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Festas e Rodeios

Como Måneskin virou maior aposta do rock e foi escolhida para tocar antes do Guns no Rock in Rio

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Quarteto chegou ao 1º lugar do Spotify, após ser revelado no ‘X Factor’ e vencer Eurovision. Show terá hit ‘Beggin’, canções próprias em italiano e possíveis covers de The Who e Britney Spears. Maneskin conversa com Fantástico sobre apresentação no Rock in Rio
O Måneskin toca logo antes do Guns N’ Roses no dia 8 de setembro de Rock in Rio. O quarteto venceu o Eurovision, o famoso festival europeu, e a partir daí virou uma grande aposta do rock.
“Beggin”, o maior sucesso, é uma cover de uma música do Four Seasons, grupo pioneiro do rock nos anos 60. A versão do Måneskin chegou ao topo da parada global do Spotify em 2021.
Ela geralmente é a quarta música do show, que pode ter covers de “Womanizer” da Britney Spears, “I Wanna be your dog”, dos Stooges, e “My Generation” do The Who. O setlist tem canções compostas por eles e cantadas em italiano, como “Zitti e Buoni”, que costuma abrir os shows.
“É um festival entre os mais históricos e importantes do mundo, tocar lá é uma meta”, disse Damiano David, o vocalista da banda, ao Fantástico. “Estamos muito conscientes da trajetória que fizemos. Tivemos sorte, mas pensamos num dia de cada vez.”
“Com as roupas se pode interpretar uma personagem, mas simplesmente eu gosto e quero ter a liberdade de usar. Apenas eu gosto daquilo e não me importa se é de mulher”, comentou, ao ser perguntado sobre o figurino que usa.
Mas quem é o Måneskin?
Måneskin: quem são os roqueiros italianos que chegaram ao 1º lugar do Spotify
Se você é fã do Måneskin, a “nova” banda mais ouvida e falada de 2021, deve ser por algum destes três motivos:
É um quarteto cheio de estilo, que ajuda a renovar o rock;
Tem repertório bem dividido entre covers e músicas próprias;
É cercado de polêmicas, mas o rock clássico e bem cantado vai além.
Por outro lado, se você ouviu Måneskin e não curtiu, muito provavelmente pensou que:
Eles são a versão hard rock da Vagabanda, com um rock de TV;
2021 e a salvação do rock vem de um sósia do Jack Sparrow?
Não há inventividade, o Greta Van Fleet é revolucionário perto disso.
Quem tem delineador vai a Roma
O visual dos integrantes do Måneskin
Divulgação
O “nova” da primeira frase deste texto está entre aspas, porque o Måneskin não é tão recente assim. Ele foi formado em 2015, em Roma, capital da Itália.
Desde então, o vocalista Damiano David, a baixista Victoria De Angelis, o guitarrista Thomas Raggi e o baterista Ethan Torchio já lançaram dois álbuns e um EP.
Mas a boa performance nas paradas mundiais só veio nos últimos meses. No fim de junho, eles levaram duas músicas ao top 20 geral do Spotify.
Nesta segunda-feira (5), “Beggin'” alcançou o topo, feito inédito para um artista italiano. A banda é da Itália, mas a versão original é americana. “Beggin” foi gravada pela primeira vez em 1967, pelo The Four Seasons, nome forte do rock da época.
Não foi a única a ganhar cover deles: os quatro já fizeram uma versão de “Somebody told me”, do Killers; e até uma de “Let’s Get It Started”, do Black Eyed Peas.
As duas covers viraram rocks de voz rasgada e riffs simples, dobradinha que domina a discografia do Måneskin.
É fascinante que um som tão clássico venha de músicos tão jovens. Damiano tem 22 anos, nasceu em 8 de janeiro, assim como Elvis Presley e David Bowie.
Os outros são ainda mais novinhos: Victoria, 21; Thomas, 20; e Ethan, também 20. Victoria já disse que o som do grupo é feito com “paixão e diversão”. Ela completou afirmando que a ideia é fazer “algo que nos permita desabafar”.
Banda Maneskin, da Itália, vence o Eurovision 2021, organizado neste sábado (22) em Roterdã (Holanda)
Peter Dejong/AP Photo
Os desabafos do Måneskin estão em rocks sobre caminhar sem rumo pela noite italiana fumando e descrevendo o que vê em um caderninho (como no maior hit deles, “Zitti e buoni”).
Há também menos boemia e mais amor, como nas baladas versando sobre paixões melancólicas por “Coraline” e por Marlena (“Torna a casa”).
Há também outros temas como ansiedade de ter 20 anos na pandemia (“Vent’anni”) ou ser várias pessoas em uma (“I wanna be your slave”), dando ideia da diversidade que a banda pretende representar.
Ethan Torchio, Damiano David, Victoria De Angelis e Thomas Raggi formam a banda italiana Måneskin
Divulgação
Essa ideia está nas letras, mas também apareceu no palco. No final de junho, o vocalista e o guitarrista se beijaram no palco, durante uma transmissão na TV pública polonesa. Não foi por acaso. A Polônia vive uma onda de protestos pelos direitos LGBTs no país.
“Achamos que todos deveriam ter permissão de fazer sem nenhum medo. Pensamos que todos devem ser completamente livres para ser o que quiserem. Obrigado, Polônia. O amor não é nunca errado”, disse Damiano.
Banda italiana, nome dinamarquês
A banda italiana Måneskin
Divulgação
Måneskin quer dizer “luar” em dinamarquês. A escolha de uma palavra neste idioma é explicada pelo fato de a mãe de Victoria ser da Dinamarca.
Ela, Damiano e Thomas se conheceram na escola. Formaram uma banda cover, mas precisavam de um baterista. Acharam Ethan em um grupo do Facebook.
Logo depois, foram parar no palco do “X Factor”, na versão italiana do reality show de calouros. Ficaram com o segundo lugar, em 2017, e isso rendeu um contrato com a Sony Music local.
Em 2021, ganharam o famoso Festival da Canção de Sanremo, que rendeu a vaga no Eurovision. A ida ao evento com artistas de toda Europa rendeu cenas como Damiano bem à vontade, bebendo em uma entrevista coletiva.
Damiano David, vocalista do Måneskin, celebra em entrevista coletiva no Eurovision
Reprodução
“Zitti e buoni” não foi a mais votada entre os jurados do Eurovision, em Roterdã, na Holanda. Eles levaram o troféu por serem os favoritos do público.
Ganharam, mas com uma polêmica. O vocalista teve que fazer um teste de drogas provando que não havia usado substâncias ilegais no evento.
Nas redes sociais, espectadores afirmaram que ele tinha cheirado cocaína, enquanto esperava o anúncio do vencedor. Ele negou. Disse estar limpando um copo quebrado debaixo da mesa.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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John Amos, ator de ‘Um Príncipe em Nova York’, morre aos 84 anos

