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Festas e Rodeios

Bloco Cordão do Boitatá faz excelente Carnaval fora de época ao pôr na rua a sequência do álbum ‘Dos pés à cabeça’

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Registro de jongo do Morro da Serrinha emociona em disco instrumental que vai além do samba em repertório que abarca frevos, maxixe e ijexá. Cordão do Boitatá lança o álbum ‘Dos pés à cabeça – Na rua’ na sexta-feira, 6 de setembro, com boas abordagens de 14 temas carnavalescos
Micael Hocherman / Divulgação
Capa do álbum ‘Dos pés à cabeça – Na rua’, do Cordão do Boitatá
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Dos pés à cabeça – Na rua
Artista: Cordão do Boitatá
Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2
♪ É inevitável que, sem o calor e o coro dos foliões, blocos perdem parte da animação quando transpõem o som das ruas para os estúdios de gravação de discos. Dado esse desconto, é justo afirmar que o Cordão do Boitatá faz excelente Carnaval fora de época no álbum Dos pés à cabeça – Na rua.
Sequência do (ótimo) álbum subintitulado Na praça e lançado em 2 de fevereiro, o disco Dos pés à cabeça – Na rua vai para o mundo na sexta-feira, 6 de setembro, em edição da gravadora Biscoito Fino, com 14 faixas orquestradas com mix de instrumentos de sopros com o arsenal percussivo da bateria de uma escola de samba.
Bloco carioca que brinca o Carnaval desde 1996, o Cordão do Boitatá se escora em repertório de antigos Carnavais, puxando fio de tempos imemoriais que passa pela África e por New Orleans (EUA) na cadência de African market (Abdullah Ibrahim, 1980) – em levada recriada pelos percussionistas do grupo – e desembarca no Rio antigo através do maxixe Cheguei (1938), tema de Pixinguinha (1897 – 1973), autor do arranjo adaptado por Thiago Queiroz.
O ancestral Rio africano é evocado no emocionante registro do jongo Vapor da Paraíba (Vovó Tereza e Mestre Fuleiro), gravado com as vozes de Deli Monteiro e Lazir Sinval, ambas integrantes do grupo Jongo da Serrinha, polo de cultivo e resistência das tradições do gênero no Morro da Serrinha, no subúrbio carioca.
Sem brincar demais com as músicas, o bloco acerta nas sutis novidades das gravações, todas instrumentais, com exceção do jongo. O xote Eu só quero um xodó (Dominguinhos e Anastácia, 1973) ganha toque de ijexá enquanto a marcha A jardineira (Humberto Porto e Benedito Lacerda, 1938) floresce com a pulsação do frevo e uma suposta cadência de reggae que jamais desfiguram a música, hit folião há quase 90 anos.
E por falar em frevo, Cocada (Lourival Oliveira, 1967) ganha sabor forrozeiro com adição de sanfona no arranjo. Se o samba Maracangalha (Dorival Caymmi, 1956) ressurge em formato arrasta-povo com os sopros orquestrados por Josimar Carneiro, o afrosamba Canto de Iemanjá (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966) perde potência e a força espiritual na abordagem do Boitatá.
Já o samba-exaltação Tem capoeira (Batista da Mangueira, 1973) chama o povo de volta para o disco na pegada do arranjo turbinado pelos metais orquestrados por Kiko Horta e Thiago Queiroz.
O samba da Mangueira tem mais poder incendiário do que a gravação do frevo de rua Cabelo de fogo, obra-prima do compositor pernambucano José Nunes de Souza (1931 – 2016), o Maestro Nunes. O arranjo é do mesmo Maestro Duda que orquestrou Madeira que cupim não rói (Capiba, 1963), mais uma incursão do Boitatá pelo repertório da folia pernambucana.
Gravado nos Estúdios Fibra no Rio de Janeiro (RJ), sob direção do percussionista Quininho da Serrinha e sob direção musical de Kiko Horta, o álbum instrumental do Cordão do Boitatá fecha o Carnaval fora de época com o samba Tristeza (Nilton de Souza e Haroldo Lobo, 1966), cuja melancolia dos versos sempre foi abafada nas ruas e salões pela força aliciante da melodia.
Enfim, a animação da rua pode ser maior, mas é inegável que Dos pés à cabeça – Na rua é (mais um) grande disco do Cordão do Boitatá.

