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Um uivou, outro revirou lixo para lanchar: as histórias bizarras de dates contadas por influencers

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Produtores de conteúdo contam ao g1 sobre relatos de histórias estranhas após matches em apps. Eles têm menos de 30 anos, eram de outra área e viralizaram com casos engraçados. Influencers viralizam com histórias engraçadas de matches e dates que deram errado
Quem não tem uma história engraçada de derrota para contar, não é mesmo? Aquele date que não deu certo, aquele match furado no aplicativo de relacionamento… São tantas que tem gente até faturando com isso, com ajuda do humor.
Influencers e comediantes têm feito sucesso nas redes sociais contando casos que recebem de seguidores (veja no vídeo acima). O g1 conversou com dois deles, o paulista Felipe Oliveira e a gaúcha Laura Carpes.
Felipe tem 29 anos e faz stand-up comedy há quatro, quando criou o personagem que faz sucesso nas redes sociais: o Robçu. O quadro onde ele conta histórias enviadas por seguidoras surgiu depois que ele percebeu que muita gente duvidava do que ele contava no palco.
“Tive a ideia de pedir para as minhas seguidoras mandarem áudios reais das pérolas que esses caras mandam pelos apps de relacionamento e pelas redes sociais. Eu fico chocado até hoje”, conta Felipe.
Além dos vídeos que produz reagindo às histórias que recebe, Felipe também posta prints de conversas
Instagram / Reprodução
Já para Laura, de 29 anos, o começo foi com histórias que ela viveu. Há 10 anos, ela cria conteúdo, mas falava sobre maquiagem, até que decidiu mudar de tema durante a pandemia.
“Minhas histórias esgotaram e aí as meninas começaram a pedir para eu contar as delas. Uma das primeiras que eu contei foi de uma menina que saiu para um primeiro encontro e o cara, no meio do date, começou a revirar o lixo para achar coisas para comer. Em outra, o cara começou a agir como se fosse um lobisomem. São muitas coisas um pouco bizarras”, adjetiva Laura.
Apesar de fazer graça com os chamados “hétero top”, Felipe admite que, como homem, já identificou algumas de suas atitudes passadas nas esquetes que apresenta. Há oito meses, ele namora a comediante Marina Loureiro.
“Eu já estive em situações das esquetes e percebi que já fui tóxico. Então, nada melhor que fazer as pessoas rirem de atitudes assim e sentirem vergonha de se comportar desse jeito, como hoje em dia eu tenho muita.”
Laura em vídeo reagindo à lista de exigências de homem no Tinder
Instagram / Reprodução
Assim como o colega, Laura está namorando e garante que, mesmo contando tantas histórias chocantes, nunca deixou que elas causassem um “trauma” em relação a relacionamentos:
“Todo mundo já viveu uma história estranha em um encontro, em um relacionamento. As histórias que eu conto são um compilado das piores coisas que as pessoas me mandam, não quer dizer que tudo é uma desgraça, que não tem histórias boas. Tem sim! Só que não é tão engraçado, tão curioso. A verdade é que as pessoas gostam de ouvir desgraça e coisas inusitadas”.
Em um nicho mais dominado por mulheres, a escolha de Felipe de fazer piada com o próprio sexo gera engajamento – ele já chegou a ter mais de 20 milhões de views em um vídeo -, mas também já trouxe ódio:
“Antigamente eu sempre vi só as mulheres falarem sobre esse assunto e nada é mais vergonhoso para o hétero top do que ver as mulheres rindo da cara deles. Então eu me aproveitei dessa minha cara de hétero cis padrão para quebrar essa barreira. Eu sofri muito hate. Os tais ‘redpill’ fizeram até grupo para sabotar meus vídeos.”
Hoje, ele diz que a maioria dos homens se diverte se identificando e identificando amigos nas atitudes de narradas em seus vídeos. “Recebo até mensagens de caras dizendo que pararam de mandar áudios vergonhosos para mulheres.”
Questionada se recebe críticas masculinas por expor os casos que recebe nas redes sociais, Laura diz que já sofreu com comentários ruins, mas que foca na resposta positiva da maior parte das pessoas.
“Todo mundo que trabalha com internet sabe que vai receber ofensas, hate… Ainda mais eu que falo de coisas polêmicas. Então chega, mas não é sempre, e não é a maioria. A maior parte dá risada das histórias. Só quando os vídeos furam muita a bolha e vão para um nicho de muitos homens, vem mais críticas. Mas não me abala em nada”, minimiza ela.

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