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Festas e Rodeios

1ª turnê gringa de Anitta tem público médio de 2.500 pessoas e casas de show históricas

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Cantora passará por 13 países. Sem previsão de vir ao Brasil, ela disse que público do país ‘não está muito afim de pagar’ por grandes eventos, mas números mostram o contrário. Anitta no clipe de ‘Funk rave’
Divulgação
Na primeira grande turnê internacional da carreira, Anitta viajará por 13 países da América do Norte, do Sul e da Europa se apresentando em locais de dimensões pequenas, que cabem em média cerca de 2.500 pessoas.
A The Baile Funk Experience Tour segue o lançamento do “Funk Generation”, ambicioso álbum de funk, fortemente inspirado pelos sons que tocam em bailes funk do Rio, de São Paulo e Belo Horizonte.
LEIA MAIS: 5 músicas para entender por que ‘Funk Generation’ é o melhor trabalho da carreira de Anitta
Por que ‘Funk Generation’ é o melhor álbum da carreira de Anitta
A série de shows foi anunciada como uma espécie de reprodução dessas festas: uma “experiência de funk única em locais íntimos”. Os preços dos ingressos variam a depender do local da apresentação: podem custar desde o equivalente a R$ 192 em Bogotá, na Colômbia, a mais de R$ 1.100 em Toronto, no Canadá.
Na divulgação enviada à imprensa internacional, a turnê de Anitta é descrita assim: “É mais que um show: é uma celebração no estilo favela, um espetáculo cheio de dança para conhecedores de cultura. Uma oportunidade única para desfrutar da energia da vibrante cena musical brasileira.”
E os brasileiros?
O público brasileiro, no entanto, não tem previsão para viver tal experiência. Numa conversa com jornalistas sobre a turnê e o novo disco, ao ser questionada sobre datas no país, Anitta disse que os shows no Brasil terão que ser maiores — e que o público não topa pagar pelos custos, uma declaração que gerou polêmica:
“A gente está pensando em como fazer isso acontecer [os shows no Brasil]. Uma coisa é fazer shows pequenos, como estamos fazendo em outros países. Esse evento maior requer tempo e estrutura, e a galera não está muito afim de pagar para ir em eventos desse tipo.”
“Quando é show internacional, todo mundo quer pagar zilhões. Mas estamos tentando fazer [grandes shows no Brasil], independentemente disso”, acrescentou.
Os números dizem o contrário: um levantamento da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) mostra que, entre janeiro e outubro de 2023, o setor de eventos e cultura teve crescimento acumulado de 46,6% no país. O consumo no segmento movimentou R$ 96,7 bilhões, resultado 12,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022, de R$ 86 bilhões.
Com a demanda represada da pandemia, o Brasil passou a viver, a partir de 2021, uma corrida por ingressos, que ainda não desacelerou. Shows e festivais esgotam em minutos. Atrações brasileiras que no auge se apresentavam em locais de médio porte estão marcando reencontros ou despedidas em estádios. É o caso de NX Zero, Forfun e Natiruts.
Lugares históricos
Trabalhando para firmar seu nome no mercado internacional desde 2016. Anitta dará, com a The Baile Funk Experience Tour, um dos passos mais decisivos de sua trajetória.
Com os álbuns “Kisses” (2019) e “Versions of Me” (2022), ela chegou a se apresentar fora do Brasil e em programas de TV dos Estados Unidos, da América Latina e da Europa. Também participou de premiações internacionais e, em janeiro de 2022, fez uma bem-sucedida performance no Coachella, maior festival de música pop do mundo, que acontece na Califórnia (EUA). Mas essa será a primeira vez que a brasileira embarcará em uma ampla e estruturada turnê mundial, com passagens por três continentes.
Imagem promocional da turnê ‘Baile funk experience’, de Anitta
Reprodução / X Anitta
O primeiro show acontecerá no dia 18 de maio, em um espaço histórico da Cidade do México. Desde 1937, o Salon Los Angeles recebe pessoas que querem dançar salsa, cumbia e cha-cha-cha ao som das orquestras que tocam ao vivo esses e outros ritmos latinos. Hoje, o local também tem aulas de dança e shows variados.
