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Festas e Rodeios

‘Duna: Parte 2’ é a melhor saga espacial dos últimos anos (e talvez o grande filme de 2024); g1 já viu

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Conclusão da história iniciada por Denis Villeneuve e Timothée Chalamet em 2021 é grandiosa, alucinante e discute fanatismo sem ser maçante. Filme estreia nesta quinta (29). “Duna: Parte 2” é tudo o que uma ficção científica deveria ser. A conclusão do épico espacial iniciado em 2021 estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas brasileiros como o encontro perfeito de ação grandiosa e uma discussão relevante sobre temas complexos como fanatismo religioso e fascismo.
Em resumo, Denis Villeneuve conseguiu novamente. Na parte 1 da adaptação do clássico de Frank Herbert, o cineasta de “A chegada” (2016) e “Blade Runner 2049” (2017) já tinha provado ser o grande mestre atual do gênero.
Nesta segunda metade, se aproveita da parte mais empolgante do livro para entregar a melhor saga espacial dos últimos anos – dentro da própria ficção científica só fica atrás mesmo da própria “A chegada” e de “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” – e talvez o grande filme de 2024.
Sim, ainda não é nem março. “Duna: Parte 2” é realmente tão bom assim.
Assista ao trailer de ‘Duna: Parte 2’
Um mundo de pura especiaria
A história continua de onde o primeiro parou. Até daria para ver direto sem ter assistido ao anterior, o espetáculo seria o mesmo, mas grande desafio de decifrar completamente a trama ficaria desnecessariamente maior.
No novo “Duna”, Timothée Chalamet (“Wonka”) retorna como o protagonista, um jovem que acabou de ver quase todo o seu clã dizimado por seus maiores inimigos. Perdidos no planeta hostil e perigoso que um dia controlaram, ele e sua mãe (Rebecca Ferguson) são resgatados pelos nativos fremen.
Enquanto aprende a cultura de seus novos companheiros e se apaixona, ele reluta em assumir seu papel como o salvador de uma antiga profecia, por mais que este seja o caminho mais rápido até sua vingança contra os rivais e o imperador.
Timothée Chalamet e Austin Butler em cena de ‘Duna: Parte 2’
Divulgação
Elvis, Wonka e Deus lutam em uma duna
Se não bastasse a volta de Chalamet, Ferguson (“Silo”) e grande parte do elenco estrelado, “Parte 2” conta com adições de peso como Florence Pugh (“Oppenheimer”), Austin Butler (“Elvis”) e Christopher Walken (“Severance”).
Butler prova que tem muito a ganhar quando se afasta do fantasma do Rei e brinca com um personagem psicótico. Já Chalamet, que recebe um personagem mais maduro e central à trama, prova que foi a escolha certa para liderar a saga.
Mas é Javier Bardem (“Mãe!”), que retorna como o líder dos nativos, quem mais cresce com a continuação.
Sem o espírito debochado do espanhol, o personagem não teria o mesmo peso ao demonstrar uma devoção sincera pelo messias do protagonista – e se torna o grande responsável por arrancar risadas em momentos tensos e imprimir veracidade a situações absurdas.
Cena de ‘Duna: Parte 2’
Divulgação
Tiro, porrada e verme
Com um elenco tão competente, Villeneuve tem liberdade para fazer o que sabe melhor. Em suas mãos (e olhos), as cenas de ação seguem um crescendo invejável. Cada sequência incrível é seguida por uma ainda melhor e, quando parece que não há mais espaço para evoluir, ele se supera ao colocar o espectador no meio de uma explosão massiva.
O ritmo é embalado pela trilha mais uma vez genial de Hans Zimmer, que prova de forma definitiva que “Duna” é mesmo seu planeta natal. Se seu estilo histriônico encaixou bem com a “Parte 1”, na continuação frenética parece que foi desenvolvido geneticamente para isso.
É tanta luta coreografada com precisão, tanta batalha bonita, tanto verme gigante criado à perfeição por efeitos visuais que os temas explorados pelo livro são inseridos quase por acaso.
Josh Brolin e Javier Bardem em cena de ‘Duna: Parte 2’
Divulgação
Pontos altos evidenciam os baixos
Claro, o retrato do fanatismo religioso e do fascismo são inegáveis e abraçados pelo cineasta, mas em nenhum momento são discutidos de forma maçante ou reducionista.
Mais do que isso, o roteiro de Villeneuve e Jon Spaihts (“Duna”) apresenta novas e empolgantes visões – importantes para afastar de vez a narrativa tosca e ultrapassada do “salvador branco”.
Herbert já tinha deixado claro que o protagonista do livro não era nenhum herói, mas adaptações cinematográficas de obras literárias invariavelmente perdem tais sutilezas.
“Parte 2” triunfa na difícil missão de mostrar como colonizadores se utilizam de narrativas para dominar de outras formas além da força – e como a possível vitória do personagem está longe de ser a salvação dos fremen.
É impossível ignorar, no entanto, um incômodo com uma dose de orientalismo e do velho clichê do padrão representado pelo branco e do exótico como o “diverso”.
O roteiro se esforça para fazer da estrutura equivocada uma vantagem e, em certos momentos, chega bem perto de conseguir – pelo menos até a hora em que o espectador mais atento se perguntar se não era mais fácil simplesmente escalarem outra etnia para o protagonista.
Rebecca Ferguson em cena de ‘Duna: Parte 2’
Divulgação
Futuro brilhante
Tais questões tiram um pouco do brilho do filme. Por sorte, a obra brilha o suficiente para não ser ofuscada por suas decisões mais fracas.
“Duna: Parte 2” é cinema como o cinema deve ser. Empolga, emociona e não evita discussões relevantes apenas por serem difíceis.
Pode nem sempre sair com a melhor resposta, mas são quase três horas daquelas que o público gostaria que fossem o dobro.
O Oscar 2024 ainda nem aconteceu, mas não é difícil vislumbrar um futuro próximo no qual o Oscar 2025 é dominado por “Duna”. E vai ser justíssimo.
Timothée Chalamet em cena de ‘Duna: Parte 2’
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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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Vocalista do Journey dá a entender que segue na banda e agradece apoio: ‘Foi uma jornada espiritual’

