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Santana prometeu nunca mais usar tantos alucinógenos após Woodstock: ‘Claro que não cumpri’

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Guitarrista confundiu guitarra com cobra, rezou para não desafinar e prometeu nunca mais tocar daquele jeito (mas tocou). Ele repassa carreira e fala de novo álbum ao podcast g1 ouviu; ouça. Santana
Divulgação / Jay Blakesberg
“Blessings and miracles” (bençãos e milagres) é um bom título para o 26º álbum de Carlos Santana. O guitarrista mexicano sempre trombou com o sucesso das formas mais improváveis, do histórico show em Woodstock em 1969 ao fenômeno comercial de “Supernatural” trinta anos depois.
Aos 74 anos, ele é craque em vários movimentos valorizados pelos novinhos: as melodias latinas na indústria americana, o fascínio pelas batidas africanas, a versatilidade para os “feats” do metal ao country e a lisergia na vida e na arte. Santana é um “jovem místico” de raiz.
Ele conta ao podcast g1 ouviu que tomou tantos alucinógenos em Woodstock que confundiu sua guitarra com uma cobra – mas não teve medo. O rei dos “feats” também explica o novo disco feito via Zoom de sua casa em Las Vegas, com parceiros como Rob Thomas, do megahit “Smooth”.
Ouça o podcast abaixo e leia a entrevista a seguir:
g1 – Por que você mora em Las Vegas e como é a sua rotina aí?
Santana – Eu leio muitos livros que ajudam a cristalizar a minha existência para me tornar uma pessoa melhor e mais consistente espiritualmente. E eu nado em uma piscina que chamo de “piscina da gratidão”. Eu me lembro que é lindo apenas ficar boiando.
É como os solos de guitarra que eu faço. Nos melhores solos, você para de sentir o tempo e a gravidade. É aí você sabe que vai ser bom, porque você não está mais pensando. É engraçado, porque é assim quando as pessoas estão nadando: se você ficar pensando e tiver medo, você afunda. Se você só nada com alegria, você boia. É incrível.
g1 – Você é muito conhecido por suas parcerias. Como foi fazer esses encontros à distância para o novo disco? Qual é a diferença?
Santana – Você tem que usar a imaginação com muito mais intensidade. Tem que ter uma concentração precisa como raio laser. Tive que fechar os olhos e imaginar o Rob Thomas [do Matchbox Twenty, parceiro de Santana em “Smooth”, maior hit do fenômeno “Supernatural”, álbum de 1999] ou a Ally Brooke [ex-Fifth Harmony] do meu lado.
O único que eu consegui encontrar fisicamente foi o Kirk Hammett [guitarrista do Metallica]. Mas o Mark Osegueda [vocalista do Death Angel, que gravou na mesma faixa, “America for sale”] foi à distância mesmo, como todos os outros.
g1 – E como foi essa parceria com o Kirk? Ele tem um estilo bem diferente do seu. Como foi o encontro?
Santana – Mas a base do Kirk é igual à minha. Ele ouve blues: Peter Green, Albert King, Freddie King, Steve Ray (Vaughan). Claro que o Metallica combina isso com outras coisas, assim como o Santana. Eles colocam outros ingredientes e elementos, mas acho que a base é a mesma.
Quando você ouve Paganini, ou Joe Satriani, ou Steve Vai, ou Yngwie Malmsteen, Eddie Van Hallen, eles têm esse estilo de tocar. Mas a base para mim, o que eu amo, é o groove. Bandas tipo AC/DC, Led Zeppelin, Cream e Jimi Hendrix. Tem umas pessoas que tocam muito rápido, para cima e pra baixo, mas que você tem que ir devagar também, para um lado e pro outro.
g1 – O que uma pessoa da geração atual, como a Ally Brooke, tem a aprender com a sua geração, aquela de San Francisco do final dos anos 60?
Santana – Eles têm que aprender sobre John Lee Hooker, The Doors, John Coltrane. E aí podem descobrir o Grateful Dead, o Fleetwood Mac do início, James Brown, Miles Daves, a Motown…
E aí você pode conferir os Beatles, saber que eles descobriram o Ravi Shankar. Você sempre pode aprender com as bandas populares. Os Beatles mudaram completamente quando eles ouviram o Bob Dylan pela primeira vez. Viraram outros Beatles. Não era mais uma boy band, eram escritores. Eles ficaram mais como o Bob Dylan, porque o ele é o compositor supremo.
g1 – E quem foi o seu Bob Dylan? Quem foi o cara que você ouviu e depois disso você não foi mais o mesmo?
