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Músicas dos personagens de ‘Rensga Hits!’ viram álbum real; saiba como foi criação

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Série de ficção do Globoplay se passa no universo do ‘feminejo’ em Goiânia tem dez músicas originais cantadas pelos atores, que viraram álbum em streaming. Podcast explica criação. Alice Wegmann interpreta Raíssa Medeiros em ‘Rensga Hits’
Divulgação/Globoplay
Os maiores artistas de duas produtoras concorrentes de música sertaneja se uniram em um álbum. As empresas são fictícias e os cantores são, na verdade, atores da série “Rensga Hits!”. Mas o álbum é real, com dez faixas inéditas lançadas em streaming.
A série do Globoplay se passa em Goiânia, no mercado do feminejo (seis episódio já estão disponíveis; assista aqui). O podcast g1 ouviu conversou com a protagonista, Alice Wegmann, e com a compositora Bibi, que participou da criação de todas as canções originais da série. Ouça abaixo e leia mais a seguir:
Alice Wegmann interpreta Raíssa Medeiros, uma jovem do interior traída pelo noivo. Ela abandona o altar e segue o sonho de virar compositora e cantora em Goiânia.
O termo “rensga” é uma gíria goiana que demonstra espanto. O título da série é também o nome da produtora de Marlene (Deborah Secco). A concorrente da Rensga Hits é a Joia Maravilha Records, de Helena (Fabiana Karla).
No meio da disputa, Raíssa tem a música “Desatola bandida”, feita após a fuga do altar, roubada por Gláucia Figueira (Lorena Comparato).
Os outros astros sertanejos da série – e do álbum – são Enzzo Gabriel (Maurício Destri), David Cafajeste (Alejandro Claveaoux), e a dupla mais famosa da cena: Téo e Tamires (Sidney Santiago e a Jennifer Dias).
Alice Wegmann interpreta Raíssa Medeiros em ‘Rensga Hits’
Reprodução/Instagram da atriz
Alice já viveu uma cantora em seu primeiro papel como protagonista na TV, a Lia de “Malhação: Intensa como a Vida”, entre 2012 e 2013. “Mas foi bem ‘basiquinho’. Naquela época eu nem tocava muito. Tive que aprender uma coisa ou outra, mas acabou que deixei de lado o violão depois”, ela conta.
Ela só foi se reaproximar das seis cordas durante a quarentena. “Meu melhor amigo, o Francisco Gil [neto de Gilberto Gil] me deu um violão de aniversário”, ela conta.
Parece que o amigo adivinhou, pois logo depois ela recebeu o convite para atuar na série no universo do feminejo. Logo de cara, foram duas semanas só de aula de canto e violão.
Para criar uma estrela de feminejo mais realista, ela foi estudar a grande referência do estilo – ainda no primeiro semestre de 2021, antes da morte de Marília Mendonça.
Lorena Comparato, Alice Wegmann, Rafa Kalimann, Deborah Secco e Maíra Azevedo, a Tia Má, durante evento de estreia de Rensga Hits
Stephanie Rodrigues/g1
“Não é uma série sobre a Marília”, ela ressalta, “mas a personagem é muito inspirada nela. Ela foi meu maior ponto de referência. Eu ficava ali estudando a Marília em todos os stories. Ficava observando o jeito dela falar, onde estava, o que estava comendo, onde estava andando, tudo”, conta Alice.
A cantora foi referência até na hora de incorporar o sotaque goiano. “Ela tinha um jeito de falar com uma musicalidade muito afetiva, acolhedora e maternal. Assim, gostoso de ouvir, com um carinho na voz”, descreve a atriz.
Eles estavam terminando uma maratona de gravações no dia 5 de novembro de 2021, quando viram a notícia da morte de Marília Mendonça. “Foi um momento muito difícil, eu lembro que desabei ali mesmo. Eu chorava aquele choro de nem conseguir respirar direito, sabe?”.
“Muita gente da equipe é de Goiânia, e todos se conectaram muito com esse universo. Foi uma dor coletiva que a gente sentiu ali.”
Conexão sertaneja
‘Rensga Hits’: série com Alice Wegmann, Deborah Secco e Fabiana Karla vai homenagear Marília Mendonça e feminejo
Montagem/g1
As histórias de amor da música sertaneja deram origem a um romance real. Alice Wegmann e o produtor musical Dudu Borges, dono do projeto Analaga, do hit “Lençol dobrado”, começaram a namorar durante as filmagens de “Rensga Hits!”.
