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Tragédia no set de filme com Alec Baldwin lança luz sobre frenesi pós-covid em Hollywood

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Diretora de fotografia Halyna Hutchins morreu após ser baleada pelo ator e produtor na quinta (21). Especialistas falam da pressão nos bastidores da indústria. Halyna Hutchins: quem era diretora morta por Alec Baldwin em set
O aumento da demanda por novos conteúdos gerou enorme pressão em alguns sets de filmagem para economizar custos e concluir projetos. Depois da tragédia do western “Rust”, especialistas refletem sobre as condições da indústria de Hollywood no pós-pandemia.
No dia em que Alec Baldwin matou acidentalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos, durante um ensaio, a produção enfrentava problemas devido a uma equipe de câmeras que deixou o set em protesto por melhores condições de trabalho.
Vários produtores que trabalhavam no filme com orçamento de menos de 7 milhões de dólares – considerado baixo para um filme de ação – também tinham pouca experiência.
Ator Alec Baldwin e a diretora de fotografia Halyna Hutchins
Sonia Recchia/Getty Images/AFP; Angela Weiss/AFP
Sem o apoio de um estúdio grande, “Rust” era financiado por um pequeno grupo de empresas e a expectativa era vender o filme para uma plataforma de streaming, segundo o jornal Wall Street Journal.
Esta é a nova realidade de Hollywood, onde a demanda insaciável por conteúdo novo para alimentar as plataformas de streaming em expansão gerou condições de filmagem precipitadas, segundo os especialistas.
LEIA MAIS: Polícia encontrou projétil de chumbo que pode ter sido disparado pela arma usada por Alec Baldwin
“Há muita pressão para concretizar os projetos e depois da Covid parece haver inclusive mais pressão porque as pessoas estão tentando lançar seus filmes, têm prazos a cumprir”, diz Joyce Gilliard, uma figurinista que sobreviveu por pouco a uma das mais conhecidas tragédias de Hollywood.
Arma usada por Alec Baldwin estava com bala real de chumbo, diz polícia
Gilliard quebrou o braço quando um trem atropelou uma equipe de produção durante as filmagens de “Midnight Rider” em 2014, matando uma cinegrafista. A tragédia de “Rust” trouxe de volta o “enorme estresse pós-traumático”, disse em entrevista à AFP.
“Se as produções e os estúdios não pensam em segurança, isto se espalha para o resto do pessoal”, acrescentou. “Começa de cima”.
Os produtores de “Rust” não responderam aos vários pedidos da AFP para comentar o tema.
Enquanto avança a investigação sobre o ocorrido no Rancho Bonanza Creek, no Novo México, onde o filme era rodado, especialistas alertam que é impossível estabelecer uma reação direta entre a redução de custos e a negligência.
ALEC BALDWIN: Os bastidores do disparo que matou diretora de fotografia em set
ENTENDA: O que é e como funciona arma cenográfica com ‘bala de festim’
Mas Gregory Keating, professor de direito da Universidade do Sul da Califórnia, afirma que “as armas são usadas como cenografia nos sets há mais de 100 anos” e que se os protocolos estabelecidos fossem seguidos, basicamente seria impossível que alguém fosse morto por uma bala em um set.
“O erro é sempre não tomar as precauções que deveriam ser tomadas. E o contexto aqui é que a redução de custos parece algo relevante neste ponto”, disse.
“É mais caro fazer as coisas do jeito certo”.
Em coletiva de imprensa na quarta-feira, o xerife de Santa Fe, Adan Mendoza, disse que, na sua opinião, “houve certa complacência no set”.
“Acho que há coisas que devem ser tratadas pela indústria do cinema e possivelmente pelo estado”, afirmou.
‘Frenesi’
O disparo aconteceu no set do filme de faroeste ‘Rust’, no Novo México
Reuters
As contratações em “Rust” estão em análise depois que se revelou que o armeiro Neal W. Zoromski, com décadas de experiência em Hollywood, rejeitou uma oferta de trabalho no filme por identificar “enormes sinais de preocupação” na negociação com os produtores.
