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Empresário que sofreu homofobia em academia de Maceió cobra punição de personal trainer: ‘Tentou me bater duas vezes’

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Vítima diz que era xingada constantemente por um personal trainer que só não o agrediu fisicamente porque foi contido. Empresário que sofreu homofobia em academia em Maceió cobra punição para agressor; homofobia é crime no Brasil

Desde que denunciou a homofobia sofrida dentro de uma academia no bairro da Pajuçara, em Maceió, o empresário e produtor cultural Patrese Calheiros diz que tem medo de voltar a treinar e cobra punição do personal trainer que quase o agrediu fisicamente. “Ele tentou me bater duas vezes”.
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Em entrevista ao g1, Patrese contou que já ouvia frases homofóbicas de um personal trainer no estabelecimento há cerca de dois anos, mas que no dia 23 de junho deste ano o agressor o xingou diretamente e só não o agrediu porque foi contido pelo personal da vítima. Após esse episódio, o empresário denunciou o caso à Polícia Civil e a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL).
Por segurança, a vítima e sua advogada decidiram não divulgar a identidade do agressor nesta reportagem nem fotos da vítima.
A reportagem do g1 tentou contato com a academia para saber quais providências foram tomadas após o ocorrido, mas não recebeu resposta até a última atualização dessa reportagem.
O empresário contou que começou a frequentar a academia quando voltou de Los Angeles, nos Estados Unidos, no início de 2020. Ele disse que o personal trainer sempre se mostrou incomodado com a sua presença.
“No final de 2020, ele falou para o meu personal, mas se dirigindo a mim, ‘não brinca comigo não, que eu sou homofóbico’. Eu fiquei indignado com aquilo que estava ouvindo. Na hora, eu disse ‘bicho, não fale isso não, que homofobia é crime e você pode ser preso’. Aí ele não gostou e saiu me xingando”, contou.
A partir desse episódio, a situação foi piorando, até a última agressão no mês de junho. A confusão começou do mesmo jeito que as implicâncias anteriores, sob pretexto de querer usar a máquina que em que o empresário estava fazendo seus exercícios.
“Eu estava treinando com o meu personal trainer e quando faltavam 10 minutos para acabar meu treino, ele [o agressor] chegou e disse que a gente tinha que sair da máquina em que eu estava fazendo exercício. O meu personal é super gente boa e disse para ele revezar a máquina, mas ele não queria revezar, queria que a gente saísse”, relatou Patrese.
Contrariado pela vítima ter se negado a sair da máquina, o personal trainer intensificou as agressões.
“Me chamou de merda. Disse ‘você é um merda aqui’. Ele continuo me agredindo, falando palavras de baixo calão e, do nada, disse para mim ‘eu vou dar o que você quer, menina’. Quando ele falou isso para mim, eu fiquei muito nervoso. Foi em tom de ameaça. Ele estava me ameaçando. Eu falei ‘repete o que você está falando, você está me ameaçando?’. Eu comecei a falar alto para que as pessoas ao redor ouvissem, porque ele estava me ameaçando ali dentro da academia, com tom homofóbico”, relatou.
“Ele não gostou e partiu para cima de mim para me bater, no meio de todo mundo. O meu personal trainer foi a única pessoa que interferiu, segurou ele para não me bater. Eu não saí do local, mantive a postura, a cabeça erguida e ele [agressor] saiu xingando. Ele saiu, mas voltou me xingando e partiu de novo para me bater. Ele tentou me bater duas vezes. Mais uma vez o meu personal segurou ele”, disse Patrese.
Homofobia é crime no Brasil
No Brasil, a homofobia passou a ser criminalizada em 2019. O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.
“Eu tenho orgulho de ser gay. Eu não tenho vergonha de ser quem eu sou. As pessoas não podem sair falando, ameaçando, só porque você é diferente delas”, afirmou Patrese.
O empresário disse que, assim que terminou o treino no dia da última agressão, procurou funcionários da academia e pegou o contato do gerente para pedir que alguma providência fosse tomada, mas ficou frustrado com a falta de apoio que recebeu.
“Foi outra decepção que eu tive. O gerente disse ‘ok, vá fazer o seu B.O. e notifique a academia’. Eu disse que já estava notificando a academia. Depois da ligação, eu tive certeza que teria de ir à polícia, porque, se eu não fosse, a academia não iria fazer nada”, lamentou.
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Homofobia: entenda as situações que configuram crime e quais são as penas
Acompanhado da advogada Elijanny Farias, Patrese participou de uma reunião com um dos proprietários da academia.
“A gente propôs ao dono que eles se retratassem e criassem uma campanha na academia contra homofobia e qualquer tipo de discriminação e a gente quer uma punição [para o agressor]. O dono aceitou fazer a retratação, mas não tem interesse em punir o agressor”, afirmou o empresário.
‘Não durmo mais direito’
Desde então, Patrese sofre com o medo e mais consequências das agressões. No dia em que quase foi agredido, ele já saiu da academia assustado.
“Eu presto muita atenção quando estou chegando e saindo dos lugares, porque eu estou com muito medo de ele fazer alguma coisa comigo”.
Toda essa situação tem afetado a rotina e até o sono do empresário, que deixou de frequentar a academia com medo de sofrer mais violência.
“Eu não durmo mais direito. Eu entrei em uma tristeza, uma depressão, porque é muito, muito triste o que aconteceu. Eu não fiz absolutamente nada. Eu fui treinar com o meu personal, as pessoas me conhecem, sou uma pessoa querida. Vou lá, treino uma hora e vou embora e, do nada, sou agredido. É muito revoltante”, afirmou.
Até o personal trainer de Patrese foi afetado pela situação, porque acabou perdendo um cliente. “Eu parei de malhar, parei de ir para a academia, porque eu tenho medo desse cara, de ter outra confusão com ele na academia. O meu personal perdeu um cliente, nós somos vítimas, mas estamos sendo punidos e o cara [o agressor] continua lá dentro”.
Luta contra a homofobia
Questionado se já tinha sido vítima de homofobia em outro momento da vida, o empresário afirmou que, por ser homossexual, convive com o preconceito desde sempre.
“Eu sofro homofobia desde quando eu era criança. Eu sofro homofobia desde antes de eu saber que era gay, porque, infelizmente, a nossa sociedade é homofóbica. Hoje vejo minha história de luta, de me aceitar e estar bem comigo mesmo, porque eu não tenho vergonha de ser gay”, disse Patrese.
A vítima quer transformar as dores causadas pelo agressor em luta contra a homofobia, “para que isso não volte a acontecer, para que pessoas como eu não passem pelo que eu passei”.
“O tom aqui é de querer educar, querer mudar esse sistema, tentar acabar com esse preconceito. Homofobia é crime”.
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Suga, membro do BTS, é multado em US$ 11.500 por dirigir embriagado scooter elétrica

