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Festas e Rodeios

Aos 94 anos, Tony Tornado saboreia apoteose em premiação que celebrou Tim Maia, ‘o cara que começou tudo’

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Os encontros de Zélia Duncan com Silva e de Carlinhos Brown com Larissa Luz e Hiran também se destacam em cerimônia que resultou cansativa pelo texto excedente da apresentadora Regina Casé. Tony Tornado improvisa o canto de ‘BR-3’ no roteiro musical do 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
♪ ANÁLISE – Do alto do 1,90 metro e dos 94 anos festejados em 26 de maio, Tony Tornando reinou na 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira – a ponto de ter sido o único intérprete que improvisou número musical fora do repertório de Tim Maia (28 de setembro de 1942 – 15 de março de 1998), cantor, compositor e músico carioca homenageado na cerimônia apresentada pela atriz Regina Casé no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de ontem, 12 de junho.
Saudado por Casé como o “jovem Tony Tornado”, o cantor paulista – como Tim, um pioneiro na construção do soul e do funk brasileiros no alvorecer da década de 1970 – estava escalado para interpretar o disco-funk Sossego (Tim Maia, 1978) em número dividido com as cantoras Sandra Sá, Negra Li e Sued Nunes, que iniciaram o medley com Vale tudo (Tim Maia, 1980) e Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980).
Aplaudido de pé ao aparecer no palco, Tornado deu voz a Sossego, saudou o amigo Tim – “Sebastião Rodrigues Maia, o cara que começou tudo” – e, na sequência, improvisou o canto do maior sucesso da carreira iniciada nos anos 1960, BR-3 (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1970).
O cantor revisitou BR-3 com o toque do piano de Luiz Otávio e as vozes de Sandra Sá, Negra Li e Sued Nunes, que improvisaram vocais evocativos do canto do Trio Ternura na célebre apresentação de BR-3 na quinta edição do Festival Internacional da Canção (FIC) em 1970. No refrão, visivelmente feliz, o cantor regeu o coro formado pela vozes da embevecida plateia da premiação.
A apoteose de Tony Tornado foi um dos momentos memoráveis de premiação que resultou longa, por vezes cansativa, por conta do texto excedente em que a apresentadora Regina Casé tentou fazer graça com os causos de Tim Maia. E também por conta dos desnecessários discursos pessoais e institucionais de diretores das empresas patrocinadoras do evento.
Contudo, os 11 números musicais – ou 12, se contabilizado o canto imprevisto de BR-3 por Tony Tornado – valorizaram a 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, a rigor, resultaram mais relevantes do que a premiação em si.
♪ Eis uma análise dos 11 números musicais do Ano Tim Maia do 31º Prêmio da Música Brasileira :
Criolo (à esquerda), Jota.Pê, Lazzo Matumbi e Hiran cantam ‘Gostava de você’ no 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) – Criolo, Jota.Pê, Lazzo Matumbi e Yan Cloud
– A cadência do samba-soul foi atravessada por grooves de outros ritmos da música preta do mundo. Yan Cloud abriu o número com a prosódia do rap, ao qual se seguiu o balanço de Criolo. Se Lazzo Matumbi reiterou a nobreza, Jota.Pê se confirmou um dos bons intérpretes da nova geração. A união do quarteto deu liga.
Chico César (à esquerda), Mônica Salmaso e Alceu Valença se juntam em número de pegada nordestina
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Canário do reino (Antonio Carlos Carvalho e Gerson Abatt, o Zapatta, 1972) / A festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) / Coroné Antonio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley, 1970) – Alceu Valença, Chico César e Mônica Salmaso
– Com a habilidade de quem canta em qualquer lugar, Mônica Salmaso entrou em território nordestino ao dar voz a Canário do reino, dando partida no número que mostrou a habilidade de Tim Maia para cantar black music com a levada de ritmos como baião. Arretado, Chico César animou A festa de Santo Reis e abriu caminho para Alceu Valença acertar a pisada do baião Coroné Antonio Bento. Cada intérprete puxou uma música, mas houve interação entre o trio no canto e na dança.
Iza (ao centro) entre Rachel Reis e Melly no canto de sucessos da fase ‘Racional’ de Tim Maia
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Que beleza (Tim Maia, 1975) / Bom senso (Tim Maia, 1975) – Iza, Melly e Rachel Reis
– Iza, Melly e Rachel Reis cantaram dois sucessos da cultuada fase Racional de Tim Maia. Melly e Rachel iniciaram o número com Que beleza. Grávida, Iza entrou depois em cena para puxar Bom senso, substituindo o ausente (e anunciado) Seu Jorge e mostrando ser a ótima cantora que sempre foi.
