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‘Tem Cabaré essa Noite’: Música de 2019 viraliza após ficar ‘esquecida’ e leva lambada de volta às paradas

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Compositor já tinha desistido de versão de ‘Te Robaré’, de Prince Royce, e vendeu exclusividade a ‘preço simbólico’. Conheça história da música até viralizar com Nivaldo Marques e Nattan. Versão de uma música de Prince Royce, aposta que não deu certo na voz do compositor brasileiro, virou um hit viral e está fazendo a lambada voltar às paradas brasileiras. Tudo isso pode ser usado para definir “Tem Cabaré Essa Noite”.
A música está bombando desde o São João de 2022, quando o cearense Nattan acrescentou um “Ui ai” no refrão da versão gravada pelo baiano Nivaldo Marques. O trecho pegou nas redes sociais e aí já viu.
Mas nos bastidores, a noite no cabaré foi longa… Até estourar de vez, são idas e vindas que podem ser contadas em cinco tempos:
Criada como bachata – “Te Robaré” foi lançada por Prince Royce, cantor americano de origem dominicana, e fez sucesso como bachata em 2013. Só no YouTube, são mais de 186 milhões de visualizações;
Arrochada na Bahia – Cinco anos depois, Flavinho Kadet, compositor baiano de sucessos como “Arranhão”, escreveu a versão em português em 15 minutos. A ideia era gravar com uma dupla de arrocha que ele tinha em 2019;
Revendida na lambada – A música chegou a tocar nas rádios da Bahia na voz de Guto e Flavinho, momento que o cantor Nivaldo Marques ouviu e resolveu gravar a música como uma lambada em 2019. Ele chegou a rodar um pouco com a música, mas a pandemia esfriou os planos;
Requentada via meme – Com a retomada dos eventos na Bahia, Nivaldo voltou a tocar a música que caiu no gosto de influenciadores nas redes sociais. Carlinhos Maia e Cristian Bell postavam zoeiras com a letra e isso ajudou a movimentar “Tem Cabaré essa Noite”;
Estourada com Nattan – A música foi gravada também com Wallas Arrais, mas estourou mesmo quando o cantor cearense Nattan entrou na parada e acrescentou uma brincadeira no refrão, o “Ui Ai”, nos shows do São João de 2022.
‘Tem Cabaré essa Noite’ é uma versão da música ‘Te Robaré’, de Prince Royce, escrita por Flavinho Kadet; hit estourou com Nivaldo Marques e Nattan
Divulgação
Criada como bachata
A melodia original de “Tem Cabaré essa Noite” vem da música “Te Robaré”, uma bachata de Prince Royce, lançada em 2013 no álbum “Soy El Mismo”.
O cantor nasceu nos Estados Unidos, mas os pais são da República Dominicana. Há 12 anos, Prince Royce surgiu como cantor de reggaeton e bachata com um álbum homônimo.
Prince Royce é um dos cantores mais populares da música latina; ‘Tem Cabaré essa Noite’ é versão de ‘Te Robaré’, hit de 2013
Reprodução/Instagram/PrinceRoyce
Na letra, um amor intenso e proibido motiva uma fuga, por isso o “te robaré esta noche” do refrão, que virou “Tem Cabaré essa Noite” na versão brasileira.
A música é um hit da carreira de Royce com mais de 186 milhões de visualizações só no Youtube.
Arrochada na Bahia
Era um dia de composição como outro qualquer para Flavinho Kadet em Goiânia em março de 2019. Ele estava com os amigos em um estúdio, quando a música “Te Robaré” ficou no repeat por uma tarde inteira.
O compositor baiano de sete músicas do DVD “Manifesto”, de Henrique e Juliano, incluindo o hit “Arranhão”, deitou para dormir pensando nela e não deu outra… em 15 minutos escreveu a versão brasileira.
