Connect with us

Festas e Rodeios

Dua Lipa muda sonoridade no álbum ‘Radical Optimism’… não exatamente para melhor; g1 ouviu

Published

on

Algumas pessoas dizem — com um quê de maldade — que as músicas dela são todas iguais, mas novo álbum é diferente: tem toque psicodélico e som mais confuso; leia análise do g1. A cantora Dua Lipa
Reprodução/Spotify
Muita gente gosta de falar — com um quê de maldade — que todas as músicas de Dua Lipa são iguais. Não é bem assim. No novo álbum “Radical Optimism”, lançado nesta sexta-feira (3), ela muda sua sonoridade… não exatamente para melhor.
A cantora anglo-albanesa, hoje com 28 anos, lançou seu primeiro disco em 2017. Um trabalho impulsionado pelo sucesso de “New Rules”, hit colante com regras para não cair nos braços de um boy lixo. O impacto cultural foi tão intenso que, de repente, famosas passaram a fazer de tudo para se parecer com ela.
Depois, veio “Future Nostalgia” (2020), que fez valer o título com um bom dark pop retrô futurista. Promovidas no início da pandemia de Covid, as faixas viraram trilha obrigatória de festas solitárias e conversas por Zoom no isolamento.
Capa do álbum ‘Radical Optimism’, de Dua Lipa
Divulgação
Mas, ao lançar “Houdini” e “Training Season”, primeiros singles do terceiro trabalho, a artista se viu sob uma chuva de comentários apontando similaridades demais em seu repertório. Ela respondeu á revista “Time”:
“Eu sou uma pessoa diferente, então é claro que esse álbum vai ser diferente. Tenho pensamentos, desejos, necessidades e perspectivas diferentes.”
Toque psicodélico
Vamos por partes: no “Radical Optimism”, a cantora continua, sim, se esbaldando na fórmula bem trabalhada de letras empoderadas sobre relacionamentos, com batidas de dance retrô.
Mas o álbum soa mesmo diferente: enquanto o “Future Nostalgia” tinha um foco bem definido — reimaginar a música dançante dos anos 70 e 80 com uma embalagem atual –, o novo disco fica um tanto perdido, confuso.
Em entrevistas, Dua definiu o “Radical Optimism” como um trabalho centrado na cultura rave do Reino Unido com toques de pop psicodélico e do britpop dos anos 1990, de bandas como Oasis.
A parte psicodélica tem a ver com a produção de Kevin Parker, o líder criativo da excelente banda de indie rock Tame Impala. A influência dele fica clara em músicas como “Whatcha Doing”, com introdução hipnotizante e um som mais funkeado.
Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, durante show no Lollapalooza 2023, em São Paulo
Fábio Tito/g1
Já o britpop aparece, bem de leve, na guitarra acústica de “These Walls”, faixa menos dançante com espaço para Dua cantar como se estivesse num luau na praia — quem pega o violão nesse tipo de festa dificilmente escapa de algum hit do Oasis.
De modo geral, no entanto, essas referências aparecem muito, muito diluídas no disco, com melodias que lembram mais o pop europeu setentista dos suecos do ABBA.
Low profile
Nas letras, Dua Lipa continua falando de desventuras em encontros românticos: as dores e delícias da vida de solteira. Em “Anything for Love”, ela reflete sobre a busca incessante por um relacionamento sólido: “Lembra quando costumávamos fazer qualquer coisa por amor?”, questiona.
Em “Houdini”, desafia um ficante a provar que ele merece sua atenção, antes que ela suma como mágica. E em “End of an Era”, primeira das 11 músicas, projeta um “felizes para sempre” precipitado, rimando “pleasure” com “together” e “forever”.
Ela é uma artista que consegue se manter discreta numa época em que confundir limites entre música e vida pessoal se tornou o negócio mais lucrativo do pop. Assumir uma postura “low profile” desafia as leis do mercado, e alguns artistas tem conseguido entregar conceito sem entregar fofoca: Beyoncé e Frank Ocean são alguns exemplos.
Dua Lipa posa no tapete vermelho enquanto participa do 66º Grammy Awards em Los Angeles
Mario Anzuoni/Reuters
Mas Dua Lipa ainda não encontrou seu equilíbrio. Suas músicas carecem de rosto e identidade. As histórias são tão superficiais que fica difícil se identificar com alguma coisa.
No “Radical Optimism”, os únicos versos que se destacam são os de “Maria”, uma homenagem à ex do seu atual. Sobre uma linha de baixo marcante, ela canta a linha tênue entre o respeito e a fixação por sua antagonista. “Maria, eu sei que você se foi, mas eu te sinto quando estamos sozinhos”.
De bom, o terceiro álbum de Dua também tem a voz rasgada da cantora brilhando em “Falling Forever”, um pop bem clássico, sem pretensão, mas com refrão gritado que vai funcionar muito bem ao vivo — em junho, ela será uma das principais atrações do festival Glastonbury, na Inglaterra.
E o toque psicodélico de Parker, principal marca do álbum, dá estranheza e complexidade a alguns arranjos. Mas não chega a tornar o “Radical Optimism” um disco profundo. O pop nem sempre precisa ser, né? Às vezes, são só músicas muito boas para ouvir na academia.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Mariah Carey faz o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira para plateia emocionadíssima

