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Festas e Rodeios

Martinho da Vila faz cantoria familiar em show no Rio para festejar 50 anos de álbum que marcou época em 1974

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Entre partidos e sambas-enredos de alto quilate, o artista de 86 anos se confirma bamba em cena dividida com as filhas Mart’nália, Analimar Ventapane, Maíra Freitas e Alegria Ferreira. Martinho da Vila celebra reencontro com o público na estreia do show ‘Canta canta, minha gente’ na casa Qualistage, no Rio de Janeiro (RJ)
Babi Furtado e Dantas Jr. / Divulgação casa Qualistage
Resenha de show
Título: Canta, canta, minha gente
Artista: Martinho da Vila
Local: Qualistage (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 27 de abril de 2024
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Há 50 anos, em 1974, Martinho da Vila lançou álbum, Canta canta, minha gente, que consolidou a trajetória do bamba fluminense, revelado em festival de 1967 e projetado dois anos depois com a edição em 1969 de um primeiro álbum de repertório blockbuster.
Com o disco de 1974, Martinho voltou às paradas com a força do LP inicial, a reboque de repertório que destacou o samba Disritmia e a faixa-título na safra autoral desse compositor que, na segunda metade da década de 1960, revolucionara o samba-enredo e trouxera o partido alto para os lares de classe média.
Na noite de ontem, 27 de abril de 2024, Martinho celebrou o cinquentenário do disco Canta canta, minha gente no palco da casa Qualistage, no Rio de Janeiro (RJ), cidade que abriga o artista nascido há 86 anos em Duas Barras (RJ).
A rigor, o conceito do show Canta canta, minha gente se diluiu ao longo do roteiro seguido por Martinho com quatro filhas – Mart’nália, Analimar Ventapane, Maíra Freitas e Alegria Ferreira – no coro e com big band.
Entre sucessos de várias fases dos 60 anos de carreira, o cantor reviveu nove das 12 músicas do disco – faltaram Tribo dos Carajás (Aruanã Açu), Nego vem cantar e Dente por dente – em roteiro bem mais festivo do que o do show anterior do artista, Negra ópera (2023), com o qual Martinho versou sobre os reversos da vida em repertório de tom trágico.
De clima similar à festa feita pelo bamba no show Unidos e misturados (2022), apresentado pelo cantor há dois anos na mesma casa Qualistage, a celebração surtiu efeito entre o público porque a obra de Martinho da Vila é das maiores grandezas da música do Brasil.
Curiosamente, o número de efeito mais catártico foi herdado do show de 2022. Trata-se da versão à moda negra norte-americana de O show tem que continuar (Sombrinha, Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila, 1988) em que Maíra Freitas, já no bis, fez baixar o santo de Elza Soares (1930 – 2022) em terreiro em que jazz, blues e samba estão unidos e misturados.
Em um segundo bis, Martinho fez baixar o ponto de umbanda conhecido como O sino da igrejinha, arremate do álbum de 1974 e do show de 2024.
Martinho da Vila faz o show com as filhas Analimar Ventapane (à esquerda), Maíra Freitas (de amarelo), Alegria Ferreira e Mart’nália (à direita)
Babi Furtado e Dantas Jr. / Divulgação Qualistage
Do disco cinquentenário, apareceram músicas raras nos shows de Martinho. Filha mais famosa do artista, Mart’nália entrou em cena – “Me meti no show”, gracejou ao ser chamada ao palco pelo pai – para cair no suingue de Viajando (Martinho da Vila, 1974) e de Visgo de jaca (Rildo Hora e Sérgio Cabral, 1974), samba conhecido pelas novas gerações por conta da gravação feita pela cantora paulistana Céu no EP Cangote (2009).
Alguns números depois, Mart’nália – que permanecera no palco, tendo se juntado às irmãs no coro – foi novamente chamada pelo pai, desta vez para, no toque da sanfona de Rildo Hora, viajar para o interior do estado do Rio de Janeiro, terra ruralista onde brotou Calango vascaíno (Martinho da Vila, 1974).
