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Festas e Rodeios

Macy Gray relembra hit ‘I try’: ‘Pensava que no máximo uns hippies iriam gostar de mim’

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Ao g1, cantora fala sobre controvérsias, paixão por Prince e relação com álcool: ‘Você envelhece e aprende seus limites’. Nos shows em SP e no Rock in Rio, ela diz que deixará fãs ‘suados’. É natural ter uma dose de apreensão antes de uma entrevista com Macy Gray. Nos anos 2000, ela ficou conhecida por usar óculos escuros e cochilar durante as conversas com jornalistas. “Mas pode ficar tranquilo que eu não vou dormir enquanto você fala comigo”, diz ela ao g1, rindo.
Desde 1999, quando estourou com a balada soul “I try”, Macy é uma das vozes mais originais do pop americano. Aos 54 anos, contabiliza 25 milhões de álbuns vendidos em uma carreira cheia de controvérsias. A mais recente foi em junho passado, quando disse que mulheres trans não deveriam ser chamadas de mulheres “só porque fizeram uma cirurgia”. Ela se desculpou depois.
Ao g1, a cantora explicou sua paixão por Prince e da dificuldade de fazer uma cover de uma das músicas preferidas do cantor. “Tentei cantar e foi um desastre”, relembra, rindo de novo.
Ela falou ainda da pressão após o sucesso de “I try”, com uma tentativa em vão de repetir um hit que chegou ao topo da parada nos Estados Unidos:
“Eu pensava que no máximo uns hippies iriam gostar de mim. Não esperava ser um sucesso.”
Macy é atração do Rock in Rio no dia 11 de setembro (veja a programação do segundo fim de semana do festival no vídeo abaixo). Antes, ela faz quatro shows no Blue Note, em São Paulo, às 20h e 22h30, no dia 9 de setembro e no dia 10.
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g1 – O que esperar dos shows no Rock in Rio e em São Paulo?
Macy Gray – Ah, eles vão ser incríveis. Em todos os meus shows, as pessoas ficam gritando e dançando. Todo mundo fica suado. Gosto de sair por aí, de fazer as pessoas felizes. Gosto de sair com as pessoas e fazê-las se sentirem melhor.
g1 – O que a parceria com a [banda] California Jet Club traz para a sua música?
Macy Gray – Esses caras são tipo uns nerds, sabe? Foi ótimo para mim, porque fui me forçado a pensar fora do que eu normalmente faço, que é o que eu queria. Eles mudam as coisas: acordes, arranjos. Eu realmente acho que são obcecados por coisas assim. Então, foi só uma maneira de ser mais profunda, musicalmente falando… Eu não sei se é realmente mais profundo, mas deixou tudo mais estimulante. Definitivamente, é uma vibe diferente e estou animada para que todos ouçam.
g1 – O que você faz para continuar cantando bem, o que tem que fazer para se manter em forma?
Macy Gray – Como qualquer outra coisa, quanto mais você faz, melhor você fica. Então, eu ando pela minha casa cantando músicas o dia todo, só para manter minha voz acordada. E eu tenho um treinador, que me ensina principalmente a não perder a voz. Além de tudo isso, tem o álcool, sabe? [Risos] Não sei. Eu tenho muita sorte, sou abençoada mesmo. Eu tenho ótimas cordas vocais, cordas vocais de uma supermulher, e elas nunca me decepcionaram.
Macy Gray canta no dia 11 de setembro no Rock in Rio
Divulgação
g1 – Quando soube que eu iria te entrevistar fiquei um pouco apreensivo, porque sei que você costumava usar óculos escuros e tirar uma soneca durante algumas entrevistas. E uma vez você disse em uma entrevista que você era uma vampira. Mas hoje você está de bom humor… você tem curtido mais dar entrevista?
Macy Gray – [Risos] Como você sabe disso? Não, não… foi realmente um acidente. Foi há muito tempo e eu estava na Alemanha, estávamos em turnê e eu estava em uma farra quatro dias seguidos. E então eu estava ali sentada em uma salinha, sabe? E daí este jornalista na minha frente. Eu estava usando óculos escuros e ele ficava me fazendo perguntas. Eu acabei cochilando, mas não fiz isso de propósito, nada disso, e ele continuou fazendo perguntas. Claro, eu estava apenas sentada lá com meus óculos de sol.
Então, acabou se espalhando essa história de que eu era uma pessoa misteriosa e que normalmente não conversava direito com pessoas comuns. Pareceu que fosse algo profundo e, na verdade, eu estava só com sono. Eu não queria dormir. Mas pode ficar tranquilo que eu não vou dormir enquanto você fala comigo. [Risos]
g1 – Ah, que bom… [Risos] Eu adorei sua versão de ‘I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever)’, é uma música tão linda. Como você escolhe o que vai regravar?
Macy Gray – Principalmente pelas letras. Eu olho para as letras e se eu posso sentir uma emoção por meio delas, se eu posso colocar meu coração no que as letras estão dizendo, se eu posso me relacionar com elas, aí eu gravo.
g1 – Mas você já tentou cantar uma música que você se identificava, mas de alguma forma ela não funcionou com a sua voz?
