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Festas e Rodeios

MPB4 perpetua erro histórico ao fazer disco de ‘60 anos de MPB’ sem mulher entre os compositores e convidados

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Discografia do grupo, que gravou somente músicas de homens entre os anos 1960 e 1970, reflete antiga supremacia masculina na área da composição. MPB4 lança o álbum ‘60 anos de MPB’ na sexta-feira, 5 de julho, sem uma mulher entre os compositores e convidados das 12 músicas
Leo Aversa / Divulgação
♪ OPINIÃO – É tão absurdo e inconcebível que o álbum comemorativo dos 60 anos do MPB4 não tenha uma mulher sequer entre os compositores das 12 músicas e entre o time de intérpretes convidados que este colunista, ao constatar a ausência feminina durante a escrita da resenha do disco, conferiu duas vezes a relação de faixas para saber se era isso mesmo. E era.
É indefensável ignorar totalmente a contribuição feminina à MPB em um disco intitulado 60 anos de MPB e lançado em 2024, em época em que valores estão sendo revistos pela sociedade patriarcal para promover a igualdade entre homens e mulheres.
Mas é justo ressaltar que, de forma radical, o álbum revisionista do MPB4 também reflete o domínio histórico dos homens na MPB dos anos 1960 e 1970, sobretudo na área da composição. Domínio exposto na própria discografia do quarteto.
É impressionante constatar que, ao longo dos anos 1960 e 1970, o MPB4 deu voz somente a músicas compostas por homens, com exceções de duas composições que trazia Cynara Faria (1945 – 2023) entre os autores e de Amor, amor (Sueli Costa e Cacaso, 1975), canção gravada pelo grupo em Cobra de vidro (1978), álbum dividido com o Quarteto em Cy.
Sim, durante muito tempo, as mulheres cantavam, mas as músicas eram de autoria dos homens. Ainda na era dos festivais dos anos 1960, plataforma para a popularização da música que seria rotulada como MPB, Joyce Moreno abriu alas e caminhos em 1967 debaixo de muita crítica dos formadores de opinião por ser mostrar como mulher na música Me disseram.
No rastro dessa abertura, vieram Sueli Costa (1943 – 2023) e Dona Ivone Lara (1922 – 2018), sambista que já compunha desde os anos 1930, mas que começou de fato a aparecer como compositora e cantora ao longo da década de 1970. Foi somente em 1979 que as mulheres começaram realmente a se impor como compositoras em movimento que projetou Angela RoRo, Fátima Guedes, a própria Joyce Moreno e Marina Lima, entre outras.
O MPB4 é fruto de época em que os homens davam o tom da composição e, por isso mesmo, e fato que a trajetória do quarteto fluminense está mais associada a compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, Ivan Lins, João Bosco e Milton Nascimento – todos presentes no disco 60 anos de MPB.
Ainda assim, nada justifica a total ausência de mulheres entre os compositores e os intérpretes de um disco dedicado pelo MPB4 ao Quarteto em Cy, grupo feminino contemporâneo do quarteto fluminense. Era a hora de o MPB4 corrigir erro histórico, e não de perpetuar esse erro.
Capa do álbum ‘60 anos de MPB’, do grupo MPB4
Divulgação

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Rock in Rio 2024: Veja fotos do 6º dia

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Sábado (21) é dedicado ao Dia Brasil e terá shows de Chitãozinho e Xororó, Baianasystem, Duda Beat e muitas outras estrelas nacionais. Sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público recebe pulseira de led para sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público aguarda entrada para o sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o sexto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Sexto dia de Rock in Rio
Rafael Nascimento/g1

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A caminho do Rock in Rio, MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia na Dutra, faz dancinha e recebe críticas na web