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Em agosto, o membro do BTS pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado. Suga, da banda sul-coreana BTS, em evento em Seul, na Coreia do Sul
Kim Hong-Ji/Arquivo/Reuters
O astro do K-pop Suga , membro do supergrupo BTS, foi multado em 15 milhões de wons (US$ 11.500) por um tribunal por dirigir embriagado um patinete elétrico.
Um juiz do Tribunal Distrital Ocidental de Seul emitiu a multa em um julgamento sumário feito na semana passada, depois que seu caso foi encaminhado à promotoria, disse um funcionário do tribunal nesta segunda-feira (30).
Em agosto, o compositor e rapper pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado.
Suga andou de scooter e tropeçou ao estacionar à noite, de acordo com sua gravadora Big Hit Music, que faz parte da empresa de K-pop HYBE 352820.KS. A gravadora também disse que ele falhou em um teste de bafômetro para medir seu nível de álcool no sangue conduzido pela polícia.
Desde que anunciaram uma pausa nos projetos do grupo em junho de 2022, os membros do BTS buscaram atividades solo antes de iniciar o serviço militar.
Suga, de 31 anos, está envolvido em trabalhos de serviço social para cumprir seu compromisso com o serviço militar.
O incidente de dirigir embriagado é o exemplo mais recente de artistas de K-pop que às vezes não conseguem manter sua imagem impecável.
O caso deixou alguns fãs do BTS chateados com sua ação de enviar coroas de flores perto da sede da HYBE, com mensagens em painéis pedindo que ele deixasse a banda.
Aqueles notificados de julgamentos sumários podem solicitar um julgamento regular dentro de sete dias para contestar a decisão.
A gravadora de Suga não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

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Eminem falou de acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs em disco lançado meses antes da prisão do rapper

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Sean ‘Diddy’ Combs foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. (Da esq. p/ dir.): Eminem e Sean ‘Diddy’ Combs
Mike Segar/Reuters/Jordan Strauss/Invision/AP
Lançado por Eminem em 12 de julho, o álbum “The Death of Slim Shady” faz referências aos processos movidos contra o rapper Sean “Diddy” Combs, preso neste mês por tráfico sexual e agressão. O disco foi o único que conseguiu desbancar Taylor Swift do topo da Billboard 200, a principal parada americana de álbuns.
Em “The Death of Slim Shady”, Eminem propõe a morte do personagem criado no início da carreira. Nas faixas, o músico transita entre o trap (vertente mais lenta do rap) e o clássico boom-bap. Ele também ridiculariza debates sobre padrões de beleza, diversidade, inclusão, linguagem neutra e direitos de pessoas transgênero, além de mencionar famosos como Combs, rapper mais conhecido como Puff Diddy, ou P. Diddy.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Fuel
Em “Fuel”, Eminem canta: “I’m like a R-A-P-E-R / Got so many S-As / Wait, he didn’t just spell the word, “Rapper” and leave out a P, did he? (Yep) / R.I.P., rest in peace, Biggie / And Pac, both of y’all should be living”.
Em português, os versos dizem: “Sou como um estuprador / Tenho um monte de BOs / Espera, ele soletrou mesmo rapper só que sem um p? (Aham) / Descanse em paz, Biggie / E Pac, vocês dois deveriam estar vivos”.
Sonoramente, o trecho “P, did he?” soa como “P. Diddy”, que é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Antichrist
Já em “Antichrist”, o cantor diz: “Ghastly, and insidious as me, or spitting as nasty?/ Next idiot ask me is getting his ass beat worse than Diddy did”.
“Horrível e traiçoeiro como eu, ou cuspindo tão maldoso?/ O próximo idiota que me perguntar vai apanhar mais do que o Diddy fez com…”
Os versos são uma possível referência à denúncia da cantora Cassie contra Diddy. No fim de 2023, ela o acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o rapper agredindo fisicamente Cassie, que era sua namorada da época. Nas cenas, ela é arrastada pelo cabelo e tenta fugir.

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Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

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O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

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