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Festas e Rodeios

Margareth Menezes, ministra da Cultura do Governo Lula, é potente voz da música afro-brasileira

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Artista é respeitada pelo canto, pela ideologia da obra e por ter se mantido forte mesmo após o branqueamento da ‘axé music’ pelo mercado a partir dos anos 1990. Margareth Menezes é cantora pioneira na difusão do samba-reggae, gênero musical nascido nos blocos afros de Salvador (BA)
José de Holanda / Divulgação
♪ ANÁLISE – A confirmação de que Margareth Menezes foi convidada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva – e aceitou – assumir o reativado Ministério da Cultura joga luz sobre a trajetória artística dessa cantora e compositora baiana nascida em Salvador (BA) em 1962.
Aos 60 anos, completados em 13 de outubro, Margareth é a única negra dentre as quatro cantoras mais famosas do gênero rotulado como axé music. É também a voz feminina mais potente e calorosa da música afro-pop-brasileira.
Maga – como a cantora é carinhosamente chamada no universo musical baiano – foi pioneira difusora do samba-reggae, gênero nascido nos blocos afros de Salvador (BA) com Ilê Aiyê e Olodum. Apresentado há 35 anos, Faraó (Divindade do Egito) (Luciano Gomes, 1987) é o samba-reggae mais associado a Margareth, seguido por Uma história de Ifá (Elegibô) (Ythamar Tropicália e Rey Zulu, 1987).
Artista que entrou em cena como atriz no alvorecer da década de 1980, tendo integrado grupos teatrais de Salvador (BA), Margareth irrompeu mesmo no Brasil como cantora pela potência vocal já qualificada como “força da natureza” por Carlinhos Brown.
Ao longo de trajetória fonográfica prejudicada pelo desinteresse das grandes gravadoras do Brasil em dar o devido valor à cantora, uma vez que o mercado investiu em um forçado branqueamento da axé music a partir dos anos 1990, Margareth Menezes gravou 15 álbuns lançados entre 1988 e 2019.
O primeiro, Margareth Menezes, saiu em novembro de 1988 com músicas que ainda hoje reverberam nos shows da artista, caso do reggae Alegria de cidade (Lazzo Matumbi e Jorge Portugal, 1988). O mais recente álbum da artista, Autêntica, foi lançado em outubro de 2019 com repertório pautado por exaltações da negritude, da mulher e de signos e símbolos da cultura afro-brasileira – bandeiras que a artista certamente manterá hasteadas no comando do Ministério da Cultura do Governo Lula.
Margareth Menezes driblou preconceitos e, mesmo tendo se tornado menos popular em escala nacional do que Daniela Mercury e Ivete Sangalo, cantoras que reinaram no segmento do axé a partir da década de 1990, a artista conseguiu permanecer em cena com o respeito de todo o meio musical, fazendo importante trabalho que ecoou sobretudo na cidade natal da artista.
Em Salvador (BA), todo mundo sabe da relevância de Margareth Menezes na cultura afro-brasileira. Além de cantora, dona de obra marcada pela forte ideologia exposta em álbuns consistentes como Um canto pra subir (1990) e Kindala (1991), Margareth também criou projetos sociais e o bloco Os Mascarados.
Sob o comando da artista, o bloco foi para as ruas soteropolitanas em 1999 para celebrar os 450 anos da capital da Bahia e se tornou marcante na folia da cidade.
Mesmo sem o apoio da indústria fonográfica, Maga emplacou sucesso nacional em 2001, Dandalunda, presente do compositor Carlinhos Brown, admirador do canto da artista. Dandalunda figura no sexto álbum de Margareth, Afro pop brasileiro (2001), batizado com o nome do movimento gregário criado pela artista para valorizar a cultura negra nacional, em especial a da Bahia.
Na vida como na música, Margareth Menezes sempre pensou a cultura como polo de conhecimento, de afirmação da estima do povo preto, da difusão de informação para facilitar a inclusão na sociedade da população menos favorecida economicamente. Tudo o que poderá exercitar a partir de janeiro de 2023, em amplificada escala nacional, no comando do Ministério da Cultura do terceiro Governo de Lula.

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
Divulgação

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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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