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DJ Bobo, o 1º super DJ do mundo? O ‘guru’ cabeludo suíço que botou todo mundo para dançar

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‘Quando eu hitei’ relembra artistas que sumiram. Quando eu hitei: DJ Bobo, eurodance e padrinho de boybands
Um dos primeiros DJs superstars, DJ Bobo engatinhou para que David Guetta e Alok pudessem andar. No começo dos anos 90, quem tinha idade para dançar se mexeu ao som dele. O simpático suíço com roupas que pareciam de um guru cantava palavras que poderiam ser ditas por um guru.
O som eurodance motivacional tinha letras sobre amor, liberdade, paz, união e festas, obviamente. Ele abriu para Michael Jackson, na turnê HIStory, em 1996, tocando para até 100 mil pessoas por show. Lotou arenas sozinho e revelou boy bands como Backstreet Boys e ‘N Sync, que começaram a carreira abrindo shows dele.
Na série semanal “Quando eu hitei”, artistas do pop relembram como foi o auge e contam como estão agora. São nomes que você talvez não se lembre, mas quando ouve a música pensa “aaaah, isso tocou muito”. Leia mais textos da série e veja vídeos ao final desta reportagem.
DJ Bobo durante show nos anos 2000
Divulgação
Aos 53 anos, o DJ e produtor suíço René Bauman, nome real de Bobo, continua fazendo turnês. Ele é casado e tem uma filha e um filho, os dois adolescentes.
Antes de ser artista, foi confeiteiro. No meio dos anos 80, começou a dançar, cantar e discotecar em boates. O primeiro megassucesso foi “Everybody”, em 1993.
“Eu queria fazer um reggae, porque nos tempos da eurodance, não era comum fazer outro ritmo além do dance”, recorda ao g1 (veja entrevista no vídeo acima).
“Então, eu disse para os caras: Vamos tentar algo para o verão. Vamos tentar um reggae e todos pensaram: ‘Você está louco?’ Depois, todo mundo na cena de dance music começou a usar esse estilo.”
Cantor do EMF, de ‘Unbelievable’, virou professor
DJ Bobo no clipe de ‘Everybody’
Reprodução
“Everybody” foi muito importante para fazer com o que o DJ Bobo fosse das boates e das pistas de dança para os ginásios e estádios. Mas outras músicas ajudaram a aumentar o tamanho das festas comandadas dele, como “There is a party” e “Let the dream come true”, ambas de 1994.
“Tocamos em várias discotecas e falei para o promotor da turnê: ‘quero tocar em arenas’. E ele olhou para mim e disse: ‘Vocês são loucos? Por que alguém pagaria para vê-lo em uma arena?”
Bobo teve que mudar de produtor para fazer shows em lugares maiores e com mais estrutura: dançarinos, luzes e pelo menos 90 minutos de duração. “Muitos me disseram que não iria funcionar.”
“Antes parecia bem estranho e hoje é normal que um DJ possa se apresentar em qualquer lugar. Então, sim, era novo naquela época fazer isso.”
DJ Bobo comemora fim de show em 2008
Divulgação/Facebook do artista
A arte de fazer dançar
Ele também diz que o jeito de fazer música dançante mudou. Segundo ele, na década de 90, a prioridade era pensar no som e no ritmo. “Então, você queria fazer as pessoas dançarem para você, precisava de uma boa base. No final, a gente falava: ‘Ah não, precisamos de uma letra também’.”
“Hoje, é ao contrário. Você precisa primeiro da letra, depois da melodia e, em seguida, começa a produção. Mudou 100%.”
Assistindo aos shows e aos clipes do DJ Bobo, dá para ver como tudo era mais lento, mais cadenciado. O DJ falava bem mais com a plateia, as danças eram menos frenéticas.
“Nosso tempo hoje é muito mais rápido”, teoriza. “Tudo é intenso: a luz, a técnica, o som. Tudo está mais rápido do que há 25 anos. Tudo era um pouco mais lento nos anos 90, então tínhamos mais tempo do que hoje.”
DJ Bobo em fotos comemorativas com menções ao Dia dos Namorados e ao Natal
Divulgação/Facebook do artista
O desabafo de Alexia, do hit ‘Uh la la la’
Bobo também respondeu à pergunta que todo mundo quer saber: como foi abrir para Michael Jackson, em 1996? Não é todo dia que você sai em turnê com o Rei do Pop…
“Eu estava muito nervoso olhando as pessoas, porque nós fizemos o maior show da história de Michael, foi o show em Praga, República Tcheca, o show de abertura da turnê. Tive a honra de tocar 45 minutos antes de Michael subir ao palco.”
No mesmo ano, o Backstreet Boys abriu a turnê do DJ Bobo. “Eu ouvi o primeiro CD deles e disse: ‘Pessoal, isso é fantástico. Esses meninos vão ser ótimos um dia’.”
DJ Bobo durante uma turnê nos anos 90
Divulgação/Facebook do cantor
“Depois da turnê, eles subiram como um foguete, subiram ao teto e tudo foi fantástico para eles. E isso me deixa orgulhoso e ainda mantemos contato até hoje.”
Natalie Imbruglia, ‘Torn’ e a fase mãe solo
Os cinco integrantes da boy band tinham de 14 a 24 anos. “Eles eram muito jovens, mas aprenderam muito rápido. Foi bom para eles aprenderem a usar o palco e a atuar para a multidão. Eles perceberam que não é tão fácil.”
‘Toca mais uma, toca mais umaaaaa…’
DJ Bobo nos anos 90
Divulgação/Site oficial
É difícil saber o número exato de vezes que ele veio ao Brasil. “Essa é uma pergunta difícil, 3 ou 4 vezes. A última vez acho que foi em 2000.”
No auge, no começo dos anos 90, passou por vários programas de auditório, incluindo uma experiência meio bizarra, em um programa do qual não lembra o nome. Pela descrição do cenário e das atrações, parece ser o “Domingo Legal”, do SBT.
“Eu estava perguntando aos caras da gravadora: ‘Quantas músicas vamos tocar?’ E eles me contaram… Sim, é uma. São duas, cinco. E eu disse… ‘Uma, dois, três, quatro ou cinco?’. Quantas são? ‘Depende’. Depende do quê?”
“E ninguém me disse que dependia da audiência da TV, porque nos anos 90 eles podiam ver as audiências dos outros canais… Então eu vi um cara na lateral do palco e ele ficava falando e o apresentador falava: ‘Vamos lá, senhoras e senhores, mais uma vez, DJ Bobo’. E ele foi falando de novo, e de novo, e de novo… e o problema é que eu só tinha quatro músicas preparadas.”
DJ Bobo durante gravação em 2020
Divulgação/Facebook do artista
“E então eles começaram a tocar um remix que eu fiz para ‘Radio Gaga’ do Queen e eu estava no palco e pensei: ‘O quê? Essa não é minha voz. Esse é o Freddie Mercury, não posso subir no palco e agir como se fosse Freddie Mercury’. Eu só tinha feito um remix. Então, foi muito engraçado, porque eu fiquei parado, olhei em volta e depois de um tempo de lado, eles deixaram para lá.”
Não foi a única situação um pouco constrangedora vivida por ele no Brasil. Afinal, ele sabe o que Bobo quer dizer em português.
“É tipo idiota, né? Sim, eu sei. Eu sei que eles não queriam me chamar de bobo, mas às vezes me deixava triste, sim.”
DJ Bobo nos anos 90 e em foto recente
Divulgação
Bobo continua fazendo turnês e lançando músicas, como “Chihuahua”, de 2002. Em 2007, ele disputou o Eurovision, o famoso festival de canções europeias. Ele foi eliminado na semifinal, representando a Suíça, com “Vampires are alive”.
Esses foram os últimos dois singles dele que até que mandaram bem nas paradas europeias. Mas ele continua com a agenda cheia, então não se assuste se ele vier ao Brasil nos próximos anos. “Estamos planejando três turnês diferentes e tenho shows marcados até 2023”, avisa ele.
VÍDEOS: QUANDO EU HITEI
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DJ fã de Katy Perry vai se montar de drag no Rock in Rio e quer interagir com a cantora: ‘Ela foi a minha liberdade’

