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Festas e Rodeios

Ana Carolina resgata paixão de adolescente em turnê que canta Cássia Eller: ‘Mistura da mulher que eu sou com a garota que fui’

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Show desembarca em Jaguariúna nesta sexta. Em entrevista ao g1, cantora falou do desafio de interpretar Cássia sendo muito fã e comentou as mudanças na forma de divulgação de músicas atualmente: ‘Se fizer ao vivo, aí vejo que não é de plástico’. Ana Carolina apresenta show de turnê em homenagem a Cássia Eller
Priscila Prade
A voz marcante e grave, que estourou em 1999 quando surpreendeu todo mundo pela potência ao entoar os versos “Minha garganta estranha, quando não te vejo”, tornou Ana Carolina um ícone de interpretação e composição da música brasileira nas últimas duas décadas. Aos 48 anos, com a carreira consolidada lotada de hits e prêmios, a cantora revisita o universo que, além de ser uma de suas principais referências, descortina sua “versão fã”.
A artista estreou, em setembro, a turnê “Ana Canta Cássia – Estranho seria se eu não me apaixonasse por você”, em que faz uma homenagem ao reportório de Cássia Eller, também um dos grandes nomes da história do MPB, que morreu em dezembro de 2001 e faria 60 anos no ano passado. O show desembarca na Red Eventos, em Jaguariúna (SP), nesta sexta-feira (27).
Em entrevista exclusiva ao g1 por telefone, Ana Carolina contou detalhes sobre a concepção da turnê, como os desafios para a escolha do repertório, se posicionou em relação ao novo cenário de produção musical do Brasil atualmente e falou dos desafios de interpretar a cantora da qual sempre foi fã e admirava desde adolescente.
Cantora Ana Carolina
Jorge Farjalla
“Eu sempre quis homenagear a Cássia, mas ao mesmo tempo eu pensava que seria meio que uma loucura, porque eu sempre foi muito fã dela. Então eu pensei em fazer tudo da melhor maneira possível. Comecei a ouvir tudo de novo o que eu já ouvia como fã e fazer com que a coisa ficasse mais natural para mim e desde o início foi tudo maravilhoso. Fazer isso é uma mistura da mulher de 48 anos que eu sou, com a garota que eu era e ouvia os discos da Cássia. É um encontro com uma das melhores partes de mim”, explicou Ana.
O repertório conta com 25 músicas, além de uma inédita composta pela própria Ana Carolina ao lado de Bruno Caliman. No bis, o público encontra quatro hits da carreira de Ana. Entre as canções gravadas por Cássia escolhidas para o show, além dos grandes clássicos, tem resgates de Lado B e uma homenagem às várias facetas da artista, como o período em que passeou pelo samba, apesar de ter construído a caminhada com os pés fincados no blues e no rock.
“A minha preocupação foi tirar um pouco o repertório do lugar comum. Claro que eu tenho que fazer os grandes hits, como ‘Por enquanto’, ‘Segundo Sol’, ‘Malandragem’, mas eu consigo também sair um pouco do óbvio. Eu faço uma sequência com ‘Maluca’, ‘Milagreiro’ e ‘Nós’, que é um Lado B que eu gosto muito, e aí já entro no bloco samba. A Cássia tinha muito essa riqueza, essa coisa da brasilidade”, pontuou.
Ana Carolina
Barbara Furtado / Dantas Jr. / Qualistage
‘Não poderia me trair, nem trair a Cássia’
A semelhança entre as vozes das duas é perceptível até aos menos atentos. Não por acaso, a cantora conta que, quando apareceu com “Garganta”, disseram que muita gente questionou Cássia se era ela a mulher que fazia sucesso na trilha sonora da novela “Andando nas Nuvens”, da TV Globo. No entanto, Ana se veste de uma despretensão ímpar ao dizer que “nunca conseguiu confirmar se essa história é verdade ou não”.
Apesar das características em comum, Ana Carolina procurou encontrar um “terceiro caminho” entre as duas identidades para fazer a releitura das músicas. Por ser muito fã, a artista percebeu que começou a “respeitar demais” a cara dada por Cássia às canções e passou a ter a preocupação de, em alguns momentos, fazer diferente.
“Não se trata de dar a minha cara, mas sim uma cara para ficar, neste momento, a canção que foi cantada por mim. Eu não podia me trair e nem trair a Cássia. Mas eu fiz isso muito tranquila, sempre tive uma vontade enorme de fazer isso. Essa homenagem merece um destaque na minha carreira, no meu repertório. Isso me trouxe para o meu universo, para as coisas que eu mais gosto de fazer”, afirmou.
Ana Carolina
Barbara Furtado / Dantas Jr. / Qualistage
‘Se não souber fazer ao vivo, não sobrevive’
Com 24 anos de carreira, Ana Carolina conheceu o auge dos CDs, foi diretamente responsável pela explosão dos DVDs e agora já se adapta à nova forma de produzir e divulgar músicas, com plataformas digitais e redes sociais. A cantora deixou claro que vê com muitos bons olhos as mudanças, pela pluralidade de formato, e acredita que o beneficiado é o público.
“Tem espaço de mídia para todo o tipo de música. Quem ganha é o público. As mudanças têm que ocorrer. Que eu possa passar por todas elas e agregar”, disse.
Entretanto, ela mantém a posição de que, o que brilha mesmo seus olhos, são as performances ao vivo. “Você pode ter música no Instagram, Tik Tok, Spotify, YouTube, se não souber fazer ao vivo, se não segurar ali, no palco, ao vivo, para o seu público, não sobrevive. Quando eu vejo um artista defendendo seu som ao vivo, eu vejo que não é de plástico”, revelou.
Serviço
O que: “Ana canta Cássia- Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você”
Quando: Sexta-Feira (27)
Onde: Red Eventos – Av. Antártica 1530, Santa Úrsula
Quanto: Ingressos custam a partir de R$ 50,00 + taxas e estão à venda pela internet.
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Coldplay ainda faz música de verdade ou apenas trilha para palestra motivacional?

