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‘Dragon Ball’: Como Akira Toriyama criou a saga de anime mais reconhecida no ocidente

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Com quase 30 anos de história e mais um filme da saga lançado nesta semana nos cinemas, ‘Dragon Ball’ marcou gerações e continua fazendo sucesso Goku apareceu em uma exposição sobre Manga no Museu Britânico, em Londres, em 2019
Getty Images para BBC
O lançamento do filme Dragon Ball Super: Super Herói nos cinemas brasileiros nesta semana marcou os 30 anos desde que o autor japonês Akira Toriyama criou Dragon Ball, a história que muitos especialistas consideram responsável pela popularização do mangá (equivalente japonês aos quadrinhos) no ocidente.
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O mangá de Toriyama deu origem ao anime (série animada de televisão japonesa) de mesmo nome, que marcou especialmente a geração que cresceu nos anos 1990 e 2000 no Brasil e faz sucesso até hoje.
Entenda as origens e inspirações da saga.
O conto chinês do Rei Macado serviu de inspiração para Toriyama
Heritage Images via BBC
O começo
Akira Toiriyama nasceu em 1955, na pequena cidade de Kiyosu, na província de Aichi, no leste do Japão. Como o próprio Toriyama explica, desde a escola ele se interessava por mangás, e foi entre seus colegas de classe que ele teve seu primeiro público.
“Sempre gostei de desenhar”, disse ele ao site Stormpages há alguns anos. “Quando eu era pequeno, não tínhamos tantas formas de entretenimento como hoje, então todos nós desenhávamos. Na escola primária, todos desenhávamos mangás ou personagens animados e os mostrávamos uns aos outros.”
Foi nessa época que Toriyama também começou a expandir seu horizonte de influências.
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O criador de Dragon Ball se declara um grande fã de filmes de animação da Disney em sua infância (ele tinha uma fixação particular com 101 Dálmatas), filmes de velho-oeste (que na época de Toriyama estavam atingindo sua expressão máxima com Sergio Leone), ficção científica (Toriyama fez muitas referências a Star Wars em suas histórias) e ação (de Bruce Lee e Jackie Chan a Aliens, de James Cameron).
Sua primeira oportunidade de escrever um mangá profissionalmente viria em 1977, depois que um dos editores da Shueisha – a editora de mangá mais importante do Japão – viu seu trabalho durante um concurso anual da revista Monthly Shonen Jump para encontrar novos talentos.
Contratado pela editora, o jovem Akira teve histórias menores que passaram desapercebidas por alguns anos.
Os personagens ficaram populares no mundo todo
Getty Images via BBC
Dr. Slump e Dragon Ball
O primeiro grande sucesso veio Akira Toriyama no mundo do mangá veio em 1980 com Dr. Slump. O mangá contava a história de uma garota androide tão bem feita que todos achavam que ela era uma garota de verdade com superpoderes.
A história foi o laboratório perfeito para o jovem autor começar a explorar elementos que mais tarde seriam fundamentais para a criação do mundo de Dragon Ball. Em Dr. Slump apareceram os primeiros animais antropomórficos, andróides e mundos futuristas que mais tarde dariam a Dragon Ball seu estilo único.
Para seu próximo projeto, Toriyama diz que contou com a ajuda de sua esposa, que tinha um grande conhecimento dos contos tradicionais chineses. Um em particular, O Rei Macaco, chamava sua atenção.
Dragon Ball apareceu pela primeira vez nas páginas da revista Shounen Weekly em 1985. Contava a história de Son Goku, um garotinho com um rabo de macaco que se junta a seus amigos em uma jornada para encontrar as ‘esferas do dragão’. Ele também adaptou os poderes do rei macaco ao seu personagem principal, incluindo a capacidade de “surfar” nas nuvens.
O mangá original se inspirou em muitas fontes, incluindo a comédia de Jackie Chan de 1978, O Grande Mestre dos Lutadores, na qual um jovem mimado aprende a complicada forma de arte marcial do “macaco bêbado” de seu tio.
Son Goku é o personagem principal da saga
Getty Images via BBC
O impacto de Dragon Ball
Quando Toriyama parou de escrever o mangá de Dragon Ball Z, a sequência de Dragon Ball muito mais bem-sucedida, em 1996, ele havia escrito quase 9 mil páginas sobre as aventuras de Goku e seus amigos.
A saga original foi adaptada para uma bem sucedida série de televisão de 156 episódios, que foi vista em todo o mundo graças à participação do estúdio Toei Animation no projeto. O sucesso abriu as portas para o plano muito mais ambicioso de adaptar Dragon Ball Z para a televisão: foram produzidos 291 episódios da sequência, que foram transmitidos em pelo menos 81 países.
Até agora, existem 24 filmes de Dragon Ball e quase 50 videogames baseados nos personagens que Toriyama criou.
Em 2001, ano em que Dragon Ball Z foi a série mais assistida do canal americano de desenhos animados Cartoon Network, a palavra “dragonball” foi topo da lista de termos mais pesquisados na internet, superando até Britney Spears.
Dragon Ball também se tornou a “porta de entrada” para o mangá e o anime para milhares de artistas, fãs e escritores ao redor do mundo.
O primeiro sucesso do autor foi a história Dr. Slump
Getty Images via BBC
Toriyama, hoje
Em 1996, depois de ter escrito milhares de páginas sobre as histórias de Son Goku, Toriyama decidiu passar para outros projetos mais curtos.
Ele publicou uma série de mangás curtos que incluíam o Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000), e redesenhou algumas das capas de Dragon Ball Z para seu relançamento em meados dos anos 2000.
Mas em 2012 ele retornou ao universo de Dragon Ball ao se envolver na criação do filme de animação Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses (2013) e do filme Dragon Ball Super: Super Herói, que está sendo lançado agora.
Hoje, Toriyama é diz que realmente não entende porque sua saga foi tão bem-sucedida.
“Realmente não faz sentido para mim”, disse ele à revista Shounen Weekly em 2018. “Recentemente reli a série pela primeira vez em anos e mesmo que a saga de Freeza (um poderoso inimigo de Goku em Dragon Ball Z) tivesse suspense suficiente para atrair meu interesse, eu ainda me pergunto por que a história ficou tão popular.”
Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-61626892

