Connect with us

Festas e Rodeios

Festas do Peão devem movimentar R$ 8 bilhões em 2022 e reunir mais público que o Campeonato Brasileiro de futebol

Published

on

Eventos pelo país investem na memória afetiva do público após dois anos de restrições impostas pela pandemia. Rodeios de Americana, Barretos e Jaguariúna impulsionam números. Fãs no Rodeio Internacional de Barretos
Ricardo Nasi / g1
O Brasil deve fechar o ano de 2022 com cerca de 900 festas do peão realizadas em todo o país. Esse montante deve reunir um público de aproximadamente 8,2 milhões de pessoas e movimentar cerca de R$ 8 bilhões, segundo dados preliminares da Confederação Nacional de Rodeios (Cnar), que reúne as principais ligas do país.
Como efeito de comparação, em 2019, último ano antes da pandemia da Covid-19, a Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol reuniu em 38 rodadas 8 milhões de torcedores, de acordo com levantamento do ge.
VEJA TAMBÉM
REI E RAINHA: quatro candidatos do concurso de rei e rainha são desclassificados
PARCERIA: conheça a história de mãe e filha compositoras que ‘assinam’ repertórios de artistas da festa
ESPECIAL: confira a página do Rodeio de Jaguariúna
“E ainda tem festas menores que acontecem pelo Brasil afora e não temos conhecimento”, completa José Alexandre Paiva, diretor executivo da Cnar.
Paiva também é diretor do Independente, grupo que organiza a Festa do Peão de Barretos, que chegou ao fim no último domingo. Neste ano, segundo dados organização, a movimentação financeira do “Barretão” foi de R$ 1,2 bilhão.
Para o executivo, o fato de as festas terem sido suspensas durante as restrições impostas pela pandemia fez com que o público ficasse ainda mais ansioso pelo retorno.
“O fato de termos ficado dois anos sem festas mexeu com as pessoas. Acho que não é exagero dizer que foi uma de nossas melhores festas [Barretos]. Acho que, ao final [do ano], teremos um dos maiores públicos do segmento, algo em volta de 8 milhões de pessoas, no que deve girar em ganhos por volta de R$ 8 bi. Não é exagero dizer que trata-se do mais popular segmento de festas do Brasil”, reforça Paiva.
Dificuldades
Mas nem tudo são flores no mundo dos rodeios em 2022. Apesar da expectativa de crescimento dos grandes eventos, incluindo o Jaguariúna Rodeo Festival, o último dos grandes rodeios e que ocorre entre os dias 16 e 24 de setembro (veja abaixo programação), muitas festas de pequeno porte não sobreviveram aos dois anos de pandemia.
“Geralmente o número total de festas do peão ficava por volta de 1,1 mil. Mesmo em festas grandes, como Barretos, Americana e Jaguariúna, está mais difícil achar profissionais especializados no segmento, já que muitos deixaram a profissão durante o tempo de distanciamento social, quando não podiam acontecer as festas, para se dedicarem a outras profissões”, informa o diretor.
Turismo
Se os pequenos rodeios sentiram a crise, eventos de médio porte ganharam alguns degraus de qualidade na grade de shows e espaço temático. Rodeios em cidades do norte do Paraná, Sul de Minas e Goiás fizeram grandes investimentos neste ano, buscando o patamar dos eventos de referência do estilo.
Esse investimento, inclusive, favorece para fortalecer outros setores da economia, destaca Marcos Abud Wonhrat, diretor de rodeio da Festa do Peão de Barretos e presidente da Liga Nacional de Rodeio (LNR).
“O rodeio brasileiro é responsável por fomentar tanto a economia ligada ao agronegócio – com os criadores de animais, e toda movimentação de negócios que envolve a prática em si, incluindo comércio bastante aquecido e valorizado dos animais – como a economia ligada ao turismo, ao comércio, prestação de serviços. Onde tem um evento de rodeio, tem movimentação financeira no entorno ativando esses setores.”
Festa do Peão movimenta indústria de souvenirs em Barretos, SP
Mulher é pedida em casamento no palco Arena da Festa do Peão de Barretos 2022
Hotel de luxo dentro do Parque do Peão de Barretos
Igor do Vale/g1
Cuidados com os animais
Em uma festa de primeira grandeza, chegam a passar pela arena até 200 animais, entre bois e cavalos, alguns valendo até R$ 500 mil, como o Reza a Lenda, touro considerado o mais temido entre peões.
“É uma operação de guerra que envolve criadores e veterinários”, alerta João Frizzo, diretor de rodeios da Festa do Peão de Americana.
A grande dificuldade atualmente, segundo os especialistas, é mapear os eventos que não cumprem regras de trato do gado e outras normas previstas pela Cnar, fundada em 2001 e responsável pelo estabelecimento de normas envolvendo atletas e animais.
“Hoje, o Brasil se profissionalizou muito no segmento de rodeio. Mas ainda estamos longe do ideal. Nos EUA, há muito mais essa noção e precisamos nos aproximar do nível deles”, encerra José Paiva.
Touro Reza a Lenda na Festa do Peão de Americana
Julio Cesar Costa/g1
Curiosidades dos rodeios no Brasil
Um estudo realizado pelo Instituto Prime Comm em 2019 mapeou as festas de rodeio em território brasileiro. O levantamento aponta a grande concentração dos eventos no estado de São Paulo. Um novo estudo deve ser divulgado em 2023.
Confira algumas curiosidades do estudo de três anos atrás:
O Brasil teve 919 rodeios em 2019;
20 estados tinham pelo menos uma Festa do Peão;
83,8% do total aconteciam nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo 53% só em São Paulo e Minas Gerais;
Das 645 cidades paulistas, 275 tinham rodeios.
Público no Rodeio de Jaguariúna 2021
Júlio César Costa/g1
Programação do Rodeio de Jaguariúna
16/09 – Sexta-feira
Hugo e Guilherme
Ana Castela
Pedro Sampaio
Wesley Safadão
Sevenn
17/09 – Sábado
Jorge e Mateus
Lauana Prado
Zé Neto e Cristiano
Dennis
23/09 – Sexta-feira
Henrique e Juliano
Menos é Mais
Ícaro e Gilmar
Alok
24/09 – Sábado
Gusttavo Lima
Gustavo Mioto
Vintage Culture
VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

Published

on

By

♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

Published

on

By

Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

Published

on

By

Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.