Connect with us

Festas e Rodeios

Por que 2023 foi o ano do ‘boy lixo’

Published

on

Após movimento #MeToo, diretores exploraram masculinidade tóxica em todos gêneros imagináveis — com resultados surpreendentes. Em 2023, diretores de cinema abordaram masculinidade tóxica em todos gêneros possíveis e imagináveis
WARNER BROS via BBC
Quando surgiu o anúncio, em 2020, de que Greta Gerwig — que dirigiu os filmes Lady Bird: A Hora de Voar (2017) e Adoráveis Mulheres (2019) — seria também a diretora e uma das roteiristas de um filme sobre as bonecas Barbie, seus fãs imaginaram que ela fosse incluir no filme críticas ao consumismo e à preocupação com o próprio corpo inspirada pelas bonecas.
E foi exatamente o que aconteceu.
Mas, em uma das muitas surpresas oferecidas por Barbie, os dois temas foram mencionados apenas de passagem. A principal preocupação do filme — que atingiu a maior bilheteria de 2023 — foi o mau comportamento dos homens perante as mulheres. E de um homem, em particular.
O insinuante Ken (interpretado por Ryan Gosling), à primeira vista, parece ser um cara legal.
Mas, quando Barbie (Margot Robbie) se recusa a ter um relacionamento amoroso com ele (principalmente porque ela não sabe o que é um relacionamento amoroso), Ken elabora sua vingança maligna.
Ele se muda para a Casa dos Sonhos da Barbie, decora o ambiente com portas de saloon e muda seu nome para “Mojo Dojo Casa House”.
Ele conspira com seus colegas Kens para submeter todas as Barbies a uma lavagem cerebral, fazendo com que elas se tornem mulheres bobas e subservientes.
Seus planos incluem também a reforma da constituição da Barbielândia, para que eles passem a deter todo o poder.
O pior de tudo é que Ken força Barbie a ouvi-lo tocar, na sua guitarra acústica, a música Push, da banda Matchbox Twenty, por quatro horas seguidas.
Nunca uma superprodução de Hollywood havia apresentado uma paródia tão precisa do frágil ego masculino.
Mas, mesmo que o ângulo escolhido por Gerwig tenha sido maravilhosamente ousado e inesperado, ela não estava sozinha.
Ficou claro ao longo de 2023 que os cineastas em toda parte estavam fascinados, repudiando homens arrogantes, predadores e mesquinhos em alto e bom tom.
O fato é que, no cinema, este foi o ano do “boy lixo”.
Opções para todos os gostos
Em uma mesma semana de outubro, o público americano podia escolher entre três filmes novos que abordavam a toxicidade masculina: Cat Person, Jogo Justo e The Royal Hotel.
Dirigido por Susanna Fogel, Cat Person é uma adaptação do conto viral de Kristen Roupenian, publicado na revista americana The New Yorker.
O filme é estrelado por Emilia Jones, que interpreta uma estudante que flerta com um homem na casa dos 30 anos, Nicholas Braun. Ela acaba descobrindo que, pessoalmente, ele não tem um pingo do charme que demonstra em suas mensagens de texto.
Ele a deixa desconfortável, mas ela sente que deve aceitar tudo o que ele quer, incluindo assistir a Star Wars – O Império Contra-Ataca no cinema onde ela trabalha.
E, quando ela o rejeita, sua reação é parecida com a de Ken — ele começa a enviar para ela mensagens de texto abusivas.
No filme ‘Barbie’, Ken é uma paródia perfeita do frágil ego masculino
WARNER BROS via BBC
Jogo Justo foi escrito e dirigido por Chloe Domont.
Phoebe Dynevor e Alden Ehrenreich interpretam um casal recém-formado que trabalha na mesma companhia de investimentos de Wall Street.
Quando ela consegue a promoção que desejava, ele declara estar feliz por ela, mas logo embarca em um ciúme doentio.
E, em The Royal Hotel, da diretora Kitty Green, Julia Garner e Jessica Henwick interpretam duas mochileiras americanas que conseguem emprego como garçonetes em um bar na Austrália durante o verão.
Antes que elas começassem no emprego, veio o alerta: “Vocês vão precisar aceitar um pouco de atenção masculina”.
Mas, na verdade, o que elas precisam aceitar são abusos misóginos disfarçados de gracejos e homens lascivos cambaleando nos seus quartos após o horário de fechamento do bar.
Em 2019, a diretora e a estrela de The Royal Hotel, Kitty Green e Julia Garner, trabalharam juntas no filme A Assistente.
Nele, Garner interpreta uma assistente de produção com um chefe à la Harvey Weinstein (ex-produtor de filmes condenado por crimes sexuais).
Naquela época, os filmes relacionados a essas questões, que foram levantadas pelo movimento #MeToo, ainda eram uma raridade.
Mas, em 2023, já se passou tempo suficiente para que o setor de cinema avançasse e os diretores passassem a tratar da masculinidade tóxica em todos os gêneros possíveis e imagináveis.