Zoromski contou ao jornal Los Angeles Times que os produtores rejeitaram seu pedido para ter uma equipe de duas pessoas: um assistente e um encarregado de armas. Para os produtores, uma única pessoa devia ser encarregada dos dois trabalhos.
“Nunca se deve ter um assistente fazendo as funções de um encarregado de armas. São dois trabalhos demandantes”, afirmou em entrevista ao jornal.
Uma equipe de câmeras se retirou do set na manhã da quinta-feira, no mesmo dia em que ocorreu o incidente fatal, e foi substituído por contratados de última hora que não pertenciam a nenhum sindicato.
HALYNA HUTCHINS: Quem era diretora de fotografia morta durante filmagem de ‘Rust’
BRANDON LEE E OUTROS: Conheça casos de pessoas que morreram durante gravações
Os sindicatos têm um papel crucial em exigir o cumprimento das normas para proteger seus membros, explicou Keating.
“Se o encarregado de armas é um funcionário vinculado a um sindicato e não pode ser demitido, esta pessoa está em melhor posição para dizer ‘não há forma de nos comportarmos assim, não se atreva a fazer isso…'”, comentou Keating.
A armeira de “Rust” era Hannah Gutierrez Reed, de 24 anos. Filha de um veterano no setor, Gutierrez Reed só havia trabalhado em um filme antes deste filme de faroeste. Ela também não respondeu aos pedidos da AFP para comentar.
Um encarregado de eletricidade, que pediu para não ser identificado, disse à AFP que desde que as produções voltaram aos sets depois dos confinamentos da pandemia, tem sido mais difícil do que nunca contratar gente.
“Tem esse frenesi, essa demanda por conteúdo para compensar o tempo perdido”, disse. “Acho que o que impera é a mentalidade de ‘só termine, termine, termine'”.
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Kiss in Rio: solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquera olho no olho; ‘Beijei 6 em 2 dias’

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Clima de azaração não se restringe à idade: idoso de 80 anos diz que também está no jogo. Solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquerar olho a olho
Em tempos de aplicativos de relacionamento, o Rock in Rio é um bom palco para quem é old school. Na Cidade do Rock, o flerte e a paquera são à moda antiga: olho no olho, papo no pé do ouvido, um beijo e troca de contatos.
Em um giro na Cidade do Rock, o g1 conversou com solteiros, que juram que o terreno é fértil para quem estiver livre e interessado e tiver “talento” (veja no vídeo acima).
“Eu acho que está mais preso aos casais. A pegação tá mais isolada. Mas, para pegar alguém, necessita de talento”, brinca um jovem.
Aliás, até a definição de “livre” é relativa. Um casal de militares contou que, ainda que comprometido há 4 anos, ambos são bem resolvidos e não rola ciúme se um ou outro se interessar por alguém na festa.
“No Rock in Rio sempre dá pra beijar na boca. Só não beija quem não quer”, explica um dos pares.
Enquanto isso, para provar que o amor (ou a solteirice) não tem idade, um senhor de 80 anos brinca que as décadas de experiência não paralisam ninguém, só trazem mais sabedoria.
“O Rock in Rio é para pegação, né? Com 80 anos, ainda estou com disposição”, brinca o homem.
Um jovem faz uma leve crítica aos aplicativos de relacionamento.
“Eu sou um pouco mais arcaico. Essa galera do aplicativo aí é complicada. Eu sou mais da piscada, da chegada. Não uso muito o aplicativo, não. Mas a gente vai se virando aqui”, explica.
“A gente tem até três horas da manhã para conseguir salvar o negócio”, completa.
Um jovem que já está curtindo o festival desde a semana passada relata que em dois dias de evento beijou seis pessoas diferentes – mas que nesta quinta (19), ainda não fez seu gol.