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Americana é a headliner do Palco Mundo nesta sexta (20). Renan Caetano vai se montar de Patty Patrícia na grade do show de Katy Perry
Cristina Boeckel/g1
Renan Caetano chegou aos portões do Rock in Rio às 23h de quinta-feira (19) para garantir a grade no show de Katy Perry, que é a estrela do Palco Mundo nesta sexta (20). Ele vem com um plano ousado: “Eu sou drag e vou me montar. Quero que ela me veja e interaja comigo.”
O esforço — e as 25 horas de espera ao relento — tem justificativa. A artista teve papel fundamental na sua formação. “Ela foi a minha liberdade. Ela me fez quem sou hoje, e atualmente posso me expressar por meio da minha arte”, destaca Renan.
A drag Patty Patrícia existe há 5 anos. Segundo Renan, que veio de São Paulo, a noite foi fria, mas a ansiedade o ajudou a se manter aquecido.
Sobre o look de Patty Patrícia, é importante manter o mistério. Só alguns pedaços foram mostrados para o g1: a peruca loira e o salto altíssimo.
Na espera, a manhã está sendo embalada pelo som de “143”, álbum que ela lança no festival.
“Eu ouvi e já gostei muito, está pop-dance, como ela prometeu, e quero cantar as músicas”, opinou.
Katy Perry: ‘Nunca mais farei esse tipo de show’
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Acordo sobre a herança de Gal Costa favorece a preservação e a possível expansão da discografia da cantora

