Connect with us

Festas e Rodeios

Garoto de 14 anos fala sobre apoio da família e mudança de vida após se assumir transgênero: ‘sou muito orgulhoso’

Published

on

Callebe Ferreira Marques vive como transgênero há cerca de um ano, em São Paulo. Em entrevista ao g1, ele e a mãe falam sobre os desafios de trocar a identidade de gênero ainda na adolescência. Garoto trans fala sobre apoio da mãe e mudança após se assumir: ‘sou muito orgulhoso’
Quando todo mundo o chamava por nome feminino, vivia trancado no quarto, angustiado e foi diagnosticado com depressão. Quando entendeu que era um menino num corpo de menina, e trocou o nome, os pronomes, o cabelo e as roupas, Callebe Ferreira Marques, de 14 anos, desabrochou e viu a vida melhorar: “Parece que eu saí de uma prisão, um casulo”.
A maior transformação veio depois que ele recebeu apoio da mãe, a contadora Andrea Ferreira Marques Santos, 45 anos, que o acompanha em consultas médicas, grupos de apoio e atendimentos multidisciplinares.
280 crianças e adolescentes trans fazem transição de gênero no HC da USP
Em entrevista ao g1 para o Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado neste domingo (29), Callebe e Andrea contaram os ganhos e os desafios de passar pelo processo de se entender como transgênero na adolescência (assista ao vídeo acima).
“Eu me sinto livre mesmo. Por mais que eu tenha questões com o meu corpo de eu não me identificar com ele, nem com a minha voz, nem com um monte de coisa, eu me sinto muito mais livre”, disse o garoto, que vive na Zona Sul de São Paulo e vai começar o ensino médio neste ano.
Callebe Ferreira Marques, garoto trans, ao lado da mãe, Andrea
Celso Tavares/g1
Do tradicional à família da diversidade
Callebe vive hoje com a mãe e o irmão, Felipe, de 23 anos, em São Paulo. O fato de Felipe ter se declarado gay há alguns anos contribuiu para que Andrea já estivesse com a cabeça mais aberta quando o filho caçula se declarou trans, em março de 2022.
“Sou de uma família convencional, religiosa. Sou hétero, me casei aos 20 anos com o pai deles. E eu ensinei o que eu aprendi no tradicional, que não existiam variações [de identidades de gênero e orientações sexuais]. Então, a gente não teve nenhum tipo de influência em casa para que o Felipe fosse gay e nem o Callebe fosse trans”, afirma Andrea, que agora está divorciada.
Ela diz que chegou a se sentir culpada em alguns momentos, mas depois de estudar e fazer terapia, entendeu que tanto o processo do Callebe, de identificação com outro gênero, quanto a orientação sexual do filho mais velho, aconteceriam independentemente do que ela fizesse como mãe.
“Eu optei por ficar do lado da informação, em vez de rejeitar o meu filho, porque eu já vi muitos casos de filhos na rua.”
Depois de processar tudo isso, foi a hora de falar com amigos e familiares sobre a mudança de Callebe. O adolescente conta que seu pai aceitou e já o acompanhou em atendimentos no Caps, o Centro de Assistência Psicossocial.
Alguns parentes abraçaram a mudança de imediato, enquanto outros demoraram um pouco para usar o nome e os pronomes masculinos. Alguns amigos se afastaram, mas outros apareceram e deram o acolhimento que o jovem precisava. Ele também tem uma namorada, desde 2019, que o apoiou na transição.
Callebe ao lado da mãe e do irmão Felipe, de 23 anos
Celso Tavares/g1
Mudanças físicas
Callebe não fez nenhum bloqueio hormonal, mas espera começar a tomar hormônios masculinos a partir dos 16 anos. O estudante também pretende fazer a cirurgia para retirada dos seios depois dos 18 anos.
Andrea tem buscado informações com profissionais e fontes confiáveis para conduzir o processo da melhor forma possível. E sempre discute tudo com o pai do adolescente.
“Marquei uma primeira consulta com endocrinologista. Eu vou junto. Eu quero entender todo o processo, como vai ser, o que vai envolver, quais os efeitos colaterais. E aí eu vou ter que autorizar. Então é uma grande responsabilidade. É uma jornada em conjunto, e eu prefiro estar do lado dele apoiando. Quero que ele cresça saudável e gostaria muito que ele fosse respeitado”, diz a mãe.
Não existem dados de quantas crianças e adolescentes trans existem no Brasil — não há nenhum tipo de dado oficial sobre essa população. Na Universidade de São Paulo (USP), cerca de 280 crianças estão fazendo acompanhamento para possível transição de gênero sexual.
Uso do banheiro é desafio
Callebe conta que sofreu muitas situações de bullying na escola, já foi perseguido, empurrado e se machucou num dos episódios. Também passou por constrangimentos por usar o banheiro masculino da escola.
“É uma questão muito sofrida para mim. E eu ficava, tipo, ‘como vou entrar no banheiro masculino?’ Porque eu ficava com medo de ser agredido ou estuprado lá dentro. Tinha uma época que eu parei de usar, porque eu fiquei com medo de entrar.” Pra ele, o ideal é todas as pessoas fossem respeitadas em todos os espaços públicos.
Callebe diz que já passou por bullying e situações constrangedoras depois de assumir trans
Celso Tavares/g1
Outro desafio é a aceitação do nome masculino. Callebe diz que algumas pessoas insistem em perguntar e usar o nome da certidão de nascimento, o chamado “nome morto”.
“[O nome do registro] não me representa mais. Eu não me apresento mais como uma menina, com uma imagem feminina sobre mim. E eu acho que esse nome me lembra tudo o que eu já passei de ruim. Quando erram meu nome ou o pronome, é uma violência contra mim. A gente não quer que as pessoas concordem, a gente só quer respeito.”
O estudante lembra que a comunidade é alvo de todo tipo de violência e, por isso, não foi fácil se identificar como trans. “Mas não é uma escolha”, reforça ele.
O Brasil teve 131 pessoas trans assassinadas em 2022, uma média de 11 por mês, segundo relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado no último dia 26. As vítimas foram 130 mulheres trans/travestis e um homem trans.
Andrea espera que mais pessoas tenham acesso a informações de qualidade para que pessoas trans, como seu filho, possam ser respeitadas e viver de forma tranquila.
“O mundo, infelizmente, não está preparado. Esses meninos que só estão querendo sobreviver, viver normalmente no mundo. Como que eu poderia rejeitar isso, como mãe, se o que eu quero é ver o meu filho crescer saudável? Então, eu escolhi estar do lado da informação. Em vez de estar do lado da ignorância.”
Callebe, jovem trans de 14 anos, fala sobre mudanças na vida: “Sou mais livre, estou muito melhor”
Celso Tavares/g1
Marcha trans em junho de 2022, em São Paulo, alertou para a importância do acolhimento desde a infância
Celso Tavares/g1

