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Festas e Rodeios

A multiplicação do Menos é Mais: banda busca público além do pagode e investe em novos grupos

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Grupo de Brasília fez sucesso com pagodes antigos e diz que ‘abriu caminhos’ para gênero por todo Brasil. No projeto ‘Confia’, produtor Dudu Borges foi chamado para tentar expandir público. Duzão, vocalista do grupo Menos é Mais, no DVD ‘Confia’
Jhonnathas Franco/Divulgação
O Menos é Mais virou um fenômeno do pagode com uma gravação simples das músicas “Melhor Eu ir”, “Ligando os Fatos”, “Sonho de Amor” e “Deixa eu te querer”.
O medley que fez o nome do grupo ser conhecido no Brasil foi gravado em 2019, com cenário modesto. Era uma roda de samba gravada em uma casa em Brasília, com amigos como figurantes.
Três anos depois, eles lotaram a Arena Nilson Leite, na mesma cidade, com 12 mil pessoas para gravar o novo projeto “Confia”, com toda a estrutura e produção de uma banda de sucesso.
Ouça o podcast g1 ouviu com o grupo Menos é Mais:
Com o novo trabalho, a meta do grupo de Brasília é conquistar fãs além do nicho do pagode, por isso as parcerias com João Gomes, Matheus Fernandes e Hugo e Guilherme, além de Dilsinho, Ferrugem e Raça Negra.
Eles também contrataram Dudu Borges, produtor que ficou conhecido por estourar nomes no sertanejo e ter produzido Thiaguinho, para o primeiro DVD. “A ideia com o Dudu foi trazer um produto do sertanejo, segmento que tem o maior alcance no Brasil, para juntar com o nosso pagode”, diz Jorge Farias, fundador e percussionista do grupo.
“A gente está unindo essas características de composições do sertanejo, com arranjos diferentes, mas sem perder a essência do jeito que a gente toca pagode”.
“Lapada Dela”, parceria com Matheus Fernandes, “Saudade na Terra” e “Iludidão” são as apostas do grupo entre as músicas novas.
O vocalista Duzão vê que os anos da estrada foram importantes para o amadurecimento do grupo. “A gente vai pegando experiências ali, aqui. Vai sabendo o que pode ou não pode fazer nos shows, depois dos shows e segue evoluindo”.
Pagode em todo lugar
Menos É Mais é formado por Ramon Alvarenga, Gustavo Goés, Duzão, Jorge Farias e Paulinho Henrique
Jhonnathas Franco
O discurso dos cinco integrantes do Menos é Mais é bem alinhado. Duzão, Jorge, Gustavo Goés, Ramon Alvarenga e Paulinho Henrique defendem que abriram os caminhos para o pagode fora do eixo Rio-São Paulo com o meio que tinham: a internet.
“Hoje o cara que toca pagode lá no Manaus, acredita tanto quanto o cara que toca pagode lá em Sergipe e o outro que está em Porto Alegre”, explica Farias.
Eles até chamam o que fazem de “revolucionário”, apesar de ser exagero já que regravar sucessos antigos é uma prática comum em qualquer pagode há décadas.
O próprio Thiaguinho, por exemplo, começou com a Tardezinha, projeto em que revisita clássicos do pagode, em 2015, quatro anos antes do Menos é Mais gravar o medley de sucesso.
“Não é só pela música em si, é a forma como a gente trabalhou, como a gente quis levar o som. A gente fica feliz todas as vezes que as pessoas nos encaram e entendem como uma revolução, porque é algo que está marcado na história”, afirma Gustavo Goés, outro fundador e percussionista do grupo.
“A gente está falando de uma cidade que há oito anos só tocava sertanejo dentro das boates. No final de 2022 a gente viu de sete a 10 artistas acreditando que podem também ser um Menos é mais ou um Di Proposito, que também saiu daqui, produzindo eventos, gravando um material bacana”, continua.
Multiplicação de grupos parecidos
Benzadeus
Divulgação
Para o Menos é Mais, quanto mais gente tocando e cantando pagode é melhor, até para esquentar o segmento. Mesmo que muitos sejam bem inspirados neles. “A gente nunca pode ser contra novos ‘Menos é mais’ aparecer por aí. No ano passado, nós tivemos 179 shows em 2022 e te garanto que tem muito espaço, até sobra espaço no Brasil”, diz Jorge.
Eles incentivam a cena brasiliense do pagode convidando grupos locais para abrir os shows na cidade, mas também assumiram um lado de investidor. Farias e Goés são empresários de dois grupos, o BenzaDeus e o Largo Tudo, através da produtora Bem Dito.
O primeiro grupo tem o carioca Magrão, ex-vocalista do Exaltasamba, como líder e já gravou o primeiro álbum. Eles assinaram com a Som Livre em janeiro.
Os demais músicos são de Brasília: Vini (reco e voz), Das Sortes (surdo e voz), Neném (pandeiro) e Pedigree (banjo e voz).
Grupo Largo Tudo tem como empresários os fundadores do Menos é Mais
Divulgação/Ricardo Ribeiro
Já o Largo Tudo é uma aposta de Farias lá de Manaus, cidade natal do músico. Eles se conheceram pela internet, durante a pandemia, mas hoje os quatro integrantes moram em Brasília.
“São jovens talentosos que sabem tocar pagode e vão aprender muitos outros valores que a gente carrega. Aprendemos muito na estrada e vamos poder passar para eles”, afirma Jorge.
“Hoje um artista ‘local’ talvez não tenha acesso a um compositor conhecido do Rio, não tenha acesso às rádios famosas de pagode. Hoje, a gente consegue passar isso para os jovens, no sentido de falar para fazer de um jeito ou de outro, ajudar com produtores”.
“Agora, o cenário do pagode do Brasil vê Brasília com um berço do pagode também. Reconhece como uma cidade que tem uma cena quente por aqui”, finaliza o músico.