Dudu Borges foi um dos compositores das músicas da série e ajudou a orientar as atrizes. “Ele conseguiu transformar a gente e cantoras. Nem a gente acreditava”, elogia a namorada.
“Ele já viveu muita coisa no sertanejo. Já trabalhou com Michel Teló, Luan Santana, Bruno Marrone, Paula Fernandes, e a própria Marília. Ele me ajudou muito a entender o que eu estava fazendo na série”, diz Alice.
A compositora real
A cantora e compositora Bibi
Divulgação
Dudu Borges ajudou os atores a soarem como cantores de verdade. Mas o esforço seria em vão se o repertório também não soasse como o de astros sertanejos. A líder dessa tarefa é coautora das dez músicas originais da série.
Bibi é o nome artístico de a cantora e compositora Gabriele Oliveira Felipe, mineira de 26 anos. Ela começou a carreira trabalhando por cinco anos no estúdio de Dudu Borges.
Ela já escreveu músicas para Anitta (“Desce Pro Play” e “Não Perco Meu Tempo”) Pabllo Vittar (“Number one”), Luisa Sonza (““Pior Que Possa Imaginar”), entre outros.
Trabalho afinado
Os compositores tiveram que fazer um trabalho afinado com os roteiristas da série – Renata Corrêa, Bia Crespo, Nathalia Cruz, Victor Rodrigues e Otavio Chamorro.
“Se há fluidez na música é porque houve fluidez no texto”, elogia Bibi. O trabalho era imaginar como seriam as canções reais dos músicos fictícios.
“Depois de um mergulho no roteiro eu alinhei com o Dudu [Borges] e a gente montou um time de compositores para convidar”. Cada parceiro de Bibi era pensado para a característica dos personagens.
A trilha não tem só feminejo sofrência. Para as músicas mais de “pegação”, do personagem David Cafajeste, eles chamaram Gabriel Agra, autor de hits como “10%”, “Alô Ambev” e Bebi Liguei”.
Para as mais emotivas, uma das parceiras foi Paula Mattos, que já escreveu para muitos cantores homens antes de emplacar sua própria carreira no feminejo.
Uma tarefa específica foi escrever a faixa “Nota 100”, um sertanejo com dancinha que faz piada com a impotência sexual masculina. O toque de irreverência teve ajuda de Day, da dupla Day e Lara.
E a principal inspiração para as músicas da personagem principal, a compsitora Raíssa, foi a vida da própria Bibi.
Assim como a personagem, ela era sonhadora e obstinada em viver de compor desde cedo – aos 5 anos de idade, Bibi anunciou o plano aos pais e ainda pediu para entrar na aula de inglês para ajudar na carreira de compositora.
“Eu lembrei muito da criança que fui em Goiânia. Eu tenho essa paixão pela música que me move, e vi isso na Raíssa. Ela está ali seguindo essa necessidade de escrever. Eu lia o roteiro e falava: ‘Cara, eu sei o que que é isso'”.
Vamos, galera, mulheres
Deborah Secco com o prêmio Berrante de Ouro, disputado na série, em festa de ‘Rensga Hits!’
Stephanie Rodrigues/g1
“Rensga Hits!”, o álbum, tem uma ficha técnica rara no sertanejo: uma maioria de compositoras mulheres. São quatro autoras (Bibi, Paula Mattos, Day e Lara) e três homens (Gabriel Agra, Cesar Lemos e Davi Ávila, da dupla com Bruninho).
Na vida real, até o repertório de cantoras do feminejo costuma ter maioria de compositores homens.
Essa equipe de maioria feminina na produção “ocorreu naturalmente, mas acho que colabora muito para para essa força feminina da série”, comemora Bibi.
“Há poucas mulheres escrevendo e produzindo, e isso não acontece só no sertanejo, mas em vários segmentos do país: pop, funk, MPB… Mais ou menos 17% dos compositores do Brasil são mulheres – entre os que são filiados a sociedades de arrecadação de direitos”, ela lamenta.
“Eu acho muito importante a gente ter essa esse balanço das energias do feminino e do masculino, sabe? E eu acho que muitas vezes ‘Rensga’ é sobre isso”, diz a compositora.

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Sean Diddy Combs: relembre outras acusações e controvérsias que marcam trajetória do rapper

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Muito antes de ser preso em setembro deste ano, músico já colecionava denúncias, polêmicas e escândalos. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Ocorrida em 16 de setembro, a prisão de Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Muito antes disso tudo acontecer, no entanto, o músico já colecionava acusações e histórias controvérsias. Veja a seguir algumas delas.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Universidade de Nova York
Ainda sob o nome de Puff Daddy, o rapper foi um dos organizadores de um jogo de basquete caótico, ocorrido num ginásio da Universidade de Nova York, em dezembro de 1991. O evento terminou com 9 pessoas mortas e 29 feridas.