Santana – O Gábor Szabó, um húngaro de origem cigana. Foi ele quem me tirou do campo do BB King. Eu estava curtindo muito BB King, Tito Puente, Albert King, Freddie King, Buddy Guy. E foi o Gábor Szabó que me entender a música cigana e depois chegar a coisas como Django Reinhardt, Paco de Lucia e Manitas de Plata.
g1 – Tem uma história que você contou na sua biografia e viralizou nas redes sociais recentemente: você pensou que sua guitarra em Woodstock era uma cobra. Como era essa cobra?
Santana – A guitarra se comportava como uma cobra elétrica. Então eu ficava fazendo aquelas caras feias, porque eu estava tentando fazer a guitarra ficar parada. E o resultado foi fantástico.
g1 – Mas você não teve medo?
Santana – Não, não tive. Eu disse para mim mesmo: não fique com medo na frente de cem mil pessoas. Mesmo que você esteja no auge da onda de ayahuasca, mescalina e peiote. Muita gente não conseguiria nem trocar um pneu ou fazer nada. Mas eu fiz o que minha mãe ensinou: confie em Deus que tudo vai dar certo.
Então eu pedi a Deus para, por favor, não me deixar perder o tom nem o tempo. Eu confiei que Deus e a memória dos meus músculos me ajudassem a passar por essa situação. E eu prometi que nunca mais faria isso. É claro que não cumpri essa promessa.
g1 – E esse momento acabou definindo sua carreira.
Santana – Sim, esse momento me ajudou. Na verdade, me ajudou a não prestar atenção nas pessoas ou em nada que não seja respirar fundo e deixar tudo fluir em você.
g1 – É impressionante que você tenha aprendido isso em Woodstock, um lugar com as condições longe das ideais.
Santana – Sim, mas eu não tinha tempo para pensar em coisas tipo condições ou falta de condições. Eu só podia me concentrar em ficar no tempo e no tom certos. E mesmo que eu perdesse o tempo, era só não demorar muito para voltar. Como um trem que volta para os trilhos.
g1 – Em 1972, quando você lançou “Caravanserai”, reza a lenda que o Clive Davis [um dos executivos mais importantes da indústria musical americana, amigo de Santana] disse que era um “suicídio de carreira”. Ele disse nessas palavras mesmo?
Santana – Sim. Mas ele disse isso para mim muitas vezes. Porque eu fiz isso muitas vezes. Era uma coisa divertida para mim.
g1 – E o que você respondeu?
Santana – Eu estava olhando para uma vela e nem virei para olhar para ele. Continuei olhando para o fogo e disse: ‘Eu entendo o que você diz, Clive. E respeito isso. Mas esse disco vai sair assim, porque precisa ser assim. Eu preciso crescer. Estou aprendendo com Miles Davis, com Jon Coltrane, e eu não quero aprender agora com o BB King e o Tito Puente. Eu vou pro outro lado da montanha. Eu preciso sair da jaula, abrir a porta e procurar novos galhos’.
E ele entendeu. Um dia ele me disse: ‘Carlos, você e a Whitney Houston estão no meu coração. Com os outros é só trabalho.’ Então deu certo.
g1 – E 27 anos depois você fez o ‘Supernatural’ com o Clive. Parece que sucesso sempre acaba te achando. Em Woodstock ou no ‘Supernatural’, parece que o sucesso foi te procurar, não o contrário.
Santana – Obrigado por dizer isso. Cem porcento disso é por uma graça que recebi. E o resto é questão de me esforçar e acreditar nesse esforço. Eu brinco com isso, mas acho que sou um mexicano multidimensional. Eu digo para as pessoas nas entrevistas: ‘Quando vou ao zoológico, posso ser todos os animais. Não só o canguru ou o urso’.
g1 – Em entrevistas anteriores, você já citou o candomblé e Tom Jobim como referências brasileiras. Por que eles te interessam?
Santana – Não deixa de ser música africana, porque vem do yourubá, o rio de consciência que vem da África. Aí você tem o candomblé, a macumba, todos os ritmos do Brasil.