Macy Gray – Claro! Ontem à noite, eu fiz um show em Los Angeles. Tem este evento, chama-se “Black Movie Night”, no Hollywood Bowl. São tipo 10 mil pessoas e eles passam filmes em um telão, ao som de uma orquestra. E eles têm convidado artistas como eu para cantar. Então, cantamos as músicas de uma trilha sonora, enquanto eles mostram os clipes. É uma noite extraordinária. Então, eles estavam tocando o disco “Purple Rain” e queriam que eu cantasse “Let’s Go Crazy”. Tentei cantar e foi um desastre. [Risos] Então, acabei cantando “Take Me with U”, mas foi muito estressante tentar fazer um cover de Prince, porque acho que as pessoas já fizeram isso. Mas é realmente difícil pegar o que ele fez e tentar fazer soar melhor. Isso é meio maluquice.
g1 – ‘Nothing compares… to Prince’.
Macy Gray – Não mesmo, de jeito nenhum…
Macy Gray ficou conhecida a partir de 1999 com o hit ‘I try’
Divulgação
g1 – Falando do começo da sua carreira… Como foi a pressão para lançar uma música parecida com ‘I try’? Como você conseguiu escapar dessa pressão e continuar fazendo o que quisesse?
Macy Gray – Bom, quando eu estava começando, eu sempre me considerei uma artista underground. Eu pensei que teria um pouco de fama e faria bons discos que seriam comprados por pessoas da comunidade artística, pessoas como eu. Eu pensava que no máximo uns hippies iriam gostar de mim. Não esperava ser um sucesso e ser conhecida em todo o mundo.
Então, sim, meio que mudou para onde eu deveria ir, o que eu deveria fazer. Senti que tinha que continuar repetindo isso. Mas depois entendi que aquilo não era tão natural para mim. Não era isso que eu pensava que ia ser, o que me propunha a fazer. Eu meio que me redescobri, aceitei o motivo pelo qual estou aqui. Hoje, eu apenas faço minha música. Eu apenas faço as melhores músicas que posso fazer, e tenho sorte que as pessoas ainda ouvem minhas coisas, sabe?
g1 – Eu me lembro de ser um jovem fã de música pop no começo dos anos 2000, quando ouvi sua voz pela primeira vez, cantando “I try”. Eu queria ouvir outras das suas músicas, ler mais notícias sobre sua carreira, mas eu só encontrava notícias polêmicas sobre você e sua vida pessoal. Como você se concentrou na música e não na fama, no dinheiro e em tudo o que isso pode trazer?
Macy Gray – Ah, isso é impossível. Uma vez que você tenha um nome estabelecido, você não pode simplesmente desaparecer ou ignorar a fama, porque as pessoas não se esquecem de você e não esquecem o que você diz e o que você faz. É assim mesmo e você não quer que os outros se esqueçam das suas músicas também. Então, não entendo essas pessoas que dizem “oh, eu realmente não me preocupo com minha fama”. Eles são tão cheios de merda, porque você não pode só sair andando por aí. O melhor é usar toda essa projeção e tentar ajudar as pessoas. Você deve usar essa atenção que dão para você como uma plataforma, tentar tornar o mundo um lugar melhor.
g1 – E você tem algum arrependimento?
Macy Gray – Um zilhão. Mas você está falando de que tipo de arrependimento?
g1 – Algum arrependimento relacionado ao que você fez na carreira, como cantora, como uma pessoa pública…
Macy Gray – Sim, há algumas decisões que eu gostaria de ter tomado que seriam diferentes, é claro. Há coisas que você diz, coisas que você gostaria de poder voltar atrás, mas você não pode. Então, quer dizer, todos nós temos coisas que gostaríamos de ter feito de forma diferente, mas por que se arrepender delas? Arrependimento é perda de tempo, porque não há nada que você possa fazer sobre isso. Eu posso chegar para você e dizer “Olha, você tem um pé grande” e depois eu diria “me desculpa”. Mas você nunca vai esquecer o que eu disse. Então, você meio que tem que cometer erros e tentar ser inteligente o suficiente para aprender com eles e fazer melhor da próxima vez.
g1 – E falando de novo sobre o Prince… Você se lembra da primeira vez que ouviu? E como se sente para você?
Macy Gray – Sim, ele provavelmente é minha influência número um. Eu me lembro bem da primeira vez que ouvi. O primeiro disco que comprei com meu próprio dinheiro foi “Purple Rain” e o primeiro show que fui, que meus pais não me levaram, foi um do Prince. E eu pude encontrá-lo bem depois e conversei com ele por duas ou três horas. Ele é uma grande influência na minha carreira, com certeza.
g1 – Você me disse que gosta de beber quando está cantando. Como a bebida pode te ajudar a entrar no clima sem atrapalhar sua performance?
Macy Gray – Ah, isso tem a ver com envelhecer. Você envelhece e aprende seus limites. Antes de subir no palco, eu tenho de limpar a minha cabeça. Eu tenho que estar em outro planeta e ficar falando comigo mesma. Eu tenho que me olhar no espelho por uns 20 minutos. Para fazer tudo isso, claro que uma dose de álcool ajuda bastante. Mas cada pessoa é diferente uma da outra e todo mundo tem seu jeito de ter força para subir no palco, quando todo mundo está olhando para você esperando que você dê a eles o que eles vieram buscar.

