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Festas e Rodeios

Investigação sobre tiro de Alec Baldwin se concentra na custódia da arma

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Jovem mestre de armas forneceu pistolas presentes no set de ‘Rust’; diretor assistente gritou ‘arma fria’ antes de entregar arma a ator. Polícia investiga sequência exata dos acontecimentos que permitiram a entrada de munição ao local. O ator Alec Baldwin e a diretora de fotografia Halyna Hutchins
Sonia Recchia/Getty Images/AFP; Angela Weiss/AFP
A investigação policial sobre o tiro fatal com uma arma cenográfica utilizada por Alec Baldwin durante uma filmagem se concentra no especialista responsável pelo armamento e no diretor assistente que entregou a pistola ao ator americano.
A diretora de fotografia de origem ucraniana Halyna Hutchins, de 42 anos, recebeu um tiro no peito e morreu pouco depois do incidente ocorrido na quinta-feira (21) no estado americano do Novo México, enquanto o diretor do filme “Rust”, Joel Souza, de 48 anos, que estava atrás dela, ficou ferido, foi hospitalizado e já recebeu alta.
A arma, que não deveria estar carregada, estava com munição, de acordo com um documento judicial apresentado pelo gabinete do xerife para obter um mandado de busca. As informações são da imprensa local.
O documento afirma que o diretor assistente Dave Halls, identificado como o homem que entregou a arma a Baldwin, gritou “arma fria” no momento da passagem. Este é o termo usado na indústria para indicar que a arma tinha apenas bala de festim.
O rancho Bonanza Creek, onde fica o set, no condado de Santa Fe, nos EUA, amanheceu neste sábado com flores e sem movimentação no local. Veja abaixo:
Set do filme ‘Rust’ tem dia silencioso enquanto investigação sobre acidente continua
Investigação
A polícia se concentra na sequência exata dos acontecimentos que permitiram a entrada de munição no set de “Rust”, um western ambientado no século XIX.
A ligação para o número de emergência 911, feita imediatamente após o tiro, demonstra o choque e a raiva no set. “Nós temos duas pessoas que foram atingidas acidentalmente por tiros de uma arma cenográfica; precisamos de ajuda imediatamente”, afirma a pessoa que fez a ligação.
“Estava carregada com uma bala de verdade?”, pergunta o operador. “Não… não sei dizer”, responde a pessoa. “E este (palavrão) AD (assistente de direção) que gritou comigo na hora do almoço… esse (palavrão) – ele deveria checar as armas, ele é o responsável pelo que acontece no set”.
Segundo Juan Rios, porta-voz da polícia, o foco da investigação é saber o tipo da munição que estava na arma e como ela chegou ao estúdio.
“Esta investigação ainda está em andamento”, afirmou Juan Rios. “Nenhuma acusação foi apresentada em relação a este incidente. As testemunhas continuam a ser ouvidas”.
A produção do filme foi paralisada.
Mestre de armas
A pistola utilizada e outras duas foram fornecidas pela mestre de armas do filme, identificada como Hannah Gutierrez-Reed, de 24 anos, filha de Thell Reed, armeiro especializado há muitos anos da indústria cinematográfica.
Em um podcast em setembro, a jovem Gutiérrez-Reed disse que ficou apreensiva ao assumir o posto de armeiro principal pela primeira vez no filme anterior em que trabalhou, “The Old Way”.
“Eu estava muito nervosa no início e quase não aceitei o trabalho porque não tinha certeza se estava preparada”, disse no podcast “Voices of the West”, antes de acrescentar: “Mas ao trabalhar, tudo correu muito bem”.
Autor do disparo
A polícia interrogou Baldwin, que cooperou voluntariamente, mas não apresentou acusações contra o ator.
O ator afirmou na noite de sexta-feira (22) que estava com o coração partido e cooperando plenamente com a investigação sobre “como aconteceu esta tragédia”. Ele retuitou um texto da revista “Variety” com a manchete “Alec Baldwin foi informado que a arma cenográfica era segura antes do tiro fatal, afirma documento judicial”.
Uma foto do jornal local “Santa Fe New Mexican” mostra o ator chorando enquanto falava ao telefone do lado de fora da delegacia. Um porta-voz do ator afirmou que a morte foi um acidente.
Veja diferença entre bala convencional e bala de festim
Veja os detalhes revelados pelo documento da polícia, segundo jornais, sites e agências internacionais:
A polícia informa que a arma tinha munição real, mas não detalha o tipo, segundo a Reuters.