O que eu acho lindo são as mudanças de acordes, como as de Tom Jobim, de Gilberto Gil, de Milton Nascimento… É muito romântico. Amo João Gilberto, Baden Powell… A música brasileira é muito inteligente, mas tem coração.
g1 – Gostei dessa definição, inteligente com coração.
Santana – Às vezes a música inteligente se torna uma coisa muito cerebral. E isso não me atrai muito. Porque eu preciso de ter um pouco de “blues”. E a música brasileira tem “blues”, mesmo que tenha mudanças de acorde incrivelmente inteligentes. Mas ela ainda tem paixão, emoção e sentimento. E é por isso que eu amo a música brasileira.

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Rock In Rio: Unindo tecno ao carimbó, Gang do Eletro e Suraras do Tapajós prometem agitar festival

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As atrações paraenses se apresentam no próximo sábado, dia 21 de setembro, no espaço Global Village Gang do Eletro e Suraras do Tapajós se apresentam no Rock In Rio 2024
Reprodução/Redes Sociais
Uma apresentação inédita de ritmos da periferia paraense está prestes a fazer história no Rock in Rio 2024. No próximo sábado (21), a Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós se unirão para agitar o espaço Global Village, oferecendo ao público uma mistura entre as sonoridades do eletromelody e as tradições rítmicas da região amazônica.
O espetáculo foi criado especialmente para o festival, com o objetivo de ressaltar a importância de preservar e valorizar as culturas indígenas e periféricas, além de refletir sobre como as raízes culturais influenciam as inovações do futuro.
Gang do Eletro faz sua estreia em um dos maiores festivais de música do mundo
Gang do Eletro
Tatiana Laiun
Em entrevista ao g1 Pará, Keila Gentil, a voz da feminina da Gang do Eletro, compartilhou as expectativas e deu um spoiler de como será a apresentação no Rock in Rio.
De acordo com artista, que possui mais de 20 anos de trabalho musical no Pará, sendo mais de 15 deles só na Gang do Eletro, revelou que essa oportunidade é a realização de um sonho não só deles, mas de vários artistas paraenses.
“Estamos muito felizes por se tratar de uma realização nossa ir lá representar o nosso estado, a nossa cultura, coisa que muitos artistas paraenses gostariam de estar realizando junto com a gente”.
Keila, que é reconhecida por dar voz a obras que contemplam as batidas contagiantes do tecnomelody, que mistura música eletrônica com gêneros regionais, como o brega, o calypso e o carimbó, conta que levar a cultura musical paraense para os palcos do Rock in Rio é uma excelente oportunidade de dar ainda mais visibilidade ao povo paraense.
“Levar essa representação para o palco, o Tecnobrega, a música raiz das aparelhagens, das equipes é incrível e esse é o tema principal do nosso show, junto com as Suraras do Tapajós, que vão levar o carimbó. Isso é não só importante, como uma grande oportunidade de levar a nossa música”.
Apesar de ser a primeira apresentação no RIR, grupo tem carreira nacional e internacional já construída
A artista conta que, apesar de ser a primeira apresentação do grupo nos palcos do Rock in Rio, a Gang do Eletro tem uma carreira sendo construída no mercado nacional e internacional, e relembra alguns dos principais eventos que marcaram o grupo.
“A Gangue do Electro tem história, tem legado. No Brasil, no início, quando a gente ainda estava caminhando por aí, o Tecnobrega não era conhecido, então a gente levou o ritmo, o Electromelody, melhor dizendo, para grandes programas de TV, para novelas das principais redes de televisão do país, além de prêmios, como o do Multishow,. Cantamos também na abertura dos Jogos Olímpicos, então muita coisa grande já foi, muita semente já foi plantada”.
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Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
O Liberal / Cristino Martins
Keila afirma que está na expectativa dessa parceria com o grupo de carimbó Suraras do Tapajós, uma vez que trata-se de uma união que reflete o que mais tem de bonito na cultura do Pará.
“As músicas do Gang já estão no dia a dia aqui das aparelhagens do Pará e tem muitas que estão tocando por aí pelo país. A gente espera encontrar um público bom lá e, claro, encontrar o povo do Pará por lá. Então, por mais que tenha uma galera que não saiba, que não conheça e que esteja assistindo pela primeira vez, a gente espera que a nossa galera ajude a puxar o bonde do povo para dançar, para agitar, para endoidar, como a gente fala”.
