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Festas e Rodeios

‘As Nadadoras’: as irmãs que fugiram epicamente da Síria e tiveram destinos opostos

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Yusra Mardini competiu nas Olimpíadas do Rio em 2016, tornando-se a voz dos refugiados. Enquanto isso, sua irmã Sarah socorria outros imigrantes e agora enfrenta a justiça grega, podendo ser condenada a até 20 anos de prisão. Yusra Mardini em seu treino de natação, em 2016
Getty Images/via BBC
A água marcou a vida das irmãs Yusra e Sarah Mardini.
Levadas pelo pai, foi na água que elas aprenderam a buscar a excelência. Sua habilidade as levou a fazer parte da equipe nacional juvenil de natação do seu país, a Síria.
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Na água, elas sentiram os horrores da guerra, quando uma bomba caiu na piscina onde treinavam e as levou a sair do país.
Na água, elas conheceram a angústia, quando cruzavam o mar Egeu e o bote fornecido pelos traficantes de pessoas começou a naufragar, colocando em risco suas vidas e as de outras 19 pessoas.
E foi na água que Yusra Mardini competiu nas Olimpíadas do Rio em 2016, tornando-se a voz dos refugiados. Enquanto isso, sua irmã Sarah socorria outros imigrantes e agora enfrenta a justiça grega, podendo ser condenada a até 20 anos de prisão.
A história de Yusra e Sarah inspirou o filme As Nadadoras, da Netflix. Dirigido pela egípcia Sally El Hosaini, o filme mostra as irmãs atrizes libanesas Nathalie e Manal Issa recriando as experiências vividas pelas irmãs sírias.
Realidade explosiva
Foi em 2015 que uma bomba abalou a vida das irmãs.
“Ficamos treinando pela manhã e, quando terminamos, estávamos esperando a mamãe no lado de fora quando ‘bum!'”, contou Sarah à jornalista Magdalena Sodomkova para um documentário apresentado pela BBC. “Uma bomba explodiu lá dentro, havia vidro por toda parte.”
“Estávamos apavoradas”, ela conta. “Perdemos vários amigos e até um treinador de natação morreu.”
A Primavera Árabe – uma série de protestos, levantes e rebeliões armadas antigovernamentais que se estenderam por boa parte do mundo árabe no início da década de 2010 – havia chegado à Síria alguns anos antes.
O belo nome da insurreição definia uma série de enfrentamentos violentos que fizeram com que o trajeto até a piscina onde as irmãs nadavam se tornasse uma viagem perigosa.
Metade da população da Síria fugiu do país. Yusra e Sarah queriam fazer o mesmo movimento, mas seus pais não se dispunham nem mesmo a discutir essa possibilidade – até aquele dia.
Assim que souberam que uma amiga de 15 anos havia chegado à Europa a salvo, as meninas fizeram as malas.
Em 2015, as áreas residenciais da capital da Síria, Damasco, eram um campo de batalha
Getty Images/via BBC
Multidões
Na época, Yusra e Sarah Mardini tinham 17 e 20 anos de idade, respectivamente. O sonho delas era chegar à Alemanha, mas não eram as únicas.
Naquele ano, a quantidade de refugiados e migrantes a caminho da Europa atingiu níveis tão grandes que deflagrou uma crise, provocando intensos debates políticos.
Para dar uma ideia, no início de dezembro de 2015, mais de 911 mil refugiados e migrantes haviam chegado ao litoral europeu. Mais de 75% deles fugiam dos conflitos e perseguições no Afeganistão, no Iraque ou na Síria, o lar das irmãs Mardini.
E havia o número mais doloroso: pelo menos 3,55 mil vidas se perderam durante a viagem, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A rota principal havia deixado de ser a perigosa travessia do mar Mediterrâneo entre a Líbia e a Itália. A travessia ainda mais letal passaria a ser da Turquia às ilhas gregas, como Lesbos. E foi este o caminho seguido por Yusra e Sarah Mardini.
Muitos em embarcações pequenas
A primeira tentativa das irmãs de cruzar o mar Egeu da cidade turca de Esmirna para chegar à Grécia foi frustrada pela polícia, que as retirou da água.
