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João Gordo: 15 causos do maior causador do rock nacional, de rolê com grunges a briga com nazistas

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Vocalista do Ratos de Porão já viveu de tudo, mas nunca tinha tocado com sua banda no Rock in Rio, onde estreia nesta sexta-feira. Ele contou suas histórias ao podcast g1 ouviu; veja os cortes. João Gordo posa para foto antes de conceder entrevista ao g1
Luiz Franco/g1
João Gordo já viveu de tudo aos 58 anos de idade e mais de 40 de carreira. Ele enfrentou as cenas de punk e de metal e mudou a história do rock brasileiro. Depois, enfrentou Dado Dolabella e Marcelo Camelo e mudou a história da MTV Brasil.
Mas ele nunca tinha feito uma coisa até 2022: tocar no Rock in Rio com os Ratos de Porão. O grupo é mais antigo do que o festival, e surgiu em 1981, quatro anos antes de a Cidade do Rock ser montada pela primeira vez.
O cantor e apresentador falou ao podcast g1 ouviu, em edição ao vivo em áudio e vídeo. Assista aos cortes das melhores histórias a seguir e, mais abaixo, confira a íntegra.
“Preferem a gente morto que fazendo sucesso”
“Quem me atacou geralmente é fascista”
“Meu pai me reprimiu e eu caí no punk”
“Não puxava corrente porque era gordo”
“A cena punk era uma briga eterna”
“O Sepultura quase virou um Metallica”
Dave Grohl novinho: “Loiro e gente fina”
“Enchi a cara antes de entrar no Gugu”
“Joey Ramone era esquisitão”
“O Kurt Cobain queria morrer”
“Nos anos 90 todos piraram – eu também”
“A MTV tinha coisas sensacionais e horríveis”
“Neguei anúncio que hoje jamais negaria”
“Pior b* da minha vida é ser ligado com Dado Dolabella”
“Virei caminhaozão velho, meio zoado”
1 – “Preferem a gente morto que fazendo sucesso”
João Gordo: “Preferem a gente morto que fazendo sucesso”
Ele tenta explicar como o Rock in Rio nunca chamou sua banda até hoje. “Se o Ratos de Porão fosse argentino, nós tocaríamos em estádio para 30 mil pessoas”, ele diz.
2 – “Quem me atacou geralmente é fascista”
João Gordo: “Quem me atacou geralmente é fascista”
Ele fala sobre o novo álbum da banda, “Necropolítica”, com todas as letras sobre a pandemia, a reação negacionista do governo e contra a extrema-direita. Ele também descreve a recepção da parte conservadora do público de metal.
3 – “Meu pai me reprimiu e eu caí no punk”
João Gordo: “Meu pai me reprimiu e eu caí no punk”
Ele diz como foi crescer com um pai policial e “xarope”. “Em casa era como se fosse um quartel. Se ele falasse ‘faz’ e você não fizesse, apanhava ali, ele te jogava o que tinha na mão… Martelo, faca, prato, panela. Colocava cadeado na geladeira, coisas absurdas”
4 – “Não puxava corrente porque era gordo”
João Gordo: “Não puxava corrente porque era gordo”
Ele conta como era a cena punk nas ruas de São Paulo no começo dos anos 80. Diz que alguns cometiam pequenos delitos, mas ele não conseguia correr. Lembra que desde aquela época aprendeu a combater fascistas, nas brigas de rua com os punks nazistas.
5 – “A cena punk era uma briga eterna”
João Gordo: “A cena punk era uma briga eterna”
Ele explica a diferença entre as cenas do punk e do heavy metal no Brasil, conta como os Ratos de Porão foram se aproximando do segundo grupo e ficaram com a pecha de “traidores do movimento”.
6 – “O Sepultura quase virou um Metallica”
João Gordo: “O Sepultura quase virou um Metallica”
Ele lembra a relação com o Sepultura nos anos de formação, diz que a banda brasileira quase foi tão grande quanto o Metallica antes da saída de Max Cavalera, e diz que os Ratos viajaram muito, mas não conseguiram esse status por serem “punks loucos da periferia que não falavam inglês”.
7 – Dave Grohl novinho: ‘Loiro e gente fina”
João Gordo: Dave Grohl novinho: ‘Loiro e gente fina”
João Gordo conheceu o baterista um ano antes de entrar no Nirvana. Ele estava em Amsterdã, com sua banda anterior de hardcore, Scream, que tocou no mesmo lugar que os Ratos de Porão. Os dois jovens conversaram depois que notaram que tinham tatuagens do mesmo tatuador.
8 – “Enchi a cara antes de entrar no Gugu”
João Gordo: “Enchi a cara antes de entrar no Gugu”
Ele foi convencido a participar de programas de TV como da Angélica e do Gugu com os Ratos de Porão em 1991: “Eu enchi a cara antes de entrar no Gugu e entrei muito monga”.
9 – “Joey Ramone era esquisitão”
João Gordo: “Joey Ramone era estranhão”
Um dos raríssimos músicos que os Ramones deixaram subir no palco com eles em toda a carreira foi João Gordo. O guitarrista, Johnny, “era daquele jeito mais americano, mais cara fechada”, e o vocalista, Joey, era “esquisitão”, lembra João Gordo.
10 – “O Kurt Cobain queria morrer”
João Gordo: “O Kurt Cobain queria morrer”
Um caso clássico foi quando ele acompanhou Kurt Cobain e os outros músicos gringos do Hollywood Rock nos rolês do Brasil. Kurt “era um cara que pensava que estava ali toscamente – não queria estar ali. Ele estava de saco cheio desse sucesso todo e queria morrer, na verdade.”
11 – “Nos anos 90 todo mundo pirou – eu também”
João Gordo: “Nos anos 90 todo mundo pirou – eu também”
João Gordo lembra a época conturbada em que lançou “Carniceria Tropical” com o Ratos e entrou na MTV, na segunda metade dos anos 90. “Foi bem na época dos clubbers, do techno, que todo mundo pirou. Você pega o Metallica, os caras fizeram aquele disco horrível, ‘Reload’, cortaram cabelo, pintaram as unhas, passaram batom. Foi tudo efeito do techno, né?”
12 – “A MTV tinha coisas sensacionais e horríveis”
João Gordo: “MTV tinha coisas sensacionais e horríveis”
Ele diz que fez na emissora programas ótimos, como o “Gordo Visita”, e péssimos, como o “Fundão MTV”, em que interpretava um professor carrasco. “Se fosse ao ar hoje eu iria preso”.
13 – “Neguei anúncio que hoje jamais negaria”
João Gordo: “Neguei anúncio que hoje jamais negaria”
Ele lembra o pudor que tinha de fazer comerciais, e diz que negou uma campanha de R$ 180 mil para a Pepsi.
14 – “Pior b* da minha vida é ser ligado com Dado Dolabella”
João Gordo: “Pior b* da minha vida é ser atrelado ao dado”
Ele diz que pior coisa da vida dele é ter o nome atrelado a Dado Dolabella depois que os dois brigaram feio no ar na MTV em 1999. “Ele foi ali já para zoar, né?”
15 – “Virei caminhaozão velho, meio zoado”
João Gordo: “Virei caminhaozão velho, meio zoado”
Ele foi diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. “Eu tô meio zoado, cara. Na pandemia tive depressão, engordei quase 20kg, ficou difícil.” Ele diz que os shows ficaram mais difíceis, mas ela ainda consegue cantar uma hora “trincando”.
Ouça e veja na íntegra:

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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