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Festas e Rodeios

Julia Roberts diz que seu novo filme a fez lembrar da pandemia: ‘Nervosismo e medo à flor da pele’

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Ao g1, atriz fala de ‘O mundo depois de nós’, com Ethan Hawke e Mahershala Ali. No filme, mulher aluga casa isolada para passar fim de semana com família, mas tudo sai do controle. Julia Roberts diz que seu novo filme lembrou o período da pandemia
Protagonista de “O mundo depois de nós”, filme que estreia nesta sexta-feira (8), Julia Roberts contou ao g1 o motivo de ter aceitado atuar no longa, baseado no livro de Rumaan Alam. A atriz, vencedora do Oscar por “Erin Brokovich, uma mulher de talento” (2000), interpreta Amanda. A personagem é uma mulher que aluga uma casa numa região isolada para passar um fim de semana só com o marido, Clay (Ethan Hawke) e os filhos.
Mas as coisas não saem como planejado porque aparecem na casa dois estranhos, G.H. (Mahershala Ali, vencedor do Oscar por “Green Book”) e a filha Ruth (Myha’la Herrold), que dizem ser os donos do imóvel e pedem abrigo no meio da noite. Aos poucos, o clima vai ficando cada vez mais tenso por causa de um misterioso ataque cibernético, que deixa todos em alerta devido a uma catástrofe cada vez mais iminente, o que faz com que o grupo tente deixar as diferenças de lado para sobreviver.
Julia Roberts conta que se interessou pelo projeto por lembrar do que sentiu durante a pandemia de Covid. Para Julia, assim como no filme, ela ficou sem saber o que estava acontecendo. “Não sabíamos o que estava vindo nos pegar e isso iria nos pegar e todas aquelas coisas. Acho que todo esse nervosismo e medos ainda estão muito à flor da pele e ainda não foram curados. E eu senti que esse filme meio que influenciou nisso, naquela experiência pela qual todos nós acabamos de passar”, diz a atriz.
Mahershala Ali, Myha’la Herrold, Julia Roberts e Ethan Hawke numa cena de ‘O mundo depois de nós’
Divulgação
“O mundo depois de nós” é o terceiro projeto que Julia Roberts faz ao lado do diretor e roteirista Sam Esmail, criador da série “Mr. Robot”. Antes do filme, os dois fizeram as minisséries “Homecoming: De volta à pátria” (2018) e “Gaslit” (2022). Para Julia, trabalhar com Esmail funciona porque os dois tem uma “simbiose criativa”.
Já o diretor acredita que a parceria entre os dois acontece porque eles conseguem se comunicar entre si e confiar um no outro. “Economiza muito tempo quando você simplesmente entra (no set) e sabe que está em boas mãos com sua parceira”, afirma o cineasta.
Clay (Ethan Hawke) conversa com G.H. (Mahershala Ali) enquanto Amanda (Julia Roberts) olha desconfiada em ‘O mundo depois de nós’
Divulgação
Difícil caminhada
Em “O mundo depois de nós”, Amanda, personagem de Julia Roberts, mostra desconfiança com as intenções de G.H. e Ruth logo que eles chegam na casa. Mas, aos poucos, ela passa a ter mais consideração com eles, à medida que os problemas e situações tensas começam a ficar cada vez mais complicados.
Para Julia, esse processo de mudança mostra a evolução do despertar pessoal de Amanda. “Infelizmente, para algumas pessoas, você tem que chegar aos últimos vestígios de tempo para chegar ao seu melhor. Então, para ela, são necessárias essas circunstâncias extremas e essas pessoas para ajudá-la a encontrar a pessoa que ela nunca foi”, conta Julia.
Assista ao trailer do filme “O mundo depois de nós”
Questionada sobre o que faria se tivesse que lidar com situações semelhantes às mostradas no filme, Julia Roberts disse que o importante é não entrar em pânico. Ela lembrou de um momento do longa em que Amanda está com medo depois que o marido desapareceu e começou a enumerar coisas que deveria fazer naquele instante. “Devemos encher a banheira? Devemos comprar Tylenol? Devemos comprar coisas que tornem a água segura para beber? Acho que deveríamos ter todos um pequeno kit de emergência em nossos armários”, diz Julia, de forma irônica.
Ajuda presidencial
O filme também chama atenção quando aparecem os nomes de Barack e Michelle Obama como produtores executivos. Questionado pelo g1, o diretor Sam Esmail disse que o ex-presidente quis participar do projeto após o anúncio de que Julia Roberts seria a protagonista.
“Ele era fã do livro, estava na lista de leitura dele, e, obviamente, é fã da Julia. Eles foram amigáveis e fazia sentido que todos trabalhássemos juntos nisso”, diz o cineasta.
Esmail contou que Obama estava empenhado em fazer um bom filme inspirado no livro. O diretor disse que o ex-presidente americano até colocou algumas notas e observações no roteiro e até chamou a atenção sobre alguns cortes na edição.
Sam Esmail (de máscara) dirige Julia Roberts numa cena de ‘O mundo depois de nós’
Divulgação/Netflix
Para Esmail, essa experiência com o ex-presidente foi surreal. “Você está recebendo feedback de uma das maiores mentes do planeta. Então foi uma ótima colaboração”, declara o diretor.
Perguntado se “O mundo depois de nós” tinha alguma semelhança com “Mr Robot”, Sam Esmail disse vê as duas produções como dois lados de uma mesma moeda. Para ele, ambas as obras conversam entre si, apenas têm pontos de vista opostos. “Eu vi o ‘Mr Robot’ como uma espécie de exame sobre tecnologia e sua influência em nossa sociedade, mas através de um cara que é literalmente proficiente nisso e está narrando isso para nós. E aqui, no extremo oposto, você tem personagens que não têm ideia sobre tecnologia e, na verdade, não podem operar no mundo sem ela.”
Rumaan Alam é autor do livro que inspirou o filme de mesmo nome ‘O mundo depois de nós’
Reprodução
Autor orgulhoso
O g1 também entrevistou Rumaan Alam, o autor do livro que inspirou “O mundo depois de nós”. Ele acredita que sua história é mais sobre questões sociais do que uma trama apocalíptica. “Eu estava mais interessado na dinâmica familiar, na vivência de uma espécie de tensão racial, em falar sobre diferenças de classe e depois observar ver essas interações humanas entre essas pessoas”, diz Alam.
O escritor elogiou bastante o trabalho de Sam Esmail na adaptação de seu livro para se tornar um filme. Ele disse confiar tanto no cineasta e roteirista por conhecer bem o seu trabalho. “Eu sei que ele é um artista que trabalha em um nível muito alto e que está trazendo uma atenção real. Eu confiei nele para escrever o roteiro e fazer algo a serviço de fazer o melhor filme possível. E acho que é isso que temos. Então acho que estava certo em confiar nele”, comenta o autor.
Mahershala Ali e Julia Roberts numa cena de ‘O mundo depois de nós’
Divulgação/Netflix
Alam disse que jamais imaginou que, um dia, um livro seu seria transformado em um filme estrelado por Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala Ali e Kevin Bacon. Para ele, isso é uma loucura e muito emocionante. “Mas o que me deixa orgulhoso quando vejo este filme é que se trata de pessoas com um talento extraordinário. O que eles trazem para os personagens que eu inventei é tão surpreendente para mim. Eu nunca teria sonhado com os atores que trabalham neste nível. Mas isso que aconteceu me deixa tão feliz.”
Questionado se teria outro livro seu que poderia virar filme e qual seria o elenco que ele escolheria, Alam saiu pela tangente dizendo que não pensa em atores ou diretores quando ele está escrevendo. No entanto, disse que gostaria de viver a experiência de ver alguma história sua ser adaptada para o cinema ou TV. “Mas só se me fosse permitido trabalhar com um diretor e escritor como Sam. E que teria um parceiro que eu realmente confiasse e que estivesse trabalhando realmente para criar algo lindo.”

