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Festas e Rodeios

Parceira de Liniker em ‘Gota’, Carol Moniz desponta com obra e brilho próprios no disco ‘Gole de brasa’

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Artista paulista apresenta lote sinuoso de composições autorais em EP de quente atmosfera teatral e se impõe como grata revelação da música brasileira em 2024. Capa do EP ‘Gole de brasa’, de Carol Moniz
Aquarela de Jota Reis
Resenha de EP
Título: Gole de brasa
Artista: Carol Moniz
Edição: Edição independente da artista
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Parceira de Liniker e Cae Rofsen em Gota (2019), visceral balada gravada no segundo e último álbum de Liniker com a banda Os Caramelows, a cantora e compositora Carolina Moniz desponta como uma das gratas revelações da música brasileira em 2024.
Carol Moniz – como a artista, paulista de Jundiaí (SP), se nomeia no mundo da música – mostra brilho próprio no lote de composições autorais que apresenta no disco de estreia, Gole de brasa. Trata-se de EP que desponta amanhã, 9 de fevereiro, nas plataformas de áudio com expressiva aquarela na capa que retrata Carol Moniz na pintura de Jota Reis.
Fiel tradutora da obra inicial da compositora, a aquarela expõe estranheza que se afina com o cancioneiro de Moniz. Não espere ouvir canções quadradas no EP Gole de brasa. Há singularidade nesse oblíquo lote autoral que evoca o espanto provocado na MPB com o aparecimento de Fátima Guedes entre 1978 e 1979, por exemplo, embora inexista parecença entre as obras das compositoras – exceto a tal salutar estranheza que sinaliza assinatura pessoal em cancioneiro novo.
Música que abre o disco, Consequente desatino soa árida como repente, quente como aguardente. A propósito, Gole de brasa é EP que cospe um fogo espesso, imerso em atmosfera teatral.
Segunda faixa do disco, Venha me ver é samba sinuoso que reitera a densidade da música e da letra de Carol Moniz.
Parceria de Moniz com Marcos Emanoel, Não diga que hoje não dá alterna andamentos e segue caminhos inusitados em ambiente de tensão recorrente no disco. A teia instrumental da faixa expõe o calor do som, traço decisivo na gravação do EP Gole de brasa.
A quentura dos arranjos – criados por Carol Moniz, também autora do conceito do disco – potencializa a força do repertório no toque vigoroso da banda feminina formada por Carol Moniz (voz) com Adriana Martelli (violão), Júlia Sarti (contrabaixo acústico) e Natália Brunelli (bateria e percussão).
No arremate do EP, formatado no estúdio Vira Disco com produção musical do tecladista Will Storti (também responsável pela mixagem e masterização), a música Juízo de valor parece “ferver um oceano” – como anuncia a artista em verso da letra – em batida incandescente que embute células rítmicas do ijexá baiano.
Enfim, abram alas que Carol Moniz pede e merece passagem com Gole de brasa, EP instigante que aponta futuro para essa artista de formação teatral que cria dramaturgia no canto e na obra autoral.
Carol Moniz lança o EP ‘Gole de brasa’ nesta sexta-feira, 9 de fevereiro, com músicas autorais como o samba ‘Venha me ver’
Preto Vidal / Divulgação

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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