Grupo de Carimbó Suraras do Tapajós garante a ancestralidade da cultura paraense
Grupo Suraras do Tapajós
divulgação
Considerado o primeiro grupo de carimbó do Oeste do Pará e o único do Brasil composto apenas por mulheres, o Suraras do Tapajós é um grupo musical que tem como objetivo dar voz à cultura dos povos do Baixo Tapajós, no Pará.
Karol Pedrosa, uma das artistas do grupo, conta é uma grande responsabilidade levar aos palcos do Rock in Rio a cultura ancestral amazônica, que retratam a rotina e as histórias dos povos tradicionais.
“Estamos com as melhores expectativas e preparadíssimas para subir no palco do Rock in Rio pela primeira vez. Levamos conosco um pouco de tudo da nossa região amazônica e dividir o palco com a Gang do Eletro, além de um grande desafio ao unir a música ancestral com o ritmo que vem das periferias, será um grande prazer fazer essa conexão do carimbó com o tecno. Um momento único! Um momento histórico!”.
A cantora destaca que o Suraras é um dos poucos grupos que fazem parte das atrações do festival que representam a região amazônica e que, com isso, cabe à elas representar outros artistas do Norte.
“Estamos muito felizes em poder levar nossas vozes, nosso tocar, nossa arte, cultura e tradição como mulheres indígenas, dos beiradões, e das periferias. Vamos aldear o Rock in Rio com a força dos nossos ancestrais e dos nossos encantados”.
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Cyndi Lauper fala da volta ao Brasil: ‘Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu’

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Ao g1, ela explica por que não se cantava em festivais, exalta novas cantoras como Chappell Roan e se surpreende com line-up só de mulheres nesta sexta (20): ‘Achei essa ideia ótima.’ Cyndi Lauper nunca cantou no Rock in Rio, mas essa injustiça será corrigida nesta sexta-feira (20), dia do festival apenas com mulheres no line-up. Ao ser informada pelo g1 sobre isso, ela se empolga: “A irmandade é uma coisa poderosa, baby”.
Em entrevista algumas vezes interrompida pelos latidos de seu cachorro, Cyndi explicou por que não costumava cantar em festivais quando viveu o auge da carreira nos anos 80. São dessa década hits como “Girls Just Want to Have Fun”, “Time After Time”, “She Bop” e “True Colors”, que devem aparecer no setlist.
Ao g1, a cantora novaiorquina de 71 anos também exaltou a força de novas cantoras, como Chappell Roan; e falou rindo sobre a performance recente no festival Glastonbury, quando sofreu com problemas técnicos e foi criticada por isso.
g1 – Em junho, você se apresentou no festival de Glastonbury. Como foi sua experiência? Podemos dizer que o show do Rock in Rio terá uma apresentação parecida?
Cyndi Lauper – Eu vou apresentar um pouco do que fiz no festival, mas não tudo. E pode ter certeza que eu usarei um sistema de som diferente, com certeza… [risos] até para que eu possa me ouvir. Mas no Glastonbury ainda me diverti muito. Eu nunca havia cantado lá ou tocado em festivais. Eu simplesmente não fazia isso quando era mais jovem, mas eu só queria fazer isso antes de… você sabe, bem, antes de não poder mais cantar. Estou animada para fazer isso. Todo mundo conhece o Rock in Rio, porque todo mundo assistiu aos shows na internet ou na TV. Eu sempre quis cantar aí. Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu. E eu fico vendo o line-up, meu Deus, tem Karol G, Ivete Sangalo vai cantar… e depois tem a Katy Perry. É um dia muito bom, nossa, tem a Angélique Kidjo… Amo ela. Você conhece?
g1 – Sim, claro, ela sempre se apresenta nos festivais do Rock in Rio… Esse seu dia é o “Dia Delas”, em todos os palcos só há mulheres. Sabia disso?
Cyndi Lauper – Olha só! Não sabia, mas fico feliz em saber. A irmandade é uma coisa poderosa, baby. Muito poderosa. Eu achei essa ideia ótima.
g1 – Você disse que não teve a chance de tocar em festivais quando era mais jovem. Por quê?
Cyndi Lauper – Bem, acho que meu empresário sempre se preocupou com o fato de quase não existirem passagens de som. Se eu não conseguisse me ouvir, como eu soaria? Mas daí fui ficando mais velha, passei a ter uma boa equipe de som e agora eu consigo me ouvir. Então, você acaba tendo mais confiança em sair por aí para cantar.
