se declarou inocente. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Normalmente, o juiz distrital dos Estados Unidos Gary J Brown teria enviado o homem para a prisão federal local para cumprir a pena por fraude fiscal.
Mas uma coisa o deteve: “As condições perigosas e bárbaras que existem há algum tempo no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn”.
A famosa prisão, comumente conhecida como MDC, está mais uma vez sob os holofotes devido ao seu mais recente detento celebridade.
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Na semana passada, um juiz de Nova York ordenou que o rapper Sean “Diddy” Combs fosse preso lá depois de promotores federais o terem acusado de tráfico sexual, extorsão e transporte para se envolver em prostituição. Ele se declarou inocente.
Réus importantes como Combs às vezes recebem proteção especial quando são presos, e o magnata da música estaria em uma seção do MDC no Brooklyn para detidos que necessitam de proteção especial.
Combs está, de acordo com relatos da mídia local, compartilhando um dormitório com o empresário de criptomoedas Sam Bankman-Fried, que já dirigiu uma empresa avaliada em bilhões, mas foi condenado por múltiplas acusações de fraude em março.
E por ser a única prisão federal na cidade de Nova York, para onde são levadas pessoas envolvidas em casos importantes, a dupla é apenas o último de uma extensa lista de nomes notáveis ​​que passaram pelas portas da instalação.
Essa lista inclui o rapper R Kelly, bem como Ghislaine Maxwell, sócia de Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual de menores de idade e que foi encontrado morto em sua cela em 2019.
Leia também:
Caso Diddy: quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper em estúdio
Mas para muitos dos 1.200 presidiários atuais do MDC Brooklyn, a história é diferente.
Numa decisão de condenação em agosto, o juiz Brown citou vários casos de colegas juristas que hesitaram em enviar condenados para a prisão devido às péssimas condições do local.
“As alegações de supervisão inadequada, agressões desenfreadas e falta de cuidados médicos suficientes são apoiadas por um conjunto crescente de provas, com certos casos que são irrefutáveis”, disse ele.
“O caos reina, juntamente com a violência descontrolada”, acrescentou o juiz Brown.
Sua decisão incluiu o caso de um réu que foi esfaqueado várias vezes, mas relatou não ter recebido cuidados médicos, ficando trancado em sua cela por 25 dias. O juiz citou a falta de pessoal e a piora das condições após a pandemia de covid-19.]
Se o Departamento de Prisões decidisse enviar um condenado no caso de fraude fiscal para o MDC, escreveu o juiz, ele anularia a sentença.
Uma história conturbada
O MDC Brooklyn foi inaugurado na década de 1990 e seus problemas remontam a anos.
Em 2019, um incêndio elétrico no auge do inverno causou um apagão, mergulhando a instalação na escuridão e em condições geladas.
Em junho de 2020, um preso, Jamel Floyd, morreu após ser atingido com spray de pimenta lançado por agentes penitenciários da cadeia.
Sua família processou o governo federal por sua morte. Uma análise do Departamento de Justiça concluiu que havia “evidências insuficientes” de que as autoridades penitenciárias “se envolveram em má conduta administrativa”, mas reconheceu que o uso de spray de pimenta violava as regras.
O juiz Brown não é o único juiz a criticar duramente a instalação.
Em janeiro, o juiz Jesse Furman, do Tribunal Distrital Federal de Manhattan, recusou-se a enviar para lá um homem que se declarou culpado em um caso de tráfico de drogas
Depois de inicialmente permitir que o homem, Gustavo Chavez, aguardasse a sentença em liberdade supervisionada, o juiz Furman acabou por deixá-lo fora da MDC e apresentar-se diretamente na prisão onde cumpriria a sua pena.
Em julho, Edwin Cordero, de 36 anos, morreu após ser ferido em uma briga enquanto cumpria pena no MDC.