O ator Alec Baldwin recebeu a arma da mão de um assistente de direção sem saber que ela tinha munição antes de atirar e matar a diretora de fotografia Halyna Hutchins.
O assistente de direção que entregou a arma para Baldwin também não sabia que ela estava carregada com munição.
No mandado há a lista de integrantes da equipe escalada para trabalhar no set no dia do incidente. Entre eles estava Hannah Gutierrez Reed, responsável pelo manuseio e segurança das armas. De acordo com a imprensa norte-americana, ela trabalhava com isso há pouco tempo.
Segundo o documento, havia três armas em um carrinho do lado de fora do local da filmagem, deixadas por Hannah Gutierrez Reed. O assistente de direção pegou uma delas, entregou a Baldwin e disse: “cold gun”, o que nos EUA significa arma limpa ou sem balas reais.
Relatos mostram que sete pessoas se demitiram da equipe de câmeras horas antes do tiro disparado por Alec Baldwin por causa das condições de trabalho e de segurança.
Em um comunicado na sexta-feira, a produtora do filme, Rust Movie Productions LLC, informou que a segurança do elenco e equipe é a principal prioridade.
“Embora não tenhamos sido informados de nenhuma reclamação oficial relativa à segurança de armas ou propulsores no set, estaremos conduzindo uma revisão interna de nossos procedimentos enquanto a produção é encerrada. Continuaremos a cooperar com as autoridades de Santa Fe em suas investigações e a oferecer serviços de saúde mental para o elenco e a equipe durante este período trágico.”
Alec Baldwin mata diretora de fotografia por acidente com arma usada em filmagem
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Filme ‘Rust’ conta a história de garoto e avô em fuga após acusação por morte acidental
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Veja o que se sabe e o que falta esclarecer
Filme sobre morte acidental
“Rust” é um filme de velho oeste estrelado e produzido por Baldwin (“Missão: Impossível – Efeito fallout”) que também tem no elenco Jensen Ackles (“Supernatural”) e Travis Fimmel (“Vikings”).
Baldwin interpreta o personagem que dá o nome ao filme, que se passa no Kansas em 1880 e conta história de garoto e avô em fuga após acusação por morte acidental.
Halyna Hutchins
Halyna Hutchins: quem era diretora morta por Alec Baldwin em set
Halyna Hutchins tinha 42 anos e era diretora de fotografia. Ela já fez filmes, curtas e produções para a televisão desde 2012, segundo o site IMDb.
Ela nasceu na Ucrânia, cresceu em uma base militar soviética no Circulo Polar Ártico e estudou jornalismo em seu país e cinema em Los Angeles.
Como diretora de fotografia, ela trabalhou em filmes como “Archenemy” (2020), com Joe Manganiello, “Blindfire” (2020) e “The Mad Hatter” (2021).
Na terça-feira (19), dois dias antes do incidente, ela publicou um vídeo em seu perfil no Instagram no set de “Rust”.
“Um dos benefícios de gravar um filme de velho oeste é que você pode andar a cavalo na sua folga”, afirmou Hutchins.
O brasileiro Dennis Zanatta, cinegrafista e diretor de fotografia, era amigo de Halyna Hutchins. Os dois estudaram cinema em Los Angeles, e Zanatta, quando soube do acidente, chegou a mandar uma mensagem para o celular dela perguntando se estava tudo bem.
Em entrevista à GloboNews, ele afirmou ter ficado em choque ao receber a notícia de que a amiga, a quem considera como uma irmã, havia sido baleada (veja no vídeo abaixo).
Brasileiro amigo de Halyna Hutchins mandou mensagem sem saber que diretora era a vítima do disparo
Veja VÍDEOS sobre a morte de Halyna Hutchins:
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Charlie Puth faz pop certinho em ‘esquenta’ para Ed Sheeran no Rock in Rio

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Cantor retorna ao festival com show mais encorpado e status de hitmaker. Charlie Puth rege a plateia do Rock in Rio durante a música ‘Attention’
Charlie Puth esteve de volta ao Rock in Rio neste sábado (19), depois da estreia na edição de 2019. De lá para cá, ele engordou o setlist com mais hits de pop certinho, em sua maioria, dançantes. E ainda teve uma promoção: do Palco Sunset direto para um horário nobre do Palco Mundo.
Com mais experiência, Puth garantiu bons momentos com público, em uma espécie de “esquenta” para o Ed Sheeran.