O caos aconteceu devido à quantidade de gente no espaço, que reuniu cerca de 5.000 pessoas, mas comportava somente 2.730.
Sem seguranças para controlar a multidão, o evento saiu de controle, e pessoas arrombaram as portas, causando um pisoteamento generalizado.
Foram abertos vários processos civis do caso. Em alguns deles, Combs atuou como testemunha contra o ginásio e, em outros, virou réu — sua defesa alegava que ele não era responsável pela segurança local.
‘Hate Me Now’
Dirigido por Hype Williams, o videoclipe “Hate Me Now” (1999) provocou uma briga entre Sean Combs e o executivo musical Steve Stoute.
Na versão original, havia uma cena em que o rapper aparecia crucificado. Incomodado, o músico exigiu que o trecho fosse cortado antes do clipe ir ao ar. A primeira versão que foi exibida ao público pela primeira vez, no entanto, foi a antiga.
Ao ter seu pedido ignorado, Sean se irritou e invadiu o escritório de Stoube. O executivo disse que o músico agrediu ele com uma garrafa de champanhe. “Ele me deu um soco no rosto, depois pegou o telefone e me bateu na cabeça com ele”, disse Stoube na época ao jornal americano “The Times”.
O caso foi parar na Justiça, e Sean chegou a ser detido, mas depois os dois fizeram um acordo, no qual o rapper pagou US$ 500 mil ao executivo.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Troca de tiros
Também em 1999, Sean foi acusado de posse ilícita de arma de fogo. Após se envolver em uma violenta briga no Club New York com troca de tiros, o músico foi encontrado pela polícia dentro de seu carro, onde havia duas pistolas.
Ele e a cantora Jennifer Lopez, que estava na ocasião e era sua namorada, foram detidos.
O músico, que sempre negou ter envolvimento com o tiroteio, foi absolvido.
Intimidação
Em 2003, o rapper foi processado por seu ex-colega de negócios Kirk Burrowes, que o acusou de intimidá-lo com um bastão de beisebol. Ele teria feito isso para forçá-lo a assinar documentos de transferência empresarial.
Sean negou. O caso foi a um tribunal de apelações três anos depois, mas foi rejeitado por expiração do prazo de prescrição.
Briga com treinador do filho
Em 2015, o artista foi detido após brigar com o treinador de futebol americano de seu filho, Justin Combs.
“Os vários relatos do incidente e as acusações sendo divulgadas são completamente imprecisos. O que podemos dizer agora é que qualquer ação tomada pelo Sr. Combs foi única e exclusivamente de natureza defensiva para se proteger e proteger seu filho”, afirmou um porta-voz do rapper ao site americano “TMZ” na época.
O caso gerou polêmica, mas não chegou a ir parar na Justiça.
Sean ‘Diddy’ Combs.
Jordan Strauss/Invision/AP
Primeiras alegações de abuso
Em 2019, a modelo Gina Huynh, ex-namorada de Sean, disse que ele havia abusado dela durante todo o relacionamento, que durou cinco anos. A declaração foi feita à youtuber Tasha K.
Com relatos fortes, ela afirmou que ele chegou a pisar na altura de seu estômago, o que “tirou o ar” de seus pulmões”. Também alegou que ele ofereceu dinheiro para ela fazer um aborto.
O rapper não comentou a acusação.
A relação com Cassie
A cantora Cassie, de “Me & U”, abriu um processo contra Sean em 2023. Ela o acusou de estupro, agressão e abuso físico.
Os dois se conheceram pela música e começaram a trabalhar juntos de 2005. Depois, engataram num namoro, que rompeu em 2018. Segundo a artista, o rapper sua posição de poder na indústria para levá-la a um “relacionamento romântico e sexual manipulador e coercitivo”.
Cassie afirmou que os crimes aconteceram por mais de uma década. Na ação, ela descreve que Sean “regularmente batia e chutava” seu corpo, “deixando olhos roxos, hematomas e sangue”.
Na época, ele negou as acusações. Em fevereiro deste ano, vazou um vídeo em que ele aparece agredindo Cassie. “Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora”, disse ele em um comunicado publicado nas redes sociais.
