Músico lançou 31 discos em sua carreira solo e já se apresentou ao lado de ídolos como Elis Regina, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Músico Caçulinha, no cenário do programa Sai de Baixo
Arquivo Globo
O músico e compositor Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, morreu aos 86 anos na madrugada desta segunda-feira (5), segundo familiares.
Ele estava internado havia cerca de dez dias no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, onde se recuperava de um infarto.
Caçulinha se tornou nacionalmente conhecido por suas participações no Domingão do Faustão, ao produzir a trilha sonora do programa ao vivo por mais de 20 anos. Mas o músico teve uma longeva trajetória profissional, trabalhando com grandes ídolos da música brasileira.
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Trajetória começou cedo
Natural de São Paulo, Rubens Antônio da Silva nasceu em 1938 numa família musical. O pai dele, Mariano de Silva, foi um grande compositor sertanejo que fez sucesso no interior de São Paulo, principalmente em Piracicaba.
Caçulinha sempre teve talento para a música e tinha ouvido absoluto, uma rara habilidade de reconhecimento musical. Com esta capacidade ele podia identificar ou recriar qualquer nota musical, mesmo sem ter um tom de referência. Familiares contam que ele reproduzia na sanfona qualquer música que o pai e o tio cantarolavam.
Caçulinha morre aos 86 anos em SP
Ele entrou na música quando tinha somente oito anos, mas não era o filho mais novo. Na verdade, ele herdou o nome artístico do tio, que era conhecido como “Caçula”.
Aos 20 anos, Caçulinha já tocava piano, violão, acordeão e escaleta, além de se apresentar em boates na noite paulistana.
Carreira solo
Caçulinha lançou seu primeiro disco solo, “Pelé/Noiva do sargento”, em 1959. Desde então, foram 31 álbuns ao longo da carreira, nos mais variados gêneros musicais. O mais recente foi lançado em novembro de 2019, em comemoração aos 60 anos de carreira na música e na televisão brasileira.
Nos anos dourados, ele se apresentou tanto no programa “Jovem Guarda”, apresentado por Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa, quanto em “O Fino da Bossa”, de Elis Regina e Jair Rodrigues.
Segundo o músico contou no “Programa do Jô”, Elis era fã de seu trabalho e chegou a pedir um aumento para Caçulinha e sua banda nessa época.
Ele já acompanhou outros grandes ídolos da música brasileira, como Elizeth Cardoso, Inezita Barroso, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento.
‘Domingão’ e ‘Sai de Baixo’
Caçulinha conheceu Faustão quando o apresentador ainda era um repórter de campo, e os dois cultivaram uma longa amizade. O músico foi parte fixa do “Domingão do Faustão” por vinte anos, entre 1989 e 2009.
Ele também esteve no “Sai de Baixo” entre 1996 e 2002.
Caçulinha durante programa Sai de Baixo, da TV Globo
Acervo TV Globo
Caçulinha passou a trabalhar na TV Gazeta em 2015. Ele deixou a televisão quatro anos depois, em março de 2019.
Caçulinha era um músico multi-instrumentista
Reprodução/Acervo pessoal
Domingão do Faustão: Trote para Caçulinha
Veja fotos de Caçulinha
Domingão do Faustão: “De Olho Nele”
Caçulinha
Reprodução/Acervo pessoal
