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Festas e Rodeios

Sino de 2 toneladas, saquê a 20°C e 12 bolas de futebol: os pedidos de astros como Axl Rose e Freddie Mercury em 40 anos de Rock in Rio

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Histórias de extravagâncias deram trabalho às equipes do festival desde a primeira edição, em 1985, e foram contadas em livros e reportagens. Rock in Rio: as cenas mais marcantes do festival, que completa 40 anos
Em 40 anos e 10 edições em solo carioca, os camarins do Rock in Rio acumularam muitas histórias — e principalmente extravagâncias — dos artistas que passaram por lá. Quem trabalha nos bastidores sabe o jogo de cintura necessário para atender aos pedidos mais inusitados.
Em 2024, por exemplo, as exigências incluem mel da Nova Zelândia e grama sintética. Tais pedidos geralmente são feitos com um acordo de confidencialidade — a identidade do mimado não pode ser revelada nem por decreto —, mas, com o passar dos anos, acabam revelados.
O g1 relembra agora alguns deles, citados em livros, podcasts e reportagens.
Freddie Mercury, Axl Rose e Prince em shows na primeira e segunda edição do Rock in Rio
Reprodução/ TV Globo
Freddie Mercury
O produtor Amin Khader, que foi o responsável pelos camarins na 1ª (1985) e na 2ª edição (1991), é um desses colecionadores de histórias.
Em reportagens e podcasts, ele contou que, em 1985, Freddie Mercury destruiu um camarim antes do show histórico que fez com o Queen — a apresentação, aliás, foi eleita a melhor do Rock in Rio por um júri com mais de 150 nomes do jornalismo cultural brasileiro.
Freddie Mercury em show do Queen no Rock in Rio 1985
Reprodução/ TV Globo
Por contrato, os aposentos de Mercury no backstage deveriam contar com uma dose de saquê mantida à temperatura exata de 20 graus em uma chama acesa e toalhas.
“Ele pediu 200 toalhas quando chegou e mandou que eu livrasse o corredor que dava acesso ao seu camarim. Tive que distribuir garrafas de uísque para que os músicos brasileiros saíssem do caminho”, contou em entrevista ao Globo, em 2001.
Eles saíram, mas a contragosto. Quando Freddie começou a caminhar, ouviu o coro: “Bicha! Bicha! Bicha!”, lembrou Amin.
O cantor questionou o que era aquilo, e Amin respondeu que era um elogio, na expectativa de se livrar de mais um problema. Mas o artista percebeu.
Em seguida, como não estava disposto a deixar barato, o cantor perguntou para Khader se no Brasil tinha furacão. Diante de uma resposta negativa, ele respondeu:
Aí ele [Mercury] disse: ‘É porque acabou de passar um por aqui”’, contou Amin.
Khader disse que encontrou o fogo com o qual o saquê era mantido aquecido chegando ao carpete e frutas grudadas no teto, além de espelhos quebrados em milhares de pedacinhos.
Freddie Mercury em show do Queen no Rock in Rio 1985
Reprodução/ TV Globo
Rod Stewart
Em uma passagem também animada pela 1ª edição do Rock in Rio, o cantor Rod Stewart exigiu, em cima da hora, 70 toalhas brancas. Alguns diziam que o pedido surgiu por inveja a James Taylor, que também se apresentava no festival, e solicitou a regalia.
Era um domingo, e Amin, pego de surpresa, teve de rodar a Barra da Tijuca e bater de motel em motel para comprar as toalhas de segunda mão. No fim das contas, das 70, o cantor só usou 3.
A história está no livro “Rock in Rio: a história – bastidores, segredos, shows e loucuras”, do jornalista Luiz Felipe Carneiro.
Stewart também exigiu 12 bolas de futebol que queria chutar para o público. Amin Khader conseguiu, mas duas estavam furadas e o cantor não se conformou com 10.
Indignado com a exigência, o coordenador de backstage disse que o cantor poderia arrancar as próprias já que exigia as 12.
