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Festas e Rodeios

Tim Bernardes ascende no show ‘Mil coisas invisíveis’ entre a intensidade da dor e a delícia da vida

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Intepretação sofrida de música do repertório de Péricles é a surpresa de roteiro que irmana canções dos dois estupendos álbuns da discografia solo do artista. Tim Bernardes no palco do Teatro Claro Rio na estreia nacional do show ‘Mil coisas invisíveis’
Mauro Ferreira / g1
Resenha de show
Título: Mil coisas invisíveis
Artista: Tim Bernardes
Local: Teatro Claro Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de agosto de 2022
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♪ “Toca Prudência!”, gritou a espectadora, fazendo ecoar no Teatro Claro Rio a voz vinda da plateia lotada. “Toco”, respondeu de pronto Tim Bernardes, solícito, antes de começar a cantar Prudência (2021) – samba-canção composto pelo artista para Maria Bethânia gravar no álbum Noturno (2021) – com toda a propriedade que os autores têm de revelar belezas ocultas nas canções a que deram à luz.
Ali, naquele momento da estreia nacional do show Mil coisas invisíveis na noite de ontem, 24 de agosto, ficou claro que o cancioneiro de Tim Bernardes é fruto das paixões que descontrolaram o artista e que o fizeram ser o maior compositor brasileiro dos últimos cinco anos.
Um compositor que imprime nas canções a intensidade da dor enquanto celebra a delícia da existência, mote do segundo álbum solo do artista paulistano, Mil coisas invisíveis (2022), norte do roteiro que, além das 15 músicas do disco lançado em junho, incorporou algumas composições do álbum antecessor, Recomeçar (2017), e também da discografia do trio O Terno – como Nada / Tudo (2019) – entre abordagens lancinantes de composições dos repertórios de Jards Macalé, Jorge Ben Jor e Péricles.
Na era das batidas sintéticas que abafam imperfeições técnicas (e precariedades melódicas) e dos programas que afinam e plastificam vozes em estúdio, recursos que padronizam a música brasileira produzida em escala industrial, Tim Bernardes se elevou e se bastou no palco do Teatro Claro Rio como cantor e como homem-orquestra ao apresentar 28 canções, sendo 25 da própria lavra solitária do compositor.
Enquanto cantou, Tim se alternou também solitariamente entre o violão (às vezes usado como instrumento percussivo), a guitarra e o piano. Algumas pareceram até mini peças sinfônicas, quando executadas ao piano, casos de Falta (2022) e sobretudo de Talvez (2017).
Tim Bernardes se alterna entre o violão, a guitarra e o piano no show ‘Mil coisas invisíveis’
Mauro Ferreira / g1
Em roteiro que partiu da existencialista Nascer, viver, morrer (2022) – cantada com o rosto do artista ainda às escuras – e findou na muito pedida Volta (2016), música do terceiro álbum do Terno, Tim Bernardes se confirmou criador inspirado de baladas românticas como Fases (2022), uma das muitas gemas que reluzem no repertório do álbum Mil coisas invisíveis, tão estupendo como o antecessor Recomeçar.
Tem muita dor nesse repertório, mas também tem a beleza da vida e de se perceber vivo, assuntos de Mesmo se você não vê (2022) e do ijexá Realmente lindo (2018), lançado na voz cristalina de Gal Costa e registrado por Tim no álbum Mil coisas invisíveis.
Com a cumplicidade do público caloroso, o artista defendeu no show o disco recém-lançado, com a satisfação de ouvir pedidos na plateia para cantar músicas recentes como Velha amiga (2022).