Além de cantar o calango, Mart’nália tocou triângulo, instrumento também percutido no número seguinte, Patrão, prenda seu gado, samba seminal de 1931 – de autoria da santíssima trindade formada por Donga (1889 – 1974), João da Baiana (1887 – 1974) e Pixinguinha (1897 – 1973) – emendado com o pioneiro Pelo telefone (Donga e Mauro Almeida, 1916). A lembrança fez sentido porque Martinho regravou o samba de 1931 no álbum Canta canta, minha gente.
Antes da entrada de Mart’nália em cena, Martinho abrira espaço para Analimar dar voz ao samba-enredo Renascer das cinzas (Martinho da Vila, 1974). Alguns números depois, outros sambas-enredo entraram no desfile.
Reouvir Onde o Brasil aprendeu a liberdade (Martinho da Vila, 1971 – Unidos de Vila Isabel, Carnaval de 1972) – cantado com as vozes das quatro filhas do compositor no coro – e Sonho de um sonho (Martinho da Vila, Rodolpho de Souza e Tião Graúna, 1979 – Unidos de Vila Isabel, Carnaval de 1980) é constatar a contribuição inestimável dada por Martinho na fase áurea do gênero com obras-primas de arquitetura singular.
Os sambas-enredos de Martinho da Vila sempre soaram originais, às vezes até arrojados, caso de Gbala – Viagem ao templo da criação (1992), samba com o qual a Unidos de Vila Isabel desfilou no Carnaval de 1993 em enredo reeditado na folia de 2023. No show, Martinho cantou Gbala somente com o toque do violão virtuoso de Claudio Jorge no início do número, finalizado com toda a banda em arranjo envolvente.
Na distribuição do repertório do álbum Canta canta, minha gente, a filha caçula de Martinho, Alegria Ferreira, deu voz – ainda em processo de maturação – à antiga canção romântica Malandrinha (Freire Júnior, 1928).
Na sequência, em tom africano, Alegria refez o medley que une a canção angolana Muadiakime (Bonga e Landa) com Semba dos ancestrais (Martinho da Vila e Rosinha de Valença, 1985) – tal como fizera no álbum Mistura homogênea (2022) e no show Unidos e misturados (2022).
Enfim, a cantoria familiar de Martinho da Vila foi animada e fez jus ao título do show com o Qualistage sendo a casa do bamba.
Desde a abertura com pot-pourri em que o cantor agregou os partidos altos autorais Quem é do mar não enjoa (1969), Saideira (1979), Não chora meu amor (1973) e Segure tudo (1971), até o fim antes do bis com Devagar devagarinho (Eraldo Divagar, 1995), samba que é cara desse partideiro de cadência bem própria, o show do veterano bamba segurou a atenção do público, menos interessado na lembrança do antológico álbum de 1974 do que em ouvir os sucessos que toda a gente adora cantar.
Martinho da Vila segue roteiro de 28 músicas no show
Babi Furtado e Dantas Jr. / Divulgação casa Qualistage
♪ Eis as 28 músicas do roteiro seguido por Martinho da Vila em 27 de abril de 2024 na estreia do show Canta canta, minha gente na casa Qualistage, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com as presenças das filhas Alegria Ferreira, Analimar Ventapane, Maíra Freitas e Mart’nália:
1. Quem é do mar não enjoa (Martinho da Vila, 1969) /
2. Saideira (Martinho da Vila, 1979) /
3. Não chora meu amor (Martinho da Vila, 1973) /
4. Segure tudo (Martinho da Vila, 1974)
5. Canta canta, minha gente (Martinho da Vila, 1974)
6. Tom maior (Martinho da Vila, 1968)
7. Renascer das cinzas (Martinho da Vila, 1974) – com Analimar Ventapane
8. Viajando (Martinho da Vila, 1974) – com Mart’nália
9. Visgo de jaca (Rildo Hora e Sérgio Cabral, 1974) – com Mart’nália
10. Malandrinha (Freire Júnior, 1928) – com Alegria Ferreira
11. Muadiakime (Bonga e Landa) / – com Alegria Ferreira
12. Semba dos ancestrais (Martinho da Vila e Rosinha de Valença, 1985) – com Alegria Ferreira
13. Onde o Brasil aprendeu a liberdade (Martinho da Vila, 1971 – Unidos de Vila Isabel, Carnaval de 1972)
14. Kizomba, a festa da raça (Rodolpho de Souza, Luiz Carlos da Vila e Jonas, 1987 – Unidos de Vila Isabel, Carnaval de 1988)