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Arnel Pineda declarou no Instagram que deixaria grupo caso 1 milhão de comentários pedissem saída, mas reação geral foi positiva. Performance no Rock in Rio foi criticada. Veteranos do Journey cantam ‘Don’t Stop Believin’ no Palco Mundo
Arnel Pineda, vocalista do Journey, pediu desculpas de novo, agradeceu o apoio de fãs e deu a entender que vai permanecer no grupo, após sugerir que estaria disposto a sair da banda.
“Primeiramente, gostaria de pedir desculpas aos fãs do Journey. A banda não é perfeita, mas eu estava passando por situações ruins”, ele comentou, sem dar detalhes. No final, ele agradeu em português: “Muito obrigado, Brasil.”
“Os comentários positivos foram a maioria no meu post e agradeço a todos vocês. Eu não fiz isso por egoísmo, para alimentar meu ego. Isso foi uma jornada espiritual para mim, para que eu entendesse qual era o sentimento sobre isso [continuar na banda, após receber críticas], se era ruim ou bom.”
“Pessoas se escondem atrás de telas para falar palavras de ódio e discriminação racial contra mim. Isso tem acontecido desde 2007… Mas desta vez pessoas boas me resgataram. Meu post atraiu uma generosidade sincera de muitas pessoas.”
Show no Rock in Rio
Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
No último domingo (22), ele fez uma publicação no Instagram dizendo que estava “ciente” de falhas na criticada apresentação no Rock in Rio. Segundo o cantor, se “um milhão” de comentários pedissem, ele deixaria a banda.
Um seguidor de Arnel respondeu o post, pedindo que o vocalista seguisse na banda, mas o acusou de querer engajamento. “Vamos ser honestos, você sabia bem que isto nunca chegaria a 1 milhão de comentários, muito menos 1 milhão de comentários pedindo para sair da banda”, escreveu. “Seu ‘desafio’ parece mais projetado para gerar engajamento do que para obter ‘feedback’ real”.
Arnel Pineda do Journey pega bandeira do Brasil com símbolo do Cruzeiro
Segundo o cantor, a ideia do post era desafiar “agressores e haters”. “Se você não aceita meu desafio, peço respeitosamente que pare de me seguir e deixe minha página em paz… porque não preciso da sua negatividade na minha vida”, respondeu Pineda.”Você não está no meu lugar… eu fui criticado e atacado pelos últimos 17 anos. Então você não sabe como é isso”.
Por fim, o músico comentou que não estava pedindo “feedback” sobre a apresentação, porque “sabe exatamente o que aconteceu com o som” da banda durante o show.
“Por favor, tente ser um pouco mais compreensivo… nós dois somos humanos, mas, no entanto, ainda somos diferentes em muitos aspectos”, completou.

