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Festas e Rodeios

Post Malone, único rapper headliner do Rock in Rio, tem algo de Chorão e já foi youtuber de ‘Minecraft’

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G1 explica sucesso do rapper que tem pose despretensiosa, sorriso fácil e canta rap mais melódico, misturado a rock e pop, com letras sobre relacionamentos, fama e recalques. Quando Post Malone começar seu show no Rock in Rio, no dia 3 de setembro, muita gente vai ficar se perguntando “Como é que todo mundo sabe cantar as músicas deste rapaz?”.
Ele é o único nome do hip hop entre as atrações principais do Rock in Rio 2022 e esse feito se deve a um rap mais melódico, misturado a rock e pop, com letras sobre relacionamentos, fama e recalques.
Rapper Post Malone lança álbum ‘Hollywood’s Bleeding’
Post tem algo de Chorão, o líder do Charlie Brown Jr morto em 2013. As letras e discursos dos dois falam muito de seus complexos de inferioridade.
Eles ainda têm em comum o sorriso facílimo, as roupas três números acima, a forma de lidar com os críticos, o jeito de mauzão boa praça, a pose largada no palco bebendo cerveja quente e falando groselha.
Você sabe que eles andam de limosine, mas já andaram de trem. Mas Post faz (e Chorão fazia) questão de lembrar isso sempre que pode.
No palco de festivais como o Lollapalooza Brasil 2019 e o Rock in Rio Lisboa 2022, Post Malone parece que não está nem aí. Ele anda pelos palcos com um copo e um cigarro em uma das mãos; na outra, claro, está o microfone.
Momento acústico
Na versão portuguesa do Rock in Rio, cantou 18 músicas, intercalando os hits “Better Now” e “Circles” com as mais novas do álbum “Twelve Carat Toothache”, como “Reputation” e “I Like You”.
O momento mais intimista acontece quando o rapper se senta no banquinho e toca violão em “Go Flex” e “Stay”. Antes, ele não perde a chance de fazer uma piada depreciativa.
“Se tiver alguém precisando fazer xixi, essa é a hora, porque é a parte mais chata do show”, disse antes de começar.
Post Malone na festa do Super Bowl, em 2018, em Minneapolis
Omar Vega/Invision/AP
A reta final é matadora com “Sunflower”, “Rockstar” e “Congratulations”. Malone ainda quebra o violão que usou no palco, alimentando a fama de rockstar da forma mais clichê possível.
Ironicamente, a marra também vem acompanhada de discurso motivacional. “Não deixe ninguém te impedir de viver os seus sonhos ou de ser quem você é”.
Discursos parecidos foram ouvidos no Lollapalooza, em São Paulo, em 2019. Na estreia por aqui, Post convidou o MC carioca Kevin O Chris, que cantou “Vamos pra Gaiola” e “Ela é do tipo”. É possível, então, que ele ou outro funkeiro apareça no show de Post do Rock in Rio.
Post Malone canta durante show no Lollapalooza 2019
Fábio Tito/G1
‘Eu sou gordo demais’
Um ano antes, no festival americano Coachella, Post Malone foi escalado para um palco menor do evento, em show visto pelo g1.
Cada fala recalcada foi celebrada por jovens, na maioria brancos, derrubando mais cerveja do que em qualquer outro show do concorrido festival californiano.
“Eu sou gordo demais para estar aqui fazendo essa merda para vocês”, disse Post, já no meio do show.
“Estou muito bêbado”, avisou depois. No final, reclamou dos críticos que já o rotularam de “one-hit wonder” e de ter escolhido o hip hop só porque ele está “na moda”.
Jornalistas dos sites Pitchfork e All Music, das revistas “NME” e “Rolling Stone” e do jornal “The Guardian” detonaram: tudo em Post seria forçado além da conta.
Melhor que Beatles?
O rapper americano Post Malone se apresenta no Coachella em 2018
Mario Anzuoni/Reuters