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O objetivo de Kadet era gravar no projeto de arrocha que ele tocava com um amigo, na dupla Guto e Flavinho. No dia seguinte, a música foi gravada e em pouco tempo entrou nas rádios de Salvador, mas não foi suficiente para manter o projeto de pé.
Flavinho do Kadet é o compositor de ‘Tem Cabaré essa Noite’; ele escreveu a versão para gravar com a dupla de arrocha que tinha em 2019 com o parceiro Guto na Bahia
Reprodução/Instagram/FlavinhodoKadet
Ele até tinha começado o trâmite para conseguir autorização para gravar a música como versão, mas, com o fim da dupla desistiu poucos meses depois, deixou “Tem Cabaré essa Noite” de lado.
“Em 15 minutos ela ficou pronta. Cássio Sampaio, meu amigo que fez aquela ‘Balada Boa’, do Gusttavo Lima fez nesse tempo também. Todo mundo fala música de 15 são as melhores, que vem rápido, escorre da cabeça e você vai anotando”, diz Flavinho ao g1.
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Lambada entra no jogo
O cantor baiano Nivaldo Marques estava em casa quando ouviu “Tem Cabaré essa Noite” na rádio pela primeira vez. Ele gostou de cara por conta do refrão repetitivo.
“Eu senti que ela ia bater porque ela é uma música chiclete, música de balada, de quem tá curtindo, de quem está extravasando, de quem está namorando”, lembra ele em entrevista ao g1.
Nome de Nivaldo Marques ganhou destaque com música ‘Tem Cabaré essa Noite’
Reprodução/Instagram/NivaldoMarques
Por coincidência, o empresário de Nivaldo, Igor Serra Preta, era amigo de Kadet e comprou o direito de exclusividade da música por um “preço simbólico”, segundo o compositor.
“Uma exclusividade de uma música é R$ 15 mil, uma liberação R$ 5 mil. Foi abaixo disso, por isso que eu falo simbólico”, explica Flavinho sem abrir o valor exato da negociação.
A música começou a virar justamente quando foi para lambada, gênero que Nivaldo defende há 8 anos. O cantor de Nazaré das Farinhas, na Bahia, é conhecido como “Rei do Lambadão” e tem Beto Barbosa como referência.
Nivaldo viu no gênero uma possibilidade de fazer diferentes dos demais grupos de arrocha de Salvador, mas encontrou resistência no começo. “Já fui rejeitado de casa de show, já teve de público rejeitar também, mas eu falei ‘vou até o fim e Deus proverás'”.
Requentada via meme
Tirullipa, Gkay e Rafael Cunha gravaram vídeos com ‘Tem Cabaré essa Noite’, música de Nivaldo Marques e Nattan que viralizou
Reprodução/Instagram dos artistas
Nivaldo gravou “Tem Cabaré essa Noite” em 2019 pela primeira vez, e depois lançou de novo em 2021, quando os eventos voltaram a acontecer após meses de pandemia.
Foi quando a música começou a acontecer após influenciadores como Carlinhos Maia e Cristian Bell repostarem fazendo brincadeiras. Depois, Tirullipa, Gkay e Rafael Cunha também entraram na onda.
Ela ficou mais curta que a versão de Flavinho, mas, para o compositor, a mudança para lambada foi fundamental para o sucesso. “Se eu continuasse tocando em arrocha, poderia passar dez anos que acho que ela não ia virar”.
“Na minha mente quem vai beber vai curtir, quem vai sair para comer água vai curtir, quem vai sair para procurar mulher na rua vai curtir. É uma música para bater para todos os gostos só não para quem está cabisbaixo. Para quem está feliz da vida, ela bate certo. O que eu pensei foi isso”, justifica Nivaldo.
O cantor trabalhou por muitos anos em barzinho, mas se encontrou na lambada. “Não é porque estou no sucesso hoje, mas é uma parada que eu me sinto bem, sei desenrolar no gênero da lambada, meu tempo bate certo”.
Com a exclusividade da música na mão, Nivaldo foi procurado e chegou a gravar um feat com Wallas Arrais que até que foi bem nos streamings também, mas a virada veio mesmo no São João com outro forrozeiro…