O filme Anatomia de uma Queda, ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes em maio de 2023, é um drama jurídico combinado com o mistério de um assassinato, mas também um retrato de um casamento sendo destruído porque o marido tem inveja do sucesso da esposa.
How to Have Sex, a brilhante estreia da diretora Molly Manning Walker, é um drama britânico sobre amadurecimento.
Nele, uma estudante adolescente (Mia McKenna-Bruce) é coagida a perder sua virgindade com um garoto insuportável ao passar férias na Grécia.
E Priscilla, de Sofia Coppola, é uma cinebiografia de Priscilla e Elvis Presley. O filme conta a história de uma jovem dominada por um poderoso homem mais velho.
Até Pobres Criaturas, do diretor Yorgos Lanthimos, segue o mesmo padrão. É o único filme desta reportagem que não foi dirigido por uma mulher.
O filme é uma fantasia selvagem ambientada na Europa da era vitoriana, mas tem muitos pontos em comum com Barbie.
As heroínas dos dois filmes não têm conhecimento do mundo real. No caso de Pobres Criaturas, a personagem de Emma Stone teve seu cérebro adulto substituído pelo de uma criança.
Esta ignorância permite que elas, inicialmente, atravessem a vida com ingenuidade e confiança. Mas os caminhos das duas mulheres são bloqueados por homens desesperados para controlá-las, que ficam furiosos quando não conseguem.
Cinebiografia ‘Priscilla’ conta história de jovem dominada por poderoso homem mais velho
ALAMY via BBC
Mais patéticos do que ameaçadores
Teria sido fácil apresentar os homens agressores como monstros nestes filmes.
Afinal, na última vez em que Hollywood investiu tão pesado na guerra dos sexos, surgiram clássicos de suspense eróticos neo-noir como Corpos Ardentes (1981), Atração Fatal (1987) e Instinto Selvagem (1992).
Naquela época, a tendência era retratar as mulheres como psicopatas assassinas. Mas os cineastas de 2023 optaram por uma abordagem mais sutil e compreensiva.
Em Priscilla, Elvis pode ser gentil e simpático. Em Barbie, Ken é essencialmente um cachorrinho.
A maioria dos homens de Pobres Criaturas e How to Have Sex são mais patéticos do que ameaçadores.
Já The Royal Hotel, Cat Person e Jogo Justo só começam a viver o frenesi do suspense nos seus minutos finais.
O resultado é que quase nenhum dos homens desses filmes tem consciência de que está fazendo algo de errado.
Por que essa contenção?
Um motivo é que os cineastas querem demonstrar que os abusos sexuais e o comportamento coercitivo não se restringem a algumas maçãs podres, homens brutos facilmente identificáveis.
É, na verdade, algo tão comum que os homens podem nem observar o que estão fazendo e as mulheres podem ser levadas a não prestar atenção.
The Royal Hotel, por exemplo, parece estar sempre se preparando para apresentar um abuso sexual violento, mas a diretora e roteirista do filme não segue o caminho do sensacionalismo.
Kitty Green explicou no podcast Script Apart que “se eles tivessem estuprado alguém, todos [os espectadores] poderiam ter dito ‘não, não somos nós, nós nunca estupraríamos ninguém’. Mas se [os homens] fizerem apenas brincadeiras, xingarem [as mulheres] e se rirem delas, acho que muitas pessoas já fizeram isso quando estavam um pouco bêbadas e muitas pessoas devem observar seu próprio comportamento e dizer ‘meu Deus, talvez eu não devesse ter feito X, sabe?’ Acho que esta é a conversa que quero ter.”
Existe uma sutileza e maturidade nesses filmes que não existia quando Michael Douglas era ameaçado por Glenn Close e Sharon Stone nos anos 1980 e 1990.
Os filmes atuais se atrevem a mostrar as personagens femininas se comportando de forma irresponsável e até repugnante. A própria Barbie acaba se desculpando com Ken por ferir seus sentimentos.
A questão por trás dessa postura não é que os homens devem ser perdoados — nos filmes, todos eles recebem o castigo que merecem.
A questão parece ser que os pressupostos e convenções de uma sociedade dominada pelos homens pode fazer com que as mulheres — e até os homens — tomem decisões prejudiciais, como é exemplificado pelo hedonismo forçado em How to Have Sex e The Royal Hotel ou pela cultura corporativa masculina em Jogo Justo.
Mas o vilão de cada um desses filmes — os mais perspicazes do ano — não é um homem específico.
O vilão é o próprio patriarcado — o sistema que encantou Ken quando ele saiu da Barbielândia para a realidade.
É improvável que muitas pessoas irão rejeitar o sistema patriarcal com a mesma facilidade de Ken, mas talvez todos nós possamos aprender algo com suas palavras de rica sabedoria:
“Para ser honesto, quando descobri que o patriarcado não tinha a ver com cavalos, perdi todo o interesse.”
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