15. Sonho de um sonho (Martinho da Vila, Rodolpho de Souza e Tião Graúna, 1979 – Unidos de Vila Isabel, Carnaval de 1980)
16. Ciranda de roda (Martinho da Vila, 1984)
17. Calango vascaíno (Martinho da Vila, 1974) – com Mart’nália
18. Patrão, prenda seu gado (Pixinguinha, Donga e João da Baiana, 1931) / – com Mart’nália
19. Pelo telefone (Donga e Mauro de Almeida, 1916) – com Mart’nália
20. O pequeno burguês (Martinho da Vila, 1969)
21. Pra que dinheiro (Martinho da Vila, 1968)
22. Disritmia (Martinho da Vila, 1974)
23. Ex-amor (Martinho da Vila, 1981)
24. Devagar devagarinho (Eraldo Divagar, 1995)
Bis:
25. O show tem que continuar (Sombrinha, Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila, 1988) – com Maíra Freitas
26. Mulheres (Toninho Geraes, 1995)
27. Madalena do Jucu (Martinho da Vila, 1989)
Bis 2:
28. O sino da igrejinha (Ponto de umbanda tradicional)

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Longas caminhadas, busca por sombra, filas para banheiro: g1 mostra que o público se diverte, mas também ‘rala’ no Rock in Rio

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Cidade do Rock tem 385 m² e sete palcos, onde acontecem atrações simultâneas. O espaço foi preparado para receber 700 mil pessoas, mas só tinha um estande vegano. Quanta experiência cabe dentro dos sete dias do Rock in Rio? Durante a cobertura do festival, o g1 acompanhou os fãs em êxtase com os artistas, mas também viu que nem tudo são flores: tem que andar muito de um palco para o outro, pegar sol na cabeça, fila para banheiro… Ou seja, o público se diverte, mas também tem que ter disposição (veja no vídeo acima).
O festival tem um palco principal e um palco secundário, que já são bem conhecidos do público. Mas, há também outros cinco palcos que fazem as atrações acontecerem, muitas vezes, de forma simultânea.
No Global Village, por exemplo, as apresentações étnicas acontecem quase que ininterruptamente. Nesse contexto, é preciso muita disposição para caminhar ou se locomover dentro dos 385 m² da Cidade do Rock.
Um grande espaço, com pouca cobertura. Tirando os lounges e as cabines dos banheiros, o público não tinha muitas opções de lugares com um teto sobre as cabeças, ficando à mercê do clima.
Na primeira semana, um solzinho insistente fez a galera abusar do protetor solar, óculos escuros e bonés. Na segunda semana, uma ventania chegou trazendo chuva e uma mudança no visual: as capas de chuva e manga comprida dominaram. No domingo, o sol reapareceu com muito calor.
Entre um show e outro dos palcos principais, o público revezava o local de descanso. Ora as cangas eram estendidas no gramado próximo ao Mundo; ora próximo ao Sunset. O dormitório a céu aberto, no entanto, foi desfeito, no final da tarde de sábado (21) por conta da chuva.
Banheiros bem cuidados, mas com filas
Os banheiros estavam sempre limpos, arrumados e abastecidos com papel e sabonetes. Cada unidade possuía dezenas de cabines. Mas, para um grande evento, capaz de receber 700 mil pessoas, não é de se espantar que, vez ou outra, as filas davam voltas pelas grades divisórias. Principalmente próximo ao término de algum show.
Outras filas chamativas eram as dos brindes. De algumas marcas, as pessoas chegaram a esperar quase duas horas para participar das atividades.
E não parou por aí. Pois a busca pelos mimos foi tão intensa, que chegou a ter planilha criada pelo público para elencar os melhores presentes dentre cosméticos, comidas, acessórios e roupas.
Comidas e brinquedos
Fila para roda gigante no Rock in Rio neste domingo
Raoni Alves/g1
As opções de comidas no Rock in Rio foram muitas. Mas estande vegano só teve um. Diferente dos hamburgueres, que em cada ponto de alimentação, havia várias opções de marcas diferentes.
Os brinquedos do Rock in Rio sempre foram uma atração à parte, né? Mas, para conseguir se aventurar no parque do rock, era preciso ser rápido.
