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Festas e Rodeios

A obra de arte por trás da extraordinária fuga de menina dos nazistas durante a 2ª Guerra

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A história de Dolly tem paralelos notáveis ​​com a célebre história de Anne Frank — que estava escondida, ao mesmo tempo, em outra casa a menos de três quilômetros de distância Dolly, neta de Siegbert e Johanna Margarete Stern
Sotherby’s/via BBC
Uma grande obra do pintor russo Wassily Kandinsky pode ser vendida a preço recorde em um leilão em Londres no mês que vem.
Por trás da pintura, no entanto, está a história trágica e heroica de uma família, revelada em um livro de memórias não publicado, escreve Stephen Smith.
Começa com uma garotinha de sete anos escondida em um cômodo secreto.
Uma mulher diz a ela: “Fica quieta, bem quieta, não pode fazer barulho, ninguém pode saber que você está aqui, ninguém! Está me ouvindo?”
A mulher é a babá que tomava conta da menina — elas estão na casa dela.
“Se você fizer barulho e alguém ouvir, todos nós podemos ser mortos pelos alemães. Ouviu bem?”
Ela não conhece este lugar, a casa da babá, nem a família da babá. Mas ela vai passar os próximos dois anos e meio aqui, escondida neste pequeno cômodo, sem companhia — a não ser um elefante de brinquedo chamado Jumbo —, e tudo por causa de um segredo mortal.
A garotinha, chamada Dolly, é judia. E tudo isso se passa na Amsterdã ocupada pelos nazistas de 1943.
A história de Dolly tem paralelos notáveis ​​com a célebre história de Anne Frank — que estava escondida, ao mesmo tempo, em outra casa a menos de três quilômetros de distância. As duas meninas não se conheciam, e nunca se encontraram.
Anne Frank e sua família foram capturadas em agosto de 1944 e enviadas para Auschwitz.
A mãe, o pai e a avó de Dolly foram assassinados no mesmo campo de extermínio. Mas ela sobreviveu.
Luise e Herbert, a mãe e o pai de Dolly
Sotherby’s/via BBC
Kandinsky na sala de jantar
O relato em primeira pessoa de Anne sobre o tempo em que viveu escondida, O Diário de Anne Frank, se tornaria um dos documentos mais importantes do Holocausto.
O relato de Dolly sobre como ela sobreviveu à guerra está presente em um livro de memórias não publicado, mas sua história está mais ligada a uma obra de arte do que a um livro.
Trata-se de uma obra-prima modernista que está no centro de uma campanha da família de Dolly para reaver uma coleção de arte que eles perderam na guerra.
A aclamada obra é Murnau mit Kirche II (Murnau com a Igreja II, em tradução livre), pintada em 1910 pelo mestre russo Wassily Kandinsky.
A pintura será leiloada, em Londres, em março — e a expectativa é de que seja vendida por mais de US$ 42 milhões, o que seria um recorde para o artista.
Dizem que cada tela conta uma história — e esta conta a história da família de Dolly, quem eles eram e o que aconteceu com eles.
Certa vez, a pintura foi pendurada na parede da elegante casa em que os avós de Dolly moravam em Potsdam, nos arredores de Berlim.
Uma antiga fotografia de família mostra que o Kandinsky ocupava um lugar de destaque na sala de jantar de Siegbert e Johanna Margarete Stern.
Cem anos atrás, o casal criou um negócio têxtil de sucesso. Eles se relacionavam com alguns dos escritores e pensadores mais influentes da época, incluindo Thomas Mann, Franz Kafka e Albert Einstein.
Kandinsky pintou o quadro depois de visitar o vilarejo de Murnau, nas montanhas da Baviera
Sotherby’s/via BBC
Perseguição e golpe
O casal apreciava arte e tinha uma mente aberta. A coleção deles contemplava de pinturas de antigos mestres holandeses a Renoir, incluindo novatos ousados, como Munch e Kandinsky.
