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Festas e Rodeios

Cantora e exímia violonista carioca, Luísa Lacerda alça voo com a música ‘parada’ do álbum solo ‘O canto e a asa’

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Luísa Lacerda lança o álbum solo ‘O canto e a asa’ em 5 de março com nove músicas em repertório que destaca a canção ‘Dentro de ti’
Márcio Monteiro / Divulgação
Capa do álbum ‘O canto e a asa’, de Luísa Lacerda
Arte de Amanda Parmegiani com bordado de Luísa Lacerda
Resenha de álbum
Título: O canto e a asa
Artista: Luísa Lacerda
Edição: Edição independente da artista
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ “Outra canção / Olha o que eu fiz / Mais parece música parada / Num tempo além / Bem mais feliz”, rima Luísa Lacerda ao dar voz aos versos metalinguísticos de Música parada, composição de Ítalo Soeiro e Renato Frazão que encerra o segundo disco solo da cantora e exímia violonista de formação erudita, O canto e a asa.
Frazão participa da gravação da música, cujos versos traduzem a alma do álbum que chega ao mundo digital em 5 de março com capa que expõe bordado de Luísa Lacerda na arte de Amanda Parmegiani.
Natural do Rio de Janeiro (RJ), cidade onde veio ao mundo em 1991, a carioca Luísa Lacerda apresenta belo disco repleto de músicas paradas. Canções como Carapuça (Edu Kneip e Hugo Cauã) e Enigma (Ilessi e Bernardo Diniz) têm tempo próprio, lento, que se choca com a fugacidade e a trivialidade de um universo musical cada vez mais simplório e imediatista.
É negando todas as fórmulas que Luísa Lacerda alça voo com o álbum O canto e a asa, sucessor do EP Zigue zague (2021) na discografia solo da artista.
O canto e a asa é disco difícil, pois se distancia das melodias mais palatáveis. Contudo, quem se embrenhar por universo musical de riqueza harmônica e inusitadas passagens poéticas será recompensado quando se deparar no caminho com joias como a canção Dentro de ti (Tuca Zamagna e Thiago Thiago de Mello), destaque do repertório ao lado da já citada Música parada e da composição que abre o álbum, Do alto da Macambira.
Parceria de André Lacerda e Carlos Chaves, que participa da faixa, Do alto da Macambira é música agitada de versos imagéticos que remete, no ritmo e na poética, a uma embolada imaginária de Guinga e Aldir Blanc (1946 – 2020), prováveis referências para o time de compositores arregimentados por Luísa Lacerda para o álbum O canto e a asa.
Também é difícil ouvir Lenga lenga (Ian Faquini e Rogério Santos) sem pensar na obra de Guinga e Aldir. A faixa expõe a requintada trama dos violões de Lucas Gralato e de Luísa Lacerda, que se impõe no disco tanto como cantora – afinada, mas sem timbre singular – quanto como instrumentista virtuosa.
As imagens do encarte situam o disco nas matas brasileiras que abrigam o voo poético de Uirapuru, o canto e asa, outra composição de Ian Faquini e Rogério Santos, esta gravada com arranjo de Luísa Lacerda e Maria Clara Valle.
De modo geral, o violão é o fio condutor do disco, mas a percussão de Diego Zangado assenta Xangô (Miguel Rabello e Paulo César Pinheiro) em apropriado solo afro-brasileiro. E cabe ressaltar a contribuição recorrente do multi-instrumentista Elisio Freitas (baixo, guitarra, piano) para o apuro instrumental do álbum O canto e a asa. Os efeitos de Elisio valorizam, por exemplo, a gravação de Grande (Tuini e Thiago Thiago de Mello).
No mercado fonográfico desde 2017, ano em que lançou o álbum Meia volta com Miguel Rabello, Luísa Lacerda atinge ponto de excelência no álbum solo O canto e a asa.
Mesmo parada na transversal de um tempo bem mais feliz do ponto de vista musical, a artista chega com disco fora de sintonia com o presente, destinado a nichos da MPB, mas com potencial para atravessar gerações e, no futuro, quem sabe, encontrar ouvintes massivos em outro tempo bem mais feliz…

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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Vocalista do Journey dá a entender que segue na banda e agradece apoio: ‘Foi uma jornada espiritual’

