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Festas e Rodeios

Vanessa da Mata devolve Belchior ao nordeste ao cantar música de 1979 com João Gomes, astro do piseiro

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Lançado hoje, dia do 47º aniversário da cantora, o single ‘Comentário a respeito de John’ é a terceira amostra do ainda inédito álbum ‘Vem doce’. Capa do single ‘Comentário a respeito de John’, de Vanessa da Mata com João Gomes
Priscila Prade
Resenha de single
Título: Comentário a respeito de John
Artistas: Vanessa da Mata e João Gomes
Composição: Belchior e José Luiz Penna
Álbum: Vem doce
Edição: Edição independente da artista / ONErpm
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Foi com a força do cancioneiro autoral que Vanessa da Mata fez nome na música brasileira a partir de 2002, ano da edição do primeiro álbum da artista mato-grossense. Geralmente composto solitariamente e gravado sem colaborações, esse cancioneiro se revelou autossuficiente para firmar a cantora e compositora, dona de obra de fluxo singular e aparentemente intuitivo.
Ainda assim, Vanessa vez por outra arriscou cantar músicas de lavra alheia e, nos últimos anos, vem se conectando com nomes da nova geração, fazendo movimento recorrente na indústria pop brasileira.
No ainda inédito álbum que lançará neste primeiro semestre de 2023, Vem doce, Vanessa da Mata abre parceria com o produtor e beatmaker Papatinho, canta com o rapper L7nnon e faz dueto com João Gomes.
Astro do piseiro, Gomes teve a cantora como uma das convidadas da gravação ao vivo do álbum Acredite (2022) e, retribuindo o gesto mercadológico, gravou participação na única música do álbum Vem doce sem a assinatura de Vanessa, Comentário a respeito de John (1979), parceria de Belchior (1946 – 2017) com o compositor potiguar José Luiz Penna.
Terceiro single do álbum Vem doce, Comentário a respeito de John chegou ao mundo digital hoje, 10 de fevereiro de 2023, dia do 47º aniversário de Vanessa da Mata.
Sucessor dos singles Vem doce (2022) e Foice (2023), Comentário a respeito de John se impõe como a mais aliciante das três faixas já conhecidas do álbum vindouro. Vanessa e João Gomes trazem a canção de Belchior e José Luiz Penna – valorizada pela letra repleta de alusões à vida e obra de John Lennon (1940 – 1980), referência na trajetória de Belchior – para o universo rítmico nordestino em levada conduzida pelo toque da sanfona de Mestrinho.
É um caminho interessante porque, embora cearense, Belchior poucas vezes explicitou a origem nordestina ao dar forma a um cancioneiro angustiado, apresentado nas décadas de 1970 e 1980 em embalagem pop de sotaque universal.
Na abordagem da cantora com João Gomes, Comentário a respeito de John tangencia a levada do xote em algumas passagens da gravação de três minutos e meio, feita com produção musical orquestrada pela própria Vanessa da Mata. O clima rural é realçado pela viola caipira tocada pelo guitarrista Maurício Pacheco na gravação formatada com a sutileza da bateria de Renan Martins e a leveza da percussão de Vanderlei Silva.
Por mais que a temperatura amena da gravação contraste com a chama do verso-síntese “A felicidade é uma arma quente”, tradução literal do título de música dos Beatles, Happiness is a warm gun (John Lennon e Paul McCartney, 1968), o single flui bem.
Tal como Vanessa da Mata, João Gomes não prima pelo rigor técnico, mas, como bem observou a artista ao anunciar o single nas redes sociais, o canto de Gomes ecoa a prosódia dos vaqueiros cantadores do nordeste se ouvido fora do universo do piseiro. Nesse contexto, o single Comentário a respeito de John resulta redondo.
Ainda que as angústias de Belchior pareçam dissolvidas na gravação, a música soa com força para alcançar outros ouvintes nas vozes de Vanessa da Mata e João Gomes.

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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