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Festas e Rodeios

Carlinhos Brown celebra três décadas da revolução musical e social da Timbalada

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Mentor da percussiva banda baiana reúne antigos e novos vocalistas, em show em Salvador, para festejar a longevidade e influência do grupo. ♪ ANÁLISE – A rigor, foi no verão de 2021 que a Timbalada completou 30 anos. Como os altos e baixos da pandemia de covid-19 impediram que as comemorações fossem feitas in loco – ou seja, na rua, palco principal dessa big band calcada no toque do timbau – no ano passado e também em 2022, a festa acontece em 2023, ano do 32º aniversário da Timbalada.
A partir das 16h deste domingo, 15 de janeiro, Carlinhos Brown comanda a festa no Candyall Guetho Square em show em que o mentor da Timbalada reunirá antigos e novos vocalistas do grupo.
Sob direção musical de Brown, os cantores Ninha, Patrícia Gomes, Xexéu, Amanda Santiago, Denny Denan, Paula Sanffer, Rafa Chagas, Augusto Conceição e Alexandre Guedes – nomes que, ao longo desses 32 anos, atuaram ou atuam como vocalistas da banda – estarão reunidos nessa apresentação comemorativa no Candeal, terra natal de Brown e da Timbalada.
Foi no verão de 1991 que Brown agregou jovens negros da periferia de Salvador (BA) para formar uma banda de percussão com base na batida do timbau, tambor de origem africana. E assim a Timbalada chegou ao mundo, a partir de gueto de Salvador (BA), com som inebriante, gerado pelo toque de percussão de alma tribal.
Esse toque potencializou o efeito catalisador de gêneros musicais como o samba da Bahia e o samba-reggae, entre outros ritmos criados pela banda. Era uma batida diferente. Só que a revolução da Timbalada extrapolou o campo musical e invadiu o terreno social.
Agitador cultural, Brown entendeu que a cabeça de cada jovem percussionista da Timbalada era um mundo particular em ebulição que podia agir para, com o poder da música, transformar o mundo em esfera global. Ou, pelo menos, na área soteropolitana.
Timbalada é banda calcada no toque do timbau, instrumento posicionado na vertical
Divulgação
Musicalmente, a Timbalada deu passo à frente em relação aos matriciais blocos afros por conciliar a alta carga de ancestralidade africana com os códigos da vida e da música contemporânea.
Tendo como arma o poder hipnótico do batuque, matriz da música do mundo, a Timbalada foi para a rua com a percussão afro-baiana, com um pé em Salvador (BA) e o outro no universo pop. Com os corpos negros pintados de branco e com o timbau tocado na vertical com as duas mãos, reverberando influências do funk e da música caribenha, mas com identidade que acabou servindo de referência para o pagode baiano propagado nos anos 2000.
Brown ainda nem havia lançado o primeiro álbum solo (o que aconteceria somente em 1994) quando a Timbalada debutou em disco, contratada pela gravadora PolyGram (Universal Music a partir de 1999). Grupo que desde 1995 sai como bloco no Carnaval da Bahia e faz o povo ir atrás do trio elétrico, a Timbalada lega discografia que, por ora, contabiliza cerca de 20 títulos.
O suprassumo da obra-fonográfica reside nos álbuns Timbalada (1993), Cada cabeça é um mundo (1994), Andei road (1995) e Mineral (1996), fontes de sucessos como Beija-flor (Xexéu e Zé Raimundo, 1993), Toque de timbaleiro (Nem Cardoso, 1993), Toneladas de desejo (Carlinhos Brown, 1994), Papá Papet (Kid Monteiro, Everaldo Águia e Carlinhos Brown, 1994), Mimar você (Alain Tavares e Gilson Babilônia, 1995), Margarida perfumada (Carlinhos Brown e Cícero Menezes, 1995) e Água mineral (Carlinhos Brown, 1996) – todos reunidos no álbum Vamos dar a volta no Guetho (1998), um dos melhores discos ao vivo da produção fonográfica brasileira pelo tom incendiário da captação do show.
A propósito, a letra autorreferente de Papá Papet menciona a bacurinha, instrumento de percussão criado por Brown com inspiração no repinique. Instrumentos de harmonia também temperam e turbinam o som da Timbalada, banda que, a partir do gueto, deu voltas ao mundo, tocando em festivais e fazendo a revolução sem alarde, com a força do timbau.

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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