‘Ui, Ai’ viralizou
Nattan adicionou ‘Ui Ai’, de forma espontânea, no refrão de ‘Tem Cabaré Essa Noite’; brincadeira ajudou música a viralizar e chegar ao topo das paradas brasileiras
Divulgação
Nattan é um dos novos nomes forró que começou a fazer sucesso durante a pandemia. Extrovertido e brincalhão, ele fez 40 shows no primeiro ano com a agenda aberta nas festas juninas do Nordeste.
No show realizado em Capela, em Sergipe, o cantor percebeu a força de “Tem Cabaré Essa Noite”. Ele cantava em um trio elétrico quando viu que a brincadeira de falar “Ui, ai”, no refrão, tinha pegado.
A música era mesma de Nivaldo, também em lambada, mas cantar essas duas palavras estava fazendo a diferença, não só no show, como nas redes sociais. Desde então, são inúmeros os vídeos de gente falando que vai para a farra, mulheres brigando com os maridos saidinhos e por aí vai.
“Foi espontâneo demais e rolou na hora que estava gravando no estúdio. Achei essa música muito sensual, com essa levada, essa malemolência, sabe?, diz Nattan ao g1.
“Coloquei sem pretensão, mas quando eu vi que aquilo ali começou a pegar… Eu disse ‘Nossa, isso aqui é o rumo, isso aqui é o caminho’, então a gente começou a bater nisso”.
O clipe da música com Nattan e Nivaldo saiu na quinta (14) e já tem mais de 2,4 milhões visualizações no YouTube. No Spotify, a música estava em 26º lugar entre as 50 músicas mais tocadas do Brasil na segunda (18).
Além do sucesso na internet, “Tem Cabaré essa Noite” entrou no repertório dos cantores de forró e sertanejo com força. Gusttavo Lima, Leonardo, Bruno e Marrone e João Gomes estão entre os artistas que cantaram a música em shows recentes.
Ponta solta nos direitos autorais
Ávine Vinny fala sobre repercussão da música ‘Coração Cachorro’ após post de James Blunt
As versões de músicas internacionais não são novidade no forró. Calcinha Preta e Limão com Mel, por exemplo, gravaram versões de muito sucesso nos anos 90.
Mas recentemente nos streamings, os donos das músicas têm ficado mais atentos aos grandes hits, como James Blunt em “Coração Cachorro”, do Avine Vinny e Matheus Fernandes e Bon Jovi em “No ouvidinho”, do Felipe Amorim.
Depois que a música estourou, o cantor inglês acionou os artistas e, em um acordo amigável, os brasileiros cederam 20% dos direitos autorais por conta da inspiração em “Same Mistake”, hit de Blunt, no “Auuuuu”.
Compare músicas de Felipe Amorim e Bon Jovi
Atualmente, Flavinho Kadet aparece como o único compositor de “Tem Cabaré essa Noite”, sem qualquer menção aos três autores de “Te Robaré”, mas isso deve mudar.
O compositor baiano afirmou ao g1 que congelou o valor que recebeu pela música desde 2019 e que vai passar para os compositores da música de Prince Royce quando o acordo for feito.
Kadet não vai nem tentar, à princípio, a porcentagem de 16,66% de versionista que teria direito se a versão for autorizada. Ele também não quer receber mais do empresário de Nivaldo Marques depois que a música explodiu.
“Tenho ‘Arranhão’, ‘Erro Planejado’, ‘Despedida de Casal’, ‘Até a Próxima Vida’, tudo no Top 200 do Spotify. Então o que vier para mim é lucro, eu já recebo das minhas próprias músicas”, enumera os hits do currículo.
Ele diz que desde o começo o objetivo era fazer a dupla de arrocha bombar e ganhar com os shows, não com possíveis direitos autorais de uma versão.
“Agora que está tocando bastante, eu mantenho o mesmo pensamento. Era uma música que ficou esquecida, mas o Nivaldo apostou nela e estourou. Mérito todo dele”, finaliza Kadet.