Grande parte das casas de show escolhidas por Anitta tem alguma relação com a produtora de eventos Live Nation e capacidade para entre 2 mil e 5 mil pessoas. A empresa costuma investir em lugares dedicados a outras atividades (cinemas, ginásios esportivos, cassinos), para transformá-los em casas de show. Esse é o caso dos palcos de Toronto e Chicago (EUA), por exemplo.
Entre os lugares que vão receber a The Baile Funk Experience, um dos mais prestigiados é o Brooklyn Paramount, na descolada região de Downtown Brooklyn, em Nova York (EUA). Quando abriu suas portas em 1928, ele era conhecido como “o primeiro cinema da América construído pensando no som”. A programação era dominada por filmes sobre música.
Antigo cinema, espaço Brooklyn Paramount receberá turnê de Anitta em Nova York (EUA)
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Nos anos 30, o espaço passou a apresentar big bands de jazz e artistas como Ella Fitzgerald, Miles Davis e Duke Ellington. Nos anos 50, o Brooklyn Paramount foi importante com shows na era de consolidação do rock n’ roll, com performances de Ray Charles, Chuck Berry e Buddy Holly.
Depois dessas duas eras, o lugar passou a ser um ginásio esportivo, mas reabriu em março de 2024, como uma casa da Live Nation para 2 mil fãs. Liam Gallagher, Norah Jones, NOFX, Sting, Belle & Sebastian, Black Pumas e Sean Paul tocaram ou vão tocar no espaço. Anitta tem a mesma expectativa de público de atrações como Norah Jones e St. Vincent, cantoras que marcaram dois shows seguidos por lá.
Em Miami (EUA), Anitta vai se apresentar no Fillmore, uma versão na Flórida do que o Brooklyn Paramount representa para Nova York. O espaço para 2.700 pessoas surgiu como um cinema nos anos 50 e virou palco dos maiores nomes do rock nas décadas seguintes: Velvet Underground, Pink Floyd, Grateful Dead, Jimi Hendrix, Frank Zappa, Cream, The Who e The Doors tocaram lá. Hoje, é uma casa da Live Nation com line-up variado.
Show na casa Fillmore, em Miami, onde Anitta vai se apresentar com sua The Baile Funk Experience
Divulgação
Em Orlando (EUA), a brasileira vai encontrar um espaço menos histórico com programação dividida entre shows de stand-up comedy, rock clássico e pop latino.
Em Boston, o público deve ser um pouco maior do que a média da tour. O MGM Music Hall, operado pela Live Nation, recebe até 5 mil fãs. Roberto Carlos tem show marcado por lá no final de junho. Além do rei, artistas relevantes da nova safra da música marcaram shows no lugar: Tate McRae, The Kid Laroi e Madison Beer, por exemplo.
Na América do Sul, a maioria dos lugares tem programação dominada por artistas um pouco mais alternativos. É o caso do Basel, em Santiago, no Chile, onde nomes do eletrônico como Disclosure e Flume já tocaram para cerca de 3.500 pessoas. O Teatro Vorterix, de Buenos Aires, tem capacidade para 1.500 pessoas e shows de cantoras indies como Raye e Sigrid. No ano passado, Armandinho se apresentou lá.
O histórico teatro Metropol, em Berlim, foi construído em 1905 e deve ser um dos pontos altos da parte europeia da turnê. Após se dedicar à música clássica, o espaço alemão adotou o rock com shows de nomes como Depeche Mode, The Jesus and Mary Chain, Red Hot Chili Peppers, Pixies e Sonic Youth nos anos 80.
Teatro Metropol, onde Anitta fará show de turnê internacional em Berlim
Divulgação
O holandês Melkweg também foi importante para a história do rock local. Em 1980, por exemplo, o U2 fez por lá seu primeiro show fora do Reino Unido ou da Irlanda.
Uma curiosidade da programação do O2 Kentish Town Forum, em Londres, é que a banda brasileira Cansei de Ser Sexy vai se apresentar na casa de shows um dia antes de Anitta. O local faz parte de um conjunto de espaços de médio porte da produtora Academy Music Group, parceira da Live Nation, com 20 casas no Reino Unido.
Além de espaços de médio porte na Itália e França, Anitta fará dois shows na Pacha, boate da ilha espanhola de Ibiza. A casa voltada para a música eletrônica é conhecida por abrir filiais pelo mundo e já teve um espaço em São Paulo. Também na Espanha, ela vai se apresentar em Barcelona (Razzmatazz) e Madrid (Sala La Riviera), clubes com shows, mas também conhecidos pelas baladas.