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Há muito ouro de alto quilate a ser garimpado no baú da artista, que faria 80 anos em 2025. ♫ COMENTÁRIO
♩ É provável que quase todos os admiradores e seguidores de Gal Costa (26 de setembro de 1945 – 9 de novembro de 2022) tenham tomado algum partido na disputa travada na Justiça de São Paulo entre o filho da cantora, Gabriel Costa, e a viúva de Gal, Wilma Petrillo, pela herança da artista.
De todo modo, o fato de a briga judicial ter chegado ao fim nesta semana, com acordo firmado entre Gabriel e Wilma, deve ser comemorado por todos os que amam a arte maior de Gal Costa. O fim da disputa favorece a preservação e a possível expansão da obra da cantora através das edições de gravações inéditas.
Há relíquias nos acervos das gravadoras Universal Music (detentora dos discos feitos por Gal na Philips entre 1967 e 1983) e Sony Music, dona do patrimônio adquirido com a fusão com a companhia então denominada BMG, na qual Gal ingressou em 1984, quando a gravadora ainda se chamava RCA, e permaneceu até 2001.
Enquanto herdeiros brigam na Justiça pelo espólio de um artista, as gravadoras tendem a deixar a obra desse artista de lado para evitar dor-de-cabeça, sobretudo quando se trata da edição de produto inédito, para a qual são necessárias as devidas autorizações de todos os herdeiros (e de todos os envolvidos na gravação).
Com boa vontade, há muito ouro a ser garimpado no baú de Gal. São do mais alto quilate, por exemplo, as seis faixas do EP gravado por Gal com o violonista Raphael Rabello (1962 – 1995) em 1990, sendo que duas das seis músicas, o samba-canção Duas contas (Garoto, 1951) e Estrada branca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), permaneceram inéditas na voz da cantora.
Sem falar nos registros de shows dos anos 1970, como Cantar (1974), cujo roteiro incluía cinco músicas – o acalanto cubano Drume negrita (Ernesto Grenet, 1942), Me deixe mudo (Walter Franco, 1972), Não existe pecado ao sul do Equador (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), Menina mulher da pele preta (Jorge Ben Jor, 1974) e Chorou, chorou (João Donato e Paulo César Pinheiro, 1973) – nunca gravadas por Gal.
Enfim, todos ganham literal e/ou metaforicamente com o acordo sobre a herança de Gal. O caminho está aberto para os lançamentos de gravações inéditas da cantora ao longo de 2025, ano em que a imortal Gal Costa faria 80 anos.

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Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace; vídeo

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Cantora ainda caprichou no ketchup ao servir as fatias, como todo carioca faz. Antes, postou segurando embalagens de Bis. Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace
Atração principal desta sexta-feira (20) no Rock in Rio, Katy Perry surpreendeu os fãs durante a madrugada e distribuiu pizza na porta do Copacabana Palace, onde está hospedada.
A americana foi até a calçada acompanhada de integrantes do staff que seguravam pilhas de caixas de pizzas

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