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Rapper Budah lança o primeiro álbum, ‘Púrpura’, com nomes como Delacruz, Djonga e Duda Beat entre as 15 faixas

Published

on

By

Indicada ao BET Hip Hop Awards 2024, a artista capixaba segue movimento ascendente desde 2021 com mix sensual de trap com gêneros como R&B. Rapper Budah reúne no álbum ‘Púrpura’ produtores musicais como Dmax, Go Dassisti, Jok3r, Los Brasileiros, Pedro Lotto, Tibery e Wey
Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Desde 2021, a rapper capixaba Budah vem seguindo trajetória ascendente em movimento que incluiu a assinatura de contrato com a gravadora Universal Music no ano passado.
Nascida Brenda Rangel em Vila Velha (ES), mas criada em Cariacica (ES) em família musical, a cantora e compositora se tornou Budah ao se lançar na cena de rap e no universo do grafite do Espírito Santo.
Sete anos se passaram desde o lançamento em 2017 da primeira música autoral de Budah, Neguin, e a edição do primeiro álbum da artista, Púrpura, no mercado digital desde ontem, 4 de outubro.
Com as presenças de nomes como Djonga, Duda Beat, Delacruz, Azzy, MC Luanna, TZ da Coronel, Thiago Pantaleão e Day Limns, o álbum Púrpura sai após dezenas de singles – editados por Budah desde 2017, muitos em colaboração com outros artistas – e chega no rastro da indicação da rapper ao BET Hip Hop Awards 2024 na categoria Melhor flow internacional.
Capa do álbum ‘Púrpura’, de Budah
Divulgação
Formatado por vários produtores musicais, em time que inclui Dmax, Go Dassisti, Jok3r, Los Brasileiros, Pedro Lotto, Tibery e Wey, entre outros nomes, o álbum Púrpura parte do trap para abarcar com sensualidade gêneros como R&B, mote de temas como 812.
Antecedido pelo single Linha de frente, o álbum Púrpura reúne músicas como Deve ser horrível ser você, Hora H (gravada com a adesão de Azzy), Maré, Ninguém vai te superar (faixa turbinada com a presença de Djonga), Pouca roupa e Visão (com Duda Beat e Thiago Pantaleão). Dois interlúdios, Rádio e Nosso laço, costuram o repertório autoral de Budah no primeiro álbum da rapper.
Dez anos após jogar na internet em 2014 um bem recebido cover de Billionaire (2010), música do rapper Travie McCoy gravada com a participação de Bruno Mars, Budah segue em movimento com a intenção de cruzar a linha de frente do hip hop nacional. O lançamento do álbum Púrpura é bom passo na caminhada da artista.
Budah, artista capixaba nascida Brenda Rangel em Vila Velha (ES) e criada em Cariacica (ES), lança o primeiro álbum dez anos após ter jogado a primeira música na internet
Divulgação