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Luísa Sonza grita muito, mas canta pouco em show de hits virais no Rock in Rio; leia crítica

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Em estreia no Palco Mundo, cantora privilegiou repertório dançante, mas ficou sem fôlego em medleys acelerados. Em músicas intimistas, ânsia para mostrar evolução vocal atrapalhou. Luisa Sonza canta ‘Folhetim’ e emenda em ‘Chico’
Para fisgar o público em sua estreia no Palco Mundo do Rock in Rio, a cantora gaúcha Luísa Sonza privilegiou seu repertório mais dançante, com coreografias virais reproduzidas por uma multidão neste domingo (22), último dia do festival.
O festival está sendo transmitido no Globoplay e no Multishow.
Foi um show bem diferente do apresentado em sua última participação num festival do mesmo grupo do Rock in Rio: o The Town, em São Paulo, em setembro de 2023. Naquela ocasião, Luísa havia acabado de lançar “Escândalo Íntimo”, álbum em que propõe expor faces mais profundas de sua personalidade. Com um repertório mais próximo da MPB, ela substitui letras sobre sexo e graves de funk por melodias carregadas e reflexões sobre amor, angústia e decepção. Para inaugurar a nova fase, preferiu uma performance mais recatada.
Luísa Sonza canta no Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Já no Rock in Rio, ela retomou hits sensuais que a transformaram em uma das artistas femininas mais ouvidas do país. Luísa ficou conhecida, além das fofocas com seu nome, por hits com letras apimentadas e coreografias insinuantes que, talvez por serem tão difíceis de reproduzir, viraram sensação nas redes.
Ela dedicou o início e a parte final da apresentação a esse repertório. Em “Dona Aranha”, desceu com o bumbum empinado e a mão no chão para mostrar como a dona aranha sobe pelas paredes do quarto. Um passo parecido apareceu para imitar outra espécie em “Anaconda”. No palco, a cantora é acompanhada por um ótimo balé.
Também entraram “Campo de Morango”, “Toma”, “Modo Turbo”, “Cachorrinhas”, “Sentadona”, “Braba” e “Sou Musa do Verão”, gravada em parceria com o DJ americano Marshmello. Na correria para incluir a maior quantidade possível de sucessos, Luísa cortou músicas que já são curtas originalmente. Deu a sensação de estar vendo o TikTok.
Luísa Sonza se apresenta no Rock in Rio 2024.
Stephanie Rodrigues/g1
Também ficou sem fôlego ao precisar coordenar os passos de dança do medley acelerado. Por causa disso, cantou pouco as faixas mais agitadas, deixando a função para o público, que correspondeu.
A voz teve mais espaço num bloco de canções mais intimistas, no meio do show. Luísa evoluiu vocalmente ao longo da carreira. Mas, na ânsia para deixar isso bem claro para todo mundo, ela exagera na gritaria em músicas como “Penhasco” e “Penhasco2” — também apresentadas em versões reduzidas.
Ela também pesou a mão ao mostrar um trecho à capela de “Folhetim”, música de Chico Buarque, antes de emendar sua “Chico”, hit romântico do fim do ano passado, indicado ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa em 2024. “Essa música vai ganhar um Grammy”, torceu a cantora.
Em 2023, Luísa fez “Chico” em homenagem ao então namorado, o influenciador Chico Veiga, mas o romance terminou com um relato de traição no programa “Mais Você” (TV Globo). Desde então, ela apresenta o refrão substituindo o nome dele por um trecho do clássico de Chico Buarque: “Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres…”.
Sem tanta ornamentação vocal, Luísa foi muito melhor na performance de “Principalmente me Sinto Arrasada”, música do “Escândalo Íntimo” que tem mudanças bruscas de melodia, com todas funcionando bem ao vivo. Em cena, ela interpreta a letra da música atuando com expressões histéricas — e dá uma piscadinha para a câmera que filma as imagens do telão, quebrando a quarta parede, como dizem na linguagem teatral.
Também criou um momento bonito em “Melhor Sozinha”, que tem versão gravada com Marília Mendonça (1995-2021). “Essa é uma das músicas mais importantes da minha carreira porque me permitiu ter uma música com uma das melhores cantoras que já pisaram nesse mundo”, disse.
No fim, Luísa homenageou outra referência, ao cantar “Lança Menina”, que sampleia “Lança Perfume”, de Rita Lee. No telão, apareceu um vídeo viral da artista, criticando alguém por ser “toda boazinha, toda do bem, tão galera”.