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Lucca é o vencedor da primeira edição do ‘Estrela da Casa’; saiba quem é o sertanejo

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Cantor levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X. Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Lucca é o vencedor da primeira edição do Estrela da Casa. O goiano de 26 anos levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X.
Com a vitória, Lucca faturou R$ 1 milhão, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de sua carreira e uma turnê pelo país.
Na grande final, Lucca cantou os hits “Quando a Bad Bater”, de Luan Santana, e “Erro Gostoso”, de Simone Mendes.
Após a vitória, ele repetiu a música “Cuida Bem Dela”, que deu a ele o título de Hitmaker na primeira semana do reality.
“Estou muito feliz, me faltam palavras. Mas na verdade a palavra é gratidão. Sonhe, que é possível”, comemorou Lucca.
Quem é Lucca?
Aos 26 anos, Lucca é cantor e compositor de música sertaneja. Inspirado musicalmente pelo pai e o avô, conta que começou a cantar na adolescência:
“Gravei uns vídeos, postei na internet e a galera gostou. Fiquei conhecido na minha escola. Comecei a compor, aprendi a tocar violão e me apaixonei pela música.”
Ele já foi a primeira voz de uma dupla com o irmão mais velho, Juann, com o qual lançou um DVD de músicas autorais. A dupla foi formada em 2013 e chegou a dividir o palco com Wesley Safadão.
O goiano se considera uma pessoa tranquila, de fácil convivência, amoroso, sincero e piadista. Ele namora há três anos a a modelo Isabella Venâncio.
Antes de entrar no programa, Lucca afirmou que achava que o seu jeito perfeccionista poderia atrapalhar um pouco a convivência no programa e disse ser uma pessoa que não consegue disfarçar quando pega ranço de alguém.
Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Semana Pop: cantores que surgiram em reality shows musicais e talvez você não saiba

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Daniel Day-Lewis sai da aposentadoria para atuar em filme dirigido por seu filho

