Esqueça os Jedi. Novo jogo de aventura em mundo aberto coloca jogador na pele de uma vigarista no meio do conflito entre as organizações criminosas da galáxia muito, muito distante. Que Jedi que nada. Em “Star Wars Outlaws”, novo game da franquia espacial, o jogador tem a chance de ser vida louca na galáxia muito, muito distante – uma escolha arriscada, que prova que grandes riscos oferecem grandes recompensas.
E isso não quer dizer o outro lado da moeda, os Sith, não. No jogo de aventura em mundo aberto que sai em 30 de agosto para Xbox Series X/S, PlayStation 5 e computadores, a protagonista é uma vigarista sem os poderes da Força em um submundo vivo e atraente.
Desenvolvido pela Massive Entertainment (dos dois “The Division”), “Outlaws” acerta ao afastar sua história do velho confronto entre lados da luz e da sombra, Aliança Rebelde e Império – e dar ao público a chance de explorar uma camada mais fresca desse universo como alguém comum em situações extraordinárias.
Pelo menos é a conclusão do g1 ao jogar quatro horas do game para um jogador em um evento para a imprensa em Los Angeles. Leia mais abaixo.
Assista ao trailer de ‘Star Wars Outlaws’
Atire primeiro
“Outlaws” tenta olhar para cantos menos explorados de “Star Wars”, mas ainda precisa seguir certas regras.
Entre elas está a dos arquétipos de personagens e o clima meio de velho oeste, meio de filmes de samurai (que para muita gente mais velha, fã dos diretores Kurosawa Akira e Sergio Leone, pode ser a mesma coisa. Procure saber).
Por essas que a protagonista, Kay Vess, é uma vigarista no melhor estilo do Han Solo de Harrison Ford, o contrabandista da trilogia original.
Com ela e seu fiel companheiro, a criatura fofinha (nível do potencial de venda de bonecos? Baby Yoda) Nix, o jogador transita entre diferentes organizações criminosas (com seus nomes ridículos clássicos, como “Amanhecer Carmesim”) em busca de novos itens, aliados e influência.
Galáxia distante e viva
Depois de tantos games que exploraram os embates da Força com diferentes graus de sucesso, é bom ter a chance de construir uma história própria sem se preocupar com as regras rígidas da Ordem.
Por outro lado, “Outlaws” corria o risco de parecer apenas mais um jogo de tiro na terceira pessoa genérico inserido dentro de “Star Wars”.
Por sorte, a protagonista, seu pet e o mundo construído pela Massive têm personalidade suficiente para justificar seu papel na mitologia criada por George Lucas.
‘Star Wars Outlaws’
Divulgação
Mais do que isso, o jogo oferece mundos vivos, que desafiam o público a apenas passear por aí e encontrar diferentes histórias, brigas, intrigas.
O teste dava acesso a apenas dois deles – e um deles, no deserto, era mais interessante que o outro, gelado –, mas é difícil negar a alegria de transitar por essa galáxia realmente habitada.
“Star Wars Jedi: Survivor”, por exemplo, era excelente em muitas coisas, mas seu grande planeta nunca pareceu existir além dos limites da existência de seu protagonista.
Sim, isso é de fato o que acontece nos mecanismos de um game, mas os melhores conseguem mascarar os limites entre o que está na tela e os bastidores.
Sem ordens
Além dos cenários atraentes, “Outlaws” também tem um sistema de batalha promissor, que dá liberdade para que missões sejam resolvidas de diferentes formas. É possível entrar atirando em uma base inimiga, claro, mas furtividade pode ser ainda mais interessante.
A novidade é que os mapas de tais objetivos nunca parecem prender a protagonista nos trilhos invisíveis tão comuns ao gênero – ou, pelo menos, os disfarçam muito bem.
A evolução das habilidades da personagem também oferece um pouco de frescor ao atrelar seu desenvolvimento à relação com aliados que fazem vez de mentores em diferentes campos e à repetição de atividades
Infelizmente o teste não permitiu uma exploração mais aprofundada do sistema, ou do promissor time de personagens coadjuvantes, mas em cerca de um mês todos poderão conhecer o universo desses “foras da lei”.
‘Star Wars Outlaws’
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