Published

on

By

Cantora encerrou programação do palco neste domingo (22), último dia do Rock in Rio 2024. Leia crítica do g1. Mariah Carey canta ‘We belong together’
Mariah Carey merecia uma apresentação deste porte por aqui, após alguns perrengues em vindas anteriores ao Brasil. A popstar americana fez o mais aguardado show no Palco Sunset em todas as edições do Rock in Rio.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
Neste domingo (22), Mariah entregou o que seus fãs queriam: looks que vão ser comentados durante toda semana e uma sequência de hits em versões às vezes mais curtas. A ideia era ter tempo de cantar mais canções do repertório que a fez vender mais de 150 milhões de discos.
Mariah Carey canta ‘Hero’
Entre tantos pontos altos, o show cresce em baladas clássicas como “Hero”, cantada no final do primeiro ato do show. A emoção nessa só é superada pelo final, com “| Want To Know What Love Is”. As canções de levada R&B também cativam os fãs, com destaque para “Touch My Body” e “We Belong Together”.
Ela tem uma banda de apoio, três vocalistas de apoio e sete dançarinos, mas obviamente o que importa é ouvir ao vivo uma das vozes mais influentes da história do pop americano. Ah, e não há chance de se insinuar que ela faça uso de playback, ok? Falar que ela dubla seria absurdo.
Mariah provou que canta bem de tudo quanto é jeito, com seus característicos agudinhos matadores. Ela ainda mantém intacto o estilo de movimentos econômicos pelo palco. A diva é famosa, por exemplo, pela predileção em soltar a voz e manter respiração e afinação até mesmo sentada, posição pouco recomendada por técnicos vocais.
Mariah Carey canta ‘Touch My Body’
Ela poderia estar no palco considerado principal, é claro, e os fãs tinham razão de reclamar. Mas isso foi mero detalhe. Pesa aqui o fato de o Palco Sunset ter pela primeira vez o tamanho do Palco Mundo e uma potência de som bem superior à de outras edições.
O único porém talvez seja o tempo de show: ela cantou só por uma hora e poderia fazer uma performance mais longa caso fosse headliner da noite. A necessidade de cortar o show tira do setlist, por exemplo, a lindíssima versão de “Without you”.
A cantora de 55 anos apresentou sua turnê “The Celebration of Mimi”, que começou como uma residência em Las Vegas. O objetivo desta tour é celebrar os 20 anos do álbum “The Emancipation of Mimi” e apresentar, de forma didática, cada uma de suas eras.
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Esta vinda de Mariah para cantar em São Paulo e no Rock in Rio também pode ser considerada o fim de uma maldição. Ela esteve no Brasil para eventos fechados e programas de TV, em 1999, 2002 e 2009.
Em 2010, finalmente fez um show aberto ao público, na Festa do Peão de Barretos. Mas Mariah subiu ao palco por volta da 1h30, sob protestos e vaias por causa do atraso de 90 minutos. A arena não lotou e ela disse que estava cantando para “os fãs de verdade”.
No Rock in Rio, eles também estavam presentes. Alguns tentavam adivinhar exatamente o que ela iria dizer entre as músicas. Outros imitavam com a boca as batidas das músicas mais dançantes, fazendo um atrapalhado e cativante coro (?) de beatbox (??).
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Alguns grupinhos também puxaram a versão em português gravada por Sandy & Junior para “I’ll be there”, mas por sorte não conseguiram maior engajamento.
Com uma plateia tão entregue e emocionada, não existe motivo para perpetuar o clichê roqueiro de que o Rock in Rio é um festival para quem não gosta de música. Talvez ele seja um festival para quem gosta de música que VOCÊ não gosta.

Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Festas e Rodeios

Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris

Published

on

By

Atriz passou por momentos de apuros no mesmo dia em que o namorado, o cantor Diogo Nogueira, se apresentava no Rock in Rio. Ela foi liberada horas depois. Atriz compartilhou perrengue em aeroporto em suas redes sociais
Reprodução/Instagram
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais neste domingo (22), a atriz Paolla Oliveira contou que ficou detida por algumas horas no aeroporto de Paris após perder seu passaporte.
O “perrengue chique” aconteceu no mesmo dia em que seu namorado, o sambista Diogo Nogueira, se apresentou no Rock in Rio 2024 em show que homenageou a cantora Alcione. Paolla não acompanhou a performance do amado por motivos profissionais: ela vai participar da Paris Fashion Week 2024.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso. Tem uma polícia que não me deixa passar pra lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim. Será que a gente não podia usar um artifício daquele de TikTok que fazem assim: ‘Pá!’? E aí aparece lá do outro lado”, diz a atriz no vídeo.
Ela compartilhou ainda que foi ameaçada de deportação, antes de conseguir a liberação e, finalmente, entrar no país.
VEJA TAMBÉM
Alcione e Péricles cantam ‘Me vira a cabeça’

Continue Reading

Festas e Rodeios

Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio

Published

on

By

Músico faz show nostálgico com carisma e homenagens ao Brasil, mas se perde em desejo pela festa. Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
O cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade. 
Akon também cometeu uma gafe ao falar  “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram muito o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

Akon conta companhia do cantor mascarado Benny-Demus no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.