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Gusttavo Lima ou Nivaldo? Cantor mudou nome de batismo no início da carreira; veja mais artistas que fizeram a mudança

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Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson. Saiba outros cantores que alteraram o nome para a carreira artística. Gusttavo Lima no Jaguariúna Rodeo Festival
Antonio Trivelin/g1
Desde que a justiça decretou a prisão de Gusttavo Lima, internautas foram às redes sociais para comentar, não apenas com a decisão judicial, mas também a surpresa por descobrirem que o cantor não se chama Gusttavo. E, sim, Nivaldo Batista Lima.
Nivaldo alterou seu nome de batismo para Gusttavo em 2006, quando formou uma dupla com um amigo chamado Alessandro.
“Quando começamos a banda, disseram que não combinava Nivaldo e Alessandro. Aí pensamos em Fernando e Alessandro e, finalmente, em Gustavo e Alessandro. Aí ficou”, contou o sertanejo em uma entrevista ao g1. A dupla foi desfeita pouco depois. Mas o cantor seguiu adotando o Gustavo para a carreira artística.
O segundo “T” foi incluso por questões comerciais e registros musicais, já que já existia um cantor argentino de mesmo nome.
O nome Nivaldo não foi alterado em sua identidade ou em outros documentos e, de acordo com o artista, a família dele, principalmente o pai e a irmã, o chamam pelo nome de registro.
Prática comum no cenário sertanejo
A prática de alterar o nome de batismo para um mais comercial é bastante comum no mercado sertanejo. Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson.
Zezé, inclusive, já disse ao g1, que “nunca gostou” de seu nome de batismo: Mirosmar José de Camargo.
“Nunca gostei do meu nome, Mirosmar ninguém merece, é um xingamento”, disse de forma descontraída em uma entrevista.
Veja lista com sertanejos que mudaram seus nomes para a carreira artística:
Gusttavo Lima – Nivaldo Batista
Chitãozinho e Xororó – José Lima Sobrinho e Durval de Lima
Henrique & Juliano – Ricelly Henrique Tavares Reis e Edson Alves dos Reis Junior
Bruno e Marrone – Vinicius Félix de Miranda e José Roberto Ferreira
Zezé di Camargo e Luciano – Mirosmar José de Camargo e Welson David de Camargo
Leonardo – Emival Eterno da Costa
Rio Negro e Solimões – José Divino e Luiz Felizardo
Rick e Renner – Geraldo Antônio de Carvalho e Ivair dos Reis Gonçalves
Milionário e José Rico – Romeu Januário de Matos e José Alves dos Santos
Rosa e Rosinha – José Renato Castro e Daniel Cardamone Sanchez
Eduardo Costa – Edson da Costa
Marcos & Belutti – Leonardo Prado de Souza e Bruno Belucci Pereira
Matheus e Kauan – Matheus Aleixo Pinto Rosa e Osvaldo Pinto Rosa Filho
Zé Neto e Cristiano – José Toscano e Irineu Vaccari
Defesa de Gusttavo Lima diz que inocência do cantor será demonstrada

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