O testamento de Siegbert tem um registro de mais de cem obras de arte. Ao lado do Kandinsky na lista, ele escreveu “Landschaft”, que significa “paisagem” em alemão.
Os Sterns também eram atuantes na comunidade judaica. Em 1916, eles ajudaram a criar uma organização para apoiar os judeus que haviam fugido da Europa Oriental e viviam na pobreza na Alemanha.
Com a ascensão dos nazistas, os Sterns e outras famílias de judeus se tornaram alvo de perseguição.
Depois que Siegbert morreu em 1935, a vida se tornou cada vez mais difícil. Alguns dos filhos deles já haviam partido para a Holanda nessa época, e Johanna Margarete foi na sequência, levando consigo alguns de seus móveis e pinturas.
Assim como muitas famílias de judeus, os Stern arrecadaram fundos vendendo obras de arte valiosas a preço de banana para negociantes inescrupulosos.
Em 1941, Johanna Margarete foi declarada apátrida pelos nazistas. Eles ofereceram a ela uma tentadora perspectiva de liberdade: ela poderia obter um visto, o que permitiria a ela deixar a Holanda com a família, em troca de uma pintura do artista francês Henri Fantin-Latour.
Mas era uma armadilha. Ela entregou a pintura, mas nunca recebeu o visto.
Johanna Margarete tentou se esconder, mas foi capturada em 1943, assim como os pais de Dolly.
Em suas memórias, Dolly descreve uma cena desesperadora quando seus pais a confiam aos cuidados da babá, Anna, enquanto fazem o possível para protegê-la do horror que está prestes a acontecer.
“Era tarde da noite, eu já estava dormindo, quando a voz suave de minha mãe me acordou. ‘Dollychen, você tem que levantar agora. Ainda não é de manhã.’ Ela veio e sentou na cama comigo, meu pai também. Eles disseram que tinham que sair por duas semanas, como os alemães queriam, mas depois eles voltariam… a campainha de repente tocou muito alto e de forma insistente, e meu pai abriu a porta. Três oficiais da Grüne Polizei (força policial nazista) entraram, com suas botas fazendo um barulho alto de estalos e batidas. Eles gritaram todos os tipos de ordens bruscamente para que todos se apressassem: ‘Schnell, schnell , sonst schiessen wir.’ (Rápido, rápido, senão a gente atira). Me escondi atrás da Anna e fiquei com medo, muito medo.”
Os pais de Dolly foram levados. Era a última vez que ela os veria. No dia seguinte, ela fez a perigosa jornada pela cidade até a casa de Anna.
Os nazistas forçaram judeus como Dolly a usar uma estrela amarela, mas Anna descosturou o emblema da jaqueta de Dolly e disse que a partir de agora ela deveria chamá-la de tia.
Parte da casa de Anna servia como consultório médico e tinha um pequeno anexo escondido.
A pintura de Kandinsky na parede da sala de jantar da casa dos Sterns
Sotherby’s/via BBC
‘Deus vê tudo’
“No canto esquerdo ao entrar (ficava) uma pia com água fria. Uma cadeira e uma mesa de cozinha velhas mais ou menos (ficavam) no meio, com vista para uma varanda de madeira e um jardim profundo. ‘Este é o seu quarto.’ disse Anna. ‘A porta tranca assim que a porta externa se abre para os pacientes, e somente quando o último médico fecha a porta atrás dele, é que a fechadura abre’.”, escreveu Dolly.
Aquela se tornou a casa dela pelos 30 meses seguintes.
Ela tinha dois livros, uma bíblia infantil e uma coleção de contos de fadas, que lia e relia. Havia um pôster desbotado na parede que dizia “Deus vê tudo”, e Dolly se perguntava como ele podia ver todo mundo, até ela.
“Nas noites em que também havia horário de consulta, eu tinha que sentar no escuro no outono e no inverno. Muitas vezes, me deitava no chão e contava os pés dos pacientes que esperavam pela fresta da porta.”
Sua solidão era pontuada pelo terror das batidas policiais. Anna escondia Dolly sob as tábuas do assoalho ou a enfiava em um armário embaixo da pia. Ela ficava “invisível” em meio a espanadores e esfregões.