Continue Reading

Festas e Rodeios

Caso Diddy: psiquiatra explica onda de comentários irônicos envolvendo denúncias a rapper

Published

on

By

Pessoas têm postado comentários ironizando toda a situação, que envolve crimes de violência física e sexual. Especialista cita que redes sociais amplificam o ‘efeito manada’. Psiquiatra explica onda de comentários irônicos envolvendo o caso Sean Combs
Sean “Diddy” Combs não saiu das notícias dos últimos dias. O rapper, que também é conhecido como Puff Daddy, foi preso no dia 16 de setembro sob a suspeita de tráfico sexual e agressão. O artista é acusado de abuso sexual e de drogar pessoas durante festas promovidas por ele.
Diddy nega todas as acusações, que são bem semelhantes às feitas por Cassie Ventura. A ex-namorada do rapper abriu um processo contra ele alegando que foi estuprada e violentada por mais de uma década.
Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão
Além de tudo o que virou notícia sobre o caso, uma situação chamou a atenção nas redes sociais: apesar de todas as questões de violência física e sexual do caso, muita gente decidiu fazer piada e ironizar a situação.
Desde a prisão do rapper, a internet ficou cheia de postagens inspiradas nesse caso. Muitos delas apontam nomes de amigos famosos do cantor, como Jay-Z. Os dois têm uma relação bem próxima. O cantor, inclusive, já foi criticado por não ter se posicionado sobre o caso Diddy.
Caso Diddy: quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
Quem são os sete filhos do rapper
Instagram de Sean Diddy Combs
Reprodução/Instagram
O Instagram do rapper, atualmente, conta só com duas fotos. Uma é de sua filha Chance, de 18 anos, e outra de sua caçula, Love, de 1 ano e 9 meses. No espaço para comentários, muitas piadinhas.
Muitas delas, de brasileiros que estão “culpando” Diddy por casos que aconteceram no país. Por exemplo, tem gente afirmando que não vai perdoar Diddy por ele ter empurrado Mc Kevin da sacada. O rapper brasileiro morreu em 2021 após cair do 5º andar de hotel na Barra da Tijuca. Tem gente que diz, também, que Diddy seria responsável pela morte do Silvio Santos. O apresentador morreu em agosto, aos 93 anos.
As postagens seguem a linha de teorias da conspiração que surgiram após a prisão de Diddy e que afirmam que ele estaria envolvido na morte de astros internacionais.
Existem ainda mais memes e tentativas de piadas com outras questões relacionadas ao caso: como a grande quantidade de garrafas de óleo de bebê encontradas na casa do rapper. Ou também sobre o fato de Justin Bieber ter Diddy como um de seus padrinhos musicais.
A falta do olhar do outro
Internautas criam memes ironizando caso de Sean Diddy Combs
Reprodução/Instagram
Autor de livros como “Viagem por dentro do cérebro”, “Doentia maldade” e “O lado bom do lado ruim”, o psiquiatra Daniel Barros explicou ao g1 que as pessoas tendem a contar piadas com temas graves, porque as redes sociais eliminam uma parte fundamental da interação humana: o olhar do outro.
“No ambiente virtual, não há um feedback imediato das reações emocionais dos interlocutores, como acontece nas interações face a face. E aí, sem ver o sofrimento ou a indignação diretamente, as pessoas não têm o freio social que normalmente as impediria de ironizar questões sérias”, afirma Daniel.
“Sem ver o sofrimento ou a indignação diretamente, as pessoas não têm o freio social que normalmente as impediria de ironizar questões sérias.”
“Assim, acabam expressando desprezo ou falta de empatia, algo que provavelmente não fariam no mundo real, onde o desconforto gerado pelas expressões de dor do outro seria mais evidente”, completa o psiquiatra.
O médico também comenta que as redes sociais amplificam o efeito manada. Esse comportamento é muito usado na psicologia para explicar como as pessoas, quando estão em grupo, agem e reagem de uma mesma forma, mesmo sem um planejamento.
“Quando uma pessoa faz um comentário irônico ou ofensivo, outros podem seguir o exemplo e agir da mesma maneira, sem refletir profundamente sobre o impacto disso. Essa propagação rápida de comportamentos antissociais se deve ao fato de que, nas redes, as respostas não são vistas em tempo real, o que dá uma sensação de anonimato e segurança, mesmo que parcial. Isso faz com que a escalada de agressividade e ironia ocorra de maneira mais veloz e generalizada.
Daniel ainda comenta que uma mudança em relação a esse tipo de atitude requer tempo e adaptação.
Mas ele explica que se a sociedade se tornar mais consciente dos efeitos negativos das redes sociais, talvez as pessoas desenvolvam novas formas de empatia e autorregulação no ambiente virtual.
“Um caminho potencial seria uma maior educação sobre os impactos de nossas ações on-line e o desenvolvimento de mecanismos de autorreflexão para pensar antes de postar.”