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Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace; vídeo

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Cantora ainda caprichou no ketchup ao servir as fatias, como todo carioca faz. Antes, postou segurando embalagens de Bis. Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace
Atração principal desta sexta-feira (20) no Rock in Rio, Katy Perry surpreendeu os fãs durante a madrugada e distribuiu pizza na porta do Copacabana Palace, onde está hospedada.
A americana foi até a calçada acompanhada de integrantes do staff que seguravam pilhas de caixas de pizzas

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Recordista de shows no Rock in Rio, Ivete Sangalo cantou com Shakira e anunciou sexo das gêmeas no festival; relembre curiosidades

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Cantora se apresenta duas vezes na edição de 2024: na sexta (20), ela faz um show solo no Palco Mundo e, no sábado (21), participa do espetáculo “Para Sempre Pop”, no Palco Sunset. Ivete Sangalo no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues/g1
Atração confirmada no Rock in Rio 2024, Ivete Sangalo mantém, desde 2008, o título de artista que mais se apresentou no festival carioca. Neste ano, ela abre a programação do Palco Mundo na sexta-feira (19), cuja programação foi batizada como “Dia Delas”, e se apresenta no Palco Sunset, no sábado (20), em meio à grade do “Dia Brasil”.
Intitulado “Para Sempre Pop”, esse segundo show contará ainda com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Luísa Sonza e Lulu Santos.
Filho de Ivete Sangalo curte primeiro dia do Rock in Rio e tieta artistas nos bastidores: ‘Amigos que a música me deu’
Ivete Sangalo erra nome de fã e brinca com dificuldade para entender pronúncia em show
O Kanalha leva pagode baiano para o Rock in Rio 2024 e promete deixar a plateia ‘fraquinha’
O g1, então, relembra as antigas passagens da cantora pelo evento. Ao longo de suas 19 apresentações — incluindo também as versões do festival em Portugal, Espanha e Estados Unidos —, a baiana já levou tombo e até anunciou o sexo de suas filhas gêmeas no palco. Ela também fez um dueto com Shakira durante uma performance da colombiana na edição de 2011.
Relembre esses e outros momentos:
👩🏻‍🤝‍👩🏼 Dueto com Shakira
Em 2011, Ivete se apresentava pela primeira vez na versão brasileira do Rock in Rio. Na noite em questão, Shakira foi a atração principal e convidou a baiana para um dueto. Juntas, as duas cantaram “País Tropical”, sucesso de Jorge Ben Jor que foi regravado por Ivete.
👉 Tombo no palco
Nem só de glamour se mantém o histórico da cantora. Em 2015, durante o show no Rock in Rio USA, em Las Vegas, Ivete levou um tombo no palco. Mas a queda não impactou o show e ela encarou o momento com o bom humor de sempre.
👧🏻 São meninas!
Grávida de gêmeas durante o RiR de 2017, Ivete aproveitou a grande audiência para revelar o sexo das crianças.
“Dedico esse show a minha família, a Marcelo Sangalo, as duas irmãzinhas que ele espera, ao meu marido e a toda minha família de fãs”, agradeceu, deixando todos saberem que viriam duas meninas — Marina e Helena atualmente têm 6 anos.
⚡ Look inspirado em Bowie
Para a performance do Rock in Rio 2019, Ivete usou um figurino especial. O macacão assinado pela estilista Michelly X foi inspirado no músico inglês David Bowie. Na ocasião, ela revelou que o look surgiu após um sonho que teve. A roupa tinha mais de 50 mil cristais e foi confeccionada em 15 dias.
😍 Mãe-coruja com estreia de Marcelinho no festival
No Rock in Rio 2022, Ivete dividiu os holofotes de sua apresentação com o primogênito Marcelo. O menino, que já tocava nos shows da mãe, foi um dos percussionistas da banda durante a performance.
Ele também tocou piano — pela primeira vez, publicamente — durante a romântica “Quando a Chuva Passar”. Momentos antes, Ivete havia exibido uma homenagem ao filho no telão.
🫂 Gratidão da “família Rock in Rio”
Ivete não é queridinha na grade do evento à toa. Em 2022, a então diretora artística nacional do Palco Mundo, Marisa Menezes, lembrou ao jornal O Globo que Ivete salvou a produção do evento substituindo Ariana Grande na edição de 2016 do Rock in Rio Lisboa.
“[Ivete] Usou sua popularidade em Portugal e todo o seu carisma e habilidade para entreter um público que, originalmente, não tinha ido lá para vê-la. Ela é da família para sempre”, declarou Marisa à época.
Naquele ano, a americana cancelou a participação horas antes do show. Nas redes sociais, Ariana explicou que a decisão foi motivada por uma infecção na garganta.
🎤 O que esperar de Ivete no RiR 2024
A cantora não revelou a lista de músicas preparada para o show, mas o público pode esperar toda a energia do axé music, com repertório que costuma fazer a plateia vibrar. Na sexta (20), ela abre os trabalhos para Cindy Lauper, Karol G e Katy Perry, representando o Brasil no Palco Mundo. O Dia Delas é composto apenas por atrações femininas na grade do evento.
Já no sábado (21), ela volta a se apresentar em meio à celebração dos 40 anos de festival. A data foi batizada como “Dia Brasil” por ter apenas atrações nacionais na lista. Serão diversas performances em conjunto, com representantes de vários estilos, como samba, rap, rock e pop — categoria na qual Ivete foi integrada.
Rock in Rio 2019: após se apresentar em 15 edições, Ivete Sangalo disse que já é sócia do festival
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Kiss in Rio: solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquera olho no olho; ‘Beijei 6 em 2 dias’