Austin Richard Post levou todas as 18 canções de seu segundo disco, “beerbongs & bentleys”, ao hot 100 da “Billboard”, a principal parada dos EUA. Batendo recorde dos Beatles, nove músicas dele chegaram ao top 20 ao mesmo tempo, no mês passado.
O rapper (“não sou rapper, sou artista”, sempre corrige)… O artista queria ser cantor de country aos 10 anos. Teve banda cover de metal na adolescência e foi youtuber de “Minecraft” antes de botar seu gogó a serviço do hip hop.
Com a mesma voz rouca e cansada, anunciou pedidos de frango frito na Chicken Express, uma rede de fast food texana. “Eu só trabalhei lá porque queria juntar US$ 800 para comprar uns sapatos da Versace”, explicou.
Austin nasceu em Syracuse, no estado de Nova York, e passou a infância em Dallas. De lá, mudou-se para Los Angeles, onde viveu em uma casa de youtubers.
Mas de onde vem o nome Post Malone? A alcunha surgiu a partir de um gerador de nomes de rappers. Após criar seu apelido, juntou-se a produtores de Los Angeles e gravou “White Iverson”, lançada em 4 de fevereiro de 2015.
Post chamou atenção por dizer que era “a versão branca” de Allen Iverson, craque da NBA. Ganhou elogio de Wiz Khalifa e viralizou no SoundCloud. Foi com essa auto-homenagem que conseguiu dividir palcos e músicas com Justin Bieber (“Déjà Vu”) e Pharrel Williams (“Up There”).
Um rapper fã de rock
Joe Perry, Steven Tyler e Post Malone juntos no palco do VMA 2018
REUTERS/Lucas Jackson
Desde os tempos em que gastava seus dedos com “Guitar Hero 2”, Post manteve uma relação com o rock. O álbum “Hollywood’s Bleeding”, de 2019, tem um som indie rock eletrônico levemente pesado, participação de Ozzy Osbourne e alguns arranjos que remetem aos Strokes.
Há ainda uma pose de roqueiro que não se importa com aparências. “No Halloween, os fãs se vestem como eu. É fácil: é só se vestir como um mendigo”.
Bon Scott, do AC/DC, e Jim Morrison, do The Doors, são citados em “Rockstar”. Tommy Lee, do Mötley Crüe, é um dos compositores de “Over Now”.
Há também as covers roqueiras já tocadas por ele. O site TMZ divulgou vídeos de Post cantando Elvis, caindo de bêbado, em Nashville. Depois, foi visto tocando violão e berrando “Don’t look back in anger”, em clima de “Volta Oasis”. Em 2020, fez uma live tocando apenas Nirvana.
Hoje, em vez de “Guitar Hero”, prefere “Call of Duty”. Afinal, ele tem uma grande coleção de armas: guarda uma debaixo (!) de cada (!!) travesseiro de sua cama. São vários. Tem até uma “super fácil de usar”, para a namorada Ashlen, com quem mora desde antes da fama.
Quando a revista “Rolling Stone” visitou a casa dele, também encontrou pouco glamour: os quartos estavam cheios de latas de cervejas amassadas.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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Frank Fitz, do ‘Caçadores de Relíquias’, morre aos 58 anos

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‘O que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado’, escreveu seu colega de trabalho Mike Wolfe. Frank Fritz, de ‘Caçador de Relíquias’
Reprodução
Morreu aos 58 anos Frank Fritz, que ficou conhecido por apresentar o reality “Caçadores de Relíquias”. Ocorrida nesta segunda-feira (30), a morte foi confirmada por seu colega de trabalho Mike Wolfe, num post no Instagram. A causa não foi revelada.
“É com o coração partido que compartilho com todos vocês que Frank se foi na noite passada. Eu conheço Frank por mais da metade da minha vida e o que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado”, escreveu Wolf.
Frank Fritz morreu dois anos após sofrer um derrame. Ele é conhecido por ter apresentado “Caçadores de Relíquias” entre os anos de 2010 e 2020. No reality, o público acompanhava suas buscas por itens raríssimos.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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