Os refugiados que embarcavam em Esmirna, na Turquia, para a Grécia, precisavam jogar fora seus pertences
Getty Images/via BBC
Escondidas no bosque com outros refugiados, elas esperaram mais quatro dias para que as pessoas que tinham seus destinos nas mãos retornassem.
“Os traficantes são como reis”, explica Yusra. “Eles aparecem e dizem: ‘chegou a hora’.”
A travessia não parecia tão difícil. Com a embarcação indicada, os migrantes precisavam navegar por uma hora e meia sem que fossem descobertos.
Mas os traficantes chegaram dando ordens e colocaram 17 homens, três mulheres e uma criança em um bote inflável com capacidade para sete pessoas e um motor com funcionamento duvidoso. Sem ouvir os argumentos, eles lançaram o bote com os migrantes na água.
“Quinze minutos depois, o motor parou de funcionar”, conta Yusra. E, ainda por cima, o bote começou a encher de água.
“Um amigo do meu pai, enquanto tentava retirar a água do bote, dizia para que fôssemos fortes, que nos ajudássemos uns aos outros, que não fôssemos tomados pelo pânico”, relembra ela. “Todos começaram a rezar, temendo pelas suas vidas. Muitos não sabiam nadar.”
Angustiados, eles jogaram na água todos os pertences que podiam. Mas o bote continuava afundando. Alguém teria que se lançar ao mar.
Foi quando, de repente, “minha irmã pulou”. Yusra estava apavorada, assim como Sarah, “mas comecei a empurrar o bote”, ela conta.
E, mesmo com a proibição da sua irmã maior, Yusra também pulou na água.
“Sarah estava no outro lado da embarcação, gritando para que eu voltasse a subir, mas respondi que não”, relembra Yusra. “‘Quero ficar aqui. Quero ajudar.'”
‘Morrer lentamente’
A situação no mar Egeu era desesperadora. “Duas horas depois, continuávamos na mesma posição, com os corpos e as mentes despedaçados”, segundo Yusra.
O bote continuava enchendo de água. O motor, às vezes, começava a funcionar, mas voltava a parar, sacudindo as meninas abruptamente. Seus braços estavam repletos de hematomas.
“Todos nós pensávamos: ‘por que fiz esta viagem, por que deixei meu país, meus pais, toda a minha família? Realmente vale a pena?'”, relembra Yusra Mardini. Vários homens também se atiraram na água, até mesmo um que “nem sabia nadar. Estava agarrado à corda.”
O sol estava se pondo e fazia frio. No horizonte, Yusra conseguia ver a ilha de Lesbos, que parecia inalcançável.
“Nós estávamos nos movendo, mas não chegávamos”, segundo ela. “Era, de fato, como morrer lentamente.”
Migrantes vindos da Turquia chegam a Lesbos em 2015
Getty Images/via BBC
“Um amigo nosso chamou a polícia grega e turca para pedir auxílio. Ele disse que estávamos nos afogando. A polícia grega só respondeu dizendo ‘voltem!’, em árabe.”
Foram mais quatro horas até que eles finalmente chegassem ao litoral da Grécia.
“Eu me senti dona do mundo”, relembra Yusra. “Chorei, agradecendo por minha alma ainda estar no meu corpo.”
Milagrosamente, elas estavam salvas, mas ainda precisavam percorrer um longo caminho e contornar vários obstáculos.
A crise
Na ilha de Lesbos, as irmãs pegaram uma balsa para a capital grega, Atenas, depois um ônibus para a Macedônia do Norte, um trem através da Sérvia e, por fim, foram a pé até a fronteira com a Hungria.
Uma cerca de arame farpado as separava da União Europeia. Se elas cruzassem a fronteira sem serem presas pela polícia, poderiam pedir asilo. Mas elas queriam chegar à Alemanha, de forma que precisavam passar pelas autoridades sem que fossem vistas.
As irmãs ficaram em uma plantação de milho, onde lhes disseram que ficavam os traficantes de pessoas. E esperaram até altas horas da noite, escondidas e com frio, até que um deles chegou oferecendo transporte até a capital da Hungria, Budapeste, em troca de várias centenas de euros.
Quando chegaram a Budapeste, Yusra e Sarah precisaram fugir do lugar aonde foram levadas, depois que ficaram sabendo que eles “vendiam órgãos dos refugiados ou, se fossem atraentes, obrigavam-nos a prostituir-se”, segundo Yusra Mardini.