Várias ações civis de uma vez só
A acusação de Cassie serviu como pontapé para várias outras acusações contra o rapper. Denúncias de estupro e violência que, embora protocoladas no fim de 2023, mencionam mais de uma época.
Uma das ações movidas diz que Sean e outro homem forçaram uma mulher a fazer sexo com eles. Em outra, a vítima diz ter sido drogada e estuprada pelo rapper em 1991.
Uma terceira mulher afirmou que há mais de 30 anos havia sido estuprada junto de sua amiga, vítimas de Sean.
O músico negou as acusações.
Condenado a US$ 100 milhões
Em um dos casos que foram surgindo contra ele, Sean foi condenado a pagar US$ 100 milhões a um presidiário do Michigan que diz ter sido drogado e estuprado pelo rapper há mais de 30 anos. A condenação veio em setembro de 2024, dias antes de sua prisão.
Derrick Lee Smith, 51 anos, venceu a disputa judicial multimilionária à revelia no Tribunal do Condado de Lenawee durante uma audiência virtual na segunda-feira (9), após Combs, 54 anos, não comparecer.
Um advogado de Combs disse que o rapper vai pedir a anulação da sentença.
“Este homem [Smith] é um criminoso condenado e predador sexual, que foi sentenciado por 14 acusações de agressão sexual e sequestro nos últimos 26 anos,” disse o advogado Marc Agnifilo em nota, na época.

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De ‘Monstros: Irmãos Menendez’ a ‘Making a murderer’: Por que true crime faz tanto sucesso?

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‘Queremos saber o que é aquela coisa que nos faz surtar’, diz Javier Bardem em entrevista ao g1. Mais barato e ‘viciante’, gênero é queridinho de estúdios e público. Elenco de ‘Monstros: Irmãos Menendez’ fala sobre true crime
Desde que estreou, no dia 19, “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais” tem sido um bom exemplo do fascínio que o gênero de true crime exerce sobre o público.
Apesar do exagero do uso de dois pontos em um só título, a série foi a mais assistida na semana de seu lançamento na Netflix nos Estados Unidos – graças à sua versão estrelada por Javier Bardem (“Duna 2”) da história real de um dos assassinatos mais chocantes dos anos 1980.
“Por que gostamos tanto de assistir a coisas como essas?”, pergunta o ator, ganhador do Oscar por “Onde os fracos não têm vez” (2007). Ele mesmo responde.
“Queremos saber mais sobre nós mesmos. O que é aquela coisa que nos faz surtar. Como lidamos com nossos próprios medos e fantasmas e traumas e dor.”
Na série, o espanhol interpreta o pai de uma família rica e influente que foi assassinado, junto da mulher (Chloë Sevigny), pelos próprios filhos (Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez) em 1989.
O crime dominou o noticiário americano na época – pelo menos até o julgamento do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson (1947-2024), suspeito de matar a ex-mulher.
Nicholas Alexander Chavez, Chloë Sevigny, Javier Bardem e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
Não há para onde fugir
“True crime existe há muito tempo. As pessoas se fascinam com por que essas coisas acontecem, e por que as pessoas cometem esses crimes”, lembra Nathan Lane, que dá vida a um jornalista que cobriu o caso.
O ator é um bom exemplo do grande momento do true crime. Além de integrar o elenco da temporada de “American Crime Story” que cobriu o caso O.J. (série também criada por Ryan Murphy, assim como “Monstros”), ele esteve nos primeiros anos de “Only murders in the building”, comédia que parodia o gênero.
“Em toda plataforma de streaming que você liga há pelo menos três ou quatro desse tipo de programa. (Como um) Documentário de true crime sobre seja lá o que aconteceu em uma pequena cidade em Ohio. Mas, é, parece que está aqui para ficar.”
Ele liga o auge recente ao sucesso de “Making a murderer”, série documental que em 2015 conquistou espectadores ao redor do mundo, mas é possível ir até um pouco antes.
Em 2014, o podcast “Serial” virou fenômeno ao contar a história de um jovem condenado pelo assassinato da namorada, apesar de diversas dúvidas sobre sua culpa.
O sucesso foi tanto que, em 2020, o jornal “New York Times” comprou a produtora responsável por US$ 25 milhões. Dois anos depois, uma juíza anulou a condenação do rapaz, Adnan Syed.
Chloë Sevigny, Javier Bardem, Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
O mistério do mistério
Mas não é só a curiosidade pelo macabro que motiva o encanto pelo true crime. Um estudo de 2010 da Universidade de Illinois indica que mulheres são mais atraídas pelo gênero do que homens – interessadas por histórias que mostram como as vítimas (em especial, as femininas) fugiram e o que leva os assassinos a agirem dessa forma.