Os portões do festival abriram, todos os dias, por volta das 14h. Mas, às 14h30 o agendamento para alguns já havia sido encerrado.

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Rock in Rio 2024: Os melhores e os piores shows… Os destaques e as decepções do festival

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Leia as críticas do g1, veja os rankings baseados nestas análises e assista aos principais momentos dos shows mais marcantes do festival (para o bem e para o mal). Mariah Carey canta ‘I want to know what love is’
A edição de 2024 do Rock in Rio, que terminou neste domingo (22), não teve o clássico Dia do Metal, mas viu surgir novos dias temáticos.
O Dia Delas, só com mulheres na programação, foi o melhor do festival, com shows surpreendentes e algumas das melhores performances deste ano. O Dia Brasil, por outro lado, teve mais baixos do que altos, com problemas técnicos, ausências de atrações e atrasos.
A equipe do g1 que esteve na Cidade do Rock e cobriu o festival escreveu críticas sobre todos os shows dos palcos Mundo e Sunset.
Abaixo, leia os rankings dos melhores e dos piores shows do Rock in Rio 2024. Esta lista não leva em conta apenas a relevância e o talento de cada artista. A reação da plateia, a escolha do setlist, a execução das músicas e a parte técnica também foram consideradas.
ENQUETE: Não concorda? Vote no seu show favorito
Os 10 melhores shows do Rock in Rio 2024
10º – Planet Hemp e Pitty
Planet Hemp canta ‘Legalize já’ no Palco Sunset
O Planet Hemp foi da maconha à floresta queimada em show que corrigiu um erro histórico do Rock in Rio. Ainda aceso, a banda entregou finalmente o show que os fãs esperaram por 23 anos no festival. “Vários filhos da p… mandando tacar fogo no Brasil inteiro. Vai se f…, e não quem está tacando fogo, mas quem está mandando tacar. Só barão do agronegócio, só falso pastor gigante”, disse BNegão a uma multidão inflamada por discursos e músicas contundentes. Chamada só nos minutos finais da apresentação, a presença de Pitty foi tímida. Leia mais sobre o show de Planet Hemp e Pitty no Rock in Rio 2024.
9º – Charlie Puth
Charlie Puth canta ‘See You Again’ no Rock in Rio
Charlie Puth esteve de volta ao Rock in Rio depois de sua estreia na edição de 2019. De lá para cá, ele engordou o setlist com mais hits de pop certinho, em sua maioria, dançantes. E ainda teve uma promoção: foi do Palco Sunset para um horário nobre no Palco Mundo. Com mais experiência, Puth garantiu bons momentos com público, em uma espécie de “esquenta” para Ed Sheeran. No fim, porém, Charlie acabou entregando mais do que o headliner. Leia mais sobre o show de Charlie Puth no Rock in Rio.
8º – OneRepublic
OneRepublic canta ‘Counting Stars’ no Rock in Rio
O assovio de “I ain’t worried”, do OneRepublic, foi o sinal para todo mundo levantar os celulares. E gritos emocionados ecoaram pelo Rock in Rio 2024 neste sábado (14). Ryan Tedder, que lidera o grupo, mostrou que é um showman. A ideia dele é fazer um karaokê no festival. E não foi nada difícil. Eles selecionaram um roteiro certeiro para engajar coros e mãos para cima formando ondas. E celulares também. Leia mais sobre o show do OneRepublic no Rock in Rio 2024.
7º – Deep Purple
Deep Purple toca ‘Smoke on the Water’ no Rock in Rio 2024
Se o tema do Rock in Rio esse ano é a celebração de 40 anos de existência, no dia do rock, era impossível ficar sem um representante de peso do rock clássico. A banda convocada para ocupar o espaço foi o Deep Purple. O cultuado grupo inglês mostrou que resistiu às mudanças de formação. Em “Smoke on the water”, ficou bonito quando eles jogaram para a galera cantar o refrão. Leia mais sobre o show do Deep Purple no Rock in Rio 2024.