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Suga, membro do BTS, é multado em US$ 11.500 por dirigir embriagado scooter elétrica

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Em agosto, o membro do BTS pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado. Suga, da banda sul-coreana BTS, em evento em Seul, na Coreia do Sul
Kim Hong-Ji/Arquivo/Reuters
O astro do K-pop Suga , membro do supergrupo BTS, foi multado em 15 milhões de wons (US$ 11.500) por um tribunal por dirigir embriagado um patinete elétrico.
Um juiz do Tribunal Distrital Ocidental de Seul emitiu a multa em um julgamento sumário feito na semana passada, depois que seu caso foi encaminhado à promotoria, disse um funcionário do tribunal nesta segunda-feira (30).
Em agosto, o compositor e rapper pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado.
Suga andou de scooter e tropeçou ao estacionar à noite, de acordo com sua gravadora Big Hit Music, que faz parte da empresa de K-pop HYBE 352820.KS. A gravadora também disse que ele falhou em um teste de bafômetro para medir seu nível de álcool no sangue conduzido pela polícia.
Desde que anunciaram uma pausa nos projetos do grupo em junho de 2022, os membros do BTS buscaram atividades solo antes de iniciar o serviço militar.
Suga, de 31 anos, está envolvido em trabalhos de serviço social para cumprir seu compromisso com o serviço militar.
O incidente de dirigir embriagado é o exemplo mais recente de artistas de K-pop que às vezes não conseguem manter sua imagem impecável.
O caso deixou alguns fãs do BTS chateados com sua ação de enviar coroas de flores perto da sede da HYBE, com mensagens em painéis pedindo que ele deixasse a banda.
Aqueles notificados de julgamentos sumários podem solicitar um julgamento regular dentro de sete dias para contestar a decisão.
A gravadora de Suga não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

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Eminem falou de acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs em disco lançado meses antes da prisão do rapper

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Sean ‘Diddy’ Combs foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. (Da esq. p/ dir.): Eminem e Sean ‘Diddy’ Combs
Mike Segar/Reuters/Jordan Strauss/Invision/AP
Lançado por Eminem em 12 de julho, o álbum “The Death of Slim Shady” faz referências aos processos movidos contra o rapper Sean “Diddy” Combs, preso neste mês por tráfico sexual e agressão. O disco foi o único que conseguiu desbancar Taylor Swift do topo da Billboard 200, a principal parada americana de álbuns.
Em “The Death of Slim Shady”, Eminem propõe a morte do personagem criado no início da carreira. Nas faixas, o músico transita entre o trap (vertente mais lenta do rap) e o clássico boom-bap. Ele também ridiculariza debates sobre padrões de beleza, diversidade, inclusão, linguagem neutra e direitos de pessoas transgênero, além de mencionar famosos como Combs, rapper mais conhecido como Puff Diddy, ou P. Diddy.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Fuel
Em “Fuel”, Eminem canta: “I’m like a R-A-P-E-R / Got so many S-As / Wait, he didn’t just spell the word, “Rapper” and leave out a P, did he? (Yep) / R.I.P., rest in peace, Biggie / And Pac, both of y’all should be living”.
Em português, os versos dizem: “Sou como um estuprador / Tenho um monte de BOs / Espera, ele soletrou mesmo rapper só que sem um p? (Aham) / Descanse em paz, Biggie / E Pac, vocês dois deveriam estar vivos”.
Sonoramente, o trecho “P, did he?” soa como “P. Diddy”, que é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Antichrist
Já em “Antichrist”, o cantor diz: “Ghastly, and insidious as me, or spitting as nasty?/ Next idiot ask me is getting his ass beat worse than Diddy did”.
“Horrível e traiçoeiro como eu, ou cuspindo tão maldoso?/ O próximo idiota que me perguntar vai apanhar mais do que o Diddy fez com…”
Os versos são uma possível referência à denúncia da cantora Cassie contra Diddy. No fim de 2023, ela o acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o rapper agredindo fisicamente Cassie, que era sua namorada da época. Nas cenas, ela é arrastada pelo cabelo e tenta fugir.

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Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

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O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

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