Como tantos outros, elas foram até a estação internacional de trens da capital húngara, onde encontraram um cenário dantesco. Cerca de cinco mil refugiados ficavam ali, dia e noite, esperando poder embarcar em algum trem. A polícia tentava impedi-los e havia distúrbios.
Em meio à confusão, Sarah e Yusra conseguiram entrar em um vagão, mas uma senhora as denunciou e elas foram detidas.
As irmãs foram confinadas em um campo de refugiados, que “era horrível”, segundo Yusra. Tudo parecia perdido.
Até que, mais uma vez, elas conseguiram fugir e, subitamente, a sorte sorriu para elas. A então chanceler alemã Angela Merkel decidiu acolher refugiados sírios e enviou ônibus especiais para Budapeste, que os levariam para a Áustria e, dali, para a Alemanha.
Seres humanos
“Quando chegamos a Viena [na Áustria], estava chovendo e vimos pela janela os moradores locais dando chá e café quente para os refugiados”, recorda Yusra no documentário da BBC.
“Eles estavam nos esperando. E estavam nos dando boas-vindas! Eles nos deram flores, ursinhos de pelúcia, xampu… tudo o que você pode imaginar.”
“Uma mulher chamada Ann gentilmente nos deixou entrar no seu apartamento para tomar banho”, ela conta. “Eu me lavei, me lavei, me lavei e vi a água saindo escura. Todos nós tomamos banho, compramos roupas e nos sentimos novas pessoas.”
“Ann preparou comida quente para nós e, depois de todo aquele tempo horrível, foi inacreditável voltar a nos sentir como seres humanos, com alguém dizendo: ‘você é bem-vinda, lamentamos pela sua guerra e lamentamos pelo que você está passando.”
Outro sonho
Apesar das enormes dificuldades da travessia, Yusra Mardini nunca perdeu de vista seu objetivo. Ela queria continuar competindo na natação.
Por meio de um intérprete no campo de refugiados, as irmãs conheceram o treinador Sven Spannekrebs. Depois de vê-las nadar, o treinador as contratou e agilizou os trâmites para que elas tivessem acesso ao alojamento e às instalações de um clube de natação local.
E não foi só isso. Ele também ajudou Yusra a realizar seu sonho mais precioso: nadar nos Jogos Olímpicos.
Em 2016, Yusra Mardini competiu nas Olimpíadas do Rio. Ela fez parte da primeira equipe de refugiados dos Jogos Olímpicos, ganhando uma das eliminatórias de nado borboleta.
Em 2017, ela foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade da Acnur – a mais jovem da história, com apenas 19 anos de idade.
Sarah (esquerda) e Yusra Mardini em 2022
Getty Images/via BBC
Já Sarah conseguiu uma bolsa para estudar no Bard College de Berlim, na Alemanha, e começou a trabalhar como voluntária na ONG Emergency Response Center International, com sede em Lesbos, para ajudar outros refugiados que se arriscavam a fazer a mesma travessia perigosa que ela fez com sua irmã.
Em 2018, Sarah foi presa pelas autoridades gregas, acusada, junto com dois outros membros do grupo, de cometer vários delitos, incluindo tráfico, espionagem e fraude. Ela ficou em custódia por mais de 100 dias até ser libertada sob fiança e voltar a Berlim, onde agora vivem os outros membros da sua família.
Quando começou o julgamento contra ela, Sarah não foi autorizada a ir até a Grécia para defender-se.
A organização Human Rights Watch considera a acusação “absurda”, possivelmente “com motivação política”. A Anistia Internacional a descreve como “injusta” e “sem valor”. E um estudo do Parlamento Europeu classificou o julgamento de Lesbos como “o maior caso de criminalização da solidariedade na Europa”.
Mas as irmãs Mardini continuam sendo rostos conhecidos entre os 5,7 milhões de cidadãos sírios que se tornaram refugiados desde 2011 – uma fração dos 103 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo até meados de 2022, segundo a Acnur.
Muitas dessas pessoas, como era Yusra Mardini quando saiu da Síria, são menores de 18 anos.
Ouça o documentário radiofônico “Yusra: Swim for Your Life” (em inglês), que inspirou esta reportagem, no site BBC Sounds.
– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64384249
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Coldplay ainda faz música de verdade ou apenas trilha para palestra motivacional?

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‘Moon Music’, 10º álbum do grupo britânico, desperdiça boas participações em melodias ao mesmo tempo sem referência e sem identidade; veja análise do g1. g1 analisa ‘Moon Music’, novo álbum do Coldplay
O Coldplay lançou nesta sexta-feira (4) “Moon Music”, seu 10º álbum de estúdio — segundo o vocalista Chris Martin, o antepenúltimo da banda, que pretende parar de fazer música após o 12º trabalho. As dez novas faixas, no entanto, deixam a sensação de que eles já pararam.
Nas últimas décadas, o grupo britânico viveu uma das maiores transformações musicais do pop mundial. Foi do rock alternativo melancólico do disco “Parachutes” (2000), influenciado por nomes como Oasis e Radiohead, ao pop motivacional de arena, mostrado principalmente a partir de “Viva la Vida or Death and All His Friends”, de 2008.
A fase mais recente transformou o Coldplay em um fenômeno de venda de ingressos. Iniciada em 2022, a turnê global “Music of the Spheres” arrecadou US$ 945,7 milhões e foi descrita pela revista “Billboard” como a mais lucrativa de todos os tempos para uma banda de rock.
Coldplay no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues
No ano passado, o espetáculo visual cósmico, com lasers, fantoches e pulseirinhas coloridas, passou pelo Brasil em 11 apresentações de estádios, com entradas esgotadas.
Ainda assim, fãs mais antigos torcem o nariz — e torcem por algum indício de retorno da banda às raízes. Esses podem desencanar: o “Moon Music” segue a mesma atmosfera etérea-edificante do trabalho anterior de 2021, o que dá nome à turnê quase bilionária.
Nesses dois álbuns, “Music of the Spheres” e “Moon Music”, o ponto alto são as participações. O primeiro tem Selena Gomez e o grupo de k-pop BTS no auge. O novo disco traz a cantora nigeriana Ayra Starr enriquecendo os vocais de “Good Feelings”, pop funkeado sobre a importância de cultivar bons sentimentos.
Em “We Pray”, louvor com levada de rap, está o também nigeriano Burna Boy, outro astro do afrobeat. Com hits e artistas escalando nas paradas, o pop africano ganhou força global em 2024. Mas o que poderia ser uma boa referência no álbum do Coldplay acaba diluído em melodias que parecem de inteligência artificial.
O disco consegue ser, ao mesmo tempo, sem referências e sem identidade: os arranjos não se conectam de verdade com nenhum movimento musical. Já as letras falam de um mundo sem complexidade, onde apenas o poder do amor é capaz de resolver problemas geopolíticos e unir nações em guerra.
“One World”, a música que fecha o “Moon Music”, tem Chris Martin em um instrumental onírico repetindo as palavras “um mundo, apenas um mundo”, para depois concluir: “No fim, é só amor”.
Capa de ‘Moon Music’, 10º álbum do Coldplay
Divulgação
Escolha seu lugar
Não é exatamente para ouvir música que os fãs lotam as apresentações do Coldplay. Com ornamentações de todo tipo, os shows do grupo são vendidos como “experiências” que agradam também outros sentidos.
Mas, se ao vivo a combinação com elementos visuais ajuda a criar um clima mágico, no trabalho de estúdio tudo se torna bem mais monótono.
O Coldplay não está interessado na música em si, mas em guiar as sensações do público. E, sem pirotecnia ou chuva de papel picado, a experiência fica mais parecida com uma palestra motivacional.
Na música-título, que abre o álbum, há um instrumental ambiente de quase dois minutos, perfeito para os espectadores irem escolhendo seus lugares no auditório. Depois, o “Moon Music” encaminha o ouvinte para se animar em “Feels Like I’m Falling in Love”; para refletir em “We Pray”; se empoderar em “IAAM”; se emocionar ao lembrar de tempos mais difíceis em “All My Love”.
Quem consegue deixar o mau humor de lado para se entregar de corpo e alma a esse tipo de vivência pode dar o play tranquilo. Vai ser divertido. Os outros provavelmente vão achar um tanto cafona.

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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