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Funkeiro foi escalado para o Espaço Favela neste sábado (21). Depois, pediu desculpas. MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia em rodovia para dancinha e recebe críticas na web
MC Livinho foi alvo de críticas neste sábado (21) depois que invadiu uma reportagem ao vivo sobre o acidente de ônibus na Dutra para fazer dancinhas. Pelo menos 3 pessoas morreram na tragédia. Depois, o cantor pediu desculpas.
A repórter Isabela Campos falava para o RJ1 sobre o atendimento aos feridos quando o funkeiro apareceu no vídeo, se aproximou da câmera, hesitou por alguns segundos e começou a dançar. A imagem foi tirada do ar, e, no lugar, entraram cenas do veículo acidentado, enquanto Isabela terminava de dar as informações.
Ônibus de turismo tomba na descida da Serra das Araras, em Piraí
Reprodução
A tragédia
O coletivo tombou na descida da Serra das Araras, em Piraí, no Sul Fluminense, por volta das 10h, com atletas do time de futebol americano Coritiba Crocodiles. A equipe vinha de Curitiba ao Rio de Janeiro para jogar contra o Flamengo Imperadores pelo Brasileirão de Futebol Americano. A partida foi cancelada.
De acordo com a CCR RioSP, concessionária que administra a rodovia, o ônibus transportava 43 passageiros e 2 motoristas.
As vítimas que morreram são:
Daniel Santos, 44 anos
Lucas de Castro Rodrigues Barros, 19 anos
Lucas Padilha, 42 anos
Veja mais sobre os jogadores que perderam a vida.
Sete pessoas foram socorridas, 1 delas com ferimentos graves, e encaminhadas aos hospitais Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e São João Batista, em Volta Redonda.
De acordo com a concessionária, 35 pessoas não se feriram. Um ônibus foi enviado ao local para buscá-las.
As críticas
Antes mesmo de o funkeiro se pronunciar, internautas foram a postagens antigas dele para criticar a invasão.
“Atitude de moleque. Fazendo palhaçada durante transmissão de notícia de acidente”, disse um.
“3 mortos, e você dançando durante a notícia do acidente”, escreveu outro.
“Tem pessoas medíocres que pagam pra ir no show desse cara? Como pode fazer dancinha em uma tragédia? Atitude de homem, rapaz!”, postou mais um.
“Não precisa ser muito inteligente pra saber que se tem uma equipe de reportagem e congestionamento na estrada, e provavelmente ambulância e viaturas passando pelo caminho, é porque algo sério aconteceu. Completamente sem noção”, falou outro.
“Parabéns, fazendo dancinha enquanto pessoas sofriam o luto. Quer aparecer a todo custo, né? Tudo pela fama, tudo pela mídia! Sem noção”, disse uma.
“Ah, coitado, ele não percebeu um acidente com veículo batido na rua, ambulância e polícia. Coitado, só quis biscoitar e aparecer”, ironizou outra.
“Você se considera um ser humano?”, indagou um.
As desculpas
MC Livinho pede desculpas após invadir reportagem ao vivo sobre tragédia na Dutra

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Fã de Luan Santana acampa na fila do Rock in Rio para ver 49º show do cantor: ‘Maior loucura que já fiz por ele’

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Professora é fã do Luan Santana há 17 anos e divide tempo com rotina de shows, fã clube e paixão pela pedagogia após enfrentar depressão. Thayane Basseto dormiu na fila para garantir lugar na apresentação de Luan Santana no Rock in Rio.
Acervo pessoal
O 6° dia de Rock in Rio, neste sábado (21), tem somente atrações brasileiras e a estreia do sertanejo no festival. O evento começou com uma fila pequena em comparação com os outros dias, mas Thayane Basseto, de 28 anos, fez questão de garantir o primeiro lugar.
A professora é de Campinas, São Paulo, e não mede esforços para assistir a shows do Luan Santana. Segundo ela, a maior loucura que já fez pelo cantor foi vir ao Rock in Rio.
Ela chegou na cidade por volta de 18h desta sexta (20) e, em seguida, veio direto para os portões da Cidade do Rock. Às 20h, ela estava preparada com seu colchão para dormir enquanto aguardava o dia clarear para assistir seu 49º show do artista. A jovem já rodou em diversos estados acompanhando a agenda do cantor, e o último foi há duas semanas.
“Estar aqui é a maior loucura que já fiz por ele. Fui em outros estados, mas isso aqui é o maior, ainda mais acampar sozinha. Fiz tudo sozinha. Peguei moto Uber cheia de sacola, BRT sem saber andar aqui. Na hora que o Luan curtiu minha foto, comecei a pular e chorar que nem maluca aqui. Nosso sonho só se torna realidade porque a gente é real e faz acontecer”, conta.
Para enfrentar a madrugada, ela conta que teve ajuda dos policiais que estavam patrulhando a região, que trouxeram até lanche e suco para ela. A produção do cantor também providenciou um lanche para a jovem, que disse não ter sentido medo.
Apaixonada pelo Luan, ela fundou o fã clube “Coisas de Luanete” e se dedica à página enquanto divide seu tempo com a pedagogia.
A professora Thayane Basseto é fã de Luan Santana e foi a primeira a chegar na fila do Rock in Rio neste sábado (21).
Acervo pessoal
No entanto, entre posts apaixonados e dedicações para acompanhar o ídolo, a professora afirma receber hate pelas loucuras que faz pelo cantor.
“Tem gente que reclama até do calor que a gente paga em ingresso, manda mensagem para nossos familiares, invade nossas vidas”, relata.
Segundo Thayane, ela encontra forças nas letras do cantor para enfrentar as adversidades da vida.
“Eu costumo dizer que eu tenho 2 anos de vida, porque há dois anos eu tentei suicídio. Foi muito difícil passar pela depressão e eu cheguei em um momento que eu não queria mais estar viva. Luto muito para não voltar para esse lugar, porque doeu perder um filho, doeu saber que eu fui fruto de um abuso sexual, muita coisa doeu e foi nele que encontrei essa força para sair da depressão”.
“Meu psicólogo disse: ‘você precisa encontrar algo que te faça mais forte do que sua depressão’, e é isso que eu faço. A gente precisa se agarrar ao que nos faz feliz”, declara a jovem.
A professora Thayane Basseto é fã de Luan Santana e foi a primeira a chegar na fila do Rock in Rio neste sábado (21).
Thaís Espírito Santo/g1 Rio

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