Marisa Monte faz o único número solo do roteiro oficial do 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Você (Tim Maia, 1969) – Marisa Monte
– O único número solo do roteiro oficial foi protagonizado por Marisa Monte. Com a habitual elegância cênica, a cantora conquistou o público em número no qual terminou incentivando o coro da plateia nessa balada lançada por Eduardo Araújo em 1969, mas conhecida somente a partir da gravação feita por Tim Maia em 1971. Marisa explorou a região aguda da voz e deixou boa impressão sem chegar de fato a arrebatar.
Simone e Ney Matogrosso reiteram a cumplicidade no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) / Primavera (Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Ney Matogrosso e Simone
– Beneficiados pela cumplicidade que rege a amizade entre os cantores, Ney Matogrosso e Simone fizeram bonito no 31º Prêmio da Música Brasileira em outro número pautado pela elegância. O cantor deu o start com Azul da cor do mar. Simone emendou com Primavera. Embora os intérpretes tenham diluído o espírito soul das duas grandes baladas do primeiro álbum de Tim Maia, o dueto resultou afinado, com frescor.
Melly (à esquerda), Sandra de Sá, Tony Tornado e Negra Li cantam juntos na premiação
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Vale tudo (Tim Maia, 1983) / Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) / Sossego (Tim Maia, 1978) – Negra Li, Sandra Sá, Sued Nunes e Tony Tornado
– Primeira dama do funk brasileiro, Sandra de Sá chegou chegando com Vale tudo, animando a festa com Negra Li e Sued Nunes. O trio feminino manteve o balanço e o pique no canto do festivo funk Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980), preparando o clima para a entrada triunfal de Tony Tornado, que caiu no suingue disco-funky de Sossego.
Cida Moreira imprime dramaticidade em ‘Me dê motivo’ em número com o rapper Rico Dalasam
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983) – Cida Moreira e Rico Dalasam
– Intérprete vocacionada para a cena, Cida Moreira imprimiu dramaticidade à balada de corno, tanto no canto quanto no toque do piano. Só que os raps de Rico Dalasam diluíram essa dramaticidade, prejudicando a fluência do número.
Larissa Luz, Carlinhos Brown e Hiran (de amarelo) fazem número vibrante no 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Réu confesso (Tim Maia, 1973) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Carlinhos Brown, Hiran e Larissa Luz
– Em número vibrante que sobressaiu no roteiro musical, o trio de artistas baianos evocou a alta carga de ancestralidade preta entranhada no soul e no funk. Carlinhos Brown e Larissa Luz abriram o número, entrando no palco através da plateia. Não faltou suingue no canto do samba-soul Réu confesso e do funk Do Leme ao Pontal, em número turbinado com o rap de Hiran.
Silva (à esquerda) e Zélia Duncan brilham em número memorável feito com Jaques Morelenbaum
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Um dia de domingo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1985) – Silva e Zélia Duncan com Jaques Morelenbaum
– Um dos pontos mais altos e luminosos do roteiro musical do 31º PMB, a ponto de o número ter sido aplaudido de pé, o canto da balada lançada por Gal Costa (1945 – 2022) em dueto com Tim Maia foi surpreendente. A canção Um dia de domingo foi transformada em peça de câmara, com os toques do piano de Silva e do violoncelo de Jaques Morelenbaum. Silva fez a voz de Gal enquanto Zélia, em grande momento, evocou o canto grave de Tim Maia com sutileza, sem cair na imitação. Memorável!
Xamã e Céu cantam ‘Eu amo você’, balada do primeiro álbum de Tim Maia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Eu amo você (Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Céu e Xamã
– Céu até tentou encorpar a voz, mas o número somente aconteceu com a entrada de Xamã. O intérprete valorizou o canto desse baladão-soul do primeiro álbum de Tim Maia.
Márcio Victor, Xande de Pilares e Pedro Sampaio encerram a festa-show do 31º Prêmio da Música Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Márcio Victor, Pedro Sampaio e Xande de Pilares
– Com Xande de Pilares no lugar de Iza, convidada a suprir a ausência de Seu Jorge em outro número, a última música do roteiro do 31º Prêmio da Música Brasileira teve clima de fim de festa. Um baticum frenético, típico de bloco de Carnaval, fechou a cerimônia nas vozes dos três cantores, com direito a um abraçaço na plateia incentivado pelos intérpretes.