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Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º). John Amos em cena de ‘Um príncipe em Nova York’
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John Amos, roteirista que ficou famosos como um dos coadjuvantes do filme “Um Príncipe em Nova York”, morreu aos 84 anos. Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º).
“É com profunda tristeza que compartilho com vocês que meu pai fez a transição”, disse ele, por meio de um comunicado. “Ele era um homem com o coração mais gentil… e era amado no mundo todo. Muitos fãs o consideram seu pai na TV. Ele viveu uma vida boa. Seu legado viverá em seus excelentes trabalhos na televisão e no cinema como ator.”
Antes de atuar, Amos tentou ser jogador de futebol americano e assinou um contrato com o Denver Broncos, mas acabou rompendo o contrato após sofrer uma distenção muscular na coxa. Ele teve outra chance em um time de uma das ligas principais, o Kansas City Chiefs, mas também não conseguiu se firmar. A maioria da carreira foi em times de ligas menos importantes.
O primeiro grande papel de Amos foi na série de TV “Good Times”, dos anos 70, mas ele foi demitido após se dizer contra os estereótipos do seriado. A trama seguia uma família afro-americana pobre vivendo nos projetos de habitação social de Chicago.
Em 1977, Amos foi indicado ao Emmy por sua atuação na minissérie “Raízes”, baseado no livro de mesmo nome escrito por Alex Haley. A trama é sobre a história de Kunta Kinte, personagem sequestrado da África e escravizado nos Estados Unidos. Ele interpreta a versão mais velha do protagonista.
Além de “Um Príncipe em Nova York”, o ator atuou em séries como “Mary Tyler Moore”, “Um Maluco no Pedaço” e “West Wing: Nos Bastidores do Poder”.

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Nando Reis anda pela contramão do mercado, sem derrapar, com vigoroso álbum quádruplo de músicas inéditas

