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Festas e Rodeios

Fabiana Cozza reforça elo com bambas cariocas em tributo a Arlindo Cruz

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♫ ANÁLISE
♪ Guardadas as devidas proporções mercadológicas, Fabiana Cozza está para o samba paulista desde os anos 2000 como Alcione, Beth Carvalho (1946 – 2019) e Clara Nunes (1942 – 1983) estiveram para o samba carioca a partir da década de 1970.
Intérprete de canto requintado, Cozza simboliza esteio para as tradições de gênero musical diluído nos últimos anos no mainstream na forma de pagode pop com letras de baixo teor poético.
O curioso é que, sendo uma voz identificada com o samba de São Paulo (SP), tendo sido batizada na quadra da escola de samba Camisa Verde e Branco e revelada nas rodas da cidade, Cozza se conecta cada vez mais com os bambas do Rio.
Sábia, a cantora sempre evitou todo e qualquer bairrismo estéril, se desviando de eventuais rivalidades entre os sambas do Rio e de São Paulo. Ao contrário. Há 20 anos, quando lançou o primeiro álbum, O samba é meu dom (2004), Cozza decidiu batizá-lo com o nome da obra-prima da parceria dos bambas cariocas Wilson das Neves (1936 – 2017) e Paulo César Pinheiro, lançada em 1996 na voz de Das Neves.
Ao longo desses 20 anos, a cantora foi estreitando cada vez mais os laços com o samba do Rio de Janeiro. Colheu nos quintais cariocas o repertório do terceiro álbum – Fabiana Cozza (2011), produzido por Paulão Sete Cordas – e lançou em novembro do ano passado um disco com músicas inéditas do bamba octogenário Nei Lopes, Urucungo (2023), expandindo a beleza e a força política da arte negra deste grande compositor revelado em 1972 na voz de Alcione.
Motumbá – single inédito que Cozza lança na sexta-feira, 13 de setembro – reforça o elo da cantora com o samba carioca por se tratar de homenagem a Arlindo Cruz.
Fora de cena há sete anos por conta de problemas relacionados a um AVC sofrido em março de 2017, Arlindo é pedra fundamental da geração Fundo de Quintal projetada ao longo da década de 1980. Um partideiro de mão cheia que construiu obra monumental.
Com capa que expõe foto de Chip Thomas, o single Motumbá celebra Arlindo Cruz em gravação feita entre 29 de agosto e 3 de setembro nos estúdios Arsis e 185 Apodi, na cidade de São Paulo (SP), com arranjo e produção musical do baixista Fi Maróstica, habitual colaborador de Cozza.
Aberto na gravação com o Canto de Xangô, tema da Nação Ketu, Motumbá é samba composto por Marcos Ramos – atual gestor da carreira da cantora – e Edivan Freitas. O single aponta o álbum previsto para ser lançado pela cantora em meados de 2025 após mais dois singles (um agendado para dezembro e outro para abril).
Com seis minutos e 46 segundos, o single Motumbá tem os toques das teclas de Leandro Cabral (piano, Rhodes, Wurlitzer e clavinet) e das percussões de Cauê Silva (atabaques, ferro, pandeiro e xequerê), Douglas Alonso (repique de anel, pandeiro, ganzá, cuíca, tabaque e tamborim) e Iuri Passos (atabaques rum, lé e ferro), além do cavaco de Henrique Araújo, da bateria de Matheus Marinho e do trombone de Valber Oliveira.
É uma big banda para uma grande e merecida homenagem a Arlindo Cruz, bamba que, como Fabiana Cozza, tem o samba como dom e norte na trajetória artística.
Capa do single ‘Motumbá’, de Fabiana Cozza
Chip Thomas
♪ Eis a letra de Motumbá, samba de Marcos Ramos e Edivan Freitas, em tributo a Arlindo Cruz:
“O acorde que nasce
Atrás de um sonho
Um banjo, a cor
De um menino, um suspiro, um assombro
Uma canção de amor
Foi quem afinou
As linhas de um caminho
Na falange de Zambi
Já curimbou
Bamba Griot
Meu Obá, Aganju, Afonjá
NZazi e Agodô
A você que apontou
Meu Motumbá
Hoje o mundo canta Madureira
Raiz da tamarineira
Plantada nos sambas
Das rodas de todo país.
​Tem seu nome nas vozes que cantam essa história
E nas melodias que a memória
Fez do pranto, fez do canto
Uma missão”

