Roberto de Carvalho e Rita Lee no show ‘A marca da zorra’, em 1995
Mila Maluhy / Divulgação
♪ MEMÓRIA – Em 1990, Rita Lee e Roberto de Carvalho lançaram o álbum menos sedutor da discografia do casal mais pop do Brasil. Alguma coisa estava fora da ordem pessoal da dupla.
Tanto que, a partir de 1991, o casal se separou no âmbito profissional e afetivo. Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) pegou um banquinho, um violão e caiu na estrada com Bossa’n’roll, turnê em que antecipou a onda de discos e shows acústicos que se ergueu no mercado a partir daqueles anos 1990 com o império da MTV.
O show acústico de Rita virou disco ao vivo. Em 1993, a artista ainda lançou álbum solo com músicas inéditas. Gravado em estúdio, o álbum Rita Lee (1993) se revelou disco potente, feminino, repleto de novas parcerias da cantora e compositora.
Mas o amor transcendental de Rita e Roberto falou mais alto. O casal se reconciliou afetiva e artisticamente, celebrando a (re)união com A marca da zorra, show de pegada roqueira e visual impactante.
Espetáculo de atmosfera teatral em números como Vítima (1985), música reavivada na época como tema de abertura da novela A próxima vítima (TV Globo, 1995), A marca da zorra rodou o Brasil ao longo de 1995 e gerou no fim daquele ano o terceiro registro de show da discografia de Rita Lee, A marca da zorra – Ao vivo.
Gravado em agosto de 1995, o álbum está sendo disponibilizado nos players digitais com capa e contracapa inéditas, e sem o “ao vivo” no título.
Com Roberto de Carvalho na guitarra, nos arranjos e na direção musical, e também no canto do rock Papai me empresta o carro (1979), o show A marca da zorra merecia um registro audiovisual que perpetuasse de forma integral o que possivelmente tenha sido o último grande momento de Rita Lee nos palcos.
Capa da reedição do álbum ‘A marca da zorra’, de Rita Lee
Mila Maluhy