O show transcorreu especial. Como Tim ressaltou logo no início da apresentação, havia uma “vibe de primeira vez” porque, fora os 17 shows feitos pelos cantor nos Estados Unidos entre junho e julho, como atração da abertura de turnê do grupo norte-americano Fleet Floxes, era a estreia do show Mil coisas invisíveis no Brasil e era a primeira vez depois da pandemia que o paulistano Tim fazia as malas para ir cantar em outra cidade do país natal.
Mal iluminado por alguns poucos refletores, questionável opção de luz climática que favorece a visão somente de espectadores sentados próximos do palco (caso do crítico), o cantor deu voz no breu a Soluços (Jards Macalé, 1969) entre ruídos e distorções de guitarra que amplificaram o acerto da interpretação.
Tim Bernardes toca temas como ‘Talvez’ e ‘Falta’ ao piano no show ‘Mil coisas invisíveis’
Mauro Ferreira / g1
No bis, Tim improvisou Quis mudar (2017) – acatando outro pedido do público – e emendou a música com Que nega é essa? (Jorge Ben Jor, 1972), adensando esse tema e tirando Jorge Ben do país do suingue para exprimir toda a solidão explicitada na letra.
Como Que nega é essa? já integrava o roteiro do show do álbum Recomeçar, turnê que chegou à cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 24 de janeiro de 2018 no mesmo teatro que ontem abrigou a estreia carioca do show Mil coisas invisíveis, a maior novidade da apresentação fora do trilho autoral foi a abordagem de Final de tarde (Thiago Silva e Edgar do Cavaco, 2013), sucesso do cantor paulista Péricles.
Tim tirou o samba Final de tarde do universo do pagode e interpretou a letra – escrita por Edgar do Cavaco – com o sentimento típico das canções sofridas da própria lavra, em prova de que, além de excepcional compositor, Tim Bernardes é também intérprete sensível, grandioso.
E foi assim, cantando as dores e as delícias do amor e da vida, entre a leveza romântica de BB (Garupa de moto amarela) (2022), a lírica confessional de Meus 26 (2022), a aliciante verborragia dylanesca d’A balada de Tim Bernardes (2022), a constatação terna d’A história mais velha do mundo (2017) e o bonito nó no peito que enche Esse ar (2022), que Tim Bernardes saiu ascendeu no palco do Teatro Claro Rio, ao longo de duas horas de show, ao dar voz às mil coisas invisíveis que somente o coração consegue enxergar.
Tim Bernardes encadeia 28 músicas no roteiro do show ‘Mil coisas invisíveis’
Mauro Ferreira / g1
♪ Eis as 28 músicas do roteiro seguido em 24 de agosto de 2022 por Tim Bernardes na estreia nacional da turnê do show Mil coisas invisíveis no Teatro Claro Rio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ):
1. Nascer, viver, morrer (Tim Bernardes, 2022)
2. Fases (Tim Bernardes, 2022)
3. BB (Garupa de moto amarela) (Tim Bernardes, 2022)
4. Mesmo se você não vê (Tim Bernardes, 2022)
5. Falta (Tim Bernardes, 2022)
6. Talvez (Tim Bernardes, 2017)
7. Nada / Tudo (Tim Bernardes, 2019)
8. Prudência (Tim Bernardes, 2021)
9. Ela (Tim Bernardes, 2017)
10. Só nós dois (Tim Bernardes, 2019)
11. Mistificar (Tim Bernardes, 2022)
12. Soluços (Jards Macalé, 1969)
13. Não (Tim Bernardes, 2017)
14. Final de tarde (Thiago Silva e Edgar do Cavaco)
15. Olha (Tim Bernardes, 2022)
16. Última vez (Tim Bernardes, 2022)
17. Realmente lindo (Tim Bernardes, 2018)
18. Meus 26 (Tim Bernardes, 2022)
19. Esse ar (Tim Bernardes, 2022)
20. Velha amiga (Tim Bernardes, 2022)
21. A balada de Tim Bernardes (Tim Bernardes, 2022)
22. Beleza eterna (Tim Bernardes, 2022)
23. Leve (Tim Bernardes, 2022)
24. A história mais antiga do mundo (Tim Bernardes, 2017)
25. Recomeçar (Tim Bernardes, 2017)
Bis:
26. Quis mudar (Tim Bernardes, 2017) /
27. Que nega é essa? (Jorge Ben Jor, 1972)
28. Volta (Tim Bernardes, 2016)

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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John Amos, ator de ‘Um Príncipe em Nova York’, morre aos 84 anos

