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Festas e Rodeios

Recordista de Copas, Formiga venceu timidez para comentar Mundial: ‘Como se fosse 1ª’

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Jogadora, que disputou sete Mundiais, estreou como comentarista no torneio e revive sentimentos que ajudaram a trilhar carreira. g1 conta histórias das profissionais que cobrem Copa do Catar. Miraildes Mota, a Formiga, jogadora de futebol e comentarista esportiva
Divulgação/TV Globo
Ao longo da carreira como jogadora de futebol, Formiga disputou sete Copas do Mundo — um recorde entre atletas brasileiros, homens e mulheres. Mas a estreia como comentarista do torneio, em 2022, trouxe de volta os sentimentos do primeiro Mundial que disputou, em 1995.
“Ainda fico nervosa. É como se estivesse jogando a primeira Copa do Mundo como atleta”, diz, em entrevista ao g1.
“Em campo, toco na bola e relaxo. Já no estúdio, fico pensando que tem milhares de pessoas ouvindo minha opinião.”
Nesta semana, o g1 contou as histórias das profissionais que vão cobrir a Copa do Mundo 2022. Veja, abaixo, entrevistas com comentaristas e narradoras que você já ouviu ou vai ouvir durante os jogos no Catar:
Renata Mendonça, comentarista
Fernanda Colombo, comentarista de arbitragem
Ana Thaís Matos, comentarista
Natália Lara, narradora
Renata Silveira, narradora
Formiga com a narradora Renata Silveira (à esq.) e a comentarista Renata Mendonça
Reprodução/Instagram/Formiga
Tímida desde criança, Formiga precisou treinar o psicológico para falar em frente às câmeras. Ela foi contratada neste ano para comentar seu primeiro torneio oficial, a Copa América feminina, no canal por assinatura SporTV. Ela já tinha palpitado em jogos amistosos na Globo.
“O começo foi meio assustador. É tudo muito diferente do que estou habituada a fazer. Mas, com o apoio dos colegas, aos poucos fui me soltando.”
Agora, com a Copa do Mundo, além do nervosismo de 95, a jogadora revive outras emoções antigas, que ajudaram a trilhar seu caminho no futebol. Como espectadora, Formiga não esquece os jogos de 94, que renderam o tetra do Brasil. “Vibrei muito. Eu e meus amigos íamos para a rua e, a cada partida, eu dizia ser um jogador da Seleção.”
1ª Copa aos 17
Naquela época, ainda não imaginava que, só um ano depois, estaria ela mesma em um Mundial, aos 17 anos, conhecendo o Estádio Rasunda, em Estocolmo, o mesmo que consagrou Pelé na Copa masculina de 58.
Miraildes Mota, verdadeiro nome da jogadora, nasceu em Salvador, em 1978, quando o futebol ainda era proibido para mulheres no Brasil, sob o argumento de que o esporte poderia “prejudicar a maternidade”. O decreto teve fim em 1979, mas só em 1983 a modalidade feminina foi regulamentada no país.
Na infância, apanhou do irmão por querer jogar futebol, em vez de brincar de boneca. Mas, com a ajuda da mãe, venceu a resistência dentro de casa para trilhar uma carreira vitoriosa: foi duas vezes medalhista olímpica e campeã da Copa América, além de acumular títulos do Pan-Americano e Libertadores. Decidiu se despedir da Seleção Brasileira em 2021, mas aos 44 continua na ativa, no time do São Paulo.
Atacante Formiga disputa bola com jogadora australiana
Reprodução/Globoesporte.com
São quase 30 anos desde a primeira Copa, e algumas brigas estão longe de serem vencidas. Formiga acredita que o futebol masculino ainda se esforça pouco pela igualdade de gêneros no esporte.
“Desde sempre, pedimos o apoio do masculino, para que os clubes coloquem o futebol feminino em suas páginas nas redes sociais, por exemplo. São poucos que fazem isso.”
Ela vê como simbólica sua participação em um Mundial de homens, como comentarista. “É um incentivo para que outras mulheres acreditem nos sonhos e busquem ocupar esses lugares, antes dominados pelos homens.”
E, se surgirem haters, provavelmente vão falar sozinhos. “Nem leio esses comentários para não me desgastar”, diz. “Às vezes, temos que ter sangue de barata e só tentar ficar tranquilas e continuar o nosso trabalho porque sabemos bem qual é o nosso propósito.”

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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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