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Festas e Rodeios

Ana Frango Elétrico é a cara da geração Z e seduz com músicas doidas, nostálgicas e autênticas

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Em entrevista ao g1, artista diz que, hoje, produziria Bala Desejo de forma diferente e atribui críticas à banda a conceito estético. Nesta semana, g1 faz série de reportagens com apostas para 2024. Um dos discos brasileiros mais elogiados do ano passado,”Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua” pertence a Ana Frango Elétrico, nome que, desde 2020, vem despontando na cena dita alternativa e, agora, está cada vez mais famoso.
Nesta semana, o g1 faz uma série de reportagens com as apostas musicais para 2024. De diva do tecnomelody a novidades do sertanejo e funk, conheça artistas prontos para estourar.
Em entrevista ao g1, a artista, de 26 anos, explica que Ana Frango Elétrico é quase um anagrama de Ana Faria Fainguelernt, seu nome de origem.
Ana Frango Elétrico
Divulgação
Não sabe dizer, porém, como surgiu a brincadeira. Se foi ideia de sua irmã, seu avô, ou dela própria. Lembra apenas que, anos atrás, pichava a tag com o desenho de um galo, inspirada por um personagem do poeta Salgado Maranhão.
Era uma época em que ela estava, afirma, contagiada por “Clara Crocodilo”, de Arrigo Barnabé, uma das obras mais comentadas da vanguarda paulista. Ou seja, um incentivo a mais para animalizar-se.
“Mais do que cantora, ou compositora, eu me considero artista. A música é ciumenta e foi me puxando para ela, mas sou poeta, desenho, pinto, tenho um trabalho gráfico.”
Frango plástico
Conhecida mais pelo lado musical, ela começou a carreira nas artes plásticas e, hoje, une as veias sonora e visual num só trabalho.
Por exemplo, a capa de “Mormaço Queima”, primeiro álbum de Ana, é estampada por um autorretrato dela. Lançado em 2018, o disco rendeu seu primeiro videoclipe, “Roxo”, que mostra ela andando entre várias de suas pinturas.
Ana Frango Elétrico no clipe de ‘Roxo’
Reprodução/YouTube
“Mormaço Queima” é, nas palavras dela, um disco de músicas meio doidas. E sim, é mesmo. Com faixas brisadas, o álbum mescla rock e maracatu e traz letras que transformam situações cotidianas — como, por exemplo, pedir um McLanche Feliz sem picles — em cenas filosóficas.
Ela define o álbum como uma era experimental de sua carreira. Depois, veio a fase que a cantora chama de “pesquisa sonora”. Nela, se debruçou em sons que vão de Nora Ney a Blossom Dearie e lançou “Little Electric Chicken Heart”, seu segundo disco, de 2019.
Embalado em arranjos bem instrumentais — tem até faixa sem vocal —, o disco traz elementos de jazz, bossa e samba.
Ana Frango Elétrico
Hick Duarte / Divulgação
Frango produtor
Três anos depois, a artista co-produziu o álbum “Sim, Sim, Sim”, do grupo carioca Bala Desejo, que surgiu na pandemia e, no fim do ano passado, anunciou rompimento.
A banda virou uma espécie de meme, com muita gente por aí associando os músicos ao conceito de “esquerda caviar”, termo que debocha da figura do esquerdista rico. Também não foram poucos os comentários que deram a entender que os artistas tentaram ser uma cópia do Brasil dos anos de 1970, marcado por lendas como Caetano Veloso e Novos Baianos.
Para Ana, as piadas que caçoam as referências setentistas de Bala Desejo não têm a ver exatamente com as músicas da banda, mas sim com a performance.
“É muito mais esteticamente do que musicalmente”, diz ela. Para explicar o raciocínio, compara “Sim Sim Sim” à sua carreira solo: “Para mim, é importante esse lugar do esteticamente novo. Independente de eu, musicalmente, ter idolatria e paixão por várias [referências como a] Tropicália”.
“Musicalmente, acho muito interessante o Bala, mas é um disco que [como co-produtora] eu gostaria de ter dado mais ênfase a vozes do que outras coisas. Se eu pudesse voltar atrás e bater o pé, eu faria”, diz ela.
“Sim, Sim, Sim” deu a Ana seu primeiro prêmio internacional, o Grammy Latino, na categoria de melhor álbum pop em português de 2022.
Ana Frango Elétrico
Hick Duarte/Divulgação
Frango da geração Z
No ano seguinte, foi a vez de a cantora lançar e produzir o único disco que, segundo ela, lhe traduz, de fato.
Com dez faixas, “Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua” deu a Ana um destaque promissor, que deve desabrochar ainda mais em 2024.
“Esse disco é tão doido”, afirma a artista. “É meio tudo que ouvi de bagagem musical. Tem um DNA profundo de ‘Thriller’, do Michael Jackson, e Jorge Ben, mas também umas coisas de Sarah Vaughan, Madonna, Prince…”
São arranjos que ora te levam a uma pista do pop dos anos de 1980 e ora te convidam para um passeio intimista ao som de flauta.
O álbum tem letras que refletem fluidez de gênero, amores que escapam da heterossexualidade, pronome neutro e uma vida sem rótulos.
É a cara da geração Z, os nascidos entre 1995 e 2010 — não à toa, emula muito dos ares nostálgicos que nos últimos tempos abraça essa parcela da juventude.
Ana, que pertence à faixa etária, diz que se identifica com o grupo.
“O que mais me motiva hoje como Ana Frango Elétrico não é cantar, ou compor, mas sim esse universo da produção musical e de proposições estéticas. E toda década tem a sua estética sonora invisível. Agora, a gente tá num momento em que a minha geração tem acesso a tudo, VHS, câmera analógica, celular… É uma mistura de linguagem.”