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Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, é entrevistado no g1 Ouviu ao vivo desta quarta-feira

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Cantor é o convidado do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok. Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, é entrevistado no g1 Ouviu ao vivo desta quarta-feira Cantor é o convidado do podcast de música do g1, com transmissão ao vivo no g1, no YouTube e no TikTok.

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Após ter fiança negada, Sean ‘Diddy’ Combs entra com recurso e promete fazer testes de drogas caso seja solto

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Combs apresentou novo recurso após juízes considerarem que ele representaria um risco à segurança da comunidade e das testemunhas no caso. O rapper está detido sem fiança enquanto aguarda julgamento. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
O rapper Sean “Diddy” Combs, que está detido sem direito a fiança, apresentou um novo pedido para ser liberado enquanto aguarda julgamento.
Combs entrou com o recurso pela segunda vez, após ter seu pedido de liberação mediante fiança negado no último dia 17. Para os juízes, o rapper representaria um risco à segurança da comunidade e das testemunhas no caso.
LEIA MAIS: Relembre as outras acusações que marcaram trajetória do rapper
Quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
A nova apelação, registrada na última segunda-feira (30), não especifica nenhum argumento para que Combs seja solto. A equipe do rapper propõe a fiança de US$ 50 milhões, garantida pelo patrimônio de sua residência em Miami e de sua mãe.
Além disso, a proposta inclui restringir os visitantes de suas casas, permitindo apenas “família, zeladores da propriedade e amigos que não fossem considerados co-conspiradores”, diz o documento. Especificamente, nenhuma mulher fora dos membros da família e as mães de seus filhos teriam permissão para visitar Combs.
O rapper também não poderia contatar testemunhas do grande júri e se comprometeria a fazer testes de drogas semanalmente.
Na carta divulgada no dia 17 de setembro, juízes e promotores alegaram que Combs havia contatado vítimas e testemunhas no caso, nos meses que antecederam sua prisão. Ele teria pedido por sua “amizade e apoio” e, às vezes, teria os convencido de que tudo não passava de “uma narrativa falsa”.
Combs está detido no Metropolitan Detention Center, em Nova York, prisão conhecida por ter “condições perigosas” e um histórico conturbado. A próxima audiência do rapper será no dia 9 de outubro.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Acusações
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, segundo a Promotoria de Nova York. Entenda ponto a ponto das acusações.
Ele se declarou inocente em tribunal. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.

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Sean Diddy Combs: relembre outras acusações e controvérsias que marcam trajetória do rapper

