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Festas e Rodeios

Aretuza Lovi compara trabalho de Pabllo Vittar com a ‘revolução que a Tropicália fez no Brasil

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Cantora drag foi a convidada do podcast de música do g1. No programa, ela ainda relembrou dificuldades no início da carreira, citou perrengue de carnaval e se emocionou ao falar do filho. Aretuza Lovi fala que Pabllo Vittar revolucionou modo de verem artistas drags
Aretuza Lovi foi a convidada da versão ao vivo do g1 ouviu, podcast e videocast de música do g1, nesta terça-feira (6).
Durante a conversa, a cantora contou que sua relação com a música teve início por causa da paixão que tinha pela cultura do Nordeste.
“Sou muito fã de Joelma. Aí ganhei um CD quando criança e me apaixonei pela capa. Aí comecei a sonhar com o Pará, pela cultura. E montei um fã clube pra banda Calypso”, disse a cantora, que é uma das pioneiras da música drag no Brasil.
Aretuza contou que, no início da carreira, levava seus CDs para os artistas reproduzirem nas boates. “As pessoas não acreditavam que drag podia cantar. E jogavam o CD no chão”, relembra.
A cantora ainda contou que seu sobrenome artístico nasceu inspirado no jogador Vágner Love. “Estava passando um programa de esporte e passou o Vágner Love. Acho ele bonito. Aí falei: ‘Vai ser lovi, com i’. Depois entendi que era um contexto de amor.”
A revolução de Pabllo Vittar
Aretuza Lovi fala que Pabllo Vittar revolucionou modo de verem artistas drags
Desde 2012, quando lançou seu primeiro trabalho independente, Aretuza viu a cena crescer e se consolidar no pop brasileiro, ao lado de nomes como Pabllo Vittar e Gloria Groove.
Com Pabllo, a cantora gravou o hit “Joga Bunda”. E Aretuza teceu elogios ao trabalho da cantora.
“É revolucionário o que Pabllo fez. Ela dimensionou nossa arte. Com uma bota de salto muito fina, ela foi furando todas as bolhas.”
“É muito importante tudo o que ela fez. Nós somos música, artistas”, afirmou Aretuza, que comparou o trabalho de Pabllo com a revolução musical da Tropicália.
“Assim como nos tivemos vários movimentos musicais no Brasil, Tropicália, MPB, Bossa Nova, a revolução que a Tropicália fez no Brasil, o discurso que a Tropicália levou com suas músicas, foi o que a Pabllo fez e puxou todas nós para gritarmos junto com elas.”
“A gente incomodou a galera, deu um sacude no mercado. As drags vieram e deram uma sacudida.”
Já sobre a parceria com Gloria Groove na música “Catuaba”, a cantora disse que achou que a faixa iria flopar. A faixa foi hit de carnaval em 2017.
“Falei: ‘Essa música vai ser um flop’. Eu não era conhecida, a Gloria não era conhecida. E foi a música que furou minha bolha.”
Dificuldade para “furar a bolha”
Aretuza Lovi conta que jogavam seu CD no chão
Aretuza falou sobre as dificuldades no início da carreira. E, para a cantora, a principal delas foi “as pessoas acreditarem que aquilo era possível”. “Tá tudo bem não acreditar. Em todos os meios existe o preconceito, a resistência com o novo. Mas o acreditar das pessoas era uma grande barreira. Ainda é.”
A cantora afirmou que, apesar de ter furado a bolha da cena musical LGBTQIA+, ainda enfrenta muitas dificuldades.
“Estamos em um país extremamente machista, preconceituoso, misógino. Existem barreiras ainda. Conseguimos muitos passos, mas a briga ainda é grande para o meio hétero. Quem vai ter mais espaço? A galera bombada do sertanejo ou a galera do LGBTQIA+?”, questiona a cantora.
Paternidade
Aretuza Lovi fala sobre filho de 9 anos: “Entendi onde o amor existia”
A cantora ainda falou sobre seu processo de paternidade. Pai de Noah, de 9 anos, ela revelou que teve uma relação conturbada dentro de casa.
“A relação com meu pai era baseada em agressões físicas muito pesadas. Cresci com essa frustração. “Não só marcas físicas, mas psicológicas. E sempre com aquela lacuna do que é ser pai. Amor de pai, eu não tive. Na nossa família não teve a cultura do amor, do afeto. Sempre quis ser pai. Olhava e queria ser pai.”
“Aí vem a questão que a sociedade impõe que um homem gay não pode ser pai. É mais normal ver uma criança abandonada no orfanato.”
Aretuza contou que, aos 24 anos, uma amiga ficou grávida de um homem mais velho que começou a agredi-la. Foi então que ela perguntou se ela gostaria de ser o pai da criança.
“Noah saiu da barriga da mãe dele entendendo que eu era o pai dele. Tento sempre estar presente.
“Trabalho igual doido pra não faltar nada pra ele ter um histórico totalmente diferente do que a vida oferecia pra ele. Ele tem amor de pai.”
Perrengue de carnaval
Aretuza Lovi relembra perrengue de carnaval: ‘Me deixaram só de cueca na rua’
Durante o bate-papo, Aretuza falou sobre seu novo álbum, em homenagem ao Norte, e a regravação de “Acelerou”, sucesso da Banda Calypso.
Ela ainda contou um dos perrengues de carnaval, que passou logo no início de seu sucesso nacional.
“Quando a gente lançou joga a bunda, eu não tinha noção que tinha viralizado. Ai fui para o carnaval. E as pessoas começaram a me dar bebida. Comecei a entrar numa vibe bêbada, bebia tudo de todo mundo.”
“Chegou uma hora que fui assaltada, levaram basicamente tudo, me deixaram só de cueca na rua. Mas não lembro de nada. A polícia chegou e me levou para casa.”
Aretuza Lovi é entrevistada no programa g1 Ouviu
Fábio Tito/g1

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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