Continue Reading

Festas e Rodeios

Coldplay ainda faz música de verdade ou apenas trilha para palestra motivacional?

Published

on

By

‘Moon Music’, 10º álbum do grupo britânico, desperdiça boas participações em melodias ao mesmo tempo sem referência e sem identidade; veja análise do g1. g1 analisa ‘Moon Music’, novo álbum do Coldplay
O Coldplay lançou nesta sexta-feira (4) “Moon Music”, seu 10º álbum de estúdio — segundo o vocalista Chris Martin, o antepenúltimo da banda, que pretende parar de fazer música após o 12º trabalho. As dez novas faixas, no entanto, deixam a sensação de que eles já pararam.
Nas últimas décadas, o grupo britânico viveu uma das maiores transformações musicais do pop mundial. Foi do rock alternativo melancólico do disco “Parachutes” (2000), influenciado por nomes como Oasis e Radiohead, ao pop motivacional de arena, mostrado principalmente a partir de “Viva la Vida or Death and All His Friends”, de 2008.
A fase mais recente transformou o Coldplay em um fenômeno de venda de ingressos. Iniciada em 2022, a turnê global “Music of the Spheres” arrecadou US$ 945,7 milhões e foi descrita pela revista “Billboard” como a mais lucrativa de todos os tempos para uma banda de rock.
Coldplay no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues
No ano passado, o espetáculo visual cósmico, com lasers, fantoches e pulseirinhas coloridas, passou pelo Brasil em 11 apresentações de estádios, com entradas esgotadas.
Ainda assim, fãs mais antigos torcem o nariz — e torcem por algum indício de retorno da banda às raízes. Esses podem desencanar: o “Moon Music” segue a mesma atmosfera etérea-edificante do trabalho anterior de 2021, o que dá nome à turnê quase bilionária.
Nesses dois álbuns, “Music of the Spheres” e “Moon Music”, o ponto alto são as participações. O primeiro tem Selena Gomez e o grupo de k-pop BTS no auge. O novo disco traz a cantora nigeriana Ayra Starr enriquecendo os vocais de “Good Feelings”, pop funkeado sobre a importância de cultivar bons sentimentos.
Em “We Pray”, louvor com levada de rap, está o também nigeriano Burna Boy, outro astro do afrobeat. Com hits e artistas escalando nas paradas, o pop africano ganhou força global em 2024. Mas o que poderia ser uma boa referência no álbum do Coldplay acaba diluído em melodias que parecem de inteligência artificial.
O disco consegue ser, ao mesmo tempo, sem referências e sem identidade: os arranjos não se conectam de verdade com nenhum movimento musical. Já as letras falam de um mundo sem complexidade, onde apenas o poder do amor é capaz de resolver problemas geopolíticos e unir nações em guerra.
“One World”, a música que fecha o “Moon Music”, tem Chris Martin em um instrumental onírico repetindo as palavras “um mundo, apenas um mundo”, para depois concluir: “No fim, é só amor”.
Capa de ‘Moon Music’, 10º álbum do Coldplay
Divulgação
Escolha seu lugar
Não é exatamente para ouvir música que os fãs lotam as apresentações do Coldplay. Com ornamentações de todo tipo, os shows do grupo são vendidos como “experiências” que agradam também outros sentidos.
Mas, se ao vivo a combinação com elementos visuais ajuda a criar um clima mágico, no trabalho de estúdio tudo se torna bem mais monótono.
O Coldplay não está interessado na música em si, mas em guiar as sensações do público. E, sem pirotecnia ou chuva de papel picado, a experiência fica mais parecida com uma palestra motivacional.
Na música-título, que abre o álbum, há um instrumental ambiente de quase dois minutos, perfeito para os espectadores irem escolhendo seus lugares no auditório. Depois, o “Moon Music” encaminha o ouvinte para se animar em “Feels Like I’m Falling in Love”; para refletir em “We Pray”; se empoderar em “IAAM”; se emocionar ao lembrar de tempos mais difíceis em “All My Love”.
Quem consegue deixar o mau humor de lado para se entregar de corpo e alma a esse tipo de vivência pode dar o play tranquilo. Vai ser divertido. Os outros provavelmente vão achar um tanto cafona.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.