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Festas e Rodeios

Alaíde Costa e Ludmilla são exemplos relevantes de mulheres que venceram preconceitos no mundo da música

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Nascidas com diferença de 60 anos, as cantoras e compositoras cariocas merecem saudações no Dia Internacional da Mulher por terem se imposto com altivez nos respectivos universo musicais. Alaíde Costa (à esquerda) e Ludmilla não se conhecem, mas têm muito em comum nas vitoriosas trajetórias artísticas
Daryan Dornelles (Alaíde Costa) / Steff Lima (Ludmilla) – Divulgação / Montagem g1
♪ ANÁLISE – Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é dia de saudar Alaíde Costa e Ludmilla, duas cantoras e compositoras brasileiras, ambas cariocas e ambas negras, que venceram no mundo da música, historicamente dominado por homens brancos. Distanciadas por gerações e gêneros musicais, nascidas com 60 anos de diferença, as pretas venceram.
E cabe a alusão ao título do pagode A Preta venceu (Ludmilla, Cleitinho Persona e Elizeu Henrique) – uma das músicas inéditas apresentadas por Ludmillla do álbum Numanice #3 ao vivo (2024), lançado em 20 de fevereiro – porque as vitórias de Alaíde Costa e Ludmilla são significativas.
Aos 88 anos, Alaíde Costa colhe os frutos de caminhada heroica, iniciada nos anos 1950, década em que das mulheres eram esperadas somente submissão e recato.
Nascida e criada no subúrbio carioca, Alaíde está associada à bossa nova, gênero musical gerado ao longo da década de 1950 em reduto dominado por elite cultural da zona sul da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Em várias ocasiões, Alaíde já revelou ter percebido discriminações veladas no meio da bossa. Mas foi em frente.
Driblando o preconceito, a cantora e compositora – parceira de nomes como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Geraldo Vandré, Johnny Alf (1929 – 2010) e Vinicius de Moraes (1913 – 1980) – sempre gravou o que quis e se recusou a seguir a cartilha imposta pela indústria fonográfica. Pagou preço alto pela independência artística e acabou afastada das grandes gravadoras a partir dos anos 1980.
Contudo, Alaíde Costa está sendo recompensada em vida. O nome da artista atualmente agrega valor em qualquer segmento musical ou empresarial. A preta venceu.
Já Ludmilla, por ter vindo ao mundo em época em que as mulheres já têm voz mais ativa (embora ainda haja muito homem querendo silenciá-las), colheu mais cedo os frutos da vitória.
Perto dos 29 anos, a serem festejados em 28 de abril, a cantora e compositora é atualmente símbolo de poder no universo pop brasileiro em escalada que já começa a extrapolar as fronteiras nacionais (a artista já é atração confirmada na 24ª edição do festival norte-americano Coachella, com show programado no palco principal do evento).
Em outras palavras, a consagração de Ludmilla é espelho que reflete a possibilidade real de ascensão social de mulheres negras periféricas.
Nascida em Caxias (RJ), município da Baixada Fluminense, Ludmilla entrou em cena em 2012. Veio do ainda marginalizado universo do funk carioca, mas hoje navega em outras águas – como as que embalam esta semana o navio do projeto de pagode Numanice – sem jamais ter deixado de valorizar as origens no funk.
Como Alaíde Costa, Ludmilla muitas vezes se sentiu desacreditada pelos homens que comandam a indústria fonográfica. Tanto que decretou a independência fonográfica ao fim de 2023.
Mesmo sem se conhecerem, Alaíde Costa e Ludmilla têm muito em comum. Sobretudo a vitória que merece ser saudada todo dia, mas especialmente neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

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Paolla Oliveira participa da Semana de Moda de Paris, após recuperar o passaporte

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Atriz chegou a ficar ‘presa’ no Aeroporto Charles de Gaulle durante algumas horas até conseguir encontrar o documento. Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris
Paolla Oliveira conseguiu chegar ao seu destino final na França: a Semana de Moda de Paris. No domingo (22), a atriz relatou que ficou algumas horas “presa no aeroporto de Paris” depois de ter perdido o passaporte.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso”, disse. “Tem uma polícia que não me deixa passar para lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim”, relatou. Em uma publicação na rede social, Paolla explicou que encontrou o documento no chão do avião.
Além da atriz, a apresentadora Maya Massafera também esteve presente em um evento da marca Jean Paul Gaultier.
Maya Massafera e Paolla Oliveira na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla Olveira e Maya Massafera na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla encontrou o passaporte no chão do avião
Reprodução/Instagram

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Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, álbum que acompanha ‘Coringa: Delírio a dois’

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Filme estreia no Brasil no dia 3 de outubro. Além de ‘Harlequin’, Gaga lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025. Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, disco que acompanha ‘Coringa: Delírio a Dois’.
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Após muita especulação, Lady Gaga anunciou “Harlequin”, álbum “que acompanha” o filme “Coringa: Delírio a Dois”. O disco será lançado no próximo dia 27.
“Coringa: Delírio a Dois” conta com o retorno do diretor Todd Phillips e do ator Joaquin Phoenix, como o vilão dos quadrinhos da DC, e tem estreia prevista no Brasil em 3 de outubro. A dupla já tinha trabalhado junta no grande sucesso de 2019, que bateu recordes ao arrecadar cerca de US$ 1,08 bilhão nas bilheterias mundiais. Agora, Gaga se junta ao elenco no papel de Arlequina (Lee), par romântico do Coringa.
LEIA TAMBÉM: ‘Coringa: Delírio a dois’ recebe críticas negativas no Festival de Veneza
Assista ao trailer de “Coringa: Delírio a Dois”
Além de “Harlequin”, Gaga afirmou à revista “Vogue” que lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025, e o primeiro single será divulgado em outubro.

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Ivete Sangalo fez melhor show do Rock in Rio 2024, para leitores do g1; Evanescence, Cyndi Lauper, Avenged e Mariah ficam no top 5

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Veja quais foram os artistas preferidos dos fãs, segundo enquete do g1. Ivete Sangalo voa sob plateia do Palco Mundo no Rock in Rio
Ivete Sangalo foi eleita dona do melhor show do Rock in Rio, segundo os leitores e leitoras do g1. A cantora ficou com 35,69% dos votos, seguida por Evanescence e Cyndi Lauper.
RANKING DO G1: Os melhores e os piores shows…
Veja o top 10 de melhores shows do Rock in Rio na enquete do g1
Ivete Sangalo: 35,69%
Evanescence: 28,00%
Cyndi Lauper: 8,60%
Avenged Sevenfold: 6,34%
Mariah Carey: 5,26%
Imagine Dragons: 3,98%
Katy Perry: 3,38%
Deep Purple: 1,47%
Travis Scott: 1,02%
Shawn Mendes: 0,90%

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