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Há obras-primas na coesa safra autoral composta por 30 canções distribuídas em quatro discos, mas também reunidas em uma única obra intitulada ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’. Nando Reis lança quatro álbuns com repertório inteiramente autoral composto entre 1988 e 2024
Carol Siqueira / Divulgação
Capa do álbum quádruplo ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’, de Nando Reis
Criação e design de Zoé Passos com a colaboração de Daniel Taglieri
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Uma estrela misteriosa revelará o segredo
Artista: Nando Reis
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em qualquer época, lançar álbum quádruplo com músicas inéditas e repertório inteiramente autoral seria ato considerado arriscado por executivos do mercado fonográfico. Nestes tempos digitais em que o single é o formato dominante na indústria o disco, numa era em que o ouvinte mal-acostumado nem tem paciência para ouvir até o fim uma canção de três minutos, fazer o que Nando Reis fez ao apresentar Uma estrela misteriosa revelará o segredo é andar perigosamente na contramão desse mercado volátil e volúvel.
E o mais incrível é que o compositor transita sem derrapar por uma estrada perigosa que conduz o ouvinte por 30 canções compostas entre 1988 e 2024. A maioria é recente, 26 são inteiramente inéditas e quatro já tinham aparecido de alguma forma, caso de Corpo e colo, parceria de Nando com Kleber Lucas apresentada por Céu no recente álbum Novela (2024).
Novas ou antigas, as 30 canções se afinam esteticamente por carregarem o D.N.A. de Nando Reis como compositor, o que confere unidade aos quatro álbuns – Uma, Estrela, Misteriosa e Revelará o segredo – já disponíveis juntos e separados nos aplicativos de áudio, além de terem sido encaixotados em box com edições em LP.
Impressiona o fato de, já contabilizando mais de 40 anos de carreira, Nando Reis ainda mostrar tanto vigor como compositor – fato bissexto no universo pop.
Há obras-primas entre as 30 canções – caso de Estrela misteriosa, aliciante balada que ultrapassa sete minutos de duração – e há, claro, músicas que sobressaem em relação às outras. No todo, entretanto, tais diferenças jamais empanam o brilho do conjunto da obra reunida no álbum Uma estrela misteriosa revelará o segredo.
A luminosidade do repertório já saltou aos ouvidos em 23 de agosto, quando Nando apresentou cinco das nove músicas que compõem o repertório do primeiro álbum, Uma. As músicas A chave, A tulha, Azul febril, Coragem é poder mostrar e Dois réveillons surgiram sedutoras na forma de EP irretocável.
Aos poucos, Nando foi revelando outras canções e os outros discos até a obra ficar disponível na íntegra em 20 de setembro. Gravadas com produção musical do baterista Barrett Martin e (às vezes) coprodução do baixista Felipe Cambraia, as músicas se situam entre o rock e a balada, terrenos férteis para a inspiração de Reis.
No território das baladas do álbum Uma, há Em si, tais e quais (composta para o show da turnê feita pelo cantor com a dupla Anavitória) e Inverso (canção de atmosfera etérea que parece flutuar no ar como folha de papel). Com pegada, Des-mente versa sobre a bipolaridade dos dependentes químicos que oscilam entre a atração pelas drogas (incluindo aí o álcool) e o prazer de estar vivo e livre dos vícios.
No segundo álbum, Estrela, caracterizado por Nando como “rede abstrata de tensões nebulosas, de contrastes, de contradições, de fricções e de desejo”, há o brilho soberano da já mencionada balada Estrela misteriosa. Já a música intitulada Composição se diferencia na safra por oscilar entre a batida do samba e a levada do samba-rock no arranjo de percussão de Pretinho da Serrinha.
Entre angústias e tensões existenciais, o compositor parece encontrar paz momentânea em Daqui por diante, reflexiva canção de ano novo. Já Estuário é balada em que Nando refaz, com saudade do amor vivido, o percurso da relação afetiva com a esposa Vânia.
Tentação é outra composição vocacionada para ser canção, mas um solo de guitarra sinaliza que esse compositor muito romântico cresceu no universo do rock. Rio creme junta o canto de Nando com as vozes de Sebastião Reis e Pedro Lipa. A dupla também encorpa os vocais de Diz pra mim, música do terceiro álbum, Misteriosa, criada a partir de poema escrito por Nando em 2018 para turnê com AnaVitória.
Neste disco Misteriosa, o mais roqueiro dos quatro, Nando Reis apresenta três parcerias com o produtor Barret Martin e com Peter Buck (guitarrista cofundador da banda R.E.M.) – O muro (erguido com a argamassa do rock), Enfim (faixa formatada na velocidade do rock) e Tudo está aqui dentro – ao longo de oito faixas.
Ginger e Red é outra música imersa em ambiência roqueira, o que confirma a tese de Nando de que há particularidades em cada um dos quatro (complementares) álbuns. Até uma canção confessional como Na Lagoa está embebida na atmosfera do rock. No fim do terceiro álbum, Tome o seu lugar apresenta o toque do acordeom de Krist Novoselic, baixista da mítica banda Nirvana.
No quarto álbum, Revelará o segredo, Rhipsalis é canção valorizada pelo arranjo que harmoniza o órgão Hammond tocado por Joe Doria, o sintetizador pilotado pelo produtor Barret Martin (brilhante na marcação da bateria) e o toque da guitarra de Andy Coe. Já Aparição revela melodia composta por Pedro Baby e letrada por Nando Reis.
Embora engrandecido pela exuberante regravação de Corpo e colo com arranjo de sopros de Antonio Neves, o quarto álbum tem faixas menos imponentes no conjunto da obra, como o rock Firmamento. Esse álbum funciona mais como disco-bônus nesse lançamento quádruplo – como entende Nando Reis – sem chegar a diluir o brilho da vigorosa safra autoral reunida neste lote de lançamentos feitos corajosamente pelo artista fora das leis do mercado.
Nando Reis chega firme e forte ao fim dessa longa estrada autoral que aponta um belo futuro para esse cantor e compositor paulistano de 61 anos que faz música com o ímpeto da juventude.
Nando Reis apresenta 26 canções inéditas entre as 30 músicas do álbum quádruplo‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’
Lorena Dini / Divulgação

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