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Ferrugem mostra uma das melhores vozes do Rock in Rio em edição mais pagodeira da história

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Cantor lotou palco Sunset depois de Joss Stone se apresentar para público mediano. Show demonstrou, na prática, força do pagode no festival. Ferrugem e Gilsons cantam ”Várias Queixas” no Rock in Rio
Não é exagero dizer que Ferrugem é um dos melhores cantores que passaram pelo Rock in Rio 2024 até esta quinta-feira (19). Sua voz é tão limpa que ouvir ao vivo é quase como escutar a gravação de estúdio.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O carioca lotou o Palco Sunset do festival, logo depois da britânica Joss Stone se apresentar para um público mediano no Palco Mundo, que fica ao lado. Um coro grandioso da plateia em “Me Perdoa”, música gravada em 2022 com Iza, surpreendeu quem estava ali só de passagem.
A apresentação demonstrou, na prática, a força do pagode no Rock in Rio. A edição de 2024 é a mais pagodeira da história do festival. Ao todo, serão 13 artistas do pagode e do samba — além de Ferrugem, também estão na programação Belo, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Péricles, Zeca Pagodinho, Alcione, entre outros.
Ferrugem se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Não precisava, mas, talvez por medo de certa resistência do público ao ritmo, ele incluiu no setlist o clássico sertanejo “Evidências”, aposta segura (e um tanto batida) para fazer a plateia cantar. “Essa é quase o hino nacional”, brincou. Também apresentou um cover de “Você me Vira a Cabeça”, de Alcione.
No palco, Ferrugem foi acompanhado por backing vocals e uma enorme banda de samba. Em “Apaguei pra Todos”, música lançada neste ano, ele deu espaço para um solo de guitarra. Em “O Som do Tambor”, sua voz duelou com o som do cavaquinho.
No maior hit da carreira, “Pirata e Tesouro”, de 2018, Ferrugem abraçou as duas filhas e beijou a mulher, Thais Vasconcelos.
Ferrugem encontra as filhas no Rock in Rio.
Stephanie Rodrigues/g1
A banda Gilsons, anunciada como convidada da apresentação, apareceu só perto do final para tocar os hits de festa de brasilidades “Love Love” e “Várias Queixas”.
Como tem acontecido nos shows conjuntos desta edição, os visitantes tiveram presença discreta. Tudo bem. Ferrugem daria conta, mesmo sozinho.
No palco, ele lembrou que estreou no Rock in Rio em 2022 no Espaço Favela — um palco menor e afastado das vias principais do festival. Depois de ser “promovido” ao Sunset em 2024, está bem claro que seu destino natural é chegar ao Palco Mundo, o mais cobiçado do evento.
Cartela resenha crítica g1
g1

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Joss Stone transborda carisma e talento em show com público modesto no Rock in Rio