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Uma noite com (a música de) Djavan na trilha ao vivo de bar do Rio de Janeiro

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♫ COMENTÁRIO
♩ Jantei hoje à noite em bar-restaurante do centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). No cardápio, música ao vivo na voz de um (bom) cantor. Um cantor de barzinho, como tantos que ganham a vida anonimamente na noite enquanto batalham por lugar ao sol no mundo da música.
Além da voz bem colocada do cantor, me chamou a atenção a predominância do cancioneiro de Djavan no repertório do artista. Em cerca de meia hora, duas músicas, Outono e Se…, ambas do mesmo álbum do cantor e compositor alagoano, Coisa de acender (1992).
É curioso o poder da música de Djavan. Passam os anos e passam as modas do mundo da música, mas Djavan nunca sai de moda. Todo mundo canta junto. Todo mundo gosta. E olha que Djavan nunca fez canções do estilo tatibitate.
Se… ainda pode ser considerada uma canção radiofônica, embora muito acima do padrão das canções feitas para tocar no rádio. Já Outono é balada pautada pela sofisticação poética e harmônica.
Mesmo assim, Outono resiste como uma trilha dos bares em todas as estações ao lado de joias do mesmo alto quilate como Meu bem querer (1980), Samurai (1982), Sina (1982), Lilás (1984) e, claro, Oceano (1989). Isso para não falar nos sambas como Fato consumado (1975).
Djavan tem essa particularidade. É um compositor extremamente requintado, mas, ao mesmo tempo, consegue empatia com o público. Todo mundo sabe cantar as músicas de Djavan.
Deve ser por isso que o artista, já com mais de 50 anos de carreira, ainda reina nas trilhas dos bares e restaurantes com música ao vivo. Parece banal, mas é preciso ser gênio para ocupar esse trono ao longo de décadas.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

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Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

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