“Quando os oficiais alemães estavam dentro da cozinha, Anna se fazia de inocente. Ela fazia piadas alemãs e dominava a situação, mas assim que eles iam embora, ela desabava como um esfregão molhado e se tremia toda.”
Para uma garotinha, uma das partes mais difíceis era ficar totalmente quieta, então quando os Aliados finalmente libertaram Amsterdã em 1945 e Dolly pôde sair do esconderijo, a alegria e o alívio se manifestaram para ela em sons cotidianos.
“Como muitos outros, eu não tinha sapatos. Esse problema foi resolvido com tamancos de madeira que de repente eram vendidos em todos os lugares. Uma sola de madeira e duas tiras no topo. Adorava o barulho. Eu tinha permissão para estar lá, e todo mundo podia ouvir isso, e tinha permissão para saber disso. Eu tinha permissão para viver novamente, viver plenamente.”
Dolly viveu até quase 80 anos — e, de fato, e aproveitou sua vida, a julgar por suas memórias.
Até onde os parentes vivos de Dolly sabem, ninguém daquela casa ainda está vivo — e a BBC não foi capaz de verificar independentemente o relato de Dolly sobre suas experiências.
Os membros mais jovens da família dela assumiram a tarefa de pesquisar o paradeiro da coleção de arte desaparecida dos Sterns.
Em 2013, eles descobriram que havia um Kandinsky em um museu em Eindhoven. Estava lá desde 1951. Poderia ser o da casa de Potsdam?
Os curadores analisaram novamente e encontraram a palavra “Landschaft” riscada na parte de trás do quadro.
Era o mesmo termo que Siegert usara para registrar o Kandinsky em seu testamento, e a caligrafia era bastante compatível com a dele.
Dolly morreu antes que a descoberta pudesse ser confirmada, mas ela sabia que sua família estava no encalço da obra-prima perdida.
Uma descoberta importante foi um cartão postal com a pintura, enviado pela esposa de um negociante de arte a um amigo em 1966. No cartão, ela escreveu: “Este era o nosso Kandinsky”.
Sabia-se que o marido dela estava envolvido na compra de obras de arte de Johanna Margarete durante a guerra.
Após uma longa campanha, o Murnau mit Kirche II foi finalmente devolvido à família — e será vendido na casa de leilões Sotheby’s, em Londres, no mês que vem.
Os lucros serão divididos entre os 13 herdeiros vivos dos Sterns e destinados a mais pesquisas sobre o destino de suas pinturas que permanecem perdidas.
Kandinsky criou Murnau mit Kirche II depois de visitar o vilarejo de Murnau, nas montanhas da Baviera, em 1908.
É uma obra altamente significativa para a história da arte, que remonta ao que o russo havia absorvido de Cézanne e Van Gogh em Paris, mas também prospecta a influência que ele teria sobre Jackson Pollock, Willem de Kooning e outros em Nova York.
“É uma imagem muito, muito especial, uma das maiores de Kandinsky. Vem de um período em que ele está fazendo um avanço na abstração que teria um grande impacto na arte do século 20”, explica Helena Newman, da Sotheby’s.
A maioria das primeiras pinturas de Kandinsky já está em coleções de museus — e é raro que uma tão especial como esta chegue ao mercado. Historiadores da arte dizem que o pintor tinha a condição, ou dom, da sinestesia: era capaz de olhar para uma cor e ouvir música.
Parece apropriado que sua vívida obra-prima perdida esteja ligada à história de uma garotinha que encontrava alegria na música cotidiana dos passos nas ruas liberadas.
A família de Dolly não quis usar o sobrenome dela neste artigo porque quer proteger sua identidade.
O quadro Murnau mit Kirche II, de Wassily Kandinsky, será leiloado na Sotheby’s, em Londres, no dia 1º de março.
Stephen Smith é escritor e radialista.
– Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cl4v52m7840o