Com ares de showman e banda afiada, ele entrou no palco 5 minutos antes do previsto, com “How long”, já mostrando o talento no teclado. No piano, ele seguiu com “Done for me”.
Alguns curiosos chegaram mais perto no gramado para conhecer melhor o cantor. E apesar de uma plateia menor do que o esperado, ele mostrou estar apto para ocupar lugar de destaque no festival.
Charlie Puth canta ‘We Dont Talk Anymore’ no Rock in Rio
O cara, agora com 32 anos, surgiu como muitas outras estrelas da música hoje em dia: postando vídeos na internet. Chamou atenção de nomes como o da apresentadora Ellen DeGeneres, que deu o empurrãozinho para que seu trabalho caísse no mainstream.
Outro feito que o colocou no mapa do pop mundial foi a faixa de 2015, “See you again”, em parceria com Wiz Khalifa. O videoclipe foi o mais assistido daquele ano.
Alçado a hitmaker, recentemente, seu nome voltou a circular com mais força com a ajuda de Taylor Swift, ao ser citado em um elogio em uma das novas faixas da cantora.
“Vamos manter a festa rolando?”, perguntou o cantor, ao entoar um dos grandes sucessos, a dançante “Attention”, nesta noite.
As primeiras batidas da música fizeram a galera sentada pular no lugar ou registrar no celular.
Charlie Puth se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
“Depois de 2020, eu achei não conseguiríamos fazer isso de novo. Vocês estão melhores do que nunca”, disse para a plateia ao emendar “No more drama”. Rolou até umas notas de “Garota de Ipanema” no piano, só para agradar a fanbase.
“Cheating on you” rendeu caras e bocas do cantor que dedilhava no teclado.
Antes de “Left and right”, ele explicou o efeito que queria causar. Se ouvir a gravação do álbum com fones de ouvido, parte do refrão é ouvido de um lado, parte do outro. Ele até tentou reproduzir a brincadeira no show, mas em vão. Ainda assim, ele e os fãs não perderam o entusiasmo.
Puth aproveita bem e mostra talento jazzísticos ao piano mais de uma vez. Um dos exemplos foi com “Marvin Gaye”, que levantou um belíssimo coro do público.
Foi a deixa para “We don’t talke anymore”, mais um dos hits, parceria com Selena Gomez.
Charlie Puth se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
O cover de “Stay” soa caótico (no bom sentido) em um dos únicos momentos que Puth parece mais espontâneo dentro de uma apresentação milimetricamente pensada e executada à risca.
“Essa música é de 2015. Alguém tinha nascido em 2015?”, perguntou. A faixa era “One call away”, que veio acompanhada de brincadeiras com o público.
Puth consegue ainda entregar outro momento tocante, com “See you again”, música que vai ser difícil tirar de qualquer um dos seus sets.
Com clima “good vibes” ele encerra a sua participação neste Rock in Rio merecedor do espaço que conquistou.
Charlie Puth se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Leo Franco/AgNews
Cartela resenha crítica g1
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Ferrugem mostra uma das melhores vozes do Rock in Rio em edição mais pagodeira da história

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Cantor lotou palco Sunset depois de Joss Stone se apresentar para público mediano. Show demonstrou, na prática, força do pagode no festival. Ferrugem e Gilsons cantam ”Várias Queixas” no Rock in Rio
Não é exagero dizer que Ferrugem é um dos melhores cantores que passaram pelo Rock in Rio 2024 até esta quinta-feira (19). Sua voz é tão limpa que ouvir ao vivo é quase como escutar a gravação de estúdio.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O carioca lotou o Palco Sunset do festival, logo depois da britânica Joss Stone se apresentar para um público mediano no Palco Mundo, que fica ao lado. Um coro grandioso da plateia em “Me Perdoa”, música gravada em 2022 com Iza, surpreendeu quem estava ali só de passagem.
A apresentação demonstrou, na prática, a força do pagode no Rock in Rio. A edição de 2024 é a mais pagodeira da história do festival. Ao todo, serão 13 artistas do pagode e do samba — além de Ferrugem, também estão na programação Belo, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Péricles, Zeca Pagodinho, Alcione, entre outros.
Ferrugem se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Não precisava, mas, talvez por medo de certa resistência do público ao ritmo, ele incluiu no setlist o clássico sertanejo “Evidências”, aposta segura (e um tanto batida) para fazer a plateia cantar. “Essa é quase o hino nacional”, brincou. Também apresentou um cover de “Você me Vira a Cabeça”, de Alcione.