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Pra Sempre Rap tem Djonga no meio do povo e Xamã com tributo a Marília Mendonça no Rock in Rio

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Show em homenagem ao rap trouxe sete representantes com seus respectivos pocket shows na noite deste sábado (22) no Rock in Rio. Leia crítica do g1. Djonga vai pra roda no meio do público no Rock in Rio
Na maior parte do tempo do show Para sempre Rap, quase não houve interações entre os convidados, e a sensação foi a de que eram apresentações independentes e não um encontro de fato do rap nacional em si.
O resultado, no entanto, engrenou bem, já que esses convidados eram grandes e bons nomes da cena com sucessos consistentes.
Rincon Sapiência, Karol Conka, Xamã, Rael, Djonga, Marcelo D2 e Criolo apresentaram músicas relevantes das suas carreiras, quase sem interações entre eles, diferentemente do que aconteceu em outros tributos, como o de samba e de sertanejo.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Xamã canta sucesso ‘Malvadão 3’ no Palco Sunset do Rock in Rio
Rincon Sapiência abriu o show com uma gravação de áudio com outros nomes importantes para a história da cena, como Racionais e Sabotage. “Afro rep” foi a primeira música do artista.
Ele tentou muito ganhar a plateia que nesse início de apresentação parecia apática. Ricon conseguiu engatar as mãos para cima e aplausos em “Linhas de soco” e em “Ponta de lança”.
Rincon foi o responsável por chamar Karol Conka. A rapper entra com tudo com a música “É o poder”. Arrebatou a plateia com seu hit “Tombei”.
Karol Conká canta “Tombei” no palco Sunset
“Quero deixar minha homenagem às mulheres que pavimentaram o caminho para eu estar aqui”, disse no palco citando Dina Di, Negra Li, Tássia Reis e Flora Matos.
Xamã veio em seguida e sem surpresas arrancou gritinhos da plateia. Foi bonita a homenagem a Marília Mendonça, com a música “Leão”
“Malvadão 3”, de 2021, continua sendo o grande sucesso do cara. Ele ainda puxou o trecho de “Rap da felicidade” antes de sair do palco e convocar Rael. No roteiro dele, “Ela me faz”, “Hip hop é foda” e “Envolvidão” foram apresentadas, sendo que a última foi a mais cantada pelos fãs.
Djonga se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
De Minas Gerais, Djonga veio com sangue nos olhos para “Junho de 94”. A faixa mereceu os celulares para cima registrando o momento. “Solto” ainda fez abrir rodinhas de punk, incentivadas pelo rapper.
O primeiro encontro entre os rappers aconteceu em “Olho de tigre”, do verso “fogo nos racistas”. Na plateia, foi a hora da enorme roda de punk se abrir. O próprio Djonga pulou a grade e se jogou entre os fãs.
Criolo canta o hit ‘Não existe amor em SP’
Marcelo D2 entrou em seguida com “1967”, “Desabafo” e ainda “Mantenha o respeito”, que ganhou Djonga, Rael, Xamã, Daniel Ganjaman e Rincon ao fundo.
Aí sim, a turma ficou no palco para Criolo, que começou sua parte com “Subirusdoistiozin” e“Não existe amor em SP”.
Eles uniram vozes em “Convoque seu buda”, que encerrou a participação do rap no Dia do Brasil.