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Coldplay ainda faz música de verdade ou apenas trilha para palestra motivacional?

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‘Moon Music’, 10º álbum do grupo britânico, desperdiça boas participações em melodias ao mesmo tempo sem referência e sem identidade; veja análise do g1. g1 analisa ‘Moon Music’, novo álbum do Coldplay
O Coldplay lançou nesta sexta-feira (4) “Moon Music”, seu 10º álbum de estúdio — segundo o vocalista Chris Martin, o antepenúltimo da banda, que pretende parar de fazer música após o 12º trabalho. As dez novas faixas, no entanto, deixam a sensação de que eles já pararam.
Nas últimas décadas, o grupo britânico viveu uma das maiores transformações musicais do pop mundial. Foi do rock alternativo melancólico do disco “Parachutes” (2000), influenciado por nomes como Oasis e Radiohead, ao pop motivacional de arena, mostrado principalmente a partir de “Viva la Vida or Death and All His Friends”, de 2008.
A fase mais recente transformou o Coldplay em um fenômeno de venda de ingressos. Iniciada em 2022, a turnê global “Music of the Spheres” arrecadou US$ 945,7 milhões e foi descrita pela revista “Billboard” como a mais lucrativa de todos os tempos para uma banda de rock.
Coldplay no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues
No ano passado, o espetáculo visual cósmico, com lasers, fantoches e pulseirinhas coloridas, passou pelo Brasil em 11 apresentações de estádios, com entradas esgotadas.
Ainda assim, fãs mais antigos torcem o nariz — e torcem por algum indício de retorno da banda às raízes. Esses podem desencanar: o “Moon Music” segue a mesma atmosfera etérea-edificante do trabalho anterior de 2021, o que dá nome à turnê quase bilionária.
Nesses dois álbuns, “Music of the Spheres” e “Moon Music”, o ponto alto são as participações. O primeiro tem Selena Gomez e o grupo de k-pop BTS no auge. O novo disco traz a cantora nigeriana Ayra Starr enriquecendo os vocais de “Good Feelings”, pop funkeado sobre a importância de cultivar bons sentimentos.
Em “We Pray”, louvor com levada de rap, está o também nigeriano Burna Boy, outro astro do afrobeat. Com hits e artistas escalando nas paradas, o pop africano ganhou força global em 2024. Mas o que poderia ser uma boa referência no álbum do Coldplay acaba diluído em melodias que parecem de inteligência artificial.
O disco consegue ser, ao mesmo tempo, sem referências e sem identidade: os arranjos não se conectam de verdade com nenhum movimento musical. Já as letras falam de um mundo sem complexidade, onde apenas o poder do amor é capaz de resolver problemas geopolíticos e unir nações em guerra.
“One World”, a música que fecha o “Moon Music”, tem Chris Martin em um instrumental onírico repetindo as palavras “um mundo, apenas um mundo”, para depois concluir: “No fim, é só amor”.
Capa de ‘Moon Music’, 10º álbum do Coldplay
Divulgação
Escolha seu lugar
Não é exatamente para ouvir música que os fãs lotam as apresentações do Coldplay. Com ornamentações de todo tipo, os shows do grupo são vendidos como “experiências” que agradam também outros sentidos.
Mas, se ao vivo a combinação com elementos visuais ajuda a criar um clima mágico, no trabalho de estúdio tudo se torna bem mais monótono.
O Coldplay não está interessado na música em si, mas em guiar as sensações do público. E, sem pirotecnia ou chuva de papel picado, a experiência fica mais parecida com uma palestra motivacional.
Na música-título, que abre o álbum, há um instrumental ambiente de quase dois minutos, perfeito para os espectadores irem escolhendo seus lugares no auditório. Depois, o “Moon Music” encaminha o ouvinte para se animar em “Feels Like I’m Falling in Love”; para refletir em “We Pray”; se empoderar em “IAAM”; se emocionar ao lembrar de tempos mais difíceis em “All My Love”.
Quem consegue deixar o mau humor de lado para se entregar de corpo e alma a esse tipo de vivência pode dar o play tranquilo. Vai ser divertido. Os outros provavelmente vão achar um tanto cafona.

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Festas e Rodeios

Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Festas e Rodeios

Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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