Eis que o empresário do cantor, inglês, olha para ele e fala com sotaque: “Mim entender português”, gerando um constrangimento.
A história está no livro de Carneiro.
AC/DC
Sino que faz parte do cenário durante a apresentação de ‘Hells Bells’ do AC/DC no Rock in Rio de 1985
Reprodução/ TV Globo
Em 1985, a banda AC/DC avisou no contrato que só se apresentaria diante de um cenário completo que incluía canhões e um sino — o apetrecho desceria do teto na música “Hells Bells”.
Só que a peça indicada pela produção pesava 2 toneladas — mesmo não tocando de verdade: as badaladas seriam reproduzidas de forma eletrônica para o público.
O tal “sino” veio de navio e deu trabalho para a liberação na alfândega. Na hora da montagem, o Rock in Rio viu que o palco não aguentaria o peso. Mas o sino tinha que estar lá, caso contrário a banda poderia desistir do show.
O cenógrafo Mário Monteiro, por conta própria e sem o conhecimento do resto da produção, tirou um molde da peça, chamou a equipe que trabalhava com ele na TV Globo e pediu um “clone” de isopor e gesso. Assim foi feito, e o original ficou no depósito.
As 2 apresentações do AC/DC aconteceram sem ninguém suspeitar que o sino não era o mesmo. Depois do 2º show, Monteiro revelou o truque para a equipe do festival e da banda.
Se o Rock in Rio esperava uma reação ruim, ela não veio. A produção do AC/DC ainda pediu um favor: levar o sino falso de presente, pois não era a 1ª vez que o problema acontecia.
Axl Rose
Axl Rose no Rock in Rio de 1991
Reprodução/ TV Globo
O Guns N’ Roses é uma das bandas recordistas de participações no festival. Estiveram no Rock in Rio em 1991, 2001, 2011 e 2017. Na 1ª, o vocalista Axl Rose foi incansavelmente assediado pelos fãs.
Em um dia de pouca paciência, uma jovem gritou que queria o “telefone dele”. O cantor não pensou duas vezes e atirou o aparelho do quarto pela janela do hotel.
Porém, nem tudo é amargura na vida do roqueiro. Na mesma edição, a banda havia pedido uma farta macarronada para ser servida no pós-show. Depois que os músicos foram embora, já com o Maracanã completamente vazio, Khader perguntou se Axl queria que o banquete fosse enviado ao hotel.
Com aquela imensa quantidade de comida à disposição, ele convidou os funcionários do Rock in Rio para jantar com ele. Assim, faxineiros, camareiras, garçons e seguranças pararam o que estavam fazendo para um momento de pausa e uma refeição com uma das maiores estrelas que já tocaram no festival. No fim das contas, até Roberto Medina, fundador do evento, também se sentou para confraternizar.
Prince
Prince com toalha na mão no palco do Rock in Rio de 1991
Reprodução/ TV Globo
Prince, que se apresentou na 2ª edição do Rock in Rio, deixou claro para a equipe do festival que não queria ser incomodado. Não queria ver fãs nem falar com ninguém, como publicou a edição do Jornal O Globo do dia 18 de janeiro de 1991.
No dia 23 de dezembro de 1990, o jornal divulgou o que seria a lista de exigências do cantor. Entre elas, 200 toalhas “limpas, brancas e enormes a cada show”, um balão de oxigênio com máscara em sua suíte e no camarim e a suspensão da venda de bebidas alcoólicas no Rock in Rio.
No fim das contas, o cantor só usou 30 toalhas.
De acordo com a BBC, ao passar pelo backstage, Prince exigiu que ninguém o olhasse. O motivo é que estava de bobes no cabelo, preparando o visual para o espetáculo.
Mas nem tudo foi exigência na estadia do cantor no Brasil. Durante o período que esteve na cidade, ele visitou as crianças do Educandário Romão Duarte.
Prince no palco do Rock in Rio de 1991
Reprodução/ TV Globo