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Arnel Pineda declarou no Instagram que deixaria grupo caso 1 milhão de comentários pedissem saída, mas reação geral foi positiva. Performance no Rock in Rio foi criticada. Veteranos do Journey cantam ‘Don’t Stop Believin’ no Palco Mundo
Arnel Pineda, vocalista do Journey, pediu desculpas de novo, agradeceu o apoio de fãs e deu a entender que vai permanecer no grupo, após sugerir que estaria disposto a sair da banda.
“Primeiramente, gostaria de pedir desculpas aos fãs do Journey. A banda não é perfeita, mas eu estava passando por situações ruins”, ele comentou, sem dar detalhes. No final, ele agradeu em português: “Muito obrigado, Brasil.”
“Os comentários positivos foram a maioria no meu post e agradeço a todos vocês. Eu não fiz isso por egoísmo, para alimentar meu ego. Isso foi uma jornada espiritual para mim, para que eu entendesse qual era o sentimento sobre isso [continuar na banda, após receber críticas], se era ruim ou bom.”
“Pessoas se escondem atrás de telas para falar palavras de ódio e discriminação racial contra mim. Isso tem acontecido desde 2007… Mas desta vez pessoas boas me resgataram. Meu post atraiu uma generosidade sincera de muitas pessoas.”
Show no Rock in Rio
Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
No último domingo (22), ele fez uma publicação no Instagram dizendo que estava “ciente” de falhas na criticada apresentação no Rock in Rio. Segundo o cantor, se “um milhão” de comentários pedissem, ele deixaria a banda.
Um seguidor de Arnel respondeu o post, pedindo que o vocalista seguisse na banda, mas o acusou de querer engajamento. “Vamos ser honestos, você sabia bem que isto nunca chegaria a 1 milhão de comentários, muito menos 1 milhão de comentários pedindo para sair da banda”, escreveu. “Seu ‘desafio’ parece mais projetado para gerar engajamento do que para obter ‘feedback’ real”.
Arnel Pineda do Journey pega bandeira do Brasil com símbolo do Cruzeiro
Segundo o cantor, a ideia do post era desafiar “agressores e haters”. “Se você não aceita meu desafio, peço respeitosamente que pare de me seguir e deixe minha página em paz… porque não preciso da sua negatividade na minha vida”, respondeu Pineda.”Você não está no meu lugar… eu fui criticado e atacado pelos últimos 17 anos. Então você não sabe como é isso”.
Por fim, o músico comentou que não estava pedindo “feedback” sobre a apresentação, porque “sabe exatamente o que aconteceu com o som” da banda durante o show.
“Por favor, tente ser um pouco mais compreensivo… nós dois somos humanos, mas, no entanto, ainda somos diferentes em muitos aspectos”, completou.

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Gusttavo Lima ou Nivaldo? Cantor mudou nome de batismo no início da carreira; veja mais artistas que fizeram a mudança

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Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson. Saiba outros cantores que alteraram o nome para a carreira artística. Gusttavo Lima no Jaguariúna Rodeo Festival
Antonio Trivelin/g1
Desde que a justiça decretou a prisão de Gusttavo Lima, internautas foram às redes sociais para comentar, não apenas com a decisão judicial, mas também a surpresa por descobrirem que o cantor não se chama Gusttavo. E, sim, Nivaldo Batista Lima.
Nivaldo alterou seu nome de batismo para Gusttavo em 2006, quando formou uma dupla com um amigo chamado Alessandro.
“Quando começamos a banda, disseram que não combinava Nivaldo e Alessandro. Aí pensamos em Fernando e Alessandro e, finalmente, em Gustavo e Alessandro. Aí ficou”, contou o sertanejo em uma entrevista ao g1. A dupla foi desfeita pouco depois. Mas o cantor seguiu adotando o Gustavo para a carreira artística.
O segundo “T” foi incluso por questões comerciais e registros musicais, já que já existia um cantor argentino de mesmo nome.
O nome Nivaldo não foi alterado em sua identidade ou em outros documentos e, de acordo com o artista, a família dele, principalmente o pai e a irmã, o chamam pelo nome de registro.
Prática comum no cenário sertanejo
A prática de alterar o nome de batismo para um mais comercial é bastante comum no mercado sertanejo. Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson.
Zezé, inclusive, já disse ao g1, que “nunca gostou” de seu nome de batismo: Mirosmar José de Camargo.
“Nunca gostei do meu nome, Mirosmar ninguém merece, é um xingamento”, disse de forma descontraída em uma entrevista.
Veja lista com sertanejos que mudaram seus nomes para a carreira artística:
Gusttavo Lima – Nivaldo Batista
Chitãozinho e Xororó – José Lima Sobrinho e Durval de Lima
Henrique & Juliano – Ricelly Henrique Tavares Reis e Edson Alves dos Reis Junior
Bruno e Marrone – Vinicius Félix de Miranda e José Roberto Ferreira
Zezé di Camargo e Luciano – Mirosmar José de Camargo e Welson David de Camargo
Leonardo – Emival Eterno da Costa
Rio Negro e Solimões – José Divino e Luiz Felizardo
Rick e Renner – Geraldo Antônio de Carvalho e Ivair dos Reis Gonçalves
Milionário e José Rico – Romeu Januário de Matos e José Alves dos Santos
Rosa e Rosinha – José Renato Castro e Daniel Cardamone Sanchez
Eduardo Costa – Edson da Costa
Marcos & Belutti – Leonardo Prado de Souza e Bruno Belucci Pereira
Matheus e Kauan – Matheus Aleixo Pinto Rosa e Osvaldo Pinto Rosa Filho
Zé Neto e Cristiano – José Toscano e Irineu Vaccari
Defesa de Gusttavo Lima diz que inocência do cantor será demonstrada

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