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Pagode em alta…. Por que artistas de outros estilos estão cada vez mais resolvendo pagodear?

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Ludmilla, Leo Santana, Gloria Groove, MC Daniel e mais artistas lançaram projetos paralelos às suas carreiras focando no pagode. Ludmilla e Léo Santana apostaram em projetos especiais voltados ao pagode
Divulgação
A playlist se chama “Pagodeira”. Mas junto a grandes ícones do pagode, como Thiaguinho, Péricles e Sorriso Maroto, a lista traz nomes que fizeram história no funk, no pop e no axé.
Ludmilla, Leo Santana e Gloria Groove são alguns artistas que decidiram mostrar que podem se envolver em um ritmo diferente aos do que estouraram, e dedicaram álbuns especiais ao pagode.
Ludmilla prometeu, em 2019, que lançaria um disco voltado ao ritmo caso vencesse a categoria de Melhor Cantora do Prêmio Multishow daquele ano. Venceu e cumpriu a promessa no ano seguinte.
A cantora lançou o “Numanice” em 2020. E, desde então, o projeto de pagode da cantora tem sido seu trabalho mais bem-sucedido, rendendo shows com ingressos esgotados e até um cruzeiro.
Em fevereiro, Ludmilla chegou com o terceiro volume do “Numanice”. E nesta semana, a cantora anunciou a “Tour Numanice 3”, dias após cancelar sua turnê comemorativa, na qual na qual cantaria e contaria toda sua trajetória musical, passaria por 19 cidades e ocuparia estádios e arenas.
Funk + axé = pagode
Além de seu próprio projeto, Ludmilla também investiu no pagode ao participar do álbum “PaGGodin”, de Léo Santana. Juntos, gravaram “Ela terminou no WhatsApp”.
O gigante do axé também decidiu investir no ritmo e gravou um álbum completo, contando, ainda, com Xande de Pilares, Thiaguinho, Ferrugem e Renan da CBX como convidados.
O álbum foi lançado em janeiro e, no início de maio, ele anunciou a turnê do projeto paralelo.
“O PaGGodin é a realização de um sonho de longa data. Além de ser algo que eu sempre tive vontade de fazer, por minha admiração pelo gênero, também recebi muitos pedidos dos meus fãs para entregar um trabalho nesse estilo”, disse Léo Santana.
Leo sai em turnê em agosto e tem datas fechadas para o PaGGodin até 2025.
Do rap ao pagode
Gloria Groove grava álbum de pagode e convida Belo para feat
Divulgação/Steffany
Em maio, Gloria Groove também apostou no pagode e gravou o DVD “Serenata da GG”.
A cantora, que iniciou a carreira no rap, passou pelo R&B e mergulhou no pop, convocou Thiaguinho, Mumuzinho, Ferrugem, Alcione, Menos é Mais, Belo, entre outros nomes, para o palco.
O feat com Belo, “Eu era feliz”, viralizou nas redes logo após a filmagem e foi o primeiro single lançado.
“Não se manter presa em uma única linha de raciocínio, uma única linha de estilo musical, é mostrar que a gente pode ser o que a gente quiser. Se eu quiser ser funkeira, eu vou ser, se eu quiser ser pop, eu vou ser, se eu quiser ser uma pagodeira romântica, com certeza serei”, afirmou Gloria.
Assim como Ludmilla, Gloria já havia demonstrado interesse em um projeto de pagode há alguns anos.
Em 2021, a cantora falou ao g1 sobre a versatilidade musical quando voltou ao pop após uma era R&B. E além do pagode, demonstrou interesse em gravar algo voltado ao jazz.
Tem funkeiro na playlist
MC Daniel e MC Bianca são artistas do funk que investiram no pagode
Reprodução/Instagram
Embora não seja um álbum completo — como no caso dos artistas já citados –, alguns funkeiros se reuniram para gravar o single “Vamo de Pagodin/Samba de malandro”. O vídeo gravado por MC Daniel, DJ WN, DJ GM, MC Paulin da Capital, Ryan SP e Piedro, em março, já conta com mais de 42 milhões de visualizações no YouTube.
E há duas semanas, Mc Daniel, Dj GM e DJ WN lançaram uma versão solo para “Vamo de Pagodin”. A composição é do funkeiro Daniel, que celebrou nas redes o sucesso de seu pagode de estreia. “Acertamos mais 1 hit.”
Outra funkeira que se rendeu ao pagode foi a MC Bianca. Em 2023, a cantora conhecida pelo hit “Ai, preto” lançou o projeto “Pagode da Bianca – Um dos lados”. Nele, contou com parcerias com os Grupos Revelação e Clareou, entre outros feats.
Em abril, ela voltou ao ritmo participando da faixa “Tem de sobra” do grupo Gamei. “Pra quem gosta da minha versão pagodeira, toma”, disparou a cantora.
Na onda da retomada
Palco 360º anima o público no show ‘Tardezinha’
Foto: Alisson Demetrio
Todos esses lançamentos de juntam e reforçam a onda da alta do pagode. Embora o ritmo não tenha grande destaque nas plataformas digitais, a magia acontece ao vivo, como já contamos aqui no g1.
Os ingressos quase sempre esgotados de eventos e o aumento de festas e festivais de pagode, incluindo celebrados retornos, indicam a ótima fase do ritmo.
Isso reflete nos resultados de diversos ambientes, que vão dos estádios com grandes turnês aos bares.
LEIA MAIS: Por que megassucesso do pagode ao vivo não se reflete em audiência no streaming?
O bom resultado do ritmo não é de hoje. Em 2020, as lives de pagode superaram as de funk e pop, focando na nostalgia. Os eventos virtuais dos pagodeiros só perderam para os sertanejos, quando se trata de audiência.
Na época, em conversa com o g1, o cantor Anderson, do Molejo, morto em maio de 2024, definiu o motivo do sucesso do ritmo nas lives. A explicação também ajuda a justificar a aposta de artistas de outros ritmos no setor.
“Para o brasileiro, pagode é igual mortadela. A pessoa não vai sair por aí admitindo que ama, mas na hora H, é tudo o que ela quer.”

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