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‘Quem não gostou, paciência’, diz Chitãozinho sobre estreia do sertanejo no Rock in Rio

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Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes cantaram na 1ª vez do estilo musical no festival neste sábado (21). Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O sertanejo fez, enfim, sua estreia no Rock in Rio. Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes subiram ao Palco Mundo na primeira vez do estilo no festival neste sábado (21).
“Vai mudar tudo. Esse festival é conhecido no mundo inteiro, e nós sempre sonhamos um dia subir neste palco”, diz Chitãozinho sobre a importância da entrada do sertanejo no festival, em coletiva de imprensa. “Foi uma grande conquista para nós”.
Durante muitas edições, parte do público pedia a inclusão do estilo no line-up do festival. Porém, outra parte torceu o nariz quando foram anunciados.
“Aos que gostaram a gente agradece. Os que não gostaram, paciência para eles”, diz Chitãozinho.
Para Ana Castela, “Evidências” é uma das músicas com poder para fazer a plateia mudar de ideia. “Eu tenho certeza de que quem não gostou conhece a música ‘Evidências'”, diz a cantora.
Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Ele tinha um show marcado na mesma noite, São José (SC).
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio

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Sem Luan Santana, sertanejos fazem estreia gloriosa, mostrando que têm demanda no Rock in Rio

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‘Evidências’ teve maior coro da edição até agora. Luan cancelou participação por causa de atraso na programação; Simone Mendes e Ana Castela cantaram hits. Chitãozinho E Xororó cantam “Fio de cabelo” no Rock in Rio
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicada ao sertanejo neste sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Foi uma estreia gloriosa. A organização acertou ao escolher Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. Para os fãs de sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio
“Evidências”, música da dupla que se tornou quase um hino nacional, foi deixada para o final do show. Naturalmente, teve o maior coro da edição até agora. Milhares de pulseirinhas coloridas na plateia — ao estilo show do Coldplay — ajudaram a criar uma cena inesquecível para quem estava lá.
O restante das músicas do repertório dos dois também foi recebido com empolgação. Em “Alô”, milhares de celulares com lanternas ligadas iluminaram a plateia. “Galopeira” teve o público envolvido em um desafio para segurar pelo maior tempo possível a nota do refrão.
“Quando nós começamos a cantar música caipira, era quase impossível tocar na rádio. Não tínhamos espaço na mídia, nossa música só era tocada na madrugada ou ao entardecer”, lembrou Xororó.
Simone Mendes canta “Erro gostoso” no Rock in Rio
“Até que um dia chegou às nossas mãos essa música, que mudou nossas vidas”. Era “Fio de Cabelo”, incluída no álbum “Somos Apaixonados”, que em 1982 tornou Chitãozinho e Xororó conhecidos nacionalmente.
Desfalque
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de incluir nomes do sertanejo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
A dupla Chitãozinho e Xororó se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Florianópolis na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Outros convidados seguraram bem o show. Simone Mendes foi convidada para um bonito dueto com Chitãozinho e Xororó em “Página de Amigos”. A cantora, ex-dupla da irmã Simaria, também apresentou seu hit “Erro Gostoso”, umas das músicas mais tocadas do Brasil em 2023 — deu para sentir pelo tamanho do coro.
Ana Castela se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Ana Castela entrou para apresentar “Sinônimos”, que tem versão gravada em parceria com a dupla, e a sua “Nosso Quadro”. Muitas menininhas emocionadas com seus chapéus de boiadeira apareceram no telão — a cantora é popular entre as crianças.
“Foi aqui que a Katy Perry pisou”, perguntou Ana, no mesmo palco onde a cantora americana se apresentou nesta sexta-feira (20).
Tanto Ana quanto Simone saíram correndo depois de suas participações, avisando que tinham compromissos em outros lugares do Brasil — uma na Bahia, outra em Minas Gerais. Luan não foi citado, mas ficou a impressão de que havia um recado a ser dado.
Junior se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
O clima no show só esfriou na segunda metade, quando Chitãozinho e Xororó chamaram o rapper Cabal para cantar “Vida Marvada”, música lançada em parceria em 2006, pouco conhecida. Foi uma aposta ousada, que não deu certo.
Uma participação de Junior, filho de Xororó, também não engrenou. Com o pai e o tio, ele apresentou “Nascemos pra Cantar”. O irmão de Sandy ainda mostrou “Fome”, de seu recém-lançado álbum “Solo”. Problemas no microfone atrapalharam — além do atraso, o sábado de Rock in Rio ficou marcado por uma série de problemas técnicos no Palco Mundo.
Mas logo veio o final apoteótico com “Evidências”, a evidência definitiva de que o sertanejo tem demanda no Rock in Rio. Se para alguns foi um erro a inclusão do estilo, quem estava lá pode dizer com convicção que foi um erro muito gostoso.

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