“Eu beijei seis em dois dias de Rock in Rio. E hoje é um novo dia, eu quero beijar mais”, declara.

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‘Quase uma árvore de Natal!’ Milton Cunha abre o armário, vai na Saara e mostra como ter uma ‘noite iluminada’ no Rock in Rio

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Apresentador vasculhou o guarda-roupa e juntou com compras no comércio popular no Centro. ‘O que é tão ou mais divertido que a festa? Escolher a roupa, o modelito, lookinho.’ Milton Cunha abre o armário e mostra como ter uma ‘noite iluminada’ no Rock in Rio
Acostumado a brilhar no carnaval, o apresentador Milton Cunha mostrou que também é possível ter uma noite iluminada no Rock in Rio. No quadro “Rock in Milton é babado!”, ele abriu seu armário para o g1 e deu dicas de como causar na Cidade do Rock (veja no vídeo acima).
“O que é tão ou mais divertido que a festa? Escolher a roupa, o modelito, lookinho! Abre armário, puxa tudo e tenta montar o look”, diz Milton.
ROCK IN MILTON É BABADO!:
Milton Cunha desbrava a Cidade do Rock e encontra até grupo de ‘gladiadores’
Milton Cunha testa a montanha-russa do Rock in Rio: ‘Já nasci doido sem rodar nisso, imagina o alucinado que eu vou ficar?’
Milton Cunha acompanha passagem de som de artistas
Em seu apartamento, Milton teve dificuldade de escolher, em meio a um guarda-roupa com tantas cores, um terninho preto — modelito mais rock n’ roll! Mas encontrou o ideal: claro, cheio de pedras brilhantes.
“Eu quero brilho, quero luz!”
Milton trocou a calça do terno por um shortinho “todo de renda esburacado, bem fresquinho”. Vestiu uma camisa oficial Rock in Rio 40 anos, com um boot preto e um colar “para segurar as luzes”.
Na Saara, tradicional comércio popular no Centro do Rio, com R$ 350 comprou pequenas lâmpadas, pilha e procurou por uma meião de futebol listrado “se possível de cores cítricas”. Acabou optando por uma meia arrastão: “Achei [o meião] masculino demais”, brincou.
Por fim, vestiu o modelito, todo iluminado e foi para a Cidade do Rock onde gravou o quadro para o RJ1.
“Praticamente uma árvore de Natal! Baratíssimo, meu condomínio todo atrasado e eu vou ganhar o meu salário!”
Milton Cunha iluminado na sala de imprensa da Cidade do Rock
g1 Rio

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Rock In Rio: Unindo tecno ao carimbó, Gang do Eletro e Suraras do Tapajós prometem agitar festival

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As atrações paraenses se apresentam no próximo sábado, dia 21 de setembro, no espaço Global Village Gang do Eletro e Suraras do Tapajós se apresentam no Rock In Rio 2024
Reprodução/Redes Sociais
Uma apresentação inédita de ritmos da periferia paraense está prestes a fazer história no Rock in Rio 2024. No próximo sábado (21), a Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós se unirão para agitar o espaço Global Village, oferecendo ao público uma mistura entre as sonoridades do eletromelody e as tradições rítmicas da região amazônica.
O espetáculo foi criado especialmente para o festival, com o objetivo de ressaltar a importância de preservar e valorizar as culturas indígenas e periféricas, além de refletir sobre como as raízes culturais influenciam as inovações do futuro.
Gang do Eletro faz sua estreia em um dos maiores festivais de música do mundo
Gang do Eletro
Tatiana Laiun
Em entrevista ao g1 Pará, Keila Gentil, a voz da feminina da Gang do Eletro, compartilhou as expectativas e deu um spoiler de como será a apresentação no Rock in Rio.