6º – Matuê com Wiu e Teto
Matuê: ‘Já que a gente não pode acender no palco…’ ao início da música ‘Quer Voar’
Se há um astro do rap com apelo jovem no Brasil, o nome dele é Matuê. Em sua estreia no Palco Mundo, o artista cearense de 30 anos rimou sobre sexo e maconha para uma multidão formada principalmente por garotos adolescentes. “Já que a gente não pode acender no palco…”, brincou antes de emendar: “Passa o Bic, põe no ar…”. Maior sucesso do artista, “Quer Voar” serviu para colocar fogo na plateia. Matuê é quase um sinônimo da versão brasileira do trap — uma vertente mais arrastada do rap, que tem feito sucesso nas paradas musicais. Leia mais sobre o show de Matuê no Rock in Rio 2024.
5º – Travis Scott
Travis Scott incendeia palco mundo no Rock in Rio
Travis Scott fechou o primeiro dia de Rock in Rio, uma sexta-feira dominada pelo trap, sub estilo do rap que vai muito bem nas paradas, e chamou três fãs ao Palco Mundo. Mesmo começando com 40 minutos de atraso, o show foi o auge de uma noite de batidas graves, vozes distorcidas e letras sobre os vários prazeres da vida. Ao som de beats psicodélicos e pesados, Travis versa sobre o caos e provoca o caos. Poucos rappers em atividade têm esse poder de fazer um monte de gente se esgoelar, pular o mais alto que pode ou se jogar em rodas com tanta intensidade. Leia mais sobre o show de Travis Scott no Rock in Rio 2024.
4º – Pra Sempre Sertanejo
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio
Poucos shows desta edição tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicada ao sertanejo. Contra a resistência de parte dos frequentadores (especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora), o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera. A organização acertou ao escolher Chitãozinho e Xororó para conduzir o show com participações de Simone Mendes, Ana Castela, o rapper Cabal e Junior, filho de Xororó. Luan cancelou sua participação por causa de atraso na programação. Leia mais sobre o show Para Sempre Sertanejo no Rock in Rio.
3º – Cyndi Lauper
Cyndi Lauper canta em coro o sucesso ”Girls Just Want to Have Fun” no Rock in Rio
Cyndi Lauper é um ícone da música pop, do feminismo e da moda, mas já teve que lidar com críticas de que não manda bem ao vivo. Nesta sexta-feira (20) de Rock in Rio, a cantora nova iorquina de 71 anos oscilou um pouco, principalmente no começo. Mesmo assim, entregou um grande show. Tudo foi dando certo ao longo da noite. E há de se levar em conta que ela canta bem e não usa recursos dos quais outras cantoras abusam. Quase tudo o que se ouve vem do gogó dela e de seus vocalistas de apoio. Leia mais sobre o show de Cyndi Lauper no Rock in Rio.
2º – Ivete Sangalo
Ivete Sangalo voa sob plateia do Palco Mundo no Rock in Rio
Ivete Sangalo mostrou por que, há 30 anos, é a maior diva pop do Brasil. Em um show com surpresas, ela voou sobre a plateia presa a cordas e beijou a cantora Liniker ao apresentar uma música inédita. A cada show, no entanto, Ivete maceta a rejeição com a experiência e a energia de quem está acostumada a orquestrar uma multidão de cima de um trio elétrico por horas a fio. “Macetando”, hit absoluto do carnaval de 2024, teve milhares de pessoas na plateia reproduzindo a coreografia viral. Leia mais sobre o show de Ivete Sangalo no Rock in Rio.
1º – Mariah Carey
Mariah Carey canta ‘We belong together’
Mariah Carey entregou o que seus fãs queriam: dois looks que vão ser comentados durante toda semana e uma sequência de hits super bem cantados que a fizeram vender mais de 150 milhões de discos. A cantora americana faz o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira sem playback e com seus agudinhos característicos. Com uma plateia tão entregue e emocionada, não existe motivo para perpetuar o clichê roqueiro de que o Rock in Rio é um festival para quem não gosta de música. Talvez ele seja um festival para quem gosta de música que VOCÊ não gosta. Leia mais sobre o show de Mariah Carey no Rock in Rio.