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Cantora fez piadinha em português e transformou ‘Mr. Wankerman’ em ‘Mr. Vacilão’ em apresentação intimista vigorosa. Joss Stone fala ‘vacilão’ em ‘Mr. Wankerman’
Foi para uma plateia modesta que Joss Stone se apresentou na noite desta quinta-feira (19) no principal palco do Rock in Rio, o Mundo. A apresentação seguiu a tradição dos shows da artista: um vozeirão do início ao fim, uma energia good vibes e muito carisma.
Havia muitos buracos entre as pessoas do público, algo incomum para o horário e espaço nos quais a artista se apresentou. Mesmo assim, quem estava ali pareceu curtir cada segundo do show, que foi impecável.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Rainha do bom humor, Joss fez várias piadinhas e conversou com os fãs com a mesma leveza de quem bate papo com os amigos. Era como se ela estivesse cantando na sala de estar de sua casa. À vontade, ela parecia íntima de cada uma das pessoas que assistia à apresentação.
Joss Stone se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
“Espero que alguns de vocês estejam chapados”, afirmou Joss antes de “Stoned Ou Of my Mind”. Já na melódica “Spoiled”, ela contou o que a motivou a compor a faixa: um ex-namorado que não lhe merecia.
“Vocês lembram que eu falei daquele cara? Então, essa é a música fofa que eu fiz para ele. Qual é o equivalente a wankerman [idiota em português]? Hm? ‘Vacilaum’? Vaci.. vaci… vacilão? Ah, ok, senhor Vacilão”, disse ela quando voltou a citar o ex-romance antes de entoar “Mr. Wankerman”, nome que ela trocou por “Mr. Vacilão” nos versos. O momento foi recebido pelo público com gritos e muitas risadas.
Ela também fez um brinde com o copo que erguia vez ou outra. Como de costume, a cantora se apresentou descalça, com um esvoaçante vestido longo do nível de sua elegância e simpatia. O pedestal do microfone também estava vestido: era coberto por um brilhante lenço dourado.
Em entrevista ao g1 recentemente, a cantora disse que costuma adaptar cada show ao público e entende que festivais como o Rock in Rio demandam menos “piadinhas” e mais “soul”. Sua apresentação no festival acertou na medida de ambos.
Joss Stone canta ‘Right to be Wrong’
O gogó de Joss e sua banda estavam sintonizados: afiados, vigorosos e encantadores.
Além de cantar faixas de seu próprio repertório — como “Super Duper Love”, “You Had Me” e “Will with me” —, a artista também cantou medleys de hits como “Everbody Dance” e “Got to be Real”.
Pouco antes de deixar o palco, Joss apareceu vestida com um reluzente macacão preto e cantou “(For God’s Sake) Give More Power To The People” e seu hit “Right To Be Wrong”.
Com os olhos borrados, ela disse “obrigada por me amarem” em forma de canto enquanto jogava girassóis para os fãs. É muito encantador se sentir perto de um ídolo. Que dirá, então, se ele for alguém como Joss Stone, que faz qualquer um se sentir amado e tão relevante quanto ela.
Cartela resenha crítica g1
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Setlist da Gloria Groove no Rock in Rio: show no festival terá pop, funk, rap, samba e pagode

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Ela canta no Palco Sunset nesta quinta (19) e participa do Dia Brasil, no sábado (21). Gloria Groove se apresenta no The Town 2023
Renan Olivetti/Divulgação
Responsável por encerrar o Palco Sunset nesta quinta-feira (19), Gloria Groove vai misturar vários ritmos em seu show. A apresentação no Rock in Rio deve passar pelo pop, funk, rap, samba e pagode.
Além do show solo, Gloria também participa do Dia Brasil, no sábado (21). Segundo a cantora, o processo criativo do show desta noite começou em janeiro de 2024, quando surgiu a vontade de reunir, musicalmente, todos os estilos pelos quais ela já se aventurou na carreira.
Gloria preparou um repertório com sucessos de todas as eras, incluindo canções dos projetos “O Proceder” (2017), “Affair” (2020), “Lady Leste” (2022), “Futuro Fluxo” (2023), e a “Serenata da GG” (2024).
Setlist de Gloria Groove no Rock in Rio
Bloco 1
1 – intro
2 – leilão
3 – greta
4- o proceder / império / dona
5- pisando fofo
6- muleke brasileiro
7- jogo perigoso
8- catuaba / Yoyo
9- planeta ousadia
10- bonekinha
11- a meia noite
12- barulhada
13- ao som do tuim / SFM
Bloco 2:
14- interlúdio – loucuras de amor (início bloco 2)
15- interlúdio loucuras de amor com voz guia
16-nosso primeiro beijo
17- 5 minutinhos
18- a tua voz
19- encostar na tua
20- apaga a luz
21-radar + interlúdio (fim do bloco 2)
Bloco 3
22- abertura alô alô (início do bloco 3)
23- bruxaria 3000 / morto muito louco
24- da braba (fala do grammy latino)/ coisa boa
25- arrasta
26- ela balança / bumbum de ouro (gg tocando percussão)
27- vermelho
28- intro thriller / a queda / thriller final
VÍDEO: Os shows do dia 19 de setembro
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 19

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