Cyndi Lauper em foto do ensaio da capa do álbum ‘She’s so unusual’, de 1983
Divulgação
g1 – O que significava ser feminista quando você começou e o que significa ser feminista hoje?
Cyndi Lauper – Você nunca pode parar. Não tem volta, não tem motivo para olhar pra trás. As liberdades civis são importantes para todas as pessoas. E, como mulher, todas nós pagamos impostos iguais aos homens. As mulheres não recebem uma redução de impostos por não terem os mesmos direitos civis que os homens. Você tem que se defender e votar, e descobrir quem pode te representar e quem vai lutar por você. Eu estou nessa batalha, porque é disso que se trata fazer música. Com a música você pode unir as pessoas e tratar de temas importantes.
g1 – A última vez que conversamos, uns 15 anos atrás, eu perguntei sobre Lady Gaga, e você disse que a amava. E agora eu gostaria de saber o que você acha da Chappel Roan, outra estrela pop incomum. Você gosta dela? O pop é meio cíclico, né?
Cyndi Lauper – Ela é… sim, ela é tão legal. O cabelo, pô. Eu amo tudo isso. Podemos falar sobre a imagem dela, porque ela é uma artista performática. Mas todos os artistas dos anos 80 eram artistas performáticos. Quando fizemos vídeos… eles são arte performática, certo? Então, o visual era muito importante e isso mudou tudo o jeito de fazer música pop. Eu acho que a parte visual e a parte musical dela são cativantes. E eu acho que é ótimo ver uma jovem cantora vibrante como ela.
Novas artistas femininas continuam falando sobre os tempos em que vivemos e como tudo isso as afeta. Esse tipo de artista é muito vital para a nossa civilização, porque é isso que as artes sempre fizeram. Elas sempre registraram os tempos em que vivemos e todos nós queremos promover uma mudança de pensamento. Para que você não tenha que crescer com alguém reprimindo o que você pensa.
VÍDEO: As atrações do “Dia Delas” no Rock in Rio
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 20

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Ferrugem monta ranking de vozes mais potentes do Rock in Rio; veja VÍDEO

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Cantor se apresentou nesta quinta no Palco Sunset. Em entrevista ao g1, ele falou da força do pagode no festival: ‘Provei que santo de casa faz milagre’. Ferrugem faz ranking de headliners no Rock in Rio
A pedido do g1, o cantor Ferrugem topou o desafio de montar um ranking com as vozes mais potentes entre as principais atrações internacionais do Rock in Rio (assista ao vídeo acima).
Sobre o topo da lista, o cantor foi categórico: “Mariah Carey é a 1ª. Esse gogó aí… Não tem para onde correr!”. Entraram também na lista: Ed Sheeran, Akon, Ne-Yo, Joss Stone, Shawn Mendes, Amy Lee (vocalista Evanescence), Cyndi Lauper e Gloria Gaynor.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Ferrugem se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
10 anos de carreira
O cantor se apresentou no Palco Sunser do festival nesta quinta-feira (19). Ele celebrou os dez anos de carreira em grande estilo: levando o gênero pagode pela primeira vez ao Palco Sunset, um dos principais do Rock In Rio. Esta, no entanto, é a segunda vez que o cantor marca presença na Cidade do Rock. Na edição de 2022, Ferrugem foi uma das atrações do Palco Favela.
Ferrugem mostra uma das melhores vozes do Rock in Rio em edição mais pagodeira da história; saiba como foi o show
“Ter vindo para cá [Palco Sunset] só mudou a direção mesmo. O mais interessante não é trocar de palco, porque eu não enxergo isso como subida de degrau. Eu acho que é voltar mais uma vez ao festival. Isso mostrou que a galera gostou do que a gente fez há dois anos atrás”, disse o intérprete de “Atrasadinha” ao g1.
Ferrugem também falou sobre os comentários negativos sobre a abertura do festival a gêneros brasileiros mais populares, como o próprio pagode.
“Provei que santo de casa faz milagre sim. (…) O público me carregou no colo de início ao fim. Não sou só eu, o Ferrugem. É o pagode. Esse segmento, essa cultura, o samba, que é, sim, super bem-vindo aqui dentro do Rock in Rio.”
Assista à entrevista de Ferrugem ao g1 no VÍDEO abaixo.
g1 no Rock in Rio: Entrevista com Ferrugem

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