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Caso Diddy e acusações de abusos: entenda se rapper pode pegar prisão perpétua

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Rapper, que se declarou inocente em tribunal está preso desde segunda-feira (17). Pagamento de fiança foi negado Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, segundo o anunciado pela a Promotoria de Nova York, nos EUA, nesta terça-feira (17).
Ele se declarou inocente em tribunal e o pagamento de fiança foi negado — ele segue preso. A próxima audiência deve acontecer até o dia 24, mas ainda não há data para o julgamento em si.
A seguir, entenda o que se sabe e o que falta esclarecer:
Alvo de processos por agressão sexual, rapper Sean ‘Diddy’ Combs é preso nos EUA
Quem é Sean ‘Diddy’ Combs?
Nascido Sean John Combs em 4 de novembro de 1969, no Harlem, em Nova York, Sean “Diddy” Combs começou no setor musical como estagiário em 1990 na Uptown Records, onde chegou a se tornar diretor.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, ele é um poderoso magnata do setor musical e considerado o mentor por trás da transformação do hip hop em gênero musical.
Em 1991, ele promoveu um jogo de basquete e um show de celebridades no City College, em Nova York, que resultou em nove mortes após uma confusão.
O evento foi superlotado por milhares de pessoas e levou a uma série de processos judiciais, culpando Combs pela contratação de segurança inadequada.
Ele foi demitido da Uptown e fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Assim começou uma rápida ascensão ao topo do hip hop da Costa Leste, juntamente com seu discípulo, o falecido The Notorious B.I.G.
Combs já assinou vários contratos importantes e colaborou na produção de artistas como Mary J Blige, Usher, Lil’ Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men.
Vencedor do Grammy, estreou como cantor com o single “Can’t Nobody Hold Me Down” e seu álbum “No Way Out”.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
De onde vem sua fortuna?
Ao longo de décadas, ele acumulou uma grande fortuna, principalmente por meio de seus empreendimentos no setor de bebidas alcoólicas.
Ele construiu uma reputação como organizador de eventos, o que se mostrou fundamental para sua marca à medida que sua fama crescia.
O que diz a acusação?
Durante décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
O promotor Damian Williams disse à imprensa que Combs construiu um sistema baseado na “violência” para obrigar as mulheres a “longas relações sexuais com garotos de programa”, sob efeitos de drogas como ecstasy GHB (conhecida como a droga dos estupradores) e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos.
“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, disse o promotor.
O que diz a defesa de Diddy?
“Esteja onde estiver, ele tem a mesma determinação. Acredita ser inocente”, declarou em frente ao tribunal federal de Manhattan o advogado do rapper, Marc Agnifilo, que considerou as condições de prisão de Combs “desumanas”.
O advogado de Combs disse estar decepcionado com a decisão de prosseguir com o que ele descreve como uma “acusação injusta” por parte da Procuradoria dos Estados Unidos.
Como foram as investigações?
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel que foi divulgado em maio mostra Combs agredindo fisicamente sua namorada da época e arrastando-a pelo cabelo para o quarto do qual tentava fugir.
Uma denúncia dela no final de 2023 iniciou a queda do magnata, a quem acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
O processo foi rapidamente resolvido em um acordo fora dos tribunais, mas uma série de denúncias de agressão sexual se seguiu, incluindo uma apresentada em dezembro por uma mulher que alegou que Combs e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.
Ele pode pegar prisão perpétua?
Segundo a imprensa internacional, sim. Caso seja julgado culpado das três acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.