“As condições decrépitas são realmente alimentadas por este tipo de terrível combinação de circunstâncias”, disse Andrew Dalack, advogado de Cordero e Chávez, à BBC News. “Superlotação, falta de pessoal e falta de vontade política para corrigir as condições.”
Como defensor público baseado no Brooklyn, Dalack representou vários clientes que foram enviados ao MDC. “É um lugar realmente assustador para se estar”, disse ele.
Após a morte de Cordero, o congressista Dan Goldman, que representa o distrito onde está localizada a instalação de Brooklyn, apelou a uma maior supervisão federal para abordar a “falta crônica de pessoal, o confinamento solitário perpétuo e a violência generalizada”.
O Departamento Federal de Prisões, que administra a instalação, afirmou em comunicado que “leva a sério nosso dever de proteger os indivíduos sob nossa custódia, bem como de manter a segurança dos funcionários correcionais e da comunidade”.
Um porta-voz da agência apontou para a criação de uma equipe de ação urgente, que procuraria resolver problemas no MDC, e um esforço contínuo para contratar mais pessoal e resolver um atraso de pedidos de manutenção.
Um relatório de fevereiro de 2024 compilado pelo escritório da Defensoria Federal, onde Dalack trabalha, atribuiu problemas de superlotação ao fechamento de outra problemática prisão localizada em Manhattan, que o governo fechou em 2021 – dois anos após a morte sob custódia de Jeffrey Epstein nesse local.
Eles também disseram que a presença de drogas e outros contrabandos contribui para a atmosfera perigosa das instalações.
A prisão mantém indivíduos que foram condenados por crimes federais, mas uma parte substancial da população aguarda julgamento nos tribunais federais da cidade e ainda não foi considerada inocente ou culpada.
As condições pesaram sobre os clientes do Dalack, que já enfrentavam a perspectiva de um encarceramento mais permanente.
“Não deveria ser o caso de que, enquanto sua vida e sua liberdade estão em risco, você tenha que ser completamente despojado de sua humanidade”, disse ele. “O MDC Brooklyn tem um jeito de realmente derrubar as pessoas e fazê-las se sentirem menos que humanas.”

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Uma noite com (a música de) Djavan na trilha ao vivo de bar do Rio de Janeiro

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♫ COMENTÁRIO
♩ Jantei hoje à noite em bar-restaurante do centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). No cardápio, música ao vivo na voz de um (bom) cantor. Um cantor de barzinho, como tantos que ganham a vida anonimamente na noite enquanto batalham por lugar ao sol no mundo da música.
Além da voz bem colocada do cantor, me chamou a atenção a predominância do cancioneiro de Djavan no repertório do artista. Em cerca de meia hora, duas músicas, Outono e Se…, ambas do mesmo álbum do cantor e compositor alagoano, Coisa de acender (1992).
É curioso o poder da música de Djavan. Passam os anos e passam as modas do mundo da música, mas Djavan nunca sai de moda. Todo mundo canta junto. Todo mundo gosta. E olha que Djavan nunca fez canções do estilo tatibitate.
Se… ainda pode ser considerada uma canção radiofônica, embora muito acima do padrão das canções feitas para tocar no rádio. Já Outono é balada pautada pela sofisticação poética e harmônica.
Mesmo assim, Outono resiste como uma trilha dos bares em todas as estações ao lado de joias do mesmo alto quilate como Meu bem querer (1980), Samurai (1982), Sina (1982), Lilás (1984) e, claro, Oceano (1989). Isso para não falar nos sambas como Fato consumado (1975).
Djavan tem essa particularidade. É um compositor extremamente requintado, mas, ao mesmo tempo, consegue empatia com o público. Todo mundo sabe cantar as músicas de Djavan.
Deve ser por isso que o artista, já com mais de 50 anos de carreira, ainda reina nas trilhas dos bares e restaurantes com música ao vivo. Parece banal, mas é preciso ser gênio para ocupar esse trono ao longo de décadas.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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