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Gloria Groove faz show acelerado com trajetória musical, do pop ao pagode, no Rock in Rio

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Cantora se apresentou nesta noite no Palco Sunset. Glória Groove canta ‘Leilão’ no Rock in Rio
Gloria Groove costuma caprichar nas suas apresentações tanto na seleção de sets, quanto no seu visual. Na noite desta quinta-feira (19), no Rock in Rio, não foi diferente.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Versátil, Gloria já passeou, durante sua carreira, por estilos musicais diferentes, do pop empoderado das drags ao funk e pagode. Emplacou em todos eles.
Nesta noite, ela mostrou um pouco desses momentos, em um show dividido em três partes.
A plateia estava lotada quando Gloria surgiu com um corpo de balé com “Leilão”, que levantou o resto do público que insistia em ficar sentado, e mostrou a potência do gogó em “Greta”.
Ela depois lembrou o primeiro trabalho com um meddley de “O Proceder”, “Império” e “Dona”.
O show é acelerado, sem pausas ou firulinhas. Gloria emenda uma faixa na outra, quase sem respirar. A correria pode ter sido pela entrada de última hora de Will Smith no line-up, que a fez atrasar seu show, ou então pela dificuldade de colocar toda uma carreira em pouco mais de uma hora de show.
Glória Groove canta ‘Nosso Primeiro Beijo’ no Rock in Rio
A paradinha para falar com o público veio depois de “Pisando fofo”, uma parceria com Tasha e Tracie.
“A música é a coisa mais importante da minha vida, desde quando eu estava na barriga. Chegando aos 30 anos, isso continua sendo verdade”, falou.
“Se o Rock in Rio está fazendo 40 anos, vou fazer o que toda drag faz, festa”, disse para cantar “Muleke brasileiro”.
Ela foi pulando de hit em hit: “Jogo perigoso”, “Catuaba” e “Bonekinha” foram alguns deles.
O problema é que fica tão corrido que a plateia nem consegue se organizar para as coreografias.
Na mudança de bloco, Gloria vai para sua fase pagodeira, do álbum “Serenata da GG”.
Gloria Groove se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
É a vez do romantismo tomar conta do ambiente, com “Nosso primeiro beijo”, como trilha sonora. Quem estava acompanhado, conseguiu até mesmo dançar de rosto colado.
Teve “5 minutinhos” e “A tua voz”, que ganhou um lindo coro da plateia. Ela aproveitou para anunciar o volume 2 do “Serenata da GG”, que vai ser lançado no dia 26.
Gloria adiantou duas palhinhas do trabalho, “Encostar na tua”, em versão pagode, e “Apaga a luz”.
Gloria Groove se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Para a parte final, o tema é carnaval. Ela surge com asas e uma coroa com penas de passistas de escola de samba.
Só que, com o relógio batendo quase meia-noite, a plateia começou a dispersar e se encaminhar para o Palco Mundo, para a apresentação de Es Sheeran.
Apareceram ainda “Da Braba”, música indicada ao Grammy Latino, e “Coisa boa”. Ela ainda toca percussão em “Ela balança” e “Bumbum de ouro”.
Sensual, Gloria leva o show para reta final com “Vermelho”. Um dançarino vestido de Michael Jackson é a deixa para “A queda”, a mais teatral de todas, que encerra a performance.

g1

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Rock in Rio tem sexta-feira de divas pop, com Katy Perry, Cyndi Lauper e Ivete; veja como será o 5º dia