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João Gilberto é cantado no tempo de Bebel Gilberto em show que marca a estreia no Brasil de turnê internacional

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♫ NOTÍCIA
♪ Em abril do ano passado, Bebel Gilberto ainda nem havia lançado o álbum João quando, ao fazer show na cidade de São Paulo (SP), cantou o repertório do disco que somente chegaria ao mundo em 25 de agosto de 2023. Tudo fez sentido porque o propósito do show era promover a edição do álbum póstumo João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998, lançado em abril daquele ano de 2023.
Se o disco ao vivo trazia à tona gravação inédita de show feito pelo criador da bossa nova na mesma cidade de São Paulo (SP), o álbum de Bebel simbolizava declaração de amor da filha para o pai João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (10 de junho de 1931 – 6 de julho de 2019) através da abordagem de 11 músicas do repertório irretocável do cantor.
No show feito em Sampa em abril de 2023, Bebel cantou essas músicas no formato de voz e violão. Depois que o álbum foi lançado, a cantora saiu em turnê internacional que, desde o segundo semestre de 2023, transitou por 30 países, totalizando mais de 60 apresentações do show João.
É essa turnê João que Bebel traz enfim ao Brasil no próximo fim de semana, com três apresentações agendadas no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo (SP), de 27 a 29 de setembro.
Desta vez, em vez do solitário violão, Bebel Gilberto terá o toque de banda formada pelos músicos Bernardo Bosisio (violão e guitarra), Dennis Bulhões (bateria e percussão) e Didi Gutman (piano, teclados e programações).
Sob direção de Talita Miranda, a cantora dará voz a músicas como Adeus, América (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa, 1948), Caminhos cruzados (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), O pato (Jayme Silva e Neusa Teixeira, 1960) e Você e eu (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961).

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Homem destrói escultura de Ai Weiwei em exposição na Itália

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A obra Porcelain Cube fazia parte da exibição ‘Who am I?’ e o curador da mostra descreveu o ato como ‘imprudente e sem sentido’. Um homem tcheco de 57 anos foi preso. Escultura chinesa de Ai Weiwei é destruída
OperaLaboratori via AP
Um homem destruiu a escultura Porcelain Cube, do artista chinês Ai Weiwei, durante uma exposição no Palazzo Fava, em Bologna, norte da Itália. De acordo com informações da AP, Arturo Galansino, curador da mostra, descreveu o ato como “imprudente e sem sentido”.
Porcelain Cube fazia parte da exposição “Who am I?”, que será inaugurada no sábado (28). A imprensa italiana afirmou que polícia prendeu um homem tcheco de 57 anos, que disse ser artista. Ele é conhecido por ter como alvo obras de artes importantes. Ainda de acordo com a agência, não está claro como o homem conseguiu acesso ao evento na sexta (20), que era apenas para convidados.
Conforme desejo do artista, os fragmentos da obra foram cobertos com um pano e retirados. Eles serão substituídos por uma impressão em tamanho real e uma etiqueta explicando o que aconteceu. Ai Weiwei divulgou nas redes sociais imagens da câmera de segurança que mostram o momento em que a obra foi destruída.
“O ato de vandalismo contra a obra ‘Porcelain Cube’ de Ai Weiwei é ainda mais chocante quando consideramos que várias das obras expostas exploram o próprio tema da destruição”, disse o curador da exposição Arturo Galansino.
Escultura chinesa de Ai Weiwei
OperaLaboratori via AP
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Vestido usado por Ana Castela no Rock in Rio tem 2,5 kg de pedraria e levou 120 horas para ser bordado

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Estilista desenhou e bordou à mão a peça, integrando referências da carreira da cantora. Vestido foi feito com exclusividade para cantora usar no festival. Ana Castela no Rock in Rio
Leo Franco/AgNews
Ana Castela fez sua estreia no palco do Rock in Rio usando um vestido preto todo bordado à mão e feito exclusivamente para cantora vestir no evento.
Questionando se aquele era o palco que a Katy Perry havia pisado, Ana desfilou pela passarela com o tubinho de alcinha preto coberto por quase 2,5 quilos de pedrarias.
A cantora foi uma das convidadas por Chitãozinho e Xoxoró para o show Pra Sempre Sertanejo, no sábado (21).
Para o evento especial, a stylist da cantora, Maria Augusta Sant’Anna, procurou a marca Hisha, que traz peças bordadas por mulheres mineiras.
A estilista Giovanna Resende foi a responsável por criar a peça, desenhando à mão alguns elementos que fazem referências à carreira da cantora, como o cavalo gigante usado por Ana na gravação de seu primeiro DVD. A guitarra do Rock in Rio, notas musicais, natureza e ferradura completaram a peça.
Segundo a assessoria da cantora, as bordadeiras levaram 120 horas para finalizar a peça.
No palco, Ana cantou “Sinônimos” com Chitãozinho e Xororó, além de um trechinho de seus hits “Nosso Quadro”, “Solteiro Forçado” e “Pipoco”.
Vestido usado por Ana Castela no Rock in Rio
Divulgação
Show Pra Sempre Sertanejo
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicado ao sertanejo no sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
E foi uma estreia gloriosa. Para tornar o som mais palatável para quem não gostou da ideia, a organização escalou a Orquestra Heliópolis para criar os arranjos. O verdadeiro acerto, porém, foi a escolha de Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. No universo sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó
Miguel Folco/g1
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de escalar nomes do ritmo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Santa Catarina na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Simone Mendes, Junior e Cabal foram outras participações no show.
Leia crítica completa do show.
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio

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