Published

on

By

Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

Continue Reading

Festas e Rodeios

‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

Published

on

By

Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

Continue Reading

Festas e Rodeios

A reação dos irmãos Menéndez, condenados à prisão perpétua por matar os pais, à nova série ‘Monstros’ da Netflix

Published

on

By

A nova temporada de Monstros conta a história real de dois irmãos que mataram seus pais no final dos anos 1980 em Beverly Hills. Cooper Koch (à esquerda) e Nicholas Chavez interpretam Erik e Lyle Menéndez, respectivamente
Divulgação/Netflix
Uma nova série da Netflix sobre dois irmãos que mataram os pais foi duramente criticada por um dos homens que inspirou a produção.
Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais estreou na semana passada e rapidamente se tornou uma das mais assistidas na plataforma de streaming.
A série é protagonizada por Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez como os dois irmãos, e por Javier Bardem e Chloë Sevigny como seus pais.
Lyle e Erik Menéndez são dois irmãos que mataram seus pais milionários em 20 de agosto de 1989. José e Kitty Menéndez foram alvejados com vários disparos à queima-roupa em sua mansão em Beverly Hills.
Os irmãos, que tinham 21 e 18 anos na época, inicialmente disseram à polícia que encontraram os pais mortos ao chegarem em casa.
No entanto, foram julgados e condenados pelo parricídio.
Na época, os irmãos afirmaram que cometeram os assassinatos em legítima defesa, após anos de supostos abusos físicos, emocionais e sexuais.
O Ministério Público, por outro lado, argumentou que eles queriam matar os pais pela herança.
Eles foram sentenciados à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Uma “calúnia desalentadora”
Na prisão, e por meio de uma carta publicada no X (antigo Twitter) por sua esposa, Erik Menéndez questionou a produção no dia seguinte à sua estreia, afirmando que se trata de uma “calúnia desalentadora”.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, destacou.
“Só posso acreditar que fizeram isso de propósito. Com grande pesar, digo que acredito que Ryan Murphy [criador da série] não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem má intenção”, acrescentou o irmão mais novo.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres”, continuou.
“Essas mentiras horríveis foram desmentidas e expostas por inúmeras vítimas corajosas que superaram sua vergonha pessoal e falaram com coragem ao longo das últimas duas décadas”, disse Erik.
O drama da Netflix apresenta os assassinatos a partir de diferentes perspectivas e explora o que poderia ter levado os irmãos a matar os pais.
No entanto, a produção se esforça para mostrar as coisas do ponto de vista dos pais, algo que seus criadores afirmaram ter se baseado em uma pesquisa aprofundada.
O que diz o criador da série
Ganhador de um Oscar, Javier Bardem (à esquerda) interpreta o pai dos jovens na série da Netflix
Divulgação/Netflix
A série sobre a família Menéndez é uma continuação da controversa primeira temporada de Monstros sobre o serial killer americano Jeffrey Dahmer, que foi criticada em alguns setores por ser insensível.
Esses dramas foram idealizados por Ryan Murphy, diretor, roteirista e produtor por trás de séries como Glee, Pose, Vigilante, Feud, American Horror Story, Hollywood e Ratched, em parceria com Ian Brennan, com quem também criou Glee.
Em declarações à Entertainment Tonight, Murphy afirmou: “Acho interessante que tenham feito uma declaração sem ter assistido ao programa”.
“É realmente difícil, se se trata da sua vida, ver sua vida na tela”, reconheceu.
“O que me parece interessante, e que ele não menciona em sua declaração, é que, se você assistir ao programa, diria que 60-65% da nossa série se concentra no abuso e no que eles afirmam que aconteceu”, afirmou Murphy.
“Fazemos isso com muito cuidado e damos espaço para que eles contem sua versão, e falem abertamente sobre isso”, continuou.
No entanto, acrescentou Murphy, ele e sua equipe sentiram que era importante também mostrar as coisas do ponto de vista dos pais.
“Neste tempo em que as pessoas podem falar sobre abuso sexual, discutir e escrever sobre todos os pontos de vista pode ser controverso”, apontou.
“Houve quatro pessoas envolvidas, duas delas estão mortas. O que acontece com os pais? Como narradores, tínhamos a obrigação de tentar incluir sua perspectiva a partir da nossa pesquisa, e assim fizemos”, defendeu.
Com informações de Steven McIntosh, jornalista de entretenimento da BBC.
O caso dos irmãos que mataram os pais em Beverly Hills retratado em nova temporada da série ‘Monstros’ da Netflix
Orgias, violência e drogas: a série de acusações que levou rapper Diddy à prisão
Por que a mensagem da série ‘Friends’ continua atual 30 anos depois

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.