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‘Moon Music’, 10º álbum do grupo britânico, desperdiça boas participações em melodias ao mesmo tempo sem referência e sem identidade; veja análise do g1. g1 analisa ‘Moon Music’, novo álbum do Coldplay
O Coldplay lançou nesta sexta-feira (4) “Moon Music”, seu 10º álbum de estúdio — segundo o vocalista Chris Martin, o antepenúltimo da banda, que pretende parar de fazer música após o 12º trabalho. As dez novas faixas, no entanto, deixam a sensação de que eles já pararam.
Nas últimas décadas, o grupo britânico viveu uma das maiores transformações musicais do pop mundial. Foi do rock alternativo melancólico do disco “Parachutes” (2000), influenciado por nomes como Oasis e Radiohead, ao pop motivacional de arena, mostrado principalmente a partir de “Viva la Vida or Death and All His Friends”, de 2008.
A fase mais recente transformou o Coldplay em um fenômeno de venda de ingressos. Iniciada em 2022, a turnê global “Music of the Spheres” arrecadou US$ 945,7 milhões e foi descrita pela revista “Billboard” como a mais lucrativa de todos os tempos para uma banda de rock.
Coldplay no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues
No ano passado, o espetáculo visual cósmico, com lasers, fantoches e pulseirinhas coloridas, passou pelo Brasil em 11 apresentações de estádios, com entradas esgotadas.
Ainda assim, fãs mais antigos torcem o nariz — e torcem por algum indício de retorno da banda às raízes. Esses podem desencanar: o “Moon Music” segue a mesma atmosfera etérea-edificante do trabalho anterior de 2021, o que dá nome à turnê quase bilionária.
Nesses dois álbuns, “Music of the Spheres” e “Moon Music”, o ponto alto são as participações. O primeiro tem Selena Gomez e o grupo de k-pop BTS no auge. O novo disco traz a cantora nigeriana Ayra Starr enriquecendo os vocais de “Good Feelings”, pop funkeado sobre a importância de cultivar bons sentimentos.
Em “We Pray”, louvor com levada de rap, está o também nigeriano Burna Boy, outro astro do afrobeat. Com hits e artistas escalando nas paradas, o pop africano ganhou força global em 2024. Mas o que poderia ser uma boa referência no álbum do Coldplay acaba diluído em melodias que parecem de inteligência artificial.
O disco consegue ser, ao mesmo tempo, sem referências e sem identidade: os arranjos não se conectam de verdade com nenhum movimento musical. Já as letras falam de um mundo sem complexidade, onde apenas o poder do amor é capaz de resolver problemas geopolíticos e unir nações em guerra.
“One World”, a música que fecha o “Moon Music”, tem Chris Martin em um instrumental onírico repetindo as palavras “um mundo, apenas um mundo”, para depois concluir: “No fim, é só amor”.
Capa de ‘Moon Music’, 10º álbum do Coldplay
Divulgação
Escolha seu lugar
Não é exatamente para ouvir música que os fãs lotam as apresentações do Coldplay. Com ornamentações de todo tipo, os shows do grupo são vendidos como “experiências” que agradam também outros sentidos.
Mas, se ao vivo a combinação com elementos visuais ajuda a criar um clima mágico, no trabalho de estúdio tudo se torna bem mais monótono.
O Coldplay não está interessado na música em si, mas em guiar as sensações do público. E, sem pirotecnia ou chuva de papel picado, a experiência fica mais parecida com uma palestra motivacional.
Na música-título, que abre o álbum, há um instrumental ambiente de quase dois minutos, perfeito para os espectadores irem escolhendo seus lugares no auditório. Depois, o “Moon Music” encaminha o ouvinte para se animar em “Feels Like I’m Falling in Love”; para refletir em “We Pray”; se empoderar em “IAAM”; se emocionar ao lembrar de tempos mais difíceis em “All My Love”.
Quem consegue deixar o mau humor de lado para se entregar de corpo e alma a esse tipo de vivência pode dar o play tranquilo. Vai ser divertido. Os outros provavelmente vão achar um tanto cafona.

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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