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2ª sexta feira do festival terá show histórico para a carreira de Katy Perry, que lança disco após hiato de 4 anos. Karol G e Gloria Gaynor também vão se apresentar; veja VÍDEO. Rock in Rio 2024: o melhor do dia 20
A sexta-feira (20) de Rock in Rio 2024 será um dia dedicado às divas pop. A principal atração da noite é a cantora americana Katy Perry, em um show histórico para a carreira.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Katy decidiu lançar, no mesmo dia da apresentação no festival, o disco “143”, que marca seu retorno à música após um hiato de quatro anos. O setlist vai incluir algumas das canções novas, como os singles “Woman’s World” e “Lifetimes”, mas sem deixar de fora os hits que fizeram da cantora um fenômeno a partir de 2008. “I Kissed a Girl” é um deles.
Katy Perry no VMA 2024.
Evan Agostini/Invision/AP
A colombiana Karol G vai participar do Rock in Rio depois de bater recordes com a turnê “Mañana Será Bonito”. Quem for ver o show pode esperar uma superprodução e um toque brasileiro, já que ela geralmente inclui no setlist um remix do funk “Tá Ok”.
Para quem está em busca de clássicos, não vão faltar opções. O Palco Mundo terá Cindy Lauper cantando “Girls Just Want To Have Fun”. No Palco Sunset, Gloria Gaynor vai comandar um coro em “I Will Survive”.
Rock in Rio 2024: tire suas dúvidas sobre ingresso no celular, itens proibidos, serviços e transporte
A programação ainda terá a diva pop brasileira Ivete Sangalo, com sucessos de várias fases da carreira, a cantora Iza gravidíssima e a revelação da música sul-africana Tyla, dona do hit viral “Water”.
40 anos de festival
A edição que comemora os 40 anos do Rock in Rio segue até este domingo (22), na Cidade do Rock, zona oeste do Rio de Janeiro. No primeiro fim de semana, subiram ao palco Travis Scott, Imagine Dragons, Evanescence e Avenged Sevenfold.
Mariah Carey, Akon, Ne-Yo e Shawn Mendes estão entre as atrações que ainda vão se apresentar.
Ainda há ingressos disponíveis para o dia 21 de setembro. As entradas estão à venda no site do evento.
Qual o line-up do Rock in Rio?
20 de setembro (sexta-feira)
Palco Mundo
16h40 – Ivete Sangalo
19h – Cyndi Lauper
21h20 – Karol G
0h – Katy Perry
Palco Sunset
15h30 – Luedji Luna convida Tássia Reis e Xênia França
17h50 – Tyla
20h10 – Gloria Gaynor
22h45 – Iza
Palco New Dance Order
22h – Samhara
23h30 – Ashibah
1h – Curol x Barja
2h30 – Alison Wonderland
Palco Espaço Favela
16h30 – Brisa Flow
19h – Mc Dricka
21h – Pocah
Palco Global Village
15h30 – Juliana Linhares
17h30 – Carminho
19h15 – Angélique Kidjo
Palco Supernova
15h – Nina Fernande
17h – Darumas
18h30 – N.I.N.A
20h30 – Cynthia Luz
21 de setembro (sábado)
Palco Mundo
15h30 – Para sempre Trap, com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP, Veigh
18h30 – Para sempre MPB, com Baianasystem, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes, Ney Matogrosso e Gaby Amarantos
21h10 – Para sempre Sertanejo, com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior, Luan Santana e Simone Mendes
0h10 – Para sempre Rock, com Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino, Toni Garrido
Palco Sunset
16h55 – Para sempre Rap, com Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rael
19h45 – Para sempre Samba, com Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares
22h35 – Para sempre Pop, com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Lulu Santos
Palco New Dance Order
22h – Para sempre Eletrônica, com Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz X Antdot
Palco Espaço Favela
15h – Para sempre favela é Terra Indígena, com Kaê Guajajara convida Totonete e o grupo Dance Maré
17h – Para sempre Música Clássica, com Nathan Amaral, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
18h40 – Para sempre Baile de Favela, com Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco
20h40 – Para sempre Funk, com Livinho, Mc Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC IG, MC PH
Palco Global Village
15h – Para sempre Jazz, com Antônio Adolfo, Joabe Reis, Joantahn Ferr e Leo Gandelman
17h – Para sempre Soul, com banda Black Rio, Cláudio Zoli, Hyldon
18h40 – Para sempre Bossa Nova, com Bossacucanova e Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal, Wanda Sá
20h40 – Para Sempre Futuro Ancestral, com Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
Palco Supernova
14h30 – Autoramas
16h – Vanguart
18h – Chico Chico
20h – Jean Tassy
22 de setembro (domingo)
Palco Mundo
16h40 – Luísa Sonza
19h – Ne-Yo
21h20 – Akon
0h – Shawn Mendes
Palco Sunset
15h30 – Homenagem a Alcione com Orquestra Sinfônica Brasileira, Diogo Nogueira, Mart’nália, Majur, Péricles, Maria Rita e Alcione
17h50 – Olodumbaiana
20h10 – Ney Matogrosso
22h45 – Mariah Carey
Palco New Dance Order
22h – Dubdogz
23h30 – Jetlag
1h – Bhaskar
2h30 – Kaskade
Palco Espaço Favela
16h – Luiz Otávio
19h – Livinho
21h – Belo
Palco Global Village
15h30 – Lia de Itamaracá
17h30 – Almério e Martins
19h15 – Angélique Kidjo
Palco Supernova
15h – LZ da França
17h – Gabriel Froede
18h30 – Zaynara
20h30 – DJ Topo