Os 5 piores shows do Rock in Rio 2024
5º pior – 21 Savage
21 Savage anima público do Rock in Rio com o hit “Rockstar”
O rapper 21 Savage fez a sua estreia em solo brasileiro com uma apresentação de menos de uma hora. Seu DJ, Marc B, foi o responsável por convocar o público para frente do palco em uma performance de 15 minutos. Com pouca interação e sem tantos hits próprios, o clima de sua primeira vez no Brasil foi mais de contemplação do que de empolgação. Faltaram as tradicionais rodinhas, coros gritados e celulares para cima comuns em shows de trap. Leia mais sobre o show de 21 Savage no Rock in Rio.
4º pior – Akon
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Akon parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos. O cantor cometeu uma gafe ao falar “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo. O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou após poucos segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha. Muitas gafes para um show só. Leia mais sobre o show de Akon no Rock in Rio.
3º pior – Luísa Sonza
Luisa Sonza canta ‘Folhetim’ e emenda em ‘Chico’
Para fisgar o público em sua estreia no Palco Mundo, Luísa Sonza privilegiou seu repertório mais dançante, com coreografias virais reproduzidas por uma multidão. Na correria para incluir a maior quantidade de sucessos, ela cortou músicas já curtas originalmente. Deu a sensação de estar vendo o TikTok. A voz teve mais espaço num bloco de canções mais intimistas, no meio do show. Luísa evoluiu vocalmente. Mas, na ânsia para deixar isso bem claro, ela exagera na gritaria em músicas como “Penhasco”. Leia mais sobre o show de Luísa Sonza no Rock in Rio.
2º pior – Will Smith
Will Smith agita o público no Rock in Rio com o hit “Gettin’ Jiggy With It”
Escalado de última hora para cantar no festival e alavancar as vendas desta quinta-feira, Will Smith fez uma performance de 25 minutos no Palco Sunset. É maldade dizer que o papel de rapper em recomeço de carreira seja um dos piores já interpretados por ele. Mas não deixa de ter certo sentido. Acompanhado de dez dançarinas, Smith começou pocket show rimando em português, em uma parte da música “Bad Boys”. Mas, na maior parte do tempo, o som estourado e mal equalizado impedia a maioria de ouvir o que ele estava cantando. Leia mais sobre o show de Will Smith no Rock in Rio.
1º pior – Journey
Veteranos do Journey cantam ‘Don’t Stop Believin’ no Palco Mundo
O show do Journey instaurou um clima de vergonha alheia. Com exceção de “Don’t Stop Believin'” e “Anyway You Want it”, quase nada animou o público. Para piorar, o som não foi dos melhores. Começou bem baixo — a ponto de o vocalista Arnel Pineda ficar perguntando para o público se dava para ouvir os instrumentos direito. Além disso, seu gogó parecia o de alguém que trabalha com qualquer função que não seja cantar. Um vocal simultaneamente desafinado, estridente e afobado. Sem dúvidas, não será fácil tirar de Arnel o título de pior vocalista desta edição do festival. Leia mais sobre o show do Journey no Rock in Rio 2024.

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Shawn Mendes mostra que cresceu em retomada da carreira com músicas do novo álbum no Rock in Rio

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Cantor encerrou a edição de 40 anos do festival, na noite deste domingo (22). Ele vai lançar o seu quinto trabalho de inéditas em outubro. Leia a crítica do g1. Shawn Mendes canta “Heart of Gold”
O show de Shawn Mendes que encerrou esta edição do Rock in Rio neste domingo (22) foi um reencontro seu com seus fãs depois de dois anos de pausa na carreira. Ele mostrou que cresceu, se entregou e está pronto para uma nova empreitada.
Mendes não fazia um show de fato desde 2022, quando interrompeu a turnê “Wonder” para cuidar da saúde mental.
Agora, de volta ao jogo, ele anunciou seu quinto álbum de inéditas, “Shawn”, previsto para outubro. Ele chegou a mostrar as novas músicas em duas apresentações, em Londres e Nova York.
Sem uma turnê anunciada, era difícil prever o que poderia rolar no show por aqui. Mendes optou por trazer um pouco do roteiro da turnê de “Wonder” e agradar os fãs brasileiros dando uma palhinha do novo trabalho, uma não, quatro, entre elas, “Heart of gold”, que ainda não foi lançada.
Público vibra e canta junto com Shawn Mendes o hit “Señorita”
O roteiro começou já com um dos seus sucessos, “There’s nothing holdin’ me back”, do álbum “Illuminate”, fogos de artifício e muitos, muitos coros, e muitos pulinhos também.
