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Festas e Rodeios

Renata Silveira, 1ª narradora da Copa na Globo, diz que se prepara ‘2x mais’: ‘A gente não pode errar’

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Ela fala da abertura para mulheres na TV: ‘Confesso que não gostaria de ser a primeira, gostaria que outras já tivessem feito isso antes’. g1 conta histórias das profissionais que cobrem Copa 2022. Renata Silveira: veja os bastidores do 1º gol narrado por uma mulher em Copa do Mundo
“A porta está aberta, mulherada. Podem entrar!”. Foi assim que Renata Silveira comemorou a estreia como primeira mulher a narrar um jogo de Copa do Mundo masculina na TV Globo.
A narradora de 33 anos fez história na disputa entre Dinamarca e Tunísia na terça-feira (22) e segue como principal voz de um jogo por dia desta primeira fase do mundial. Ao todo, serão 11 partidas.
Nesta semana, o g1 conta histórias das profissionais que vão cobrir a Copa em 2022. Veja, de segunda a sábado, entrevistas com comentaristas e narradoras que você já ouviu ou vai ouvir durante os jogos no Catar.
A relação de Renata com a narração de futebol está bem conectada com a Copa do Mundo.
No mundial de 2014, a carioca foi a primeira mulher a narrar um jogo no rádio, quando ganhou um concurso da Rádio Globo. Quatro anos depois, venceu outro concurso da Fox News e narrou jogos da Copa de 2018.
Há também outros ineditismos que Renata conquistou. Ela foi a primeira mulher a narrar:
Um jogo da seleção brasileira em Olimpíadas (Tóquio, 2020) e a primeira mulher a narrar pelo SporTV;
Uma transmissão na TV aberta na partida da Supercopa feminina;
Uma partida masculina na TV aberta, no jogo Ceilândia e Botafogo na Copa do Brasil 2022;
Um jogo masculino na série A entre São Paulo e América-MG;
Claro que são feitos de se celebrar, ainda mais na maior disputa do mundo, mas Renata faz ressalvas com a demora para que o espaço fosse aberto para mulheres.
“Confesso que não gostaria de estar sendo a primeira, gostaria que outras mulheres já tivessem feito isso antes”, diz ao g1.
“Já estava na hora e vejo daqui para frente, em 2026, com outras narradoras também transmitindo a Copa”.
Informação com leveza
Um dos marcos de Renata Silveira foi narrar a final da SuperCopa feminina em fevereiro; ela foi a 1ª mulher no comando das transmissões de futebol na TV Globo
Reprodução/Instagram/RenataSilveira
Para construir a narração que apresenta hoje em dia, Renata não tinha mulheres para ter como referência. Ela que vai ser exemplo, a partir de agora, para tantas pessoas.
“É muito maior, a gente não vai estar falando só com quem quer ser jornalista esportiva, mas com todas as meninas que vão poder passar a gostar de futebol e de falar de futebol a partir dessa Copa”.
A carioca acredita que a demora para mulheres narrando, comentando e até como repórteres esportivas está conectada com a presença feminina no esporte: “A gente foi acreditando que o futebol não era pra gente”.
No exercício da narração, a meta é aliar informação, mas com leveza, uma união entre jornalismo e entretenimento, na visão dela.
“Gosto muito de informar de estudar, de ter aquela coisa do jornalismo mesmo, mas o futebol precisa de muita leveza, ser mais descontraído, puxar um pouco para o entretenimento. É saber equilibrar”.
Esforço dobrado e união
Da esq. para a dir., as narradoras Renata Silveira e Natália Lara e as comentaristas Renata Mendonça e Ana Thaís Matos; todas vão participar da cobertura da Copa do Mundo no Catar
Reprodução/Instagram/Ana Thaís Matos
Se tem um sentimento unânime entre Renata Mendonça, Ana Thaís Matos, Renata Silveira, Fernanda Colombo e Nathália Lara é o de que elas precisam estar muitas vezes mais preparadas do que os colegas homens.
E, mesmo assim, elas têm o seu trabalho questionado pelo simples fato de serem mulheres.
“Vou estudar duas vezes mais porque não tenho tempo para errar. A gente não pode errar. Se o homem erra, ele se enganou. Se a mulher erra é porque a mulher não sabe, é porque ela não devia estar ali”.
“É bem tenso e triste ao mesmo tempo, mas isso a gente vai quebrando mostrando que a gente é capaz”.
Um motivo de felicidade é ver tantas colegas da Globo e de outras emissoras juntas: “Todo mundo entendeu que se não for todo mundo junto, o negócio não vai acontecer”.
Renata recebe muitas mensagens e ofensas nas redes sociais e, de vez em quando, mostra a pontinha do iceberg.
Ela compartilhou as mensagens de uma pessoa que falava que ela estava “promovendo a sua beleza”.
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“É uma pena porque quando vão falar de homem não falam da beleza dele, falam na narração, da parte técnica. Mas ainda assim a gente convive com esses tipos de comentários”.
“Se fosse compartilhar tudo, iria falar só sobre isso nas minhas redes sociais… Olho as mensagens respiro fundo, apago, bloqueio, mas de vez em quando dá uma sensação de que você precisa expor a situação até para as pessoas verem o seu dia a dia”.
Entre o estúdio e a sala de dança
Renata Silveira e irmã Flávia Silveira são sócias em uma academia de dança, na Zona Norte do Rio de Janeiro
Reprodução/Instagram/LaVieDanse
As 24 horas do dia parecem pouco para Renata. Boa parte do tempo é dedicada ao trabalho na Globo, mas a narradora também é sócia da academia de dança La Vie Danse.
Ela e a irmã dançam desde pequenas e começaram a trabalhar como professoras ainda na adolescência. Hoje, elas têm um espaço em Bonsucesso, zona norte do Rio.
Renata não dá aulas, mas ainda se envolve na parte artística.
Inclusive falou ao g1 minutos antes de começar a ajudar na prova de roupa de algumas alunas para o espetáculo de fim de ano. Naquele mesmo dia, ela ainda voltou para a Globo para fazer uma prova de roupa; dessa vez para ela.
“Minha vida é muito louca, durmo e acordo pensando em Copa e espetáculo desde setembro. Penso nisso todos os dias”.
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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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