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Fãs de Ed Sheeran dividem tatuagens sobre canções e álbuns e planejam entregar camiseta para o cantor

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Headliner desta quinta-feira (19) no Rock in Rio, inglês é coberto de tattoos coloridas. Fãs de Ed Sheeran mostram tatuagens na fila do Rock in Rio
Cristina Boeckel/g1
Fãs de Ed Sheeran que estavam na fila do Rock in Rio nesta quinta-feira (19), à espera do show do inglês, aproveitaram o (muito) tempo que tinham para mostrar tatuagens sobre a obra do cantor.
O grupo pretendia colar na grade rente ao palco para entregar uma camisa — que todos vestiam. “Comer carboidrato antes de dormir, beber água e pular para não ter vontade de ir ao banheiro”, explicou a social media Gabriela Brito, de Salvador.
Duda, Jéssica, Gabriela e Evelyn, fãs de Ed Sheeran
Cristina Boeckel/g1
Uma música, um desenho
Canções e álbuns se tornam desenhos para realçar o trabalho do músico, que fecha o Palco Mundo nesta quinta.
A publicitária Jessica Esteves tem uma tatuagem em homenagem à canção “Supermarket Flowers”. “Nas épocas mais difíceis da minha vida, ouvir a música dele me fazia melhorar. Era a luz no túnel escuro”, disse Jéssica.
A tatuadora Duda Pinho, de São Paulo, conta com outras 2, sobre as canções “Penguins” e “Lego House”. Ela lembra que o próprio Ed é coberto de tattoos coloridas. “Eu não acho nada dele feio. As tatuagens têm significado e valor para ele. A gente se apega. Inclusive na camiseta eu desenhei as tatuagens dele que eu conseguia enxergar”, contou.
Gabriela tem uma tatuagem em referência aos álbuns de Sheeran, e às músicas “I’m a Mess” e “Happier”.
As três são amigas e chegaram por volta das 6h30. Juntas, elas fazem parte de um portal com informações do cantor, chamado Info Ed Sheeran. Pelo portal, chegaram a sortear ingressos para o Rock in Rio.
Ed tricolor?
Cantor Ed Sheeran vai ao Maracanã assistir a jogo da Libertadores
Ed Sheeran foi visto no Maracanã na noite desta quarta-feira (18), onde assistiu ao jogo entre Fluminense e Atlético-MG pela Taça Libertadores.
Uma das imagens foi postada pela influenciadora Eliza Ranieri, que brincou sobre ele ser tricolor – como são conhecidos os torcedores do Fluminense.
Segundo ela, Sheeran comentou, ao ver a torcida cantar: “Amazing” – incrível, na tradução.
Mais cedo, ele pediu dicas em seu Instagram:
“Cheguei no Brasil, não venho aqui há anos, me mandem recomendações de coisas para fazer, ver ou comer”.

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Com prótese nos dentes, fã de Ed Sheeran recria look vampiresco de clipe e madruga na fila do Rock in Rio

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Gabriela Andrade apostou em cola para dentadura a fim de prender os caninos proeminentes. Fã mostra look inspirado em clipe de Ed Sheeran
A estudante de psicologia Gabriela Andrade, de 23 anos, acordou às 4h50 para estar cedo na fila do show de Ed Sheeran, headliner do Palco Mundo do Rock in Rio nesta quinta-feira (19). Ela vestia um look semelhante ao do clipe “Bad Habits”, seu favorito, no qual o cantor interpreta um vampiro.
“Essa é a minha versão tropical. É um terno rosa, e ele é um vampiro. Por isso os dentinhos”, disse.
A estudante de psicologia Gabriela Andrade
Cristina Boeckel/g1
As próteses são um destaque no visual e, segundo a estudante, não incomodam. Aplicados com cola para dentadura, são extremamente naturais em uma primeira olhada. Na bolsa, uma cola reserva para o caso de um retoque — os caninos só serão retirados na hora de comer.
A estudante diz que os acessórios não incomodam. O calor também não intimida Gabriela. “Qualquer coisa, tiro o miniblazer. Na hora do show eu coloco de novo”, contou.
Gabriela quer que a obra de Sheeran seja mais conhecida, não apenas as canções românticas. “Eu o conheci em 2012, mas fiquei muito fã em 2014. As músicas me tocam muito, e as letras, eu sou de entender o que está por trás. São muito bonitas.”
Ed Sheeran e Gabriela com o look de ‘Bad Habits’
Cristina Boeckel/g1

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