Uma decepção para quem estava lá no fundo: o telão não funcionou até a metade da música e ficou impossível ver o rapaz.
“Eu te amo”, soltou de cara em português.
Ele seguiu com “Wonder” e “Treat you better” continua levantando os fãs mais apaixonados.
“Faz muito tempo que eu não estava em um palco assim. Isso é lindo”, disse. “Muito obrigado, Rio”
Nessa pegada mais de balada, o cantor mandou “Monster”, sua parceria com Justin Bieber.
Ele tem presença, se joga na performance e segura a onda apenas com a banda, que fica afastada ao fundo.
Lá nos idos de 2017, Mendes, então com 19 anos, fez a sua estreia no Rock in Rio, já no Palco Mundo. Era o caçula entre as atrações e estava encarando a maior plateia da sua carreira até então.
O moço provou que tinha competência, numa pegada soul pop à la John Mayer, sem falcatruas. Mas também mostrou que ainda precisava amadurecer, especialmente, nos vocais.
Agora, já com o status de estrela do pop, ele foi alçado a headliner do Palco Mundo, para encerrar o festival.
Ficava difícil acompanhar o espetáculo que Mariah Carey fez minutos antes de Sunset. Mas ele conseguiu engajar, mostrou que amadureceu e ainda exibiu mais habilidade vocal.
Mendes faz brincadeiras, conversa, conta sobre seus últimos anos, tira a camisa, pergunta como a plateia está e solta “te amos” em português.
Do repertório, “Señorita”, que divide com Camila Cabello, é um hit que rodou o mundo e a recepção aqui não poderia ser diferente.
Os coros na levada mais sexy dominaram todo o espaço do Rock in Rio. Ele retribui com o sorriso orgulhoso ver a multidão cantar junto.
“Stitches” é outra que causa reação bonitinha da plateia, do tipo cantarem de olhos fechados.
“Eu lembro quando eu vim para cá pela primeira vez, em 2017. E genuinamente, meu coração se abriu. Alguma coisa aconteceu que meu coração abriu”, disse para a plateia.
“Nos últimos dias, fiquei pensando no país e nas pessoas daqui, a verdade é que apesar de o Brasil sofrer, tem as pessoas mais iliminadas. A gente vem e vocês dançam, cantam, amama. Vocês têm muito a ensinar ao mundo”, falou antes de lembrar um trecho de “Mas que nada”.
Antes de “It’ll be olkay”, ele contou sobre sua pausa na carreira. Disse, entre outras coisas, que não sabia se voltaria a pisar novamente em um palco.
“Passei tempos com a minha família e meus amigos e percebi que não estou sozinho no mundo”, disse. “E de volta no palco, eu não precisava fazer muita coisa, porque eu tenho 200 mil brasileiros comigo. Vocês fazem ficar divertido.”
O momento deu o gancho para o bloco das músicas novas, parte de “Shawn”. O álbum é mais pessoal, de seus questionamentos sobre a vida e até um olhar para a simplicidade das coisas.
“Isn’t that enough” foi a primeira delas, seguida por “Nobody knows”, ambas de pegada mais country e que já foram lançadas como singles.
Ele contou também sobre a perda de um de seus melhores amigos, anos atrás, por overdose, e do difícil processo de aceitar a morte.
“Pensei nele nesses últimos anos e decidi que escreveria uma carta”, contou, antes de apresentar “Heart of gold”, que ainda inédita. A música foi emendada com trecho de “Pumped up kicks”, do Foster the people.
“Está calor?”, pergunta para a plateia. Ele ainda arranca alguns decibeis a mais dos fãs quando é convencido de tirar a regata branca.
Sem camisa, Mendes conseguiu fazer quem estava sentado levantar e gritar com toda força — ele aproveitou a turma pulando para mandar a animadinha “Why why why”, também da nova safra.
O cantor retorna para a reta final do show, com a música “If I can’t have you”, o cover de “Message in a bottle”, do The Police, “Mercy” e encerra com o hit “In my blood”.
Shawn Mendes está mesmo afim de voltar aos palcos. A expectativa agora é que ele volte ano que vem para o Lollapalooza, com um show novinho em folha.

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