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Clima de azaração não se restringe à idade: idoso de 80 anos diz que também está no jogo. Solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquerar olho a olho
Em tempos de aplicativos de relacionamento, o Rock in Rio é um bom palco para quem é old school. Na Cidade do Rock, o flerte e a paquera são à moda antiga: olho no olho, papo no pé do ouvido, um beijo e troca de contatos.
Em um giro na Cidade do Rock, o g1 conversou com solteiros, que juram que o terreno é fértil para quem estiver livre e interessado e tiver “talento” (veja no vídeo acima).
“Eu acho que está mais preso aos casais. A pegação tá mais isolada. Mas, para pegar alguém, necessita de talento”, brinca um jovem.
Aliás, até a definição de “livre” é relativa. Um casal de militares contou que, ainda que comprometido há 4 anos, ambos são bem resolvidos e não rola ciúme se um ou outro se interessar por alguém na festa.
“No Rock in Rio sempre dá pra beijar na boca. Só não beija quem não quer”, explica um dos pares.
Enquanto isso, para provar que o amor (ou a solteirice) não tem idade, um senhor de 80 anos brinca que as décadas de experiência não paralisam ninguém, só trazem mais sabedoria.
“O Rock in Rio é para pegação, né? Com 80 anos, ainda estou com disposição”, brinca o homem.
Um jovem faz uma leve crítica aos aplicativos de relacionamento.
“Eu sou um pouco mais arcaico. Essa galera do aplicativo aí é complicada. Eu sou mais da piscada, da chegada. Não uso muito o aplicativo, não. Mas a gente vai se virando aqui”, explica.
“A gente tem até três horas da manhã para conseguir salvar o negócio”, completa.
Um jovem que já está curtindo o festival desde a semana passada relata que em dois dias de evento beijou seis pessoas diferentes – mas que nesta quinta (19), ainda não fez seu gol.
“Eu beijei seis em dois dias de Rock in Rio. E hoje é um novo dia, eu quero beijar mais”, declara.

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