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Muito antes de ser preso em setembro deste ano, músico já colecionava denúncias, polêmicas e escândalos. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Ocorrida em 16 de setembro, a prisão de Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Muito antes disso tudo acontecer, no entanto, o músico já colecionava acusações e histórias controvérsias. Veja a seguir algumas delas.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Universidade de Nova York
Ainda sob o nome de Puff Daddy, o rapper foi um dos organizadores de um jogo de basquete caótico, ocorrido num ginásio da Universidade de Nova York, em dezembro de 1991. O evento terminou com 9 pessoas mortas e 29 feridas.
O caos aconteceu devido à quantidade de gente no espaço, que reuniu cerca de 5.000 pessoas, mas comportava somente 2.730.
Sem seguranças para controlar a multidão, o evento saiu de controle, e pessoas arrombaram as portas, causando um pisoteamento generalizado.
Foram abertos vários processos civis do caso. Em alguns deles, Combs atuou como testemunha contra o ginásio e, em outros, virou réu — sua defesa alegava que ele não era responsável pela segurança local.
‘Hate Me Now’
Dirigido por Hype Williams, o videoclipe “Hate Me Now” (1999) provocou uma briga entre Sean Combs e o executivo musical Steve Stoute.
Na versão original, havia uma cena em que o rapper aparecia crucificado. Incomodado, o músico exigiu que o trecho fosse cortado antes do clipe ir ao ar. A primeira versão que foi exibida ao público pela primeira vez, no entanto, foi a antiga.
Ao ter seu pedido ignorado, Sean se irritou e invadiu o escritório de Stoube. O executivo disse que o músico agrediu ele com uma garrafa de champanhe. “Ele me deu um soco no rosto, depois pegou o telefone e me bateu na cabeça com ele”, disse Stoube na época ao jornal americano “The Times”.
O caso foi parar na Justiça, e Sean chegou a ser detido, mas depois os dois fizeram um acordo, no qual o rapper pagou US$ 500 mil ao executivo.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Troca de tiros
Também em 1999, Sean foi acusado de posse ilícita de arma de fogo. Após se envolver em uma violenta briga no Club New York com troca de tiros, o músico foi encontrado pela polícia dentro de seu carro, onde havia duas pistolas.
Ele e a cantora Jennifer Lopez, que estava na ocasião e era sua namorada, foram detidos.
O músico, que sempre negou ter envolvimento com o tiroteio, foi absolvido.
Intimidação
Em 2003, o rapper foi processado por seu ex-colega de negócios Kirk Burrowes, que o acusou de intimidá-lo com um bastão de beisebol. Ele teria feito isso para forçá-lo a assinar documentos de transferência empresarial.
Sean negou. O caso foi a um tribunal de apelações três anos depois, mas foi rejeitado por expiração do prazo de prescrição.
Briga com treinador do filho
Em 2015, o artista foi detido após brigar com o treinador de futebol americano de seu filho, Justin Combs.
“Os vários relatos do incidente e as acusações sendo divulgadas são completamente imprecisos. O que podemos dizer agora é que qualquer ação tomada pelo Sr. Combs foi única e exclusivamente de natureza defensiva para se proteger e proteger seu filho”, afirmou um porta-voz do rapper ao site americano “TMZ” na época.
O caso gerou polêmica, mas não chegou a ir parar na Justiça.
Sean ‘Diddy’ Combs.
Jordan Strauss/Invision/AP
Primeiras alegações de abuso
Em 2019, a modelo Gina Huynh, ex-namorada de Sean, disse que ele havia abusado dela durante todo o relacionamento, que durou cinco anos. A declaração foi feita à youtuber Tasha K.
Com relatos fortes, ela afirmou que ele chegou a pisar na altura de seu estômago, o que “tirou o ar” de seus pulmões”. Também alegou que ele ofereceu dinheiro para ela fazer um aborto.
O rapper não comentou a acusação.
A relação com Cassie
A cantora Cassie, de “Me & U”, abriu um processo contra Sean em 2023. Ela o acusou de estupro, agressão e abuso físico.
Os dois se conheceram pela música e começaram a trabalhar juntos de 2005. Depois, engataram num namoro, que rompeu em 2018. Segundo a artista, o rapper sua posição de poder na indústria para levá-la a um “relacionamento romântico e sexual manipulador e coercitivo”.
Cassie afirmou que os crimes aconteceram por mais de uma década. Na ação, ela descreve que Sean “regularmente batia e chutava” seu corpo, “deixando olhos roxos, hematomas e sangue”.
Na época, ele negou as acusações. Em fevereiro deste ano, vazou um vídeo em que ele aparece agredindo Cassie. “Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora”, disse ele em um comunicado publicado nas redes sociais.
Várias ações civis de uma vez só
A acusação de Cassie serviu como pontapé para várias outras acusações contra o rapper. Denúncias de estupro e violência que, embora protocoladas no fim de 2023, mencionam mais de uma época.
Uma das ações movidas diz que Sean e outro homem forçaram uma mulher a fazer sexo com eles. Em outra, a vítima diz ter sido drogada e estuprada pelo rapper em 1991.
Uma terceira mulher afirmou que há mais de 30 anos havia sido estuprada junto de sua amiga, vítimas de Sean.
O músico negou as acusações.
Condenado a US$ 100 milhões
Em um dos casos que foram surgindo contra ele, Sean foi condenado a pagar US$ 100 milhões a um presidiário do Michigan que diz ter sido drogado e estuprado pelo rapper há mais de 30 anos. A condenação veio em setembro de 2024, dias antes de sua prisão.
Derrick Lee Smith, 51 anos, venceu a disputa judicial multimilionária à revelia no Tribunal do Condado de Lenawee durante uma audiência virtual na segunda-feira (9), após Combs, 54 anos, não comparecer.
Um advogado de Combs disse que o rapper vai pedir a anulação da sentença.
“Este homem [Smith] é um criminoso condenado e predador sexual, que foi sentenciado por 14 acusações de agressão sexual e sequestro nos últimos 26 anos,” disse o advogado Marc Agnifilo em nota, na época.

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