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Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º). John Amos em cena de ‘Um príncipe em Nova York’
Divulgação
John Amos, roteirista que ficou famosos como um dos coadjuvantes do filme “Um Príncipe em Nova York”, morreu aos 84 anos. Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º).
“É com profunda tristeza que compartilho com vocês que meu pai fez a transição”, disse ele, por meio de um comunicado. “Ele era um homem com o coração mais gentil… e era amado no mundo todo. Muitos fãs o consideram seu pai na TV. Ele viveu uma vida boa. Seu legado viverá em seus excelentes trabalhos na televisão e no cinema como ator.”
Antes de atuar, Amos tentou ser jogador de futebol americano e assinou um contrato com o Denver Broncos, mas acabou rompendo o contrato após sofrer uma distenção muscular na coxa. Ele teve outra chance em um time de uma das ligas principais, o Kansas City Chiefs, mas também não conseguiu se firmar. A maioria da carreira foi em times de ligas menos importantes.
O primeiro grande papel de Amos foi na série de TV “Good Times”, dos anos 70, mas ele foi demitido após se dizer contra os estereótipos do seriado. A trama seguia uma família afro-americana pobre vivendo nos projetos de habitação social de Chicago.
Em 1977, Amos foi indicado ao Emmy por sua atuação na minissérie “Raízes”, baseado no livro de mesmo nome escrito por Alex Haley. A trama é sobre a história de Kunta Kinte, personagem sequestrado da África e escravizado nos Estados Unidos. Ele interpreta a versão mais velha do protagonista.
Além de “Um Príncipe em Nova York”, o ator atuou em séries como “Mary Tyler Moore”, “Um Maluco no Pedaço” e “West Wing: Nos Bastidores do Poder”.

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Nando Reis anda pela contramão do mercado, sem derrapar, com vigoroso álbum quádruplo de músicas inéditas