No palco, Ferrugem foi acompanhado por backing vocals e uma enorme banda de samba. Em “Apaguei pra Todos”, música lançada neste ano, ele deu espaço para um solo de guitarra. Em “O Som do Tambor”, sua voz duelou com o som do cavaquinho.
No maior hit da carreira, “Pirata e Tesouro”, de 2018, Ferrugem abraçou as duas filhas e beijou a mulher, Thais Vasconcelos.
Ferrugem encontra as filhas no Rock in Rio.
Stephanie Rodrigues/g1
A banda Gilsons, anunciada como convidada da apresentação, apareceu só perto do final para tocar os hits de festa de brasilidades “Love Love” e “Várias Queixas”.
Como tem acontecido nos shows conjuntos desta edição, os visitantes tiveram presença discreta. Tudo bem. Ferrugem daria conta, mesmo sozinho.
No palco, ele lembrou que estreou no Rock in Rio em 2022 no Espaço Favela — um palco menor e afastado das vias principais do festival. Depois de ser “promovido” ao Sunset em 2024, está bem claro que seu destino natural é chegar ao Palco Mundo, o mais cobiçado do evento.
Cartela resenha crítica g1
g1

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Joss Stone transborda carisma e talento em show com público modesto no Rock in Rio

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Cantora fez piadinha em português e transformou ‘Mr. Wankerman’ em ‘Mr. Vacilão’ em apresentação intimista vigorosa. Joss Stone fala ‘vacilão’ em ‘Mr. Wankerman’
Foi para uma plateia modesta que Joss Stone se apresentou na noite desta quinta-feira (19) no principal palco do Rock in Rio, o Mundo. A apresentação seguiu a tradição dos shows da artista: um vozeirão do início ao fim, uma energia good vibes e muito carisma.
Havia muitos buracos entre as pessoas do público, algo incomum para o horário e espaço nos quais a artista se apresentou. Mesmo assim, quem estava ali pareceu curtir cada segundo do show, que foi impecável.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Rainha do bom humor, Joss fez várias piadinhas e conversou com os fãs com a mesma leveza de quem bate papo com os amigos. Era como se ela estivesse cantando na sala de estar de sua casa. À vontade, ela parecia íntima de cada uma das pessoas que assistia à apresentação.
Joss Stone se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
“Espero que alguns de vocês estejam chapados”, afirmou Joss antes de “Stoned Ou Of my Mind”. Já na melódica “Spoiled”, ela contou o que a motivou a compor a faixa: um ex-namorado que não lhe merecia.
“Vocês lembram que eu falei daquele cara? Então, essa é a música fofa que eu fiz para ele. Qual é o equivalente a wankerman [idiota em português]? Hm? ‘Vacilaum’? Vaci.. vaci… vacilão? Ah, ok, senhor Vacilão”, disse ela quando voltou a citar o ex-romance antes de entoar “Mr. Wankerman”, nome que ela trocou por “Mr. Vacilão” nos versos. O momento foi recebido pelo público com gritos e muitas risadas.
Ela também fez um brinde com o copo que erguia vez ou outra. Como de costume, a cantora se apresentou descalça, com um esvoaçante vestido longo do nível de sua elegância e simpatia. O pedestal do microfone também estava vestido: era coberto por um brilhante lenço dourado.
Em entrevista ao g1 recentemente, a cantora disse que costuma adaptar cada show ao público e entende que festivais como o Rock in Rio demandam menos “piadinhas” e mais “soul”. Sua apresentação no festival acertou na medida de ambos.
Joss Stone canta ‘Right to be Wrong’
O gogó de Joss e sua banda estavam sintonizados: afiados, vigorosos e encantadores.
Além de cantar faixas de seu próprio repertório — como “Super Duper Love”, “You Had Me” e “Will with me” —, a artista também cantou medleys de hits como “Everbody Dance” e “Got to be Real”.
Pouco antes de deixar o palco, Joss apareceu vestida com um reluzente macacão preto e cantou “(For God’s Sake) Give More Power To The People” e seu hit “Right To Be Wrong”.
Com os olhos borrados, ela disse “obrigada por me amarem” em forma de canto enquanto jogava girassóis para os fãs. É muito encantador se sentir perto de um ídolo. Que dirá, então, se ele for alguém como Joss Stone, que faz qualquer um se sentir amado e tão relevante quanto ela.
Cartela resenha crítica g1
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