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Ator volta para ‘Anemone’, filme que escreveu ao lado de seu filho Ronan. O último papel dele foi em ‘Trama Fantasma’, de 2017, quando Daniel anunciou que estava parando de atuar. Daniel Day-Lewis em 2023.
Evan Agostini/Invision/AP
Daniel Day-Lewis está saindo da aposentadoria, sete anos após seu último papel, para um filme dirigido por seu filho Ronan Day-Lewis.
O projeto foi anunciado na terça-feira (1º) pela Focus Features e Plan B, que estão em parceria em “Anemone”. O filme, a estreia de Ronan Day-Lewis na direção, será estrelado por seu pai junto com Sean Bean e Samantha Morton. O filme foi coescrito pelos dois Day-Lewis, pai e filho.
Na terça-feira anterior, Daniel Day-Lewis e Bean foram vistos dirigindo uma motocicleta por Manchester, Inglaterra, alimentando a especulação sobre seu iminente retorno à atuação. Depois de fazer o filme de Paul Thomas Anderson de 2017, “Phantom Thread”, o ator de 67 anos disse que estava parando de atuar.
“Durante toda a minha vida, eu falei sobre como eu deveria parar de atuar, e não sei por que foi diferente dessa vez, mas o impulso de parar criou raízes em mim, e isso se tornou uma compulsão”, ele disse à W Magazine em 2017. “Era algo que eu tinha que fazer.”
Desde então, suas aparições em público têm sido pouco frequentes. Em janeiro, porém, ele fez uma aparição surpresa no National Board of Review Awards para entregar um prêmio a Martin Scorsese, que o dirigiu em “Gangs of New York” (2002) e “The Age of Innocence” (1993).
“Anemone”, atualmente em produção, é descrito como uma exploração dos “relacionamentos intrincados entre pais, filhos e irmãos, e a dinâmica dos laços familiares.”
Lena Christakis, Ronan Day-Lewis, Daniel Day-Lewis e a mulher Rebecca Miller.
Evan Agostini/Invision/AP
Ronan Day-Lewis, 26, é um pintor que já expôs suas obras em Nova York. Sua primeira exposição solo internacional estreia terça-feira em Hong Kong.
“Não poderíamos estar mais animados em fazer parceria com um artista visual brilhante como Ronan Day-Lewis em seu primeiro longa-metragem, ao lado de Daniel Day-Lewis como seu colaborador criativo”, disse Peter Kujawski, presidente da Focus Features. “Eles escreveram um roteiro realmente excepcional, e estamos ansiosos para levar sua visão compartilhada ao público junto com a equipe da Plan B.”
Daniel Day-Lewis diz que deve se dedicar à família com aposentadoria: ‘Precisam de mim’

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Marcos Sacramento vai de samba do Salgueiro a standard venezuelano no arco de álbum que sai em novembro

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No disco, o cantor e compositor fluminense celebra o duo queer Les Étoiles com gravação de música da parceria de Baden Powell e Paulo César Pinheiro. ♫ NOTÍCIA
♪ Dois anos após disco inteiramente autoral, Caminho para o samba (2022), Marcos Sacramento deixa pulsar a veia do intérprete em cinco das 11 músicas do 18º álbum do artista, Arco, previsto para ser lançado em 1º de novembro.
Em Arco, disco gravado por Sacramento com produção musical de Elisio Freitas sob direção artística de Phil Baptiste, o cantor e compositor fluminense, nascido há 64 anos em Niterói (RJ), vai de samba-enredo da escola carioca Salgueiro – Xangô (Dema Chagas, Francisco Aquino, Fred Camacho, Getúlio Coelho, Guinga do Salgueiro, Leonardo Gallo, Marcelo Mota, Renato Galante, Ricardo Fernandes e Vanderlei Sena), apresentado pela agremiação no Carnaval de 2019 – a um standard do cancioneiro venezuelano, Tonada de luna llena (Simón Díaz, 1973), tema reavivado por Caetano Veloso há 30 anos no álbum Fina estampa (1994).
Entre as regravações, há ainda Voltei (1986), samba de Baden Powell (1937 – 2000) e Paulo César Pinheiro apresentado em gravação da cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) no álbum Luz e esplendor (1986).
Contudo, a gravação que norteou Marcos Sacramento na abordagem de Voltei no álbum Arco é a feita pelo duo queer Les Étoiles, criado pelos cantores brasileiros Luiz Antônio e Rolando Faria em 1974, em Barcelona, na Espanha.
Formado por dois negros LGBTQIA+ que se apresentavam maquiados, com figurinos e trejeitos femininos, o duo fez sucesso na Europa (sobretudo na França) nas décadas de 1970 e 1980.
“Minha gravação é um tributo a esses dois artistas e às suas interpretações / performances cheias de suingue, que fizeram os europeus rebolarem sem cerimônia. Les Étoiles é uma enorme referência para mim, na música e na vida”, ressalta Marcos Sacramento, justificando a escolha existencial e política da gravação de Voltei para ser o single que anuncia o álbum Arco amanhã, 3 de outubro.
Dentro da esfera autoral, Sacramento apresenta seis músicas no disco Arco, compostas em parceria e/ou sozinho, casos de Para Frido e da composição-título Arco.
O 18º álbum de Marcos Sacramento tem o toque de músicos como Domenico Lancellotti (bateria eletrônica), Ivo Senra (sintetizador) e Luiz Flavio Alcofra (parceiro habitual do artista, no violão), além de trazer o produtor Elisio Freitas no baixo e na guitarra.

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