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Rock in Rio: Fãs jovens aprovam presença de pop e sertanejo no festival

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Edição de 2024 teve a maior presença de nomes pop da história do evento. Fãs pedem que a tendência se mantenha nas próximas edições. Irmãs Ana Júlia e Ana Clara, 18 e 20 anos, na primeira
Henrique Coelho/g1 Rio
Prestes a curtir mais um dia de Rock in Rio, fãs no último dia de evento aprovaram a edição com mais artistas pop da história do evento, e pedem que a tendência se mantenha nas próximas edições.
As irmãs Ana Clara, de 20, e Ana Júlia, de 18, vieram de Pará de Minas, em Minas Gerais, para curtir o show de Shawn Mendes.
“Eu não escuto tanto rock, então acho que fica melhor para voltar em um futuro próximo”, disse Ana Clara.
A irmã Ana Júlia, apaixonada pelo artista, já tinha tentado ver um show do cantor em 2019. “Eu fiquei muito ansiosa. Eu vinha para o show de 2019, em São Paulo, mas acabaram os ingressos”, contou.
Há quem venha pensando mais em curtir os eventos, depois de ver shows de rock em outras edições.
“É uma tendência a virar mais comercial. Em outros eventos, eu vim pelo Red Hot Chilli Peppers e Offspring, hoje eu venho mais pelo evento”, disse Gabriel Oliveira, 27 anos.
Manuelle da Silva, de 28 anos é fã de Luísa Sonza e Shawn Mendes e quer mais música pop nas próximas edições, mas sugeriu que o Rock in Rio aposte no sertanejo:
“Me agrada bastante. Mas ontem eu vi o show do Chitãozinho e Xororó e gostei muito. Poderiam investir inclusive mais [no sertanejo]. Gosto muito da Ana Castela”, disse a jovem.
Manuelle, de 28 anos, aprova sertanejo no festival.
Henrique Coelho/g1 Rio

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ANTES E DEPOIS: elenco principal de Castelo Rá-Tim-Bum se reencontra 20 anos depois

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Clássico programa infantil dos anos 90 completou 30 anos de lançamento em 2024. Elenco do ‘Castelo Rá-tim-bum’ faz reencontro histórico durante evento de cultura geek
Reprodução/Instagram
Um momento nostálgico para os nascidos nos anos 90: os protagonistas de ‘Castelo Rá-tim-bum’ Luciano Amaral, Fredy Allan e Cassio Scapin e Cinthya Raquel se reencontraram neste sábado (21), em um registro histórico compartilhado nas redes sociais.
No clássico infantil, eles deram vida a Nino, Pedro, Zequinha e Biba, respectivamente.
Cassio Scapin, intérprete de Nino, celebrou o encontro em publicação em suas redes sociais, marcando o fim de um hiato de duas décadas:
“Hoje encontro maravilhoso quatro pessoas que se adoram e não conseguiram em 20 anos estarem no mesmo tempo e espaço juntos!”, diz o texto.
Já a atriz Cinthya Rachel compartilhou uma foto dos atores na qual eles aparecem refazendo a clássica foto de divulgação da série (veja abaixo).
Elenco reproduziu imagem clássica do Castelo Rá-Tim-Bum
Initial plugin text
“Zeca, Nino, Pedro, Biba! Quem leu cantando levanta a mão! Fazia mais de 20 anos que nós quatro não nos encontrávamos ao mesmo tempo. E cá estamos deixando o seu coração quentinho”, diz o texto em seu Instagram.
As fotos foram tiradas durante o Santos Festival Geek, evento de cultura nerd realizado neste fim de semana em Santos (SP). Os atores tiveram um bate-papo e sessão de fotos com fãs.
O programa infantil completou 30 anos de lançamento em 2024. Ele foi ao ar pela primeira vez no dia 9 de maio de 1994 pela TV Cultura.

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