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Novo álbum de Katy Perry fica preso ao passado, mas fracasso nas paradas ainda pode ser evitado

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‘143’, 1º trabalho de Katy em 4 anos, será lançado no Rock in Rio. g1 ouviu álbum na íntegra e conta o que achou; veja análise em VÍDEO. g1 Ouviu: Novo álbum de Katy Perry tem músicas que soam datadas
Ao ouvir na íntegra o “143”, novo álbum de Katy Perry, muita gente vai se perguntar: por que exatamente ela escolheu “Woman’s World” para lançar como primeiro single?
Preso ao passado, o disco está longe de ser uma obra-prima. Mas tem faixas melhores, que ainda podem evitar um resultado pífio nas paradas musicais.
“143” é o primeiro trabalho de Katy desde “Smile”, de 2020. Em meio a uma campanha de marketing massiva (com direito a show megaproduzido no VMA), ela escolheu lançar o álbum no dia de seu show no Rock in Rio, nesta sexta-feira (20).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Katy Perry no clipe da música ‘Woman’s World’
Reprodução/Instagram
Mais de dois meses antes, porém, o disco passou a ser bombardeado de críticas com a divulgação da primeira faixa, “Woman’s World”. A música com discurso feminista vazio ficou ainda pior por contar com a participação do produtor Dr. Luke, acusado de abuso sexual pela cantora Kesha em 2014. Ele sempre negou as acusações.
Numa entrevista ao podcast “Call Her Daddy”, Katy explicou o convite ao produtor:
“Eu escrevi essas músicas com base na experiência de toda a minha vida, passando por uma metamorfose, e ele foi uma das pessoas que ajudaram a facilitar tudo isso.”
O resultado foi um fracasso nos charts: “Woman’s World” estreou na posição 63 da principal parada de músicas dos Estados Unidos; no ranking do Reino Unido, alcançou a colocação 47.
Dr. Luke e Katy Perry
Reuters
O “flop” — como dizem na linguagem das divas pop — poderia ter sido bem menor se Katy tivesse apresentado o disco, por exemplo, com “Gorgeous”. Parceria com a alemã Kim Petras (do hit “Unholy”, com Sam Smith), a música tem vocal etéreo, batida sensual, meio psicodélica, e influência de trap, gênero que bomba nas paradas. Do álbum, é a faixa mais antenada ao pop de 2024.
Nesse sentido, pode-se dizer que é uma exceção. A maioria das 11 músicas soa datada, como uma tentativa de recuperar aquele pop despreocupado e de mensagens ingênuas, que levaram Katy Perry ao auge com hits como “I Kissed a Girl”, “Teenage Dream” e “Last Friday Night”, entre 2008 e 2010.
As letras do “143” discorrem sobre arrasar na pista de dança, ter liberdade para ser quem quiser e se apaixonar perdidamente. “É um ‘crush’? Está me fazendo corar. Lá vou eu de novo, estou me apaixonando”, ela canta com jovialidade em “Crush”, com um “lararari…” grudento na melodia.
Algumas das músicas novas são divertidas só porque se parecem com sucessos do passado. “Artificial” tem clima tecnológico e futurista, uma atmosfera que lembra muito “E.T.”, gravada com o rapper Kanye West para o álbum “Teenage Dream”, de 2010.
Fechando o disco, “Wonder” tem a letra motivacional e o arranjo crescente que a aproximam de “Firework”, do mesmo trabalho de 2010.
Capa do álbum ‘143’, de Katy Perry
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Parte disso, claro, é consequência da colaboração com Dr. Luke no novo álbum. Antes da briga judicial envolvendo Kesha, o produtor trabalhou com Katy em “One of the Boys” (2008), “Teenage Dream” e “Prism” (2013). Alguns dos maiores sucessos da carreira dela têm o dedo dele.
No “143”, fica clara a tentativa de imitar as batidas vibrantes de house desses outros tempos. Mas, sem conversar com sons mais atuais, músicas como “Gimme Gimme” e “I’m His, He is Mine” ficaram repetitivas e cansativas. Dão a sensação de já ter escutado algo muito parecido antes.

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