De acordo com artista, que possui mais de 20 anos de trabalho musical no Pará, sendo mais de 15 deles só na Gang do Eletro, revelou que essa oportunidade é a realização de um sonho não só deles, mas de vários artistas paraenses.
“Estamos muito felizes por se tratar de uma realização nossa ir lá representar o nosso estado, a nossa cultura, coisa que muitos artistas paraenses gostariam de estar realizando junto com a gente”.
Keila, que é reconhecida por dar voz a obras que contemplam as batidas contagiantes do tecnomelody, que mistura música eletrônica com gêneros regionais, como o brega, o calypso e o carimbó, conta que levar a cultura musical paraense para os palcos do Rock in Rio é uma excelente oportunidade de dar ainda mais visibilidade ao povo paraense.
“Levar essa representação para o palco, o Tecnobrega, a música raiz das aparelhagens, das equipes é incrível e esse é o tema principal do nosso show, junto com as Suraras do Tapajós, que vão levar o carimbó. Isso é não só importante, como uma grande oportunidade de levar a nossa música”.
Apesar de ser a primeira apresentação no RIR, grupo tem carreira nacional e internacional já construída
A artista conta que, apesar de ser a primeira apresentação do grupo nos palcos do Rock in Rio, a Gang do Eletro tem uma carreira sendo construída no mercado nacional e internacional, e relembra alguns dos principais eventos que marcaram o grupo.
“A Gangue do Electro tem história, tem legado. No Brasil, no início, quando a gente ainda estava caminhando por aí, o Tecnobrega não era conhecido, então a gente levou o ritmo, o Electromelody, melhor dizendo, para grandes programas de TV, para novelas das principais redes de televisão do país, além de prêmios, como o do Multishow,. Cantamos também na abertura dos Jogos Olímpicos, então muita coisa grande já foi, muita semente já foi plantada”.
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Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
O Liberal / Cristino Martins
Keila afirma que está na expectativa dessa parceria com o grupo de carimbó Suraras do Tapajós, uma vez que trata-se de uma união que reflete o que mais tem de bonito na cultura do Pará.
“As músicas do Gang já estão no dia a dia aqui das aparelhagens do Pará e tem muitas que estão tocando por aí pelo país. A gente espera encontrar um público bom lá e, claro, encontrar o povo do Pará por lá. Então, por mais que tenha uma galera que não saiba, que não conheça e que esteja assistindo pela primeira vez, a gente espera que a nossa galera ajude a puxar o bonde do povo para dançar, para agitar, para endoidar, como a gente fala”.
Grupo de Carimbó Suraras do Tapajós garante a ancestralidade da cultura paraense
Grupo Suraras do Tapajós
divulgação
Considerado o primeiro grupo de carimbó do Oeste do Pará e o único do Brasil composto apenas por mulheres, o Suraras do Tapajós é um grupo musical que tem como objetivo dar voz à cultura dos povos do Baixo Tapajós, no Pará.
Karol Pedrosa, uma das artistas do grupo, conta é uma grande responsabilidade levar aos palcos do Rock in Rio a cultura ancestral amazônica, que retratam a rotina e as histórias dos povos tradicionais.
“Estamos com as melhores expectativas e preparadíssimas para subir no palco do Rock in Rio pela primeira vez. Levamos conosco um pouco de tudo da nossa região amazônica e dividir o palco com a Gang do Eletro, além de um grande desafio ao unir a música ancestral com o ritmo que vem das periferias, será um grande prazer fazer essa conexão do carimbó com o tecno. Um momento único! Um momento histórico!”.
A cantora destaca que o Suraras é um dos poucos grupos que fazem parte das atrações do festival que representam a região amazônica e que, com isso, cabe à elas representar outros artistas do Norte.
“Estamos muito felizes em poder levar nossas vozes, nosso tocar, nossa arte, cultura e tradição como mulheres indígenas, dos beiradões, e das periferias. Vamos aldear o Rock in Rio com a força dos nossos ancestrais e dos nossos encantados”.
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