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Festas e Rodeios

Morto aos 73 anos, Leno fica associado ao cancioneiro da dupla formada com Lilian na Jovem Guarda

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Cantor, compositor e guitarrista tentou ir além do romantismo pueril, ao gravar discos conceituais e autorais na década de 1970, mas obra solo foi ofuscada pela força do repertório dos anos 1960. ♪ OBITUÁRIO – Embora geralmente pautado por romantismo pueril, o cancioneiro da Jovem Guarda vem atravessando gerações e permanecendo na memória afetiva do Brasil. Não raro, a força desse cancioneiro ofuscou a produção musical pós-Jovem Guarda de artistas associados ao movimento pop comandado por Roberto Carlos com Erasmo Carlos (1941 – 2022) e Wanderléa entre 1965 e 1968.
Foi o que aconteceu com Gileno Osório Wanderley de Azevedo (25 de abril de 1949 – 8 de dezembro de 2022), o Leno, cantor, compositor e guitarrista potiguar que morreu ontem em Natal (RN), cidade em que nasceu há 73 anos, vítima de câncer.
Leno sai de cena ainda e para sempre associado à dupla que formou com Lilian Knapp, entre 1965 e 1967, no auge do reino encantado da Jovem Guarda.
Remontada na década de 1970, a dupla Leno & Lilian até tentou voltar às paradas entre 1972 e 1974, a reboque de gravações inéditas produzidas por Raul Seixas (1945 – 1989), mas o que ficou mesmo na memória foram os sucessos da fase inicial da Jovem Guarda.
Como integrante da dupla com Lilian, Leno lançou quatro álbuns, editados em 1966 e 1973. O primeiro, Leno & Lilian, saiu em 1966 com duas músicas que fizeram a fama da dupla, Devolva-me e Pobre menina.
Devolva-me é a canção tristonha composta por Lilian com Renato Barros (1943 – 2020) e revitalizada por Adriana Calcanhotto em gravação de 2000. Pobre menina é versão em português escrita por Leno a partir de Hang on sloopy (Bert Russell e Wes Farrell, 1965), sucesso do grupo norte-americano de rock The McCoys.
O segundo álbum da fase áurea da dupla Leno & Lilian, Não acredito, foi lançado em 1967 com várias versões em português de sucessos estrangeiros. Uma delas, Coisinha estúpida, é a versão de Leno para Something stupid (Clarence Carson Parks, 1966), hit mundial naquele ano de 1967 no dueto de Frank Sinatra (1915 – 1998) com a filha Nancy Sinatra.
Ao iniciar carreira solo em 1968, com o álbum intitulado Leno e gravado no mesmo estilo dos discos com Lilian, Leno jamais bisou o sucesso da dupla. Até porque o álbum mais ambicioso do artista, Vida e obra de Johnny McCartney, disco conceitual de rock, gravado entre novembro de 1970 e janeiro de 1971, foi censurado e, diante da situação, os executivos da gravadora CBS decidiram lançar somente um EP em 1971 com quatro faixas do álbum.
Disco que já sinalizou no título que Leno foi garoto que amou os Beatles mais do que os Rolling Stones, Vida e obra de Johnny McCartney chegou ao mundo na íntegra somente em 1995. Mas aí já era tarde para reposicionar Leno no universo pop brasileiro.
O cantor bem que tentara ir além da Jovem Guarda com álbuns autorais como Meu nome é Gileno (1976) e Encontros no tempo (1982), mas sem repercussão. A saída para o cantor se manter no mercado fonográfico foi rebobinar o cancioneiro da Jovem Guarda – sobretudo os hits da dupla Leno & Lilian – em discos como Coração adolescente (1989).
A propósito, o coração juvenil de Leno sempre bateu forte pelos Beatles. Não por acaso, o último título da discografia do artista, o EP World Beatles for all (2019), coletânea de registros raros, foi lançado há três anos pelo selo Discobertas com regravações de seis músicas do repertório do grupo inglês.
Pai de Diogo Strausz, produtor musical projetado por ter dado forma ao aclamado segundo álbum de Alice Caymmi, Rainha dos raios (2014), Leno foi maior do que a dupla com Lilian, mas, no coração adolescente do público, ficará imortalizado como o cantor dos hits juvenis dos anos 1960.

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
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♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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