Há também nos mistérios um teor altamente viciante, que mantém o público engajado em uma época de séries “maratonáveis”. Até mesmo quando o criminoso já é conhecido, há o desafio de descobrir como, ou por que.
Além disso, produções do tipo tendem a ser consideravelmente mais baratas que as de outros gêneros – em especial, é claro, os documentários. E as produções ainda podem se basear nas investigações já realizadas nos julgamentos para economizar ainda mais.
Os estúdios ainda se aproveitam do interessado gerado por uma obra para lançar outra. Em 7 de outubro, a Netflix lança ainda o documentário “O Caso dos Irmãos Menendez”.
“Também é uma boa história. Te mantém viciado quando você está tentando descobrir algo e quer saber mais. Te mantém ligado, que é o porque, certamente, os estúdios sabem que as pessoas querem. Então, eles continuam fazendo”, fala Ari Graynor (“Lakers: Hora de vencer”).
Na série, ela interpreta a advogada de defesa que se encantou pelo mais novo dos irmãos acusados.
“É revelador das partes mais profundas da humanidade, sobre as quais temos a menor quantidade de entendimento.”
Nicholas Alexander Chavez, Ari Graynor e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
‘Todos somos cúmplices’
Assim como a temporada anterior, que retratava os assassinatos de Jeffrey Dahmer (1960-1994), “Irmãos Menendez” tem sido alvo de críticas. Erik Menendez, por exemplo, reclamou da forma como sua história foi retratada.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, afirmou ele em redes sociais.
Atualmente, ele cumpre uma pena perpétua sem direito a liberdade condicional pela morte dos pais.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres.”
O elenco, claro, defende a obra, que mostra diferentes pontos de vista do episódio. Entre eles, a defesa dos acusados, de que sofriam abuso sexual do pai desde a infância.
“Eu na verdade queria que no final de ‘Monstros’ tivesse um ponto de interrogação, porque esse é meio que o objetivo. Estamos pedindo que o público seja o júri”, diz Koch (“They/them: O acampamento”), intérprete do mais novo.
“Acho que a série quer apresentar muitas realidades diferentes. Muitas perspectivas diferentes sobre os assassinatos, os eventos que levaram a eles e às repercussões que vieram depois”, afirma Chavez (“General Hospital”), que dá vida ao mais velho.
Sevigny (indicada ao Oscar por “Meninos não choram”) é mais categórica sobre quem são os verdadeiros “monstros” da série – e o papel dos fãs do gênero.
“Eu acho que os pais são monstros. Os garotos são monstros. Os garotos são vítimas. Os pais são vítimas. A mídia é um monstro. É como se todos nós fôssemos cúmplices, de certa forma.”
Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação

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Gavin Creel, ator de ‘Hair’ e ‘Alô, Dolly!’, morre dois meses após receber diagnóstico de câncer

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Além da Broadway, artista trabalhou em filmes e séries de TV como ‘Eloise no Plaza’, ‘As Enroladas Aventuras da Rapunzel’ e ‘American Horror Story’.
Gavin Creel apresenta ‘Hair’, na Broadway, em 2009
Peter Kramer/AP
O ator americano Gavin Creel morreu nesta segunda-feira (30), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois de ele receber o diagnóstico de um câncer raro no nervo periférico.
Creel estrelou musicais da Boradway como “Caminhos da Floresta”, “Hair”, “Alô, Dolly!”, além de peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como “Mary Poppins” e “Waitress”.
Ele também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como “Eloise no Plaza”, “O Natal de Eloise”, “As Enroladas Aventuras da Rapunzel” e “American Horror Story.”
Em 2002, ele recebeu sua primeira indicação ao prêmio Tony (o principal troféu do teatro), por “Positivamente Millie”. Oito anos depois, voltou a ser indicado, por “Hair”, e em 2017, levou o Tony de melhor ator coadjuvante, por “Alô, Dolly!”.
Gavin Creel ganha Tony por ‘Alô, Dolly!’, em 2017
Michael Zorn/Invision/AP
“O Tony foi como receber um abraço da comunidade que participo há 20 anos”, disse ele ao jornal americano “The San Francisco Chronicle”, em 2018. “Isso é bom. Eu literalmente não consigo fazer mais nada na minha vida e ainda sou vencedor do Tony. Nunca deixarei de fazer isso.”
Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, Creel também chegou a gravar música e apresentar concertos. Inclusive, em “She Loves Me”, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

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