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Festas e Rodeios

‘Dança do pombo’: autor da música que gerou apelido de Richarlison hoje é motorista de aplicativo

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MC Faísca criou a música em 2014. Ele cantava em bailes e gravou DVD da Furacão 2000 com grupo Os Perseguidores, mas nunca conseguiu viver só de música. Tiago Oliveira, o MC Faísca. Na esquerda, com Os Perseguidores (ao centro). À direita, como motorista de aplicativo
Divulgação e Arquivo pessoal
Quem chama um carro por aplicativo em Niterói e São Gonçalo (RJ) nos últimos dois anos tem chance de ser conduzido por Tiago Oliveira, 45 anos, o MC Faísca. Se puxar papo sobre futebol, ele costuma contar que, há oito anos, fez sucesso com o funk “Dança do pombo”, que gerou o apelido do atacante Richarlison.
Enquanto o jogador vive seus dias de glória na Copa do Mundo, o cantor e motorista não conseguiu outro sucesso. Ele tentou seguir a carreira, mas não faz shows há três anos, e hoje atende as chamadas de aplicativo para sustentar a família.
Richarlison faz a dança do pombo
Assim como a Copa do Mundo, a história da música parece acontecer de quatro em quatro anos, com viradas em 2014, 2018 e 2022.
Em 2014, Faísca estava na praia de Charitas, em Niterói, com a noiva, atual esposa, quando um pombo fez cocô no ombro dele. “Eu limpei e fiquei com aquilo na cabeça”, lembra. Ele trabalhava no Detran enquanto tentava emplacar com seu grupo Os Perseguidores havia oito anos.
“O grupo rendia um dinheirinho, mas eu sempre tive meu trabalho fixo”, ele conta.
Até os infortúnios davam ideia para funks. Ele escreveu, cantou e produziu a “Dança do pombo”. “Eu botei no YouTube e ficou rolando”, ele conta. A gravação caseira começou a tocar em bailes do Rio e fazer sucesso na internet, com vídeos de pessoas dançando o funk de brincadeira.
“Foi um cocô abençoado”, ele diz sobre a ave na praia que deu a ideia para a “Dança do pombo”.
Os Perseguidores fizeram alguns programas de TV e apareceram com bicos de papel e camisetas do jogo Angry Birds no DVD da produtora Furacão 2000, principal vitrine do funk carioca na época. Foi o auge do grupo, que eles nunca conseguiram repetir.
Os Perseguidores no DVD de 2014 da Furacão 2000
Reprodução
Eles chegaram a se apresentar fora do Rio, mas o sucesso escapou. Os poucos convites para shows não tinham cachês para os dançarinos que completavam a formação dos Perseguidores.
“Tinha um showzinho aqui e outro ali, mas pouca coisa.” Então, Faísca seguiu tentando a carreira solo mesmo, enquanto continuava trabalhando no Detran.
Em 2018, a “Dança do pombo” decolou pela segunda vez. Richarlison gravou um vídeo ouvindo a música e imitando um pombo em um quarto de hotel. Os fãs gostaram e, a pedidos, o jogador começou a comemorar seus gols no Everton, da Inglaterra, com a dancinha. Virou a marca dele.
Faísca conta que procurou Richarlison no Instagram, e ele deu uma resposta simpática e agradeceu pela música. “Eu mandei uma mensagem e ele falou: ‘Vocês são feras'”.
Richarlison faz sucesso na web com a ‘dança do pombo’
A essa altura, o trabalho musical do MC era só pela internet mesmo. Ele investia em seu canal no YouTube, e diz que as comemorações de Richarlison fizeram pessoas de todo o mundo buscarem até hoje o clipe da “Dança do pombo”.
O reconhecimento nos estádios não passou para os palcos. MC Faísca lançou outras músicas, mas não consegue fazer shows há três anos. Há dois anos ele trabalha como motorista de aplicativo. Mas ele não deixa de atualizar seus perfis musicais nas redes.
Ele diz que recebe direitos autorais pela execução da música, mas não chega perto de se sustentar com isso. Com a vitrine da Copa, talvez as próximas arrecadações sejam maiores.
O sucesso de Richarlison na Copa dá uma nova esperança. “Rodei hoje o dia todo, até três da tarde. A tarifa estava ficando dinâmica, mas eu tive que parar para ver ele jogar. Hoje a minha torcida é dele, porque eu sei que isso reflete para mim. Acho que eu fiquei mais nervoso do ele na hora do jogo.”
Richarlison faz gol contra a Sérvia
Amanda Perobelli/ Reuters

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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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