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Há obras-primas na coesa safra autoral composta por 30 canções distribuídas em quatro discos, mas também reunidas em uma única obra intitulada ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’. Nando Reis lança quatro álbuns com repertório inteiramente autoral composto entre 1988 e 2024
Carol Siqueira / Divulgação
Capa do álbum quádruplo ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’, de Nando Reis
Criação e design de Zoé Passos com a colaboração de Daniel Taglieri
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Uma estrela misteriosa revelará o segredo
Artista: Nando Reis
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em qualquer época, lançar álbum quádruplo com músicas inéditas e repertório inteiramente autoral seria ato considerado arriscado por executivos do mercado fonográfico. Nestes tempos digitais em que o single é o formato dominante na indústria o disco, numa era em que o ouvinte mal-acostumado nem tem paciência para ouvir até o fim uma canção de três minutos, fazer o que Nando Reis fez ao apresentar Uma estrela misteriosa revelará o segredo é andar perigosamente na contramão desse mercado volátil e volúvel.
E o mais incrível é que o compositor transita sem derrapar por uma estrada perigosa que conduz o ouvinte por 30 canções compostas entre 1988 e 2024. A maioria é recente, 26 são inteiramente inéditas e quatro já tinham aparecido de alguma forma, caso de Corpo e colo, parceria de Nando com Kleber Lucas apresentada por Céu no recente álbum Novela (2024).
Novas ou antigas, as 30 canções se afinam esteticamente por carregarem o D.N.A. de Nando Reis como compositor, o que confere unidade aos quatro álbuns – Uma, Estrela, Misteriosa e Revelará o segredo – já disponíveis juntos e separados nos aplicativos de áudio, além de terem sido encaixotados em box com edições em LP.
Impressiona o fato de, já contabilizando mais de 40 anos de carreira, Nando Reis ainda mostrar tanto vigor como compositor – fato bissexto no universo pop.
Há obras-primas entre as 30 canções – caso de Estrela misteriosa, aliciante balada que ultrapassa sete minutos de duração – e há, claro, músicas que sobressaem em relação às outras. No todo, entretanto, tais diferenças jamais empanam o brilho do conjunto da obra reunida no álbum Uma estrela misteriosa revelará o segredo.
A luminosidade do repertório já saltou aos ouvidos em 23 de agosto, quando Nando apresentou cinco das nove músicas que compõem o repertório do primeiro álbum, Uma. As músicas A chave, A tulha, Azul febril, Coragem é poder mostrar e Dois réveillons surgiram sedutoras na forma de EP irretocável.
Aos poucos, Nando foi revelando outras canções e os outros discos até a obra ficar disponível na íntegra em 20 de setembro. Gravadas com produção musical do baterista Barrett Martin e (às vezes) coprodução do baixista Felipe Cambraia, as músicas se situam entre o rock e a balada, terrenos férteis para a inspiração de Reis.
No território das baladas do álbum Uma, há Em si, tais e quais (composta para o show da turnê feita pelo cantor com a dupla Anavitória) e Inverso (canção de atmosfera etérea que parece flutuar no ar como folha de papel). Com pegada, Des-mente versa sobre a bipolaridade dos dependentes químicos que oscilam entre a atração pelas drogas (incluindo aí o álcool) e o prazer de estar vivo e livre dos vícios.
No segundo álbum, Estrela, caracterizado por Nando como “rede abstrata de tensões nebulosas, de contrastes, de contradições, de fricções e de desejo”, há o brilho soberano da já mencionada balada Estrela misteriosa. Já a música intitulada Composição se diferencia na safra por oscilar entre a batida do samba e a levada do samba-rock no arranjo de percussão de Pretinho da Serrinha.
Entre angústias e tensões existenciais, o compositor parece encontrar paz momentânea em Daqui por diante, reflexiva canção de ano novo. Já Estuário é balada em que Nando refaz, com saudade do amor vivido, o percurso da relação afetiva com a esposa Vânia.
Tentação é outra composição vocacionada para ser canção, mas um solo de guitarra sinaliza que esse compositor muito romântico cresceu no universo do rock. Rio creme junta o canto de Nando com as vozes de Sebastião Reis e Pedro Lipa. A dupla também encorpa os vocais de Diz pra mim, música do terceiro álbum, Misteriosa, criada a partir de poema escrito por Nando em 2018 para turnê com AnaVitória.
Neste disco Misteriosa, o mais roqueiro dos quatro, Nando Reis apresenta três parcerias com o produtor Barret Martin e com Peter Buck (guitarrista cofundador da banda R.E.M.) – O muro (erguido com a argamassa do rock), Enfim (faixa formatada na velocidade do rock) e Tudo está aqui dentro – ao longo de oito faixas.
Ginger e Red é outra música imersa em ambiência roqueira, o que confirma a tese de Nando de que há particularidades em cada um dos quatro (complementares) álbuns. Até uma canção confessional como Na Lagoa está embebida na atmosfera do rock. No fim do terceiro álbum, Tome o seu lugar apresenta o toque do acordeom de Krist Novoselic, baixista da mítica banda Nirvana.
No quarto álbum, Revelará o segredo, Rhipsalis é canção valorizada pelo arranjo que harmoniza o órgão Hammond tocado por Joe Doria, o sintetizador pilotado pelo produtor Barret Martin (brilhante na marcação da bateria) e o toque da guitarra de Andy Coe. Já Aparição revela melodia composta por Pedro Baby e letrada por Nando Reis.
Embora engrandecido pela exuberante regravação de Corpo e colo com arranjo de sopros de Antonio Neves, o quarto álbum tem faixas menos imponentes no conjunto da obra, como o rock Firmamento. Esse álbum funciona mais como disco-bônus nesse lançamento quádruplo – como entende Nando Reis – sem chegar a diluir o brilho da vigorosa safra autoral reunida neste lote de lançamentos feitos corajosamente pelo artista fora das leis do mercado.
Nando Reis chega firme e forte ao fim dessa longa estrada autoral que aponta um belo futuro para esse cantor e compositor paulistano de 61 anos que faz música com o ímpeto da juventude.
Nando Reis apresenta 26 canções inéditas entre as